30/03/2007

Notícias do Calçadão da Paranaguá



È noticia dada como certa nos bastidores do mundo do negocio em Ilhéus; O prefeito Valderico teria realmente comprado o Hotel Barravento, dinheiro não falta.

De quebra o prefeito quer desapropriar uma área de sua propriedade, ao arrepio da lei, para construir uma nova prefeitura; será que isto é prioridade para Ilhéus no momento. Se tem dinheiro para construir nova prefeitura por que não paga os funcionários, os fornecedores, os impostos, a educação a saúde etc...

Por outro lado à congestionada avenida Itabuna seria o pior lugar da cidade para construir a nova prefeitura. Trata-se de uma opção burra, que não reflete uma visão ampla do município, existem pelo menos dez lugares diferentes na cidade em condições bem melhores para construir um verdadeiro centro administrativo.

Brasil cresce mais com Lula que com FHC


Lembra do debate da campanha presidencial sobre quem fez o Brasil crescer mais, Lula ou Fernando Henrique Cardoso? Prepare-se: ele vai voltar, e com toda força. Os novos números do PIB, recalculados pelo IBGE, mostram o petista em vantagem.

No final de fevereiro - quando já se sabia que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mudaria sua metodologia de cálculo do Produto Interno Bruto -, quase todos os jornais anunciaram um "empate" entre FHC e Lula, no quesito crescimento, em seus respectivos quatro primeiros anos de governo. Mas o país mudou desde então - ou, pelo menos, mudou a maneira pela qual se mede o tamanho da economia e o crescimento dela.
Pela nova metodologia do PIB, o Brasil cresceu a uma média de 3,25% ao ano nos três primeiros anos do governo Lula. No segundo mandato de FHC, a média de crescimento foi de 2,12%. E nos três últimos anos do primeiro mandato do tucano a média foi de apenas 1,84%, segundo cálculos feitos pelo IBGE a pedido de Terra Magazine.
Dois anos das eras FHC e Lula não entraram na conta: 2006 (porque o PIB recalculado só será divulgado na próxima semana) e 1995 (porque o IBGE não recalculou o PIB de 1994, o que impede uma comparação com base nos mesmos parâmetros).
A série histórica do novo PIB vale a partir do ano 2000, mas o IBGE fez o que, na ciência da estatística, se chama de "retropolação" até 1995, para permitir a observação de um série histórica um pouco maior. Isso significa que alguns números disponíveis apenas de 2000 para cá tiveram seus valores estimados de 1999 para trás.
O IBGE afirma que recalculou o PIB por iniciativa própria, e não a pedido do governo - o que faz todo sentido, pois a mudança acabou gerando um problema de R$ 9 bilhões, tamanho do arrocho fiscal adicional que terá de ser feito para que seja cumprida a meta de superávit primário para 2007. Mas os técnicos do instituto sabem que é questão de tempo até começarem as insinuações de "manipulação" e os ataques políticos.
"Qualquer que seja o resultado, é certo que seremos esculhambados pela parcela descontente", desabafou à Terra Magazine, em 12 de fevereiro, o coordenador da equipe que calcula o PIB, Roberto Luís Olinto Ramos.
A politização do PIB, que começou já em 2003 quando Lula prometeu um "espetáculo do crescimento", ganhou força na última campanha e com o anúncio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Ontem, ainda sem ter acesso aos dados anteriores ao ano 2000, o ex-ministro da Economia Antonio Palocci procurou "faturar" como pôde o incremento nominal do PIB. "Aquela dúvida que se tinha: 'por que o mundo cresce e o Brasil não acompanha?', em parte está respondida por esse ajuste da metodologia", afirmou.

Tucanos na lista de Furnas


A revista Carta Capital que chega às bancas neste final de semana traz uma reportagem de Sergio Lírio sobre a Lista de Furnas. A matéria, que tem o título “Sem Truques ou Montagem”, diz que “detalhes da perícia reforçam a autenticidade da Lista de Furnas.O laudo do qual a reportagem fala é do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal.A Lista de Furnas apresenta dezenas de candidatos supostamente beneficiários de um esquema de caixa 2, entre eles os tucanos Geraldo Alckmin, José Serra e Aécio Neves.

Pela primeira vez o PIB brasileiro superou a marca de 1 trilhão de dolares.



No último governo Lula, o PIB em dólares teve forte alta. Evoluiu de 459 bilhões em 2002 para 1095 bilhões de dólares até o final de 2006. Agora o Brasil está entre as dez maiores economias do mundo, com o PIB de 1,095 trilhões de dólares.Para comparação, no último período de Fernando Henrique Cardoso o PIB, em dolares, teve forte queda. De 1998 a 2002 o PIB passou de 787 bilhões para 459 bilhões de dólares. Ou seja, o valor das riquezas produzidas sofreu forte redução internacional.

Capa da Carta Capital desta semana



29/03/2007

Secretario Jorge Sola, apresenta diagnóstico alarmante sobre a Saúde na Bahia


O resultado do descaso com que o governo do PFL tratou a saúde do estado da Bahia nestes últimos 16 anos está refletido nos indicadores negativos apresentados pelo atual secretário de Saúde, Jorge Solla, na audiência pública realizada na manhã de terça-feira, dia 27 de março, na Assembléia Legislativa.

Promovida pela Comissão de Saúde e Saneamento do legislativo estadual, a audiência teve a finalidade de tornar público a real situação do sistema de saúde na Bahia e as perspectivas traçadas para a área para os próximos anos.


O diagnóstico apresentados pelo secretário Solla é preocupante e alarmante.


Ele revela que a Bahia ocupa o último lugar da região Nordeste em vários indicadores de saúde. Segundo o secretário, entre 2000 e 2006, a Bahia foi o estado do Nordeste brasileiro que teve o menor índice de cobertura pelo Programa de Saúde da Família (PSF); ostenta um dos piores índices em relação à oferta de leitos hospitalares; é o estado com maior índice de mortalidade materna da região nordestina; tem a mais baixa oferta de transplantes entre os estados do Nordeste e também lidera os casos de tuberculose da região.

Esse quadro dramático vem acontecendo na Bahia mesmo com o aumento de investimento na área pelo governo federal, que a partir de 2003 ampliou em 80% o repasse de verbas para todos os estados brasileiros. “Esses números mostram que a situação se agravou na Bahia por falta absoluta de uma política de saúde do governo do estado, realidade que denunciamos e combatemos durante toda a gestão de Paulo Souto”, disse o deputado Javier Afaya, presidente da Comissão de Saúde e Saneamento e articulador da vinda do secretário Jorge Solla à Assembléia.A situação financeira deixada pelo governo anterior também preocupa a nova gestão de Saúde. Segundo Solla, o total da dívida herdada é de R$199 milhões, sendo que R$ 75 milhões desse total é de restos a pagar.

Estudos preliminares também revelam que o déficit (despesas maiores que as receitas) é de R$ 163,6 milhões.Contrato ilegalNa presença de vários profissionais da área de saúde, que lotaram o auditório para acompanhar a audiência, o secretário Jorge Solla explicou mais uma vez os motivos que levaram à suspensão do contrato do estado com a Cooperativa de Assistência Médica do Estado da Bahia (Coopamed), firmado no governo anterior. “O fim do contrato tem base no parecer do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que entende ser a Coopamed uma intermediadora de mão-de-obra e não uma cooperativa. A determinação do TST é pela suspensão imediata dos contratos estabelecidos”.Como já anunciado através da imprensa, o secretário reafirmou que o estado irá contratar, de forma emergencial, cerca de três mil médicos pelo regime do Reda. “Em 16 anos, essa é a primeira vez que a Bahia vai ter seleção pública, de forma transparente e democrática”, destacou Solla. Esses profissionais também terão assegurados direitos trabalhistas como 13º salário, férias, licença saúde e maternidade, garantias que os contratados da Coopamed não tinham, segundo explicou o secretário. Principais realizações em 80 dias de governoO secretário aproveitou a oportunidade para falar das principais realizações do governo Wagner na área de Saúde nesses pouco mais de 80 dias de gestão. Dentre elas destacou o reabastecimento dos hospitais estaduais; avaliação dos hospitais terceirizados e reconfiguração da gestão destes serviços; enfrentamento, com sucesso, da epidemia de sarampo; retomada e municipalização do Hospital de Irecê; feito diagnóstico emergencial dos postos Reda e cooperativados para reestruturação dos postos temporários de trabalho (seleção pública para Reda); implantação da Rede Bahiana da Farmácia Popular do Brasil; iniciou a revisão de contratos e convênios existentes; fez a revisão do Projeto Saúde Bahia e renegociação com o Banco Mundial; estudo de novos instrumentos de fortalecimento da gestão pública (fundação estatal e consórcios públicos – área hospitalar e saúde da família); levantamento das dívidas da SESAB e medidas para contenção de despesas e pagame nto dos débitos prioritários.


Metas do governo Wagner


Faz parte do programa de governo Wagner a ampliação da oferta de transplantes de órgãos no estado; melhorar os procedimentos de alta complexidade, implementar Política de Promoção da Saúde; apoiar técnica e financeiramente os municípios para aumentar a população coberta pelo PSF; criar medidas para regularizar a contratação dos profissionais; apoiar os municípios para ampliar a cobertura de ações de saúde bucal no Estado da Bahia; implantar o SAMU 192 em parceria com o Ministério da Saúde e prefeituras em todos os pólos regionais e ampliar a cobertura a partir dos pólos regionais para os municípios vizinhos, iniciando pela Região Metropolitana – o governo pretende firmar parceria com a Prefeitura de Camaçari para construção de um hospital no litoral norte; fortalecer os hospitais públicos estaduais nos pólos regionais, com aumento da capacidade de atendimento das situações de urgência/emergência, do quadro de profissionais atuando nestes hospitais, articulação com o SAMU 192 e com Centrais de Regulação de Leitos Hospitalares.

A audiência contou a com a presença de 32 deputados, médicos, dirigentes sindicais e representantes do movimento social.

postado por Dep. Javier/Assessoria

Crise aérea? Que crise?


No momento, a senha da mídia conservadora para derrubar o Presidente Lula é “o caos aéreo”. 1) No ano passado, antes do “o caos aéreo”, a senha era “a crise da Varig”. 2) A mídia conservadora apostou que a Varig iria para o buraco, os funcionários iriam todos para a rua, se instalaria o caos na aviação comercial, o Brasil perderia importantes rotas internacionais, ia entrar dinheiro do contribuinte para evitar o caos - e o prestígio do Presidente Lula ficaria irremediavelmente abalado. 3) Não aconteceu nada disso.
4) A Lei de Falências, aprovada no Governo Lula, funcionou pela primeira vez. 5) Um grupo americano comprou a Varig. 6) O Governo não botou um tostão dos contribuintes. 7) E a agora a Gol compra a Varig, numa solução empresarial, típica de uma economia capitalista. 8) A Gol comprou a Varig, em parte, com 3% de suas ações preferenciais, no valor de US$ 6 milhões. Ou seja, como se faz nos regimes capitalistas que se prezam.9) A TAM passa a enfrentar uma empresa competente que vai disputar mercado, inclusive internacional, de uma forma que o consumidor deverá ser o beneficiado. 10) Cadê a “a crise da Varig”? 11) Foi engrossar o “o caos aéreo”. 12) Agora, cabe ao “o caos aéreo” desgastar o Presidente Lula. 13) E assim será até o último dia de Governo Lula. 14) Ou de qualquer Governo trabalhista. 15) Os conservadores gostam muito de democracia – quando eles ganham a eleição...

Postado por DANIEL PEARL

Tv da rede ACM denuncia o desastre que eles provocaram na educação da Bahia.



Um verdadeiro tiro no pé, o jornalismo da rede ACM fez gol contra.


Seria natural que o novo governo informa-se a população baiana como recebeu o estado das mãos da turma de ACM, gostaríamos de saber, por exemplo, como estava a educação a saúde e a segurança nos últimos anos.
Como já vimos em outras situações, quando a troca de governo, sempre surge àquelas imagens de abandono, carros destruídos, escolas abandonas etc...
Por isso já estava esperando que o governo Wagner, ocupasse um horário de tv por esses dias informando a população à situação em que ele recebeu a Bahia.
Para minha surpresa, creio que para a de todos os baianos, quem tem feito isso é a própria tv de ACM, em diversas matérias que foi ao ar ao longo da semana; a TV Bahia, TV Santa Cruz e demais emissoras do grupo, tem denunciado o verdadeiro caus e abandono que o ex-governador e sua turma deixaram nosso estado.
Falta tudo, é caso de crime publico, pelo visto através das imagens da TV irresponsabilidade pura.
Em entrevista levada ao ar na TV Bahia com um dos coordenadores da secretaria de educação, da atual equipe de governo, faltam quarenta e cinco mil carteiras escolares e três mil professores, alem disso as escolas estavam abandonas, sem limpeza, sem segurança, sem professores, em várias falta inclusive água.
O mais incrível é que, obviamente não era esta a intenção das Tvs de ACM, este é o famoso tiro que foi dado no pé. A turma do jornalismo recebeu orientação política dos dirigentes da tv para pautar matérias que pudesse expor o governador Wagner, gerando desgaste é desinformação.
A turma levou a orientação a sério, botou jornalistas nas escolas para mostrar o caus, ainda ontem foi vinculado uma manifestação de estudantes em Porto Seguro mostrando a falta de professores.
Provavelmente desprezando a inteligência das pessoas ou de seus telespectadores, acreditavam eles, que o povo associaria tamanha tragédia ao atual governo, tiro no pé, afinal ninguém, nem mesmo os mais desavisados poderiam imaginar que em apenas dois meses Wagner tenha conseguido destruir a educação da Bahia.
Já vi muitas estratégias burras, mas nunca tinha visto tamanho gol contra.
Com isso, a TV Bahia e rede ACM, contribuíram para estabelecer uma verdade que todos na Bahia já sabiam, a nossa educação foi destruída e de forma irresponsável foi abandonada, um verdadeiro caso de crime contra o estado e o povo; agora as imagens comprovam, era tudo verdade, ou melhor, a coisa é ainda mais feia do que se esperava.
Ufa! Ainda bem que a turma da panelinha já foi embora.

