Estado de S. Paulo -
Elas ainda são minoria. Chegam ao supermercado ou à feira carregando suas sacolas, geralmente de lona ou fibra, e dispensam sacos plásticos para levar as compras para casa. Uma atitude ecologicamente correta, comum em países como França e Alemanha, já que uma sacola plástica demora até 450 anos para se desintegrar.
A bióloga Carla Conde é pioneira. Começou a usar a própria bolsa de compras há 16 anos, ainda no rastro da onda verde que invadiu o Rio com a ECO-92. Naquela época, usava às vezes a sacola de pano. Mas há oito anos radicalizou. Sacolas de plástico nem pensar. No início, os outros clientes no supermercado estranhavam. Aos poucos, mudaram. "Hoje em dia já acham normal. Usar sua própria sacola virou fashion", diz Carla.
Para que pessoas como ela não sejam exceção, o Ministério do Meio Ambiente decidiu lançar a campanha "A Escolha é Sua, o Planeta é Nosso". Entre os dias 10 e 15 deste mês, o Departamento de Economia e Meio Ambiente da pasta incentivará o uso de sacolas retornáveis, as "ecobags" , com o objetivo de reduzir a circulação de embalagens de plástico. Fernanda Altoé Daltro, técnica do ministério, espera que a campanha desperte a consciência dos brasileiros para diminuir a circulação de um dos vilões da degradação ambiental. "Quando as pessoas levam em conta a variável ambiental, praticam o consumo sustentável."
As "ecobags" vêm ganhando força nos últimos anos. É o caso da MaraMac, no Rio, que vendeu mais de 1.500 bolsas em pouco mais de seis meses. "Reponho o estoque e a bolsa esgota", diz Mara MacDowell, dona da grife. A bolsa parece uma carteira quando dobrada. Aberta vira um sacolão. Custa R$ 70. Há modelos mais baratos, como a vendida pela organização não-governamental Recicloteca, que funciona em um casarão em Laranjeiras, zona sul do Rio. Custa R$ 10.
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