14/05/2008

Marina é uma vitoriosa

Na sua carta de demissão a ministra Marinha detalha:

Fizemos muito: a criação de quase 24 milhões de hectares de novas áreas de conservação federais, a definição de áreas prioritárias para conservação de biodiversidade em todos os nossos biomas, a aprovação do Plano Nacional de Ação Nacional de Combate à Desertificação e temos em curso o Plano Nacional de Mudanças Climáticas.

Reestruturamos o Ministério do Meio Ambiente, com a criação da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e do Serviço Florestal Brasileiro; com melhoria salarial e realização de concursos públicos que deram estabilidade e qualidade à equipe; com a completa reestruturação das equipes de licenciamento e o aperfeiçoamento técnico e gerencial do processo.
Abrimos debate amplo sobre as políticas socioambientais, por meio da revitalização e criação de espaços de controle social e das conferências nacionais de Meio Ambiente, efetivando a participação social na elaboração e implementação dos programas que executamos.

Em negociações junto ao Congresso Nacional ou em decretos, estabelecemos ou encaminhamos marcos regulatórios importantes, a exemplo da Lei de Gestão de Florestas Públicas, da criação da área sob limitação provisória, da regulamentação do artigo 23 da Constituição, da Política Nacional de Resíduos Sólidos, da Política Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais.

Contribuímos para a aprovação da Lei da Mata Atlântica.

Em dezembro último, com a edição do decreto que cria instrumentos poderosos para o combate ao desmatamento ilegal e com a resolução do Conselho Monetário Nacional [CMN], que vincula o crédito agropecuário à comprovação da regularidade ambiental e fundiária, alcançamos um patamar histórico na luta de garantir a Amazônia a exploração equilibrada e sustentável. É esse o nosso maior desafio. O que se fizer da Amazônia será, ouso dizer, a diversidade cultural e o desejo de crescimento. Sua importância extrapola os cuidados merecidos pela região em si, e revela potencial de gerar alternativas de resposta inovadora ao desafio de integrar as dimensões social, econômica e ambiental de desenvolvimento.
Hoje as medidas adotadas tornam claro e irreversível o caminho de fazer da política socioambiental e da economia uma única agenda, capaz de posicionar o Brasil de maneira consistente para operar as mudanças profundas que, cada vez mais, apontam o desenvolvimento sustentável como a opção inexorável de todas as nações.

Ela fez muito sim.

E ao contrário do que se está dizendo por aí, venceu mais do que perdeu nos embates dentro e fora do governo. Esse trecho que destaquei de sua carta, demonstra claramente suas vitórias. Não foram poucas. Não há muito o que acrescentar. Mas cheguei a ler ontem absurdos na coluna da Eliane Cantanhede e rebato aqui:

>Marina perdeu, uma atrás da outra, as batalhas:
>dos transgênicos,

Não é verdade. Marina impôs uma lei de Biossegurança para o Governo. A derrota, se é que podemos dizer assim, se deu no Senado e no segundo turno da Câmara dos deputados. Nós vivemos numa democracia com poderes independentes e soberanos. Questionar decisões do Congresso seria no mínimo autoritário, o que não é do seu perfil. Mas a Marina venceu essa batalha no Governo.

>do licenciamento ambiental para a transposição do Rio São Francisco,

Mentira grosseira. Marina sempre foi a favor da Transposição. E a licença ambiental que ela patrocinou é da maior qualidade.

>do avanço das hidrelétricas na Amazônia

Outra bobagem. Marina impôs o rito do licenciamento e o governo teve que esperar, mesmo com alguns resmungos do próprio presidente e dos setores produtivos. E esse debate é absurdo. O Ibama apenas faz cumprir as leis. Se ele libera de forma inconseqüente uma obra, vem o Ministério Público e embarga, com prejuízos muito maiores.

>e da decisão política de tocar a usina nuclear de Angra 3 adiante,

Aqui sim ela foi derrotada.

>até amargar o aumento do desmatamento.

Que "mané" aumento? O desmatamento caiu por 3 anos seguidos. Houve um aumento no fim de 2007, que já foi revertido no começo de 2008. E esse aumento foi sobre uma base bem mais baixa do ano anterior. Os níveis de desmatamento da Amazônia ainda são absurdos, mas essa crítica não bate com a realidade.

Alguns dos motivos que levaram à sua saída são públicos. Embates penosos com setores do próprio governo, com aliados nos estados e com o setor produtivo. Marina tem uma saúde frágil e isso deve ter pesado na decisão. O cargo carrega uma pecha de ser contra o desenvolvimento. O "MMA não deixa o país crescer", reclamam seus críticos e o setor agrícola considera Marina radical demais. Mas eu afirmo. Ela só trabalhou para que as leis, algumas que ela mesmo ajudou a criar, fossem cumpridas.

Sua figura só não vai deixar mais saudades, porque de volta ao Senado vai continuar sua luta ao lado do presidente Lula e da nova equipe do ministério.

Que seja o ambientalista militante Carlos Minc. Que seja o político amazônico Jorge Viana, com um trânsito maior entre os governadores da região. Ou quem sabe com os dois. O que importa é que a idéia da transversalidade se consolide no governo, no país. Que sua saída sirva como uma chacoalhada nos atores envolvidos com a questão do desenvolvimento socioambiental.

Há pouco ouvi de Wagner Costa Ribeiro, ambientalista da USP, que o movimento ambientalista agora poderá voltar a se manifestar com mais força contra o governo. Segundo ele, em respeito à Marina os ambientalistas pouparam o governo até agora.

De certa forma vai ao encontro de meus comentários, quando trato da falta de estratégia política do movimento ambientalista. Não se trata de deixar de atacar o governo em respeito à Marina, mas de dar o apoio que ela precisava para os confrontos internos. Agora não adianta mais e mais do que ataques, o novo ministro deve receber o respaldo que o setor merece. Não adianta só culpar o governo por isso ou aquilo, pois ele é, de certa forma, um retrato das pressões externas.

O presidente Lula, para garantir sua governabilidade sempre colocou na Agricultura e Minas e Energia ministros não envolvidos diretamente com a causa ambiental. Constantes focos de atrito que foram desgastando a ministra, sempre sozinha nessa batalha inadiável. Sozinha no governo e abandonada pela sociedade civil. Mais do que o nome escolhido para o cargo, é preciso mudar a correlação de forças no governo.
Muitos vão agora dar tapinhas nas costas de Marina. Opositores e falsos aliados vão acusar o governo de inépcia e de ter cedido ao desenvolvimentismo a qualquer preço.

O Brasil vai virar Marina desde criancinha. Mas muitos destes se ausentaram nos momentos em que ela mais precisava de apoio institucional e dos movimentos ambientalistas. Muitos a acusaram de fraca durante esses 65 meses de gestão, mas pouco fizeram para torná-la mais forte.

Nosso amigo Adauto 'Beatrice' respondeu a um e-mail escrevendo: "A Globo ontem era Marina desde 64. Cínicos, quebraram a ministra todo dia, enquanto tentavam impor ao país o tal 'apagão'. O governo Lula pela sua própria condição histórica abriga no seu interior muitos dos pontos de tensão e conflitos da sociedade brasileira.

É impressionante que Lula consiga fazer disso tudo uma boa limonada, mas os sabotadores do Brasil sempre se aproveitam para tentar derramar tudo."
A boa limonada agora é renovar o compromisso do discurso de posse de Marina em 2003 com sangue novo e gás para a batalha que não é fácil. Os tapinhas nas costas vão sumir e o novo ministro, seja quem for, vai voltar a ser acusado de "impedir o desenvolvimento". De atrapalhar o país.
Uma figura divina a Marina vitoriosa.

Chico Mendes deve estar orgulhoso de sua menina.

Leia também:
Desmatamento caiu 60% em 3 anos
Desgaste marcou relação com ruralistas

Governo anuncia novas ferrovias e estudo sobre trem-bala BH-SP-Curitiba


O Globo - O governo anunciou que pretende licitar a construção de novos 4,7 mil quilômetros de vias férreas no Brasil nos próximos anos e autorizou o estudo de viabilidade de um trem-bala ligando Belo Horizonte a Curitiba, com escala em São Paulo e 1.150 km de extensão. Todos os trechos já estão sob concessão da estatal Valec, que os repassará à iniciativa privada. Uma medida provisória foi publicada pela Presidência da República para fazer estas alterações, que agora constam do Plano Nacional de Viação.


Segundo o Ministério dos Transportes, os 4,7 mil km serão para transporte de cargas pesadas e muitas das linhas partirão da Ferrovia Norte-Sul. Os projetos podem representar R$ 15 bilhões em investimentos e as obras serão realizadas pela iniciativa privada ou em parcerias com a União.


Além da extensão da Norte-Sul até a cidade paulista de Panorama - que equivale a 950 km -, estão sendo planejados três outros braços. Um trecho de 750 km ligará Panorama (SP ) até Porto Murtinho (MS), alcançando a fronteira com o Paraguai. Outros dois trechos sairiam do Tocantins.


O primeiro partindo de Uruaçu até a cidade de Vilhena, em Rondônia, com um total de 1,5 mil km em pleno Mato Grosso, na nova área de expansão na produção de soja e aumento do desmatamento. Outro partiria rumo ao mar, saindo da cidade de Alvorada e terminando em Ilhéus (BA), com outros 1,5 mil km. Será a Ferrovia Leste-Oeste.
Também foram incluídos nas atribuições da Valec os estudos de viabilidade de um trem de passageiros de alta velocidade entre Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR), passando pela cidade de São Paulo. Com 1.150 km, este trecho não tem data para ser concluído.
- Vamos fazer um estudo para o futuro. Certamente este trecho ficará para depois da conclusão do trem de alta velocidade entre o Rio e São Paulo, com extensão para Campinas - afirmou o secretário.


A MP transfere à Valec o trem-bala Rio-São Paulo. Na prática, isso facilita a concessão da obra à iniciativa privada - o leilão está previsto para janeiro de 2009. A medida também mudou a natureza jurídica da Valec, que deixa de ser uma sociedade por ações e se transforma em uma empresa pública, com a União como única acionista.

Marcadores: Ferrovia, Trem-bala, Valec


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Levantamento reprova ensino na rede estadual de São Paulo



GILBERTO DIMENSTEIN - Colunista da Folha Online

Numa escala de 0 a 10, a rede de escolas estaduais de São Paulo ficou com as notas 2,54 para o ensino fundamental e 1,41 para o médio. Apenas duas escolas do ensino médio conseguiram tirar a nota 6, padrão dos países desenvolvidos.

Obtido com exclusividade e previsto para ser divulgado amanhã, a tradução do Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), que combina notas e fluxo escolar, é que as escolas estaduais estão reprovadas –ou seja, os alunos conhecem pouco de matemática e língua portuguesa, além de estarem com a idade defasada para série em que estão matriculados. É a primeira vez que esse indicador é divulgado.

Se planos de melhoria da educação funcionarem, apenas em 2030, as escolas estaduais chegarão ao nível existente hoje nos países desenvolvidos, que é 6 –apenas dois colégios paulistas, entre mais de três mil, conseguiram atingir esse patamar.

A secretária da Educação, Maria Helena Guimarães, reconhece os problemas de qualidade de ensino, comentando que, pela primeira vez, o sistema consegue chegar a um “grau tão alto de transparência” –a idéia é, além das medidas já anunciadas anteriormente (recuperação, unificação dos currículos, bônus por desempenho), desenvolver um plano especial para as unidades com pior desempenho, usando, por exemplo, professores tutores em sala de aula para ajudar os demais professores.

A melhor escola no ensino médio está localizada em Santo André (Papa Paulo 6º), com nota 6,2; em segundo lugar, Batista Dolci (5,39), de Dolcenópolis; em terceiro, Corifeu Azevedo Marques (4,8), de Aparecida do Oeste.

Nenhuma escola da cidade de São Paulo conseguiu atingir a nota 5. As cinco melhores são, pela ordem, Raul Fonseca, Escola de Aplicação da USP, Rui Bloem, Carlos Maximiliano e Alves Cruz.

Um dos fatos que chamam a atenção da secretária é a disparidade entre as escolas. Apesar dos salários serem iguais e de as condições econômicas serem semelhantes, alguma delas apresentam ótimos resultados, comparáveis ao de países ricos. Ela disse que pretende detalhar mais o funcionamento dessas escolas para que se revelem mecanismos de melhoria da educação. Um dos fatores é o engajamento do corpo docente (professor e diretor), além da participação dos pais e da comunidade.

http://blogdofavre.ig.com.br/

13/05/2008

Investimento de R$ 483 milhões no PAC da Bahia

Ministério das Cidades - A Bahia recebeu a visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro das Cidades, Marcio Fortes de Almeida, que deram ordem de serviço a cinco empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Bahia, no valor total de R$ 179,1 milhões. A cerimônia do PAC aconteceu na comunidade de Itinga, em Lauro de Freitas, às 11 horas da última sexta-feira (9), e às 13 horas no Palácio do Governo do Estado.

Também foram celebrados contratos que somam R$ 294,4 milhões. Dois empreendimentos do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) do MCidades, no valor total de R$ 10,3 milhões, foram inaugurados.

No total, foram formalizados R$ 483,8 milhões em investimentos, com R$ 426,2 milhões de recursos oriundos ou geridos pela União, sendo R$ 228,2 milhões de repasses e R$ 198 milhões de financiamentos.

No evento, o ministro Marcio Fortes agradeceu aos vereadores e deputados estaduais, responsáveis por aprovar os orçamentos dos estados e municípios, o que viabiliza a execução do PAC. Fortes destacou que as obras melhoram as condições de vida da população. “O PAC vai acabar com o esgoto que corre a céu aberto, que meninada pisa em cima, depois fica doente e perde aula por conta disso”, disse. O presidente Lula afirmou que as obras do PAC terão continuidade independentemente do partido dos prefeitos que assumirão no próximo mandato. “O PAC é institucional, e não eleitoral”, declarou. [...]

[...] Um empreendimento de destaque entre os contratos é a ampliação do sistema de esgotamento sanitário da cidade de Salvador. A obra é do programa Saneamento para Todos, do MCidades. O Governo Federal financia R$ 99,1 milhões do empreendimento de R$ 110,2 milhões, e o restante é custeado pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). Mais de 270 mil metros de redes coletoras serão construídas na área de abrangência das bacias de Trobogy, Cambunas e Águas Claras, assim como 17,9 mil metros de interceptores, sete estações elevatórias, 9 mil linhas de recalque e mais de 30 mil ligações domiciliares. Projetos sociais nas áreas acompanharão todo o processo. Cerca de 30 mil famílias com renda média mensal de um salário mínimo, de 17 bairros da região, serão beneficiadas.


Leia a matéria completa no site do Ministério das Cidades

Política industrial: Meta é elevar taxa de investimento para 21% do PIB


Plano também pretende aumentar a fatia do Brasil no comércio mundial e a participação privada em pesquisa

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Fernando Dantas - O Estado de São Paulo

Uma das principais “macrometas” da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lançada ontem, é elevar a taxa de investimentos da economia brasileira de 17,6% do PIB, em 2007, para 21% em 2010. Outras macrometas (ou “metas-país)”, também para 2010, são as de ampliar a participação brasileira nas exportações mundiais de 1,18% ( 2007) para 1,25% do PIB, ou US$ 208,8 bilhões; e elevar os gastos privados em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de 0,51% do PIB (2005) para 0,65%.

As macrometas são um dos elementos principais da arquitetura complexa da nova política industrial, criada a partir de quatro desafios principais. O primeiro é aumentar a oferta para “enfrentar uma demanda em expansão”, evitando pressões inflacionários e gargalos.

O segundo é “preservar a robustez do balanço de pagamentos brasileiros”, com aumento e diversificação de exportações e maior atração de investimento estrangeiro direto. O terceiro desafio é aumentar a capacidade de inovação das empresas brasileiras e o quarto, ampliar as condições de acesso a mercados por parte de pequenas e microempresas.

Dentro das medidas para aumentar a competitividade da economia como um todo, o BNDES, além da ampliar seus financiamentos (ver página B1), vai reduzir o spread médio em 20% (em relação ao 2007), com queda de 1,5% ao ano para 0,9% no caso da comercialização de bens de capital.

Na área de estímulo à inovação e a P&D, o BNDES oferece novas linhas de apoio aos esforços das empresas, de TJLP (6,25% ao ano); e inovação tecnológica, de 4,5%. ano.

Uma das partes centrais da nova política industrial são os chamados “programas estruturantes para sistemas produtivos”, nos quais o governo escolhe de fato setores para incentivar e apoiar.

A PDP divide esses programas em três categorias. A primeira é a dos “programas mobilizadores em áreas estratégicas”, que consiste em integrar o setor privado com a comunidade científica e as instituições tecnológicas para superar desafios científico-tecnológicos. Essa categoria inclui o complexo industrial da Saúde, as tecnologias de informação e comunicação, a energia nuclear, o complexo industrial de defesa, a nanotecnologia e a biotecnologia.

A segunda categoria é a dos “programas para fortalecer a competitividade”, que abrange 12 setores (número que pode aumentar), entre os quais o automotivo, bens de capital, construção civil, indústria naval, agroindústrias, biodiesel, plásticos, têxtil e móveis.

A terceira categoria consiste nos “programas para consolidar e expandir a liderança”, no qual estão setores e empresas com projeção internacional e capacidade competitiva, que recebem financiamento estratégico do setor público. Estão incluídos o complexo aeronáutico, petróleo e gás e petroquímica, bioetanol, mineração, siderurgia, celulose e carnes.

A PDP vai trabalhar com diferentes estratégias para se adequar ao estágio de desenvolvimento das empresas e sistemas produtivos do Brasil. Em alguns casos, o objetivo estratégico é a “liderança mundial”, o que significa manter ou posicionar um sistema produtivo ou empresa brasileira entre os cinco maiores do mundo.

A PDP usará como instrumentos os incentivos (crédito, capital de risco e isenções fiscais), as compras governamentais, a regulação e o apoio técnico, como promoção comercial e gestão de propriedade intelectual.

A coordenação geral da PDP ficará com o Ministério do Desenvolvimento, apoiado por uma secretaria-executiva formada pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), BNDES e Ministério da Fazenda. Haverá ainda um conselho gestor, presidido pelo Ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, e com representantes da Casa Civil, da Fazenda, e do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Na área de “destaques estratégicos” , a PDP tem como uma das diretrizes a integração produtiva com a América Latina e o Caribe.

120 anos depois, 13 de maio ainda é só no papel

No Brasil, figura, entre tantos outros "valores imaginários", a história de que há leis que não pegam. A abolição da escravatura, oficializada em 13 de maio de 1888, talvez seja o mais triste exemplo disso. A canetada da Princesa Isabel só serviu para jogar os negros no núcleo da miséria. Antes no trabalho escravo, agora e sempre o negro foi largado na sociedade brasileira sem ter o mínimo de dignidade garantida.

Isso tudo tem muito a ver com algumas políticas públicas discutidas hoje em dia, como cotas e outras ações afirmativas de inclusão. Conforme indagou brilhantemente a vereadora soteropolitana Olívia Santana, em artigo ao Portal Vermelho, os que são contra essas propostas oferecem o que no lugar? Essa resposta o povo negro espera desde a Lei Áurea.

Há pouco para se comemorar nesses 120 anos. Deve-se, no entanto, reverter o quadro com ações de valorização e de inclusão dos negros, historicamente excluídos das decisões e benefícios de todo e qualquer cidadão. Nesse sentido, a Afrobras e a Unipalmares mantêm nesta semana uma programação diversa no prédio da universidade. Fora isso, acontecem em todo o país atos públicos para pressionar o STF com relação à votação das cotas e da expansão do ProUni. Mais do que nunca, a mobilização é o principal instrumento para se fazer ouvido.

No dia de hoje, saudamos e apoiamos o poder de luta dos negros contra o preconceito e a favor de sua cidadania.



Leia Mais: Blog do Nei Lopes - Treze de Maio, o Resgate

Até quando?


Do site Vermelho.org:

Folha muda de opinião sobre obra para agradar gestão demo-tucana

Pode uma obra viária ser duramente criticada em editorial por um jornal, que a qualifica de projeto extravagante e desnecessário, e três anos depois, na sua inauguração, receber os maiores elogios deste mesmo veículo de comunicação? Se esse jornal é a Folha de S. Paulo, isso não só pode acontecer como se tornou realidade, na semana passada, na inauguração da ponte estaiada sobre o rio Pinheiros, na Zona Sul, batizada de Octávio Frias Filho, nome do falecido dono do jornal.


A incoerência da Folha foi revelada pelo blogueiro Luis Favre em post publicado no Blog Leituras Favre.


Há três anos, editorial da Folha atacava a construção da ponte, contratada na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy. Dizia o jornal na época que o então prefeito José Serra agiu corretamente em deixar de lado a construção da ponte estaiada, por ser uma obra "cara", "desnecessária" e "extravagante".

Saliente-se que a gestão Marta licitou a ponte por R$ 147 milhões, mas a "competência administrativa" da gestão demo-tucana fez o custo final da construção saltar para R$ 260 milhões. Além disso, o governo PSDB/DEM pagou R$ 2,2 milhões de multa à empreiteira responsável, por atrasar deliberadamente em 90 dias o início da obra. em 2005.

Não bastasse quase duplicar o custo da obra e atrasar a construção, a gestão Serra/Kassab, bem ao estilo tucano de governar, suspendeu a parte socialmente mais importante do projeto, que era a construção de 8.500 moradias populares para as favelas do entorno, assim como a junção com a Imigrantes, desafogando a Av Bandeirante. Do projeto, só a ponte foi concluída após 4 anos da atual gestão. E a justiça teve que intervir para que os moradores da favela Real Parque não fossem despejados sem qualquer moradia, pela administração Kassab.

Na última sexta-feira e sábado (data em que a ponte foi inaugurada), a Folha só faltou pedir aos seus leitores para que esquecessem tudo que havia escrito no editorial de três anos atrás. Cobriu de elogios a ponte e destacou que "é a maior obra do governo do democrata Gilberto Kassab" que, "gentilmente" batizaram a ponte estaiada com o nome do dono e falecido fundador da Folha de São Paulo, Octavio Frias de Oliveira.

Octavio Frias de Oliveira, carioca nascido em 5 de agosto de 1912, se destacou nos ramos imobiliário e financeiro antes de adquirir a empresa Folha da Manhã, que publica, entre outros, a Folha de S. Paulo. Com ela, construiu um império de comunicação e revolucionou o modo de produção de notícia, industrializando-a.

Ele pregava como ideal a imparcialidade, mas tornou seu jornal um dos porta-vozes do conservadorismo e das elites. Combateu bandeiras progressistas e bancou políticas de privatização no país. Seu jornal, hoje, cria factóides e planta crises por não se ver representado no governo federal (ao contrário da situação em São Paulo, onde tem seu candidato a tudo no poder)".

Outra homenagem suspeita

Além da ponte, para agradar os donos da Folha e retribuir todas as gentilezas e omissões com as quais o jornal brinda o governador tucano desde que ele era colunista do jornal, Serra ordenou que mudassem também o nome do de Instituto Dr. Arnaldo, que passou a ser chamado de Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira.

Assim como a ponte estaiada, o custo da obra do Instituto também cresceu assustadoramente nas mãos da gestão tucana. A obra consumiu R$ 96 milhões entre 1990 e 1994. Outros R$ 170 milhões foram gastos para a conclusão do edifício e a compra de equipamentos hospitalares. Há várias suspeitas de desvio de verbas na construção da obra.


Fonte: www.pt.org.br, Blog do Favre e Blog do Petta



Leia, abaixo, o editorial da Folha de S. Paulo de 13 de maio de 2005:

PROJETO EXTRAVAGANTE

É acertada a decisão do prefeito José Serra (PSDB) de retomar as obras que ligam as avenidas Jornalista Roberto Marinho (antiga Água Espraiada) e a marginal Pinheiros, deixando de lado a construção de duas pontes sobre o rio Pinheiros, na zona sul da cidade, previstas no projeto original aprovado pela administração da ex-prefeita Marta Suplicy. A justificativa apresentada por José Serra é que a construção dessas pontes estaiadas (suspensas por cabos de aço) encareceria desnecessariamente a obra.

A cautela e a mudança do projeto original são procedentes. Com as pontes endossadas por Marta, toda a empreitada custaria nada menos que R$ 147 milhões. Sem elas, o custo total -que inclui outras alterações na malha viária, além da construção das alças- cai para R$ 85 milhões.

É duvidoso, ademais, que a venda em leilões dos Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção), títulos que dão direito de construir além dos limites estabelecidos em certas áreas da cidade, possa gerar recursos suficientes para arcar com as despesas previstas inicialmente no projeto. No ano passado, os leilões desses papéis, realizados para angariar fundos para a construção das pontes, não conseguiram amealhar mais do que R$ 35 milhões, soma muito aquém da estimada para a conclusão das obras.

Além de cara, a construção dessas pontes suspensas está longe de ser uma prioridade para aquela área da cidade. A ligação da avenida Roberto Marinho com a marginal Pinheiros pode continuar a ser feita, sem maiores transtornos, através de duas outras pontes já existentes a apenas 800 metros do local. Essa circunstância, aliás, torna ainda mais extravagante -e suspeito- o projeto deixado pela gestão petista, para o qual, até aqui, não foram apresentadas justificativas convincentes.

http://edu.guim.blog.uol.com.br/

12/05/2008

Brasil é destaque na imprensa internacional

Lula em Ilhéus 09.05.08

O PIG esta morrendo de raiva com a onda de noticias positivas sobre o Brasil publicadas em jornais internacionais nas ultimas semanas.

O mundo esta descobrindo o Brasil de Lula e ao contrario da imprensa nacional tem dado destaque ao crescimento brasileiro e aos acertos da política econômica e externa de Lula.

Na folha de hoje o Nelson Sá deu a seguinte chamada: O mundo descobre e exagera sobre o Brasil, pura dor de cotovelo da mídia golpista.

Abaixo reproduzimos em espanhol o editorial do jornal El País o mais importante da Espanha e dos mais prestigiados órgão de imprensa do mundo.

Leia com atenção, se alguém se dispor a traduzir é só mandar a versão que publicaremos.

Gerson

Editorial do El Pais - 11.05.08

La economía brasileña se ha convertido en una de las más atractivas de Latinoamérica y, probablemente, una de las más prometedoras del mundo. Crece por encima de la media, ha reducido sus desequilibrios tradicionales, según se desprende de los informes de las instituciones internacionales y, además, ha conseguido diferenciar sus exportaciones, de forma que ha encontrado nuevos nichos en el exterior para sus productos. Es el caso de las energías alternativas o renovables, que el Gobierno estimula con especial dedicación, a sabiendas de que pueden constituir un factor de diferenciación de riqueza en el futuro próximo.

Cabe destacar, en cambio, que las expectativas de los organismos económicos internacionales y de los mercados tras la llegada al poder de Lula rebosaban escepticismo, cuando no flagrante rechazo. Estas actitudes procedían del automatismo con que se identifica cualquier orientación política que no sea neoliberal o liberal con incapacidad de gestionar economías en situación delicada. Pero resulta que las políticas económicas de Lula han sido acertadas, al menos en líneas generales.

La más beneficiosa en conjunto para el país ha sido la orientación hacia la estabilidad macroeconómica, y así lo reconocen ahora, rectificando su poco velada animadversión inicial, los propios mercados financieros. La señal que mejor define esta mejora es la concesión del Investment Grade, un reconocimiento oficial que mejora considerablemente su calidad de prestatario y como destino de inversión. Pero antes incluso de esta certificación de excelencia inversora, Brasil ya ocupaba un lugar preferente en el grupo de economías emergentes, atrayendo flujos de capital en cantidades importantes, no en concepto de deuda sino de inversión directa.

Como efecto inmediato y acumulado de la estabilidad macroeconómica y la pujanza exportadora, las posiciones de reservas internacionales de Brasil son tan elevadas que el Gobierno está estudiando la creación de un fondo soberano (sovereign wealth fund), a semejanza de los instrumentos inversores organizados en China, los países productores de petróleo, Singapur o Noruega. El objetivo primordial de este fondo sería el de colaborar con los exportadores brasileños en sus operaciones de expansión exterior. El fondo se financiaría con capital público y sus recursos serían absolutamente independientes de las reservas del banco central.

No todo son plácemes ni proyecciones sin riesgo. Hay que observar que durante los últimos meses la fortaleza de la divisa brasileña se ha fundamentado en el encarecimiento de las materias primas que produce, como la soja, y en la persistencia y solidez de flujos de inversión extranjera, especialmente de la inversión directa. El riesgo evidente es que la sobrevaloración del real frente al dólar, que en la actualidad es del 20% aproximadamente, y la desaceleración del comercio internacional derivada de la desaceleración económica actúen negativamente sobre su comercio exterior. Las autoridades brasileñas tampoco deberían olvidar el compromiso de redistribución: la sociedad brasileña mantiene todavía profundas diferencias en rentas y niveles de pobreza muy elevados que deberían reducirse mediante políticas fiscales más decididas.


http://www.elpais.com/global/

11/05/2008

Dr. Ruy entrega reivindicações de Ilhéus a Lula

A visita do presidente Lula foi uma oportunidade bem aproveitada pelo pré-candidato a prefeito pelo PT de Ilhéus Dr. Ruy Carvalho para conversar com o presidente e entregar um documento onde helencou quatro reivindicações básicas para o futuro da cidade.

No documento entregue por Ruy a Lula, alem da segunda ponte foi solicitada também à duplicação da rodovia Ilhéus / Itabuna a Implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia e a consolidação do Pólo de Informática, ao receber o documento Lula comentou que em dois mil e nove deverá definir por criação de novas universidades federais, relatou que já implantou dez universidades por todo o Brasil, priorizando o nordeste o norte e a periferia de grandes cidades.

Segundo Dr. Ruy a receptividade do presidente ao documento foi muito boa que prometeu respostas via a Casa Civil para breve, Ruy disse que a segunda ponte é uma necessidade em caráter de urgência e já havia tratado o assunto com Wagner que determinou estudos a serem realizados pelo secretario Batista Neves de Infra-estrutura. A duplicação da rodovia Ilhéus Itabuna já tem estudos realizados pelo Derba e a decisão pela obra pode acontecer até o próximo ano.

No documento entregue ao presidente Dr. Ruy afirma que nossa cidade tem perfil e vocação para ser um pólo de ciência e saber e a implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia em Ilhéus seria a consolidação desta vocação já manifestada com o sucesso da UESC. Em relação ao Pólo de Informática a reivindicação vai no sentido da consolidação principalmente com a criação da alfândega no novo aeroporto.