Em tempo: Wagner já autorizou a contratação de mais de três mil professores por seleção publica e não por indicação política, alem de abrir licitação para compra de quarenta e cinco mil carteiras.

Gerson Marques

A ministra esta certa


Se eu tivesse dificuldade em conseguir emprego por causa da cor da minha pele;
Se eu ganhasse menos do que meus colegas de trabalho devido à cor da minha pele;
Se as pessoas que têm pele da cor da minha fossem mais vítimas da violência;
Se as pessoas que têm pele da cor da minha fossem menos escolarizadas;
Se eu não pudesse, mesmo tendo dinheiro, associar-me a certos clubes devido à cor da minha

pele;

Em suma, se eu sei que a cor da minha pele, depois de tanto tempo, permanece como impeditivo para que eu exerça plenamente minha cidadania, certamente não posso ver com simpatia aqueles que me causam todos esses males, que são os que têm cor da pele diferente da minha e que me oprimem por isso.

Concordo, portanto, com a ministra Matilde Ribereiro, da Secretaria Especial de Política da Promoção da Igualdade Racial, quando diz ser normal que pessoas negras se insurjam contra brancas, pois destas receberam tratamento injusto durante séculos e continuam recebendo, ainda, em larga medida.

ACM predador quer acabar com vida marinha em Abrolhos


Liminar da Justiça Federal da Bahia vetou a realização de uma consulta pública para criação de uma Reserva Extrativista (Resex) na região de Caravelas, próximo ao Parque Nacional dos Abrolhos. Aí tem. Uma certa Coopex pretende instalar uma fazenda de camarão na área, forte ameaça aos estuários que servem de berçário da vida marinha na área de Abrolhos.Digo que aí tem porque o projeto de carcinicultura da Coopex é de propriedade de um senador capixaba amigo do senador ACM. O governador Paulo Souto não estava nem aí para a vida marinha, queria mesmo é aprovar o maldito projeto. Mas o governador Jaques Wagner obviamente se opõe ao empreendimento predador.Os ambientalistas estão em pé de guerra. O senador ACM já tentou até aprovar o projeto através de um estranho DECRETO LEGISLATIVO NO SENADO que na prática acabava com o Parque Marinho dos Abrolhos. Uma excrescência legislativa em proveito próprio. Os pescadores querem a Resex, o governo da Bahia quer a Resex, o IBAMA quer a Resex. A Bahia não quer a poluição da carcinicultura numa área de proteção ambiental.Aí tem.

28/03/2007

Dr. Ruy busca apoio ao Hospital Regional em Salvador


Atendendo convite do Secretario Estadual de Relações Institucionais, Dr. Ruy candidato do PT a prefeito de Ilhéus, segue na próxima semana para Salvador, na oportunidade alem de tratar com o secretario Ruy Costa sobre definições de nomes para direção de diversos órgãos em Ilhéus, encontrará também com o Secretario de Saúde Dr. Jorge Sola, quando tratarão de investimento importantes e vultosos para o Hospital Regional.

Em comentário com amigos e assessores Dr. Ruy afirma esta confiante em relação a sua gestão à frente do hospital mais importante da região.

Diferente do que muitos pensavam, a nomeação de Dr. Ruy para a direção do regional, constituí em uma excelente oportunidade para nossa cidade resolver de vez sérios problemas ligados a saúde publica, principalmente no caso do regional; a atual equipe que esta ao lado do secretario Jorge Solo é formado por diversos amigos é companheiros de Ruy, alem disto em sua pose, o futuro prefeito de Ilhéus recebeu apoio irrestrito de Jorge Sola para seus projetos, entre eles a criação de um pronto socorro de alta qualidade no hospital. Na mesma viagem Ruy tem uma agenda política com visitas a assembléia legislativa e encontros com dirigentes do PT baiano e de outros partidos.

Neste sentido, os resultados do trabalho de Dr. Ruy a frente do hospital podem se tornar um forte motor de propulsão para sua eleição a prefeito, quem viver verá.

Hegemonia e diversidade cultural


Segue em postagem abaixo, excelente ensaio do Ministro Gilberto Gil que ajuda a iluminar de forma brilhante o debate mais atual do momento no mundo globalizado sobre hegemonia é diversidade cultural.



Por Gilberto Gil - Ministro da Cultura


Numa conferência durante o II Fórum Cultural Mundial, Gilberto Gil provoca: o tempo do Iluminismo e da crença no “progresso” passou. Mas a idéia de emancipação está viva: a igualdade social ressurge porque todas as identidades são válidas, e nenhuma é superior às demais.


Pelo que venho ouvindo e vendo, estes quatro dias do Fórum Cultural Mundial têm sido especialmente ricos para todos. Creio que estamos praticando uma conversa de alto nível, surpreendente pela quantidade de afeto e pelas idéias-força, velhas ou novas, necessárias para o aprofundamento do debate.
As instituições e demais estruturas dos dias de hoje têm enorme fluidez. Funcionam como um tocador de MP3 ou as mãos ágeis de um tecelão. Migram descontinuamente entre muitos fios e temas, simultâneos, armazenados em múltiplas memórias e capacitações, todas necessárias para nossa complexa formulação e atuação em várias frentes. A ação dessas novas instituições governamentais, empresas e instituições não- governamentais são como hardwares que necessitam de programas continuamente atualizados e de novos combustíveis, que são estas conversas, estas diretrizes e estas orientações aqui expostas. Antevejo conseqüências e influências muito reais de tudo o que vem sendo discutido, do que vem sendo aqui pensado e será em breve processado e plasmado de forma institucional.
Parabenizo a todos pela ousadia ao transformar a programação virtual em real animação, em novas e construtivas formas de crença e organização, conteúdos coletivos feitos da escuta das palavras afetivas da alteridade, das tentativas de novas linguagens para expressar os novos conteúdos, tudo tecido por vocês, dezenas de debatedores nacionais e internacionais. Parabéns pela produção de consenso e pela produção de dissenso. Como disse um representante do ministério de Cultura da Argentina, há poucos dias, a celebração consensual da diversidade significa que temos o direito e, às vezes, o dever de divergir. E isso quer dizer ter e emitir opiniões diferentes que, muitas vezes, expressam momentos distintos ou lugares distintos da compreensão de um mesmo fenômeno.
Quando diversidade rima com igualdade...
Aceitei participar de todas as mesas às quais fui convidado com a entrega de alguém que realmente acredita nestas formas de produzir inteligência, de quem é disponível a essa possibilidade de influenciar e ser influenciado. Desejo transparecer a vocês o que considero um dos pilares de uma gestão pública de cultura hoje: o espaço público tem que ter essa quentura, essa permanência para além de eleições e lugares consagrados de produção intelectual. Essa fluidez fundamental de construção de uma esfera pública nunca acabada.
A gestão dos dias atuais não constrói sua agenda dentro de gabinetes, mas neste espaço, no corpo de cada um de nós, na corporificação das redes ou na encarnação permanente de todas idéias. Idéias que nos dizem em alto e bom som que a incorporação da diversidade em nossos corações – e em nossas instituições – é o reconhecimento de que diferenças culturais são positivas, mas desigualdade sociais não são e não serão jamais.
É desse binômio entre diversidade e desigualdade que pretendo partir para uma discussão com vocês. Principalmente, porque a hegemonia é um dos sintomas nocivos da desigualdade de forças, que se reflete em instituições reais, em poder real e legitimado, em acesso concreto de cada país à cultura e aos meios de se fazer conhecer e de se realizar.
Cultura, esse terreno de preservação e ruptura
Como cultivo do labor humano sobre a natureza, a cultura é o domínio da vida humana, da realização da mão do homem sobre a fartura limitada do planeta. Cultivo pressupõe o trabalho constante de volver a terra, de reverenciar a matriz natural do que fazemos. Também diz respeito ao que permanece, ao que regula, não apenas ao que surge de novo e rompe com o passado. Cultura é liberdade, ruptura e inovação, mas também é regulação e tradição, os sedimentos que nos constituem nos movimentos profundos e teutônicos da constituição humana.
A palavra cultura tornou-se um sinônimo hoje de tudo o que buscamos como aspiração mais elevada. Ao escolher esse caminho, temos que tomar a precaução de não esvaziar o sentido pleno da experiência cultural. Acredito que não basta somente associarmos cultura a idéias positivas classicamente assentadas entre nós, como a noção de lugar, de modos de viver modos de ver e olhar. Não se deve suprimir a complexidade e historicidade da idéia de cultura em nossos séculos e em nossos dias.
A antropologia desalojou o tempo único e a linearidade do velho mundo. O tempo cristão arcaico previa um tempo que se afunilava em direção ao seu esgotamento moral, sob a luz do filho na terra, incapaz de honrar a sua origem celestial. Sua finalidade estava na própria origem do tempo, que se dissolvia e perdia sentido como uma ampulheta. O homem sonhava com a origem e sofria ao dela distanciar-se.
A emergência de um planeta multicêntrico
O tempo do renascimento europeu mudou radicalmente – e, para muitos, dolorosamente – essa direção da imaginação humana. Projetou adiante uma nova visão de tempo, acelerando o seu curso e apontando para o progresso, para o futuro. Estes dois tempos eram lineares: um voltado para um passado mítico e, outro, para um futuro onde era preciso logo chegar.
Em meio a tudo isso estava o homem, alojado num tempo moderno e múltiplo, ainda crente de sua identidade de corpo, alma e tempo. Creio que ainda estamos tentando compreender a crise e o significado dessa mudança. Estamos hoje desalojados desses sentidos lineares de tempos.
No plano dos estudos – principalmente, na antropologia — e nas políticas de identidade, no plano da lutas coloniais e pós-coloniais das multidões, essas forças intelectuais e sociais deslocaram esse tempo egoísta do homem alojado no centro do universo e fraturaram o centro geopolítico do mundo. Revelaram um planeta multicêntrico, com muitas narrativas e imagens de si próprio. Isso libertou a nossa percepção de humano de uma gênese abstrata do espírito humanista e nos fez enxergar melhor a diversidade cultural do planeta, explicitando as seculares intenções de promover a cultura da racionalidade instrumental nos modos de ser e fazer.
No entanto, nem tudo nessa mudança foi imediatamente assimilado como aprendizado, como adaptação fácil. Isso se reflete em vidas concretas, na falta de planejamento narrativo das vidas dos trabalhadores e em nossas instituições fluidas, que não mais oferecem o velho modelo de ocupação e estabilidade que ofereciam no começo do século 20.
É um contexto dissolvente de uma velha ordem de trabalho, de cultura e de tecnologia. Nesse contexto, a noção de diversidade cultural tem nos ajudado a procurar caminhos e a reorganizar uma agenda de emancipação e realização humana.
Em contexto dissolvente, novo papel da diversidade cultural
A velha diversidade cultural era a força dissolvente de tentativas imperiais. Mas hoje ela é o motor de nossas melhores expectativas. É ela que pode nos iluminar para resolver as formas atuais de assimetrias que se expressam, por exemplo, em formas de contrato que prejudicam autores ou em formas de propriedade intelectual que eliminam o acesso. São assimetrias geradas por falta de instituições capazes de reconhecer e dar poder às populações detentoras de um saber real, desprovidas do saber universitário e bacharelesco.
Entre as lutas pós-coloniais estão as lutas nacionais e globais de acesso e afirmação tardia de direitos, dos direitos à cidadania, ao prazer, ao lazer e ao tempo livre. Lutas que vieram fazer da diversidade cultural uma realidade nos meios de comunicação, que tornaram-se verdadeiros meios de existência social. Lutas que vieram comungar a diversidade cultural como acesso à tecnologia e aos mais variados bens e serviços culturais.
A velha idéia de civilização buscava a harmonia universal pela busca da hegemonia; suas aspirações milenaristas podiam, ao fim, impor a sua lógica de cima para baixo e encontrar a dominação, a supressão, os saques e os corpos feridos pelas batalhas de colonização, posteriormente, de descolonização. A velha frase de Benjamim de que um documento de civilização é também um documento de barbárie sintetiza bem o saldo negativo da colonização. Isso também é cultura.
Saudável emergência da economia criativa
Nós, que nascemos depois desse processo, não queremos vestir a armadura pesada dessas heranças, pelo contrário. Ao mesmo tempo, não podemos desconhecê-las, sob pena de não exercermos a leveza necessária de uma nova forma de organizar a cultura e suas vidas.
Estivemos discutindo nestes quatro dias como o contexto atual é de uma redefinição radical da forma de produção e geração de valor. A culturalização da vida contemporânea – com a estetização forte dos fluxos, dos fazeres cotidianos e de nossas vidas – elevou nossa capacidade de criar e trouxe infinitas possibilidades de inclusão de multidões como sujeitos de suas histórias e narrativas de vida, individuais e coletivas. Esse fenômeno é o que hoje chamamos de economia criativa.
Mas esse novo tempo trouxe também novas formas de repor e conservar os modelos de organização e exclusão, em nome do conhecimento e seu acesso, principalmente para os países em desenvolvimento como o Brasil. Por exemplo: a apregoação dos sistemas meritocráticos pode se tornar, na prática, ferramenta pós-colonial de repor velhas exclusões. Destina-se a deixar milhões de pessoas fora dos sistemas de emprego, porque elas não tiveram acesso aos programas de educação de qualidade e de capacitação.
A tentação totalitária da meritocracia
Esse raciocínio é bem contemporâneo, tem boa influência e é parte da premissa de que o mérito é, na verdade, o talento e o esforço de indivíduos, de pessoas que lutam e largam em iguais condições. Entretanto, quero ressaltar que o mérito tem menos a ver com talento que com patrimônio que se acumula por centenas de pequenos e grandes acessos que uma sociedade garante a partir da gestação materna dos indivíduos. Falo do patrimônio acumulado de geração a geração, de pai para filho.
A constituição plena de uma república não pode ser feita de forma abstrata, a-histórica, com cidadanias plenas e também abstratas, desconhecendo séculos de desigualdades transmitidas e acumuladas. Como se pudéssemos zerar o jogo das heranças e sofrimentos, produtos da escravidão ou do genocídio indígena, em nome dos legítimos ideais republicanos com os quais todos nós concordamos.
Podemos fazer o discurso da meritocracia em abstrato e esquecer o que a escravidão ainda representa em cada esquina e em cada relação social?
Isso tem muito a ver com a identidade, com as suas políticas sob o arco da diversidade. As cotas raciais podem não ser o melhor dos mecanismos, mas são o melhor do que dispomos hoje para não aderir plenamente ao modelo meritocrático abstrato, universal e, na verdade, excludente.
Força inesperada questiona a globalização hegemônica
A velha ligação de cultura nós conhecemos – e não desejamos. Ligada a uma geopolítica de território, à supressão de identidades, à colonização da língua, à imposição de sistemas jurídicos, ao comércio injusto e ao saque arqueológico em nome de uma racionalidade instrumental.
Hoje a força emergente dessa diversidade, sujeito e ciente de si própria, qualifica a globalização e impede que seja reduzida à circulação de mercadorias – uma forma de organizar o mundo que, ao excluir outras dimensões, acentua as assimetrias.
As idéias de Estado também se adaptaram e foram desafiadas. Algumas idéias dominantes tentaram e ainda tentam desprestigiar o Estado-nação, a própria idéia de História, dizendo que ela finalmente chega ao fim, depois da bipolaridade da guerra fria. Os Estados estariam com os dias contados, cabendo então cortar e cortar instituições e seus gastos, inclusive os de cultura.
Os papéis do Estado e Nação no tempo da diversidade
Nesse contexto, a defesa atual da diversidade estabelece um novo momento que, no meu entender, não vem no sentido da dissolução dos Estados-nações, mas da superação de um velho modelo de Estado e Nação. As produções autoritárias de identidade que suprimiam diversidades internas das nações foram denunciadas e reconhecidas. Os Estados sabem que não são produtores de cultura, mas instituições que devem reconhecer a cultura e garantir direitos de identidade e acesso.
Parte da nossa capacidade de agir politicamente ainda se deve muito aos Estados. Ao se redesenhar, me parece que o Estado tem hoje pela frente muitos papéis decisivos, se for democrático, atuante e tiver uma visão de diversidade cultural interna e externa. Por exemplo: sem os Estados-nações não teríamos aprovado a Convenção para a Promoção e Defesa da Diversidade Cultural e Expressões Artísticas, da Unesco.
O futuro dos Estados e de suas novas e necessárias instituições está ligado à compreensão da diversidade. Essa nova realidade fractalizou-se em milhões de novos sujeitos. Alterou os endereços do que era global e do que era local. Surgiu o “glocal”. Através da tecnologia digital, ele alterou as barreiras entre produtores e consumidores. Surgiram os “prosumidores”, que produzem enquanto consomem, e consomem enquanto produzem.
Praticamos a diversidade como direito à identidade e como forma de criar, como reconhecimento radical da alteridade, da presença legítima do que não alcançamos, mas do que nos faz conhecer e cultivar a nossa própria cultura.
Resgatar a senha e o sonho da alteridade
O sonho da alteridade está na origem da globalização e da arte, pelo menos mais claramente desde o Renascimento. Sonhamos há séculos com as distâncias virtuais que a alteridade projeta e estimula em nossa imaginação. O tempo de Shakespeare sonhava e romantizava as cidades mediterrâneas, as paixões públicas e privadas da latinidade italiana e sua ilustre gênese na Renascença. Recordo dos Lusíadas e da poetização das primeiras miragens do Novo Mundo – essa projeção utópica. No Brasil, nos tornamos árabes e orientais pela movimentação global do Quinto Império português e seu sonho universalista, já ao som dos pandeiros.
Ou, mais modernamente, da paixão dos franceses pelo cinema americano, sonhado em cinematecas escuras e a devoção da pintura action-painting expressionista abstrata americana pela vanguarda européia. Ou a revolução de Zaha Hadid, uma arquiteta contemporânea iraquiana que modela e desequilibra o círculo harmônico oriental pelas bioformas inspiradas na velha arte surrealista ou nas fantasias de futuro da literatura e das séries B de naves espaciais. Ou as introspecções em voz sussurrante dos revolucionários da bossa nova em praias ensolaradas a sonhar as harmonias do jazz produzido em invernos temporais e espirituais da América negra.
Em nossos sonos modernos e pós-modernos e em nossas vigílias em cavernas escuras, sonhamos com o Velho Mundo. E o Velho Mundo sonha com a modernidade americana, com as paisagens de larga escala e as posturas de corpo, de afeto e de informalidade destes tristes trópicos. A arte já era virtual antes mesmo da virtualidade dos protocolos IP e das simulações de código digital.
A validade radical do que chamamos “humano”
Essa imaginação da diversidade é uma forma de vida, uma biopolítica que se realiza como afirmação profunda de idéias, conhecimentos, saberes e fazeres que são transmitidos foras das instituições do Estado, corpo a corpo, boca a boca, como oxigênio inesgotável diluído no ar.
E se ele é comum a todos os povos, é porque essa imaginação, essa predisposição de afeto, essa reserva de conhecimento superior é o que nos repõe uma perspectiva de humano. É o que nos repõe sem que a perspectiva universal tenha qualquer conteúdo regressivo, qualquer perspectiva de uniformidade. É o que se projeta no outro pelas possibilidades de encontro, interação e amor.
A noção de diversidade pode se contrapor à realidade das hegemonias produzidas por assimetrias, mas gostaria de frisar a vocês que não podemos descartar a validade do que chamamos de humano, mesmo que isso esteja infinitamente em aberto, esvaziado do velho conteúdo civilizador. Que a humanidade signifique entre nós esse desejo de completar-se no outro. Seja no vizinho, ou no desconhecido. Que possamos nos completar uns aos outros para além da tolerância e para além do multiculturalismo.

8 milhões de brasileiros deixam a baixa renda, diz pesquisa

Por Márcia De Chiara

SÃO PAULO - Em apenas um ano, mais de 8 milhões de brasileiros deixaram a baixa renda e ascenderam para níveis da população com maior poder de consumo. Isto é o que revela a pesquisa O Observador 2007, feita pela financeira francesa Cetelem, em parceria com o instituto de pesquisas Ipsos Public Affairs.
De acordo com a pesquisa, as camadas D e E reuniram 84,8 milhões de pessoas no ano passado ou 46% da população. Em 2005, o contingente dessas classes sociais era de 92,9 milhões ou mais da metade da população brasileira (51%). Foram ouvidas 1.200 famílias no fim de 2006 em 70 cidades do País. Elas foram avaliadas não só pela renda recebida, mas também pela posse de bens.
Os dados mostram ainda que a população de mais baixa renda migrou para as classes imediatamente superiores. Com isso, a classe C, que reunia 62,7 milhões habitantes em 2005, encerrou o ano passado com 66,7 milhões de brasileiros. O topo da pirâmide, isto é, as classes A e B, recebeu nesse período 6,3 milhões de pessoas.
“2006 foi um ano extremamente bom para as classes menos favorecidas”, afirma o diretor de Marketing e Desenvolvimento da Cetelem, Franck Vignard Rosez.
Segundo ele, uma combinação favorável de fatores contribuiu para a mobilidade social da população. Entre esses fatores, ele aponta o aumento da massa salarial, a inflação controlada e, especialmente, o crescimento do crédito. Por meio de prazos esticados e juros cadentes, o crédito fez o dinheiro render mais nas mãos do consumidor.
Virada
Prova disso é que, pela primeira vez, sobrou dinheiro no bolso do brasileiro de baixa renda no ano passado. Em 2006, as famílias das classes D e E conseguiram ter um troco de R$ 2,49 no fim do mês, depois de quitar todas as despesas, mostra a pesquisa.
O saldo parece insignificante, mas indica o começo de uma virada no poder de compra da baixa renda. Em 2005, faltavam para essas mesmas famílias R$ 16,56 para fechar as contas no fim do mês.
Também nesse período, a situação melhorou para a classe C. A renda familiar disponível, isto é, os recursos que sobram após cobrir as despesas do mês, que era de R$ 122,34 em 2005, subiu para R$ 191,41 em 2006. O ganho foi de 56%.
Em contrapartida, as classes A e B viram a renda disponível cair 18% no período, de R$ 631,79 em 2005 para R$ 518,29 em 2006. O recuo é reflexo da renda líquida familiar desse estrato social, que teve queda de 6%. Além disso, gastos que não são essenciais, como combustível, telefone, TV por assinatura, entre outros, consomem 44% da renda dos mais ricos.
O grande destaque da pesquisa é o Nordeste, que reúne 25% dos brasileiros. Foi a região do País que registrou, no ano passado, o maior crescimento da renda média familiar disponível. A alta foi 38%. Rosez destaca que, dos 12 itens de compra analisados em 2005 e no ano passado, a intenção de adquirir esses itens aumentou em 11 deles. “Tudo melhorou no Nordeste”.
A intenção de ter computador em casa mais que dobrou em um ano, de 7% para 15%. O interesse de comprar a casa própria passou de 6% para 10%.

Governo Wagner apoia criação da Resex em Caravelas


A briga em torno da instalação da maior fazenda de camarão do país, numa zona protegida de corais na Bahia, teve uma no cravo e outra na ferradura no último fim de semana. Por um lado, a Justiça baiana vetou realização de uma consulta pública para a criação de uma reserva no local. Por outro, o governo do Estado passou a se opor ao empreendimento.Desde 2005, ambientalistas, pescadores e carcinicultores estão em pé de guerra na região de Caravelas, no sul do Estado, onde fica o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. Ali a Coopex (Cooperativa dos Criadores de Camarão do Extremo Sul da Bahia) quer instalar uma fazenda de camarão de 1.500 hectares que, segundo ambientalistas, ameaçaria os estuários que servem de berçário aos peixes de Abrolhos.O projeto tinha o apoio do governo da Bahia, alinhado com o cacique pefelista Antônio Carlos Magalhães. ACM e outros senadores da Bahia e do Espírito Santo chegaram a propor um decreto legislativo que anulava a proteção a Abrolhos.Acontece que pescadores artesanais da região e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) se opunham ao projeto porque queriam criar uma Resex (reserva extrativista) na região. Uma consulta pública para a criação da reserva, um dos passos necessários ao seu estabelecimento, deveria ter sido feita no último domingo. Foi suspensa por uma liminar da Justiça Federal, que apontava erros formais no processo de consulta. O Ibama deve recorrer da decisão.Por outro lado, o governo do Estado passou a apoiar a criação da Resex, que se sobrepõe à zona planejada para a instalação da Coopex. O petista Jacques Wagner, que assumiu o governo, nomeou como secretário dos Recursos Hídricos o ex-superintendente do Ibama na Bahia, Júlio Rocha. Rocha é opositor histórico da carcinicultura na região de Caravelas.

27/03/2007

Vergonha


É incrível o momento histórico que Ilhéus esta vivendo, depois de um século como uma das economias mais prospera da Bahia, a decadência bateu as portas. A crise iniciada nos anos noventa com o advento da Vassoura de Bruxa perdura de forma radical e insistente, nos tempos atuais ela evoluiu para uma crise sistêmica, atingindo todos os setores da vida publica municipal.

É verdade que como conhece os orientais as crises são o inicio de um novo tempo, é parteira da historia, a crise da vassoura de bruxa que varreu a região, criou o ambiente propicio para o surgimento de diversas iniciativas. A transformação da região em produtora de chocolate, polpa de fruta, turismo ecológico e pólo de informática são exemplo desta realidade inovadora, provocada pela busca incessante de alguns setores da nossa economia por saídas inovadoras.

Mesmo assim, é visível que neste momento a crise se deslocou da área exclusivamente econômica, para o campo da moral e da política publica. Os últimos anos da administração Jabes Ribeiro e os primeiros anos da administração Valderico são um marco neste novo momento.

Uma secessão de fatos negativos que repercutiram de forma devastadora sobre os munícipes ilheenses, contaminaram a estima de todos, promovendo um clima de desencanto e desesperança que pode ser notado em qualquer esquina ou praça da cidade.

O ilheense esta de cabeça baixa, esta triste e incomodado, nunca se viu uma situação tão devastadora para a cidadania como esta. A Ilhéus de hoje é uma pálida sombra do seu passado.
A corrupção que deveria ser uma exceção combatida e denunciada virou política oficial, as denuncias feitas por órgão de imprensa e por uns dois ou três vereadores que ainda tem o respeito da comunidade, não tem a menor repercussão ou se quer gera alguma ação de onde se era de esperar.

Pergunta-se em qualquer esquina ou praça da cidade onde esta o Ministério Publico? Onde esta a Policia Federal? Onde esta a Câmara de Vereadores? Onde anda o Tribunal de Constas? Onde estão os órgãos encarregados de investigar e punir corrupção?

São tantas as denuncias até agora levantadas, algumas com indícios tão concretos que podem ser considerados provas cabais de crime. São falta de licitação para a limpeza publica, compra indevidas de milhões de reais em produtos sub-faturados, empresas fornecedora fantasma, mensalinho pago a vereadores, por sinal provados em uma CEI – Comissão Especial de Inquérito da própria câmara, irregularidades na contratação de prestadores de serviço etc... etc... etc...

O que se pode deduzir desta situação é uma só, sobram corruptos instalados em todos os lados, falta vergonha na cara, responsabilidade e ética, falta também responsabilidade aos que dirigem as instituições de fiscalização e controle.
Gerson Marques

Com que roupa eu vou?

A deputa Ângela Souza, depois de pretender ter para os seus aliados todos os cargos do governo estadual em Ilhéus e região, mesmo não tendo apoiado ou votado em Wagner ou Lula, acaba de mostrar seu estilo político, votando de forma sistemática na assembléia legislativa em duas oportunidades contra o governador Wagner.
Ângela Souza, que foi vice-prefeita no governo de Jabes Ribeiro, candidata a prefeita derrotada nas ultimas eleições, presidente da Maramata no governo de Valderico Reis e por fim candidata a deputada estadual com o apoio de ACM e Paulo Souto e uma ajudinha do deputado Felix Mendonça, virou rapidinho deputada da base de Wagner. O problema é que de vez em quando ela tem umas recaídas e vota com a bancada carlista. Mesmo assim quer mais cargos, a esta altura não deve contar mais com a confiança plena do governo estadual.

Cara de Pau


Consta nos bastidores da política ilheense que o ex-prefeito Jabes Ribeiro, esta de malas e bagagem para Brasília onde deve assumir um cargo no Ministério da Cidade. Nada de mais se não fosse o senhor Jabes Ribeiro político ligado ao senador ACM.Jabes tem um longo histórico de traições políticas e mudanças de partido, sempre de forma oportunista. Até onde se sabe, foi filiado ao antigo MDB depois segui para o PSDB, traiu o partido tucano, quando não agüentando o canto da sereia de ACM, terminou por filiar-se ao PFL onde permaneceu até o ultimo pleito, nesta oportunidade tentou passar a perna em Paulo Souto, traindo seu pupilo o deputado Fabio Souto, com quem fazia dupla (estadual/federal) para apoiar por baixo do pano o deputado Raimundo Veloso do PPS, sem clima para continuar no PFL onde era visto como “grande traira” bandeou-se agora para o PP (uma sub-legenda política sempre a disposição de políticos carreiristas e mensaleiros em geral)O mais incrível agora é sua pretensão de arrumar uma boquinha no Ministério da Cidades onde seu partido atual o PP tem o ministro, Jabes como é do conhecimento de todos em Ilhéus, notabilizou-se nas ultimas eleições por ataques raivosos ao presidente Lula, a quem acusava de conivente com o mensalão, traidor da região cacaueira etc... Ainda no segundo turno fez questão de visitar todas as emissoras de radio de Ilhéus para declarar apoio a Alkimin, sempre denegrindo de forma ardilosa e acintosa o presidente Lula.A nomeação de um político carlista com forte tendências ao carreirismo e traições para o Governo Federal, constitui-se em uma falta de respeito aos eleitores de Lula em Ilhéus.
Mande um recado para o presidente da republica, protestando contra a nomeação de Jabes Ribeiro para um cargo no governo Lula.

Até Quando?


As noticias abaixo podem ser lidas no site www.aregião.com.br/

Prefeitura deixa quatro mil estudantes sem aula
neste início do ano letivo, que está prejudicado porque o município não renovou os convênios com as entidades assistenciais e deve até seis meses a algumas escolas conveniadas. O impasse teve início no ano passado, quando a prefeitura começou a atrasar o salário dos profissionais das escolas conveniadas, mas se agravou neste ano. O secretário de Educação de Educação, Almir Pereira, comunicou aos representantes das entidades a suspensão dos convênios com entidades e propôs que elas contratassem professores e coordenadores, "que a prefeitura pagaria os salários". A proposta foi rejeitada porque não há nenhuma garantia de que os recursos seriam repassados em dia. Caso as entidades ficassem devendo por falta de repasse, teriam que arcar com processos trabalhistas e até encerrar as atividades. Pelo convênio em vigor até o início deste ano, a Prefeitura de Ilhéus entrava com os professores e as entidades forneciam as instalações e o apoio social para o funcionamento da escola. Mas o município alega que não tem condições de manter os 200 professores. Prejudicados Entre os prejudicados estão estudantes das entidades Fé e Alegria Centro Comunitário, Nossa Senhora da Conceição, Centro de Apoio ao Menor Carente, Projeto Bom Pastor, Centro de Humanização e Ação Social e Associação Educacional Arca de Noé. O problema também afeta os alunos da Associação de Promoção Humana, Creche e Escola Menor do Futuro, Escola Agrícola Ilhéus, Creche N. S. da Vitória, Escola Emília de Brito Correia, Apae Ilhéus e Abadi Sobadi, que atendem as pessoas mais carentes. Para as entidades, a proposta da Prefeitura de Ilhéus é inviável porque, além da falta de garantia do repasse em dia, teria que arcar com encargos e ações trabalhistas na Justiça, o que as levariam a encerrar as atividades. Os representantes lembraram que muitos dos convênios firmados no ano passado estão com o pagamento em atraso. O Ministério Público Estadual instaurou inquérito para investigar a falta de compromisso do prefeito de Ilhéus, Valderico Reis, com a educação. Os representantes das entidades afirmam que as escolas só poderão funcionar com o município fornecendo os profissionais ou, no mínimo, transferindo os valores dos convênios antecipadamente. Nossa reportagem não conseguiu falar com o Secretário Almir Pereira.


TCM investiga pagamento de R$ 1,7 milhão à Kato -empresa que teria participado do esquema de desvio de dinheiro da Secretaria de Educação de Ilhéus. Os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) instauraram procedimento para analisar o contrato assinado em 2005 pela Prefeitura de Ilhéus e o empresário José Roberto Menezes, dono da empresa. Os conselheiros vão investigar os fortes indícios de irregularidades no pagamento de R$ 1.760.000,00 feito para o dono da Kato e Maciel que "venceu" a licitação para distribuir cartilhas e ensinar inglês e informática para oito mil alunos da rede municipal de ensino. Já se descobriu que o material não foi distribuído na quantidade contratada pela prefeitura a José Roberto, personagem nebuloso que possui uma mansão em Salvador. Além disso, os vereadores Marcus Paiva e Carmelita Ângela constataram que tanto a empresa que venceu a licitação, Kato & Maciel, quanto a que perdeu, Freife & Menezes, pertenciam ao empresário José Roberto e tinham o mesmo endereço no contrato social. A Frife & Menezes e a Kato & Maciel estariam instaladas na Rua Ruy Barbosa, 51-A, centro de Uruçuca, mas os moradores informam que nunca funcionaram no município. Esquema De acordo com documento no TCM, o empenho para o primeiro pagamento para a Kato & Maciel foi autorizado pelo prefeito Valderico Reis no dia 11 de abril de 2005. Os vereadores descobriram que Menezes recebeu R$ 420 mil antes de entregar as supostas cartilhas de inglês. Durante as investigações da Comissão Especial de Inquérito (CEI) aberta pela Câmara de Ilhéus para investigar as irregularidades foi confirmado que os pagamentos feitos à Kato & Maciel eram irregulares e a maior parte do material nunca chegou às escolas. Os vereadores concluíram que foi montado um esquema para desviar dinheiro da Prefeitura de Ilhéus e que mais de R$ 6,5 milhões iriam sair dos cofres públicos. Na época, o relator da CEI, Marcus Paiva, pediu abertura de processo contra o prefeito por improbidade administrativa. Apesar das provas de irregularidades e de a oposição ser supostamente maioria, o parecer do vereador foi rejeitado. Além do procedimento aberto pelos conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios, o prefeito de Ilhéus, Valderico Reis, foi denunciado ao Ministério Público Estadual, que já pediu o relatório produzido pelo vereador Marcus Paiva para a CEI.

Duda Mendonça, a Receita e a mídia

Quando Duda Mendonça estava no meio do foguetório, a grande mídia dava manchetes. Quando a Receita Federal divulga que Duda está quites com os tributos e normas legais, a grande mídia faz de conta que de nada sabe. A Receita Federal de São Paulo já confirmou que não existem irregularidades nas movimentações empresariais de Duda Mendonça em 2006. A grande mídia brasileira cumpre essa função anti-cidadã, de execração pública, uma espécie de ditadura, condenação sem processo e sem direito à absolvição, muito menos reparação.Leia jornais desconfiando sempre.

ACM e seus capachos são desmascarados na Bahia

"O Brasil precisa saber o que se passava na Bahia carlista", afirmou a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) em pronunciamento na Câmara dos Deputados.A Deputada federal Alice Portugal (PC do B-BA) se pronunciou sobre a descoberta da sala secreta na Secretaria de Segurança Pública, onde "se escondiam 520 processos protegidos pelo manto dos ex-governadores Paulo Souto, Antônio Carlos Magalhães, César Borges, e sob os auspícios dos ex-secretários Kátia Alves e Francisco Neto e do hoje Secretário de Segurança Pública do Estado de Alagoas, Coronel Edson Sá Rocha".Veja a íntegra do pronunciamento:"Os acontecimentos da Bahia relatados pelo orador que me antecedeu são muito graves. Esta semana, assistimos a um episódio dantesco na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania com alguns próceres do ex-Governo da Bahia que lamentavam a não instalação de uma CPI, mas não olhavam para os próprios acontecimentos daquele Estado.Na Bahia, dezenas de CPIs deixaram de ser implantadas para análise de improbidades comprovadas dos sucessivos governos carlistas e, neste momento, os seus próceres apresentam-se como vestais da moralidade.Aqui estão os jornais da Bahia, em que se constata o aparecimento de uma sala secreta na Secretaria de Segurança Pública. Nela se escondiam 520 processos protegidos pelo manto do ex-Governador Paulo Souto, do ex-Governador Antonio Carlos Magalhães, do ex-Governador César Borges, sob os auspícios dos ex-Secretários Kátia Alves e Francisco Neto e do hoje Secretário de Segurança Pública do Estado de Alagoas, Coronel Edson Sá Rocha.O jornal A Tarde noticia, e o Secretário de Segurança Pública do Estado da Bahia, com quem tive contato agora à tarde — e aproveito esta oportunidade para parabenizar a sua atitude pronta — , abriu inquérito administrativo e encaminhou ao Ministério Público o pedido de abertura de inquérito para analisar os 520 documentos de Prefeitos, de outros políticos e, lamentavelmente, também de policiais envolvidos com malversações ou mesmo crimes no Estado da Bahia.Precisa ser de conhecimento nacional o tipo de prática que se exercitava na Bahia, exatamente para fazer com que a sociedade brasileira dê ouvidos a quem tem efetivamente credibilidade para ser ouvido. Parabéns ao Secretário de Segurança Pública da Bahia! Muito obrigada, Sr. Presidente".Postado por Guina do blog Tribuna Petistahttp://www.tribunapetista.blogspot.com/Fonte: Portal Vermelho