Mino Carta é um dos mais conceituados e bem informados jornalista do Brasil, dono de uma inteligência romana e de um texto altamente sagaz. Nesta notinha publicada em seu blog, uns dos melhores da net.
Mino ironiza as elites brasileiras e destrói a estima da turma da Oscar Freire...
Quando leio uma crônica desta fico a imaginar como é paupérrima a elite ilheense, dona de um nariz empinado e uma ignorância surreal leia e tente transpor para nossa realidade, ou para nossas colunas sociais.
Gerson
Mino ironiza as elites brasileiras e destrói a estima da turma da Oscar Freire...
Quando leio uma crônica desta fico a imaginar como é paupérrima a elite ilheense, dona de um nariz empinado e uma ignorância surreal leia e tente transpor para nossa realidade, ou para nossas colunas sociais.
Gerson
Das colunas sociais
Respondo a Octavio. Corretas as suas informações, a imbecilidade do mundo não tem fronteiras. Quando falo, porém, de colunas sociais, aludo a estas que comparecem nos jornalões. O senhor vai procurá-las em vão La Repubblica, ou no Corriere della Sera, ou em qualquer outro jornal italiano. E em vão as procuraria há cem e mais anos. Refiro-me a um jornalismo sério, como afirmam praticar o Estadão, o Globo, a Folha, o Jornal do Brasil. Sim, sim, há outras Gente (a nossa) pelo mundo, mesmo naquele pretensamente mais civilizado. Admitamos, porém, que o jet-set nativo é bem menos interessante do que o internacional. Como bom anarquista, não tenho o menor apreço pelo jet-set em qualquer latitude, é o ponto de encontro das vaidades sustentadas pela grana abundante e narcisismo idem. Mas por aqui, em lugar de Brad Pitt e Angelina Jolie, as cabeças ainda coroadas, de artistas de renome mundial, de chefes de cozinha cultíssimos, de costureiros que apinham desfiles em Paris e Milão, de casanovas herdeiros de Porfírio Rubirosa e Ali Kahn, temos cavalheiros de gravata amarela dispostos a exibir uma falsa sabedoria enológica e dondocas carregadas de pedrarias duvidosas, convencidas de que a rua Oscar Freire é igual, ou melhor, à Montenapoleone, ou à Conditti, ou ao Faubourg Saint-Honoré. E não passam de mil e quinhentos e vinte e sete pessoas, em geral pouco lidas, arrogantes, prepotentes, desinteressadas em relação às questões prementes do seu país, enquanto se entregam ao exibicionismo, certas, por exemplo, de que um terno Armani é o máximo da elegância.
enviada por mino
http://blogdomino.blig.ig.com.br/
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