A imagem de eficiência do governo Serra sai bastante arranhada desse episódio de tentativa frustrada de privatizar a CESP.
Primeiro, o governo do Estado agiu ideologicamente (e bairristamente) ao impedir a participação de estatais de outros estados no leilão. Com isso, reduziu a competição
Depois, não cuidou de eliminar problemas básicos de insegurança jurídica, como o prazo de concessões das hidrelétricas controladas pela CESP.
Também, não entendeu os movimentos de mercado. Com dois fatores de incerteza à vista, alguns bancos jogaram pesadamente em boatos para derrubar o valor da companhia e comprar na bacia das almas.
Finalmente, não avaliou os impactos da crise internacional no financiamento das concorrentes.
Tentei falar agora à tarde com Mauro Arce – o responsável pela operação – mas não foi possível. Como já estou na estrada, talvez consiga mais tarde pelo celular.
De qualquer modo, o mito da eficiência da equipe de Serra está abalado.
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