Soldada republicana
E foi lá que eles permaneceram escondidos por mais de meio século, até o mês passado - quando fizeram mais uma viagem, provavelmente a última, até o Centro Internacional de Fotografia em Manhattan, fundado pelo irmão de Robert Capa, Cornell. Depois de anos de negociações discretas e intermitentes sobre o lar adequado dos negativos, sua posse legal foi transferida recentemente para o patrimônio de Capa por descendentes do general, entre eles um cineasta mexicano que viu o material pela primeira vez nos anos 90 e logo percebeu a importância histórica do que sua família tinha em mãos.
''''Este é realmente o Santo Graal da obra de Capa'''', disse Brian Wallis, principal curador do centro. Ele acrescentou que, além dos negativos de Capa, as caixas rasgadas e empoeiradas também continham imagens da Guerra Civil Espanhola registradas por Gerda Taro, parceira de Robert Capa profissionalmente e, num período, pessoalmente, e por David Seymour, conhecido como Chim, que mais tarde fundou com Capa a influente agência fotográfica Magnum.
TRADUÇÃO DE ALEXANDRE MOSCHELLA
Qualquer amante da fotografia se delicia com uma historia desta, emfim encontraram a mala perdida com mais de três mil negativos de fotos feitas por três percursores da cobertura fotográfica de guerra. David Seymour "Chim", Gerda Taro e Robert Capa.
A guerra civil espanhola foi um dos acontecimentos mais sangrentos do século vinte, ainda hoje é uma ferida mau cicatrizada na historia da Espanha, tive a oportunidade de conhecer pessoalmente um combatente desta guerra o comunista Diogines Arruda Câmara em 1980 durante o segundo congresso brasileiro pela anistia.
Segue abaixo parte da matéria publicada este fim de semana no Estadão, originalmente publicada no The New York Times
A guerra civil espanhola foi um dos acontecimentos mais sangrentos do século vinte, ainda hoje é uma ferida mau cicatrizada na historia da Espanha, tive a oportunidade de conhecer pessoalmente um combatente desta guerra o comunista Diogines Arruda Câmara em 1980 durante o segundo congresso brasileiro pela anistia.
Segue abaixo parte da matéria publicada este fim de semana no Estadão, originalmente publicada no The New York Times
Gerson
A mala perdida de Robert Capa
Cerca de 3.500 negativos do fotógrafo sobre a Guerra Civil Espanhola são descobertos no México
A mala perdida de Robert Capa
Cerca de 3.500 negativos do fotógrafo sobre a Guerra Civil Espanhola são descobertos no México
Randy Kennedy
Para o pequeno grupo de especialistas em fotografia ciente de sua existência, ela era simplesmente ''''a mala mexicana''''. E, no panteão dos tesouros culturais modernos perdidos, o objeto possuía a mesma aura mítica dos primeiros manuscritos de Hemingway, que sumiram de uma estação de trem em 1922. A mala - na verdade, um conjunto de três frágeis valises de papelão - continha milhares de negativos de fotos que Robert Capa, um dos pioneiros da fotografia da guerra moderna, fez durante a Guerra Civil Espanhola antes de fugir para os Estados Unidos em 1939, deixando para trás o conteúdo de sua câmara escura em Paris.
Capa supôs que o trabalho fora perdido na invasão nazista - e continuou pensando assim até 1954, quando morreu no Vietnã. Em 1995, no entanto, começou a circular a notícia de que os negativos haviam de algum modo sobrevivido, depois de fazer uma viagem digna de um romance de John le Carré: de Paris a Marselha e então para a Cidade do México, nas mãos de um general e diplomata mexicano que servira sob Pancho Villa.
Para o pequeno grupo de especialistas em fotografia ciente de sua existência, ela era simplesmente ''''a mala mexicana''''. E, no panteão dos tesouros culturais modernos perdidos, o objeto possuía a mesma aura mítica dos primeiros manuscritos de Hemingway, que sumiram de uma estação de trem em 1922. A mala - na verdade, um conjunto de três frágeis valises de papelão - continha milhares de negativos de fotos que Robert Capa, um dos pioneiros da fotografia da guerra moderna, fez durante a Guerra Civil Espanhola antes de fugir para os Estados Unidos em 1939, deixando para trás o conteúdo de sua câmara escura em Paris.
Capa supôs que o trabalho fora perdido na invasão nazista - e continuou pensando assim até 1954, quando morreu no Vietnã. Em 1995, no entanto, começou a circular a notícia de que os negativos haviam de algum modo sobrevivido, depois de fazer uma viagem digna de um romance de John le Carré: de Paris a Marselha e então para a Cidade do México, nas mãos de um general e diplomata mexicano que servira sob Pancho Villa.
E foi lá que eles permaneceram escondidos por mais de meio século, até o mês passado - quando fizeram mais uma viagem, provavelmente a última, até o Centro Internacional de Fotografia em Manhattan, fundado pelo irmão de Robert Capa, Cornell. Depois de anos de negociações discretas e intermitentes sobre o lar adequado dos negativos, sua posse legal foi transferida recentemente para o patrimônio de Capa por descendentes do general, entre eles um cineasta mexicano que viu o material pela primeira vez nos anos 90 e logo percebeu a importância histórica do que sua família tinha em mãos.
''''Este é realmente o Santo Graal da obra de Capa'''', disse Brian Wallis, principal curador do centro. Ele acrescentou que, além dos negativos de Capa, as caixas rasgadas e empoeiradas também continham imagens da Guerra Civil Espanhola registradas por Gerda Taro, parceira de Robert Capa profissionalmente e, num período, pessoalmente, e por David Seymour, conhecido como Chim, que mais tarde fundou com Capa a influente agência fotográfica Magnum.
TRADUÇÃO DE ALEXANDRE MOSCHELLA
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