25/02/2008

Salve Jorge, Salve Jorge...


Duas noticias que seguem abaixo demonstra aos ilheenses que insistem em desdenhar da importância e do patrimônio deixado por Jorge Amado, que ele esta mais vivo que nunca.

Neste ano que o romance Gabriela comemora cinqüenta anos Jorge recebeu matéria de pagina inteira New York Times e vai ter reeditado para venda promocional da Folha de São Paulo o regionalismo Tocaia Grande.

Abra os olhos Ilhéus...

Gerson


A visão de Jorge Amado de sua cidade é encontrada em cada rua de Salvador


Em vários romances, o escritor brasileiro Jorge Amado deixou claro sua eterna paixão por Salvador, Bahia, a cidade que o acolheu na adolescência como estudante de internato e se tornou seu lar. Salvador, por sua vez, retribuiu o amor, e mesmo agora, mais de seis anos após sua morte, o espírito exuberante, a estética e os personagens de Jorge Amado parecem permear as ruas do lugar que ele descreveu tanto como "a mais misteriosa e bela das cidades do mundo" quanto "a mais lânguida das mulheres".


Para os turistas interessados em experimentar esses mistérios tropicais, Jorge Amado chegou até a sugerir um itinerário em seu romance "Tereza Batista Cansada de Guerra". Ele queria que os turistas visitassem não apenas "nossas praias, nossas igrejas adornadas com ouro, os azulejos azuis portugueses, o Barroco, os festivais populares pitorescos e as cerimônias fetichistas", mas também a "podridão dos barracos sobre palafitas e dos prostíbulos".


Este tipo de dicotomia era típica de Jorge Amado, que, especialmente nos primeiros anos, tendia a ver tudo como pares de opostos: bem e mal, preto e branco, sagrado e profano, rico e pobre. Ele até mesmo conseguiu impor sua visão maniqueísta à geografia de Salvador, zombando da Rua Chile, na época a principal rua comercial da cidade alta, e sua clientela abastada, em prol da cidade baixa e o porto, onde marinheiros, estivadores, mendigos, prostitutas e malandros se saturavam no "óleo negro do mistério da cidade de Salvador da Bahia".

Para ler a meteria completa clique aqui:

http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2008/02/24/ult574u8233.jhtm



"Coleção Folha" terá livro de Jorge Amado

"Tocaia Grande - A Face Obscura" estará à venda no domingo que vem nas bancas

Obra do escritor baiano é a terceira da "Coleção Folha Grandes Escritores Brasileiros", que reúne 20 títulos da literatura nacional


DA REPORTAGEM LOCAL



"Tocaia Grande - A Face Obscura", de Jorge Amado, é o próximo livro da "Coleção Folha Grandes Escritores Brasileiros", que reúne 20 títulos clássicos da literatura nacional. O volume estará nas bancas no próximo domingo.



O livro do escritor baiano será vendido por R$ 14,90, em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.



O romance de Jorge Amado (1912-2001) tem como personagem central o jagunço Natário da Fonseca. Ele trabalha para o coronel Boaventura, defendendo-o de emboscadas e tramando contra seus inimigos, em conflitos por terras e poder.Pela dedicação ao patrão, Natário se torna administrador de Tocaia Grande, um pedaço de terra nos confins do sertão, que cresce e é habitado por tropeiros, jagunços e prostitutas.



""Tocaia Grande" era uma terra de ninguém, sua face obscura é o imenso painel de misérias humanas, barro e sangue, pólvora e facão, o tradicional embate de coronéis e jagunços, traições e fidelidades, e mais um turco e uma artista russa, dois frades que tentam salvar a alma daqueles infiéis -tudo narrado com a suculenta prosa de um dos maiores narradores da literatura universal", escreve o escritor e colunista da Folha Carlos Heitor Cony, na contracapa do volume.
Encadernados em capa dura, todos os livros possuem um texto introdutório no verso. No volume 4, por exemplo, o também colunista Manuel da Costa Pinto comenta "Sentimento do Mundo", de Carlos Drummond de Andrade.

Nenhum comentário: