A crescente oferta de crédito era o ingrediente que faltava para começar a se desenhar um novo mapa do setor imobiliário. Antes focadas nas capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, construtoras e incorporadoras aliaram o impulso do crédito ao apetite pela expansão e agora migram para cidades de porte médio, onde sobram terrenos. A interiorização da riqueza produzida no País - que cada vez mais espalha-se para além do eixo Rio-SP - também contribuiu para o movimento, trazendo mais compradores para os novos imóveis.
'A construção civil está seguindo outras indústrias que se concentravam no Sudeste e agora se espalham pelo Brasil todo, gerando renda e melhora no padrão de consumo', diz a presidente para a América Latina e Central da consultoria Cushman & Wakefield, Celina Antunes. Centro-Oeste, Norte e o interior de São Paulo são algumas das regiões que têm despertado a cobiça das empresas.
'A renda e o tamanho da população estão crescendo e ganhando um perfil cada vez mais parecido com o da capital', diz o diretor. De fato, o surgimento e a transferência de indústrias da capital para o interior, além do boom da produção da cana em terras paulistas, têm inflado a renda local. Segundo projeção da MB Associados, no ano passado o Produto Interno Bruto (PIB) da região totalizou US$ 135,9 bilhões. O valor é, por exemplo, 12% maior que o do PIB chileno, de US$ 121 bilhões. 'Há um público adormecido no interior'. Um exemplo do 'despertar' desse público pôde ser visto em Jundiaí, onde um empreendimento com 150 casas de médio padrão teve 80% das unidades vendidas em pouco mais de quatro meses.
A pulverização dos investimentos das construtoras não está restrita às terras paulistas. Em praças mais distantes, grandes empresas do setor imobiliário buscam parcerias com construtoras locais para fazer lançamentos. Na Região Norte, Manaus desponta como o paraíso para as companhias do setor.
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