A novela Duas Caras, da Rede Globo, continua a campanha para emplacar sua imagem de Brasil. Utilizando uma produção ficcional, a emissora carioca mantém a campanha preconceituosa contra movimentos sociais e sua demagogia com relação ao racismo e a desigualdade social.
Nas últimas semanas, três fatos chamaram atenção. A primeira deu até briga judicial. Fanáticos evangélicos promoveram um quebra-quebra na casa de uma ex-viciada em drogas, que vive junto de um bissexual e um outro rapaz. Só aí, dá para enumerar dois ataques. O primeiro, mais explícito, é contra os evangélicos, firmando o embate com a Rede Record (emissora dos bispos da Igreja Universal). O segundo, sutil, sentencia: é uma pouca vergonha essa coisa de bissexualidade.
O segundo ponto continua sendo o deboche ao movimento estudantil. A imagem caricatural de um falso esquerdista é contraposta a uma "alternativa" de poder no Diretório Acadêmico de uma faculdade, alternativa essa totalmente baseada em um discurso raso e com nenhum viés crítico. Ainda nesse contexto, há ainda outra caricaturização: a dos professores contra as medidas impostas pela reitoria da faculdade. Isso sem contar a propaganda descarada ao sistema de bonificação por desempenho numérico dos docentes, que se aproxima muito do que está sendo implantado aqui em SP.
Por fim - e talvez mais grave - foi a cena em que uma moça negra rejeita ficar com um rapaz branco, alegando o motivo da negativa a diferença de cor. A inversão de valores é séria. A Globo quis mostrar que, agora, os negros é que são preconceituosos com relação aos brancos.
Gostaria de saber em que mundo está vivendo Aguinaldo Silva, autor da trama. Ou, ao menos, quais são suas intenções reais.
http://blogdopetta.blig.ig.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário