Quando era criança e isso tem muito pouco tempo, lembro-me bem de ouvir meu pai vaticinar que o grande problema do Brasil era a divida externa, impagável e tão grande que um dia levariam nossa Amazônia como forma de saldá-la.
Cresci nas hostis da esquerda, foram inúmeras as vezes que gritei “fora FMI” nas ruas de Salvador e Rio de Janeiro onde morei enquanto estudante.
Mesmo sendo um paladino da esperança, nunca passou pela minha cabeça ler a noticia que vai abaixo. Depois tentam explicar a popularidade de Lula creditando tudo a bolsa família, como diria o famoso marketeiro de Clinton “é a economia burro”.
Gerson
O Banco Central divulgou documento nesta quinta-feira no qual estima que as reservas internacionais brasileiras superaram a dívida externa do país em cerca de US$ 4 bilhões. Em outras palavras, o fato, que é inédito, significa que o Brasil possui moeda estrangeira suficiente para honrar seus compromissos internacionais, o que lhe confere o título de credor externo.
É importante ressaltar, contudo, que o resultado das contas externas será anunciado pelo BC apenas na próxima semana e a notícia otimista faz parte, por enquanto, de um relatório do órgão sobre a evolução recente dos indicadores de sustentabilidade externa do País.
Ao final de 2003, a dívida externa brasileira registrava US$ 165,2 bilhões e, em 2007, de acordo com projeções do Banco Central, o indicador reduziu-se para US$ 4,3 bilhões e, já no mês passado, caiu ainda mais, para US$ 4 bilhões. O banco avalia que esta redução é oriunda do programa de recompra da dívida externa, antecipação de pagamentos e solidez das reservas internacionais.
Apenas no ano passado, as reservas internacionais cresceram 110% e chegaram a US$ 180,3 bilhões no final de dezembro.
"A análise dos resultados observados pelo setor externo da economia brasileira nos últimos anos e seus impactos nos indicadores de sustentabilidade externa mostram um inquestionável fortalecimento da posição externa do país", avaliou o BC no documento.
"Em resumo, diante de um cenário internacional por aumento considerável na incerteza, pela volatilidade dos mercados financeiros e desaceleração da atividade econômica, a melhoria desses indicadores tende a mitigar, embora sem anular por completo, o impacto de eventos externos adversos".
Um comentário:
Quando eu era criança, e já se vai muitotempo também ouvia falar a mesma coisa que seu pai dizia.Bom estar viva para saber de uma ótima notíca como essa.
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