É incrível o momento histórico que Ilhéus esta vivendo, depois de um século como uma das economias mais prospera da Bahia, a decadência bateu as portas. A crise iniciada nos anos noventa com o advento da Vassoura de Bruxa perdura de forma radical e insistente, nos tempos atuais ela evoluiu para uma crise sistêmica, atingindo todos os setores da vida publica municipal.
É verdade que como conhece os orientais as crises são o inicio de um novo tempo, é parteira da historia, a crise da vassoura de bruxa que varreu a região, criou o ambiente propicio para o surgimento de diversas iniciativas. A transformação da região em produtora de chocolate, polpa de fruta, turismo ecológico e pólo de informática são exemplo desta realidade inovadora, provocada pela busca incessante de alguns setores da nossa economia por saídas inovadoras.
Mesmo assim, é visível que neste momento a crise se deslocou da área exclusivamente econômica, para o campo da moral e da política publica. Os últimos anos da administração Jabes Ribeiro e os primeiros anos da administração Valderico são um marco neste novo momento.
Uma secessão de fatos negativos que repercutiram de forma devastadora sobre os munícipes ilheenses, contaminaram a estima de todos, promovendo um clima de desencanto e desesperança que pode ser notado em qualquer esquina ou praça da cidade.
O ilheense esta de cabeça baixa, esta triste e incomodado, nunca se viu uma situação tão devastadora para a cidadania como esta. A Ilhéus de hoje é uma pálida sombra do seu passado.
A corrupção que deveria ser uma exceção combatida e denunciada virou política oficial, as denuncias feitas por órgão de imprensa e por uns dois ou três vereadores que ainda tem o respeito da comunidade, não tem a menor repercussão ou se quer gera alguma ação de onde se era de esperar.
Pergunta-se em qualquer esquina ou praça da cidade onde esta o Ministério Publico? Onde esta a Policia Federal? Onde esta a Câmara de Vereadores? Onde anda o Tribunal de Constas? Onde estão os órgãos encarregados de investigar e punir corrupção?
São tantas as denuncias até agora levantadas, algumas com indícios tão concretos que podem ser considerados provas cabais de crime. São falta de licitação para a limpeza publica, compra indevidas de milhões de reais em produtos sub-faturados, empresas fornecedora fantasma, mensalinho pago a vereadores, por sinal provados em uma CEI – Comissão Especial de Inquérito da própria câmara, irregularidades na contratação de prestadores de serviço etc... etc... etc...
O que se pode deduzir desta situação é uma só, sobram corruptos instalados em todos os lados, falta vergonha na cara, responsabilidade e ética, falta também responsabilidade aos que dirigem as instituições de fiscalização e controle.
Gerson Marques
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