Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que os setores ligados ao turismo cresceram 76% em geração de valor adicionado – renda obtida, descontados os custos para a prestação de um serviço ou produção de um bem – entre 2000 e 2005.
Em 2000, o segmento gerava valor adicionado total de R$ 74,7 bilhões, segundo o levantamento. Cinco anos depois, o valor passou para R$ 131,7 bilhões, informa a pesquisa do IBGE.
Leia também a matéria do G1: Viagens corporativas respondem por 60% do turismo no Brasil
Em 2000, o segmento gerava valor adicionado total de R$ 74,7 bilhões, segundo o levantamento. Cinco anos depois, o valor passou para R$ 131,7 bilhões, informa a pesquisa do IBGE.
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Apesar do crescimento, o resultado foi considerado "pífio" pelas entidades. O motivo é a crise pela qual passa o setor aéreo brasileiro, que sofre com o aumento de demanda associado à falta de investimentos de infra-estrutura. "Entre 2005 e 2006, o setor aéreo perdeu 7,5% de sua receita. Pelo menos 4,5 pontos porcentuais dessa retração estão relacionados ao caos aéreo", disse o professor de Turismo da USP, Hildemar Brasil, responsável pela pesquisa.
Mais uma vez, a lenga-lenga do caos aéreo (aquele que não existiu, como já demonstramos fartamente). Duvido que se encontrem, nessa pesquisa, números que fundamentem que existiu "caos aéreo" e que a redução de receita está associada a ele.
O número de passageiros transportados em 2007 (vôos domésticos) aumentou 8,83% em relação a 2006 (fonte: Infraero). E o número de 2006 aumentou 7,81% em relação a 2005.
Os preços das passagens aéreas tiveram redução significativa, por conta da acirrada competição entre TAM e Gol, com seguidas promoções de tarifas de baixo custo.
Logo, é forçar muito a barra tentar vender o "caos aéreo" (aquele que não existiu) como causa da redução da receita.
O mais provável e racional é que a redução da receita esteja associada à redução dos preços das passagens. Para fundamentar a redução de receita como causa do "caos aéreo" era preciso que tivesse havido redução e não aumento do número de passageiros transportados.
Além disso, como fui membro do governo até junho de 2007, posso informar que os Ministérios e órgãos governamentais (imagino que nos estados e municípios tenha ocorrido o mesmo fenômeno) passaram a fazer cotação de menor preço para compra das passagens, com maior rigor, a partir de 2006, por conta da postura agressiva da Gol, com suas baixas tarifas.
Até 2005, os funcionários escolhiam os vôos e horários. A partir de 2006, o setor administrativo responsável passou a escolher vôos e horários, ainda mais que as duas empresas sempre apresentavam vôos praticamente nos mesmos horários, o que facilitava a escolha.
Aumentou também o rigor na exigência de fazer o pedido com dez dias de antecedência à data da viagem pretendida. Como qualquer criança de oito anos sabe, quanto maior a antecedência na compra, menor o valor da tarifa a ser paga.
Portanto, a explicação do "caos aéreo" é, no mínimo, infeliz.
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