04/04/2008

Cutucaram a Fera com vara curta


A Ministra Dilma Rousseff estava longe das intrigas políticas e dos "barracos" do Senado, cuidando de gerar empregos e riquezas para o Brasil com o PAC.

O PIG e a oposição quiseram pendurar Dilma Rousseff no pau-de-arara (aquele instrumento de tortura) para arrancar a confissão de um "dossiê" que não é seu.

A ministra Dilma Rousseff, afirmou há pouco que "há uma tentativa clara de atribuir à Casa Civil a responsabilidade por um suposto dossiê".

"A pessoa que está sendo prejudicada por esse processo e a instituição que está sendo prejudicada por esse processo é o governo e a Casa Civil. Especificamente, acho que tem uma direção certa, endereçada a mim". Disse a Ministra

Em entrevista coletiva, a inistra disse haver a posibilidade de um computador da Casa Civil ter sido "invadido" para a captura de informações que constam de um banco de dados que vem sendo montado há muito tempo pelo governo federal.

O Jornal Folha de Paulo,
publicou hoje que "Cópia de arquivo extraído diretamente da rede de computadores da Casa Civil mostra que o dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, saiu pronto do Palácio do Planalto.

Sobre esse assunto, Dilma disse, “É natural que os dados tenham saído do palácio [Palácio do Planalto], porque é lá que eles são depositados. Tanto que o primeiro cidadão que portou os documentos foