14/03/2008

Vendas no varejo surpreendem os pessimistas


Na comparação com o mesmo mês de 2007, alta foi de 11,8%; ante dezembro, vendas cresceram 1,8%

Agência Estado e Reuters -


As vendas do comércio varejista cresceram 11,8% em janeiro ante o mesmo período do ano passado, segundo IBGE. Trata-se do melhor resultado para os meses de janeiro desde o início da série histórica em 2001. Na comparação com dezembro de 2007, as vendas cresceram 1,8%, na série com ajuste sazonal. Em 12 meses, as vendas acumulam alta de 10% até janeiro.

Todas as atividades do comércio varejista registraram expansão nas vendas em janeiro ante igual mês do ano passado, segundo o IBGE. O principal impacto no aumento de 11,8% apurado no mês foi dado por hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (grupo que mais pesa na pesquisa, com cerca de 30% do total e aumento 8,4% em janeiro).

Os outros setores que impactaram no crescimento das vendas ante igual mês de 2007 foram, nessa ordem: móveis e eletrodomésticos (16,0%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (29,6%); tecidos, vestuário e calçados ( 15,4%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (16,2%); combustíveis e lubrificantes (3,1%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (24,7%); e livros, jornais, revistas e papelaria (8,1%).

Houve expansões significativas também em veículos e motos, partes e peças (20,9%) e material de construção (9,6%), mas essas duas atividades são pesquisadas a parte e não entram no cálculo total da pesquisa.

Entre as dez atividades do varejo pesquisadas pelo IBGE ante dezembro de 2007, na série com ajuste sazonal, nove registraram expansão nas vendas em janeiro.

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior de 14,5% para o volume de vendas e de 18,5% na receita nominal de vendas. No acumulado dos últimos 12 meses o setor apresentou taxas de variação de 13,9% e 15,8% para o volume de vendas e para a receita nominal, respectivamente.

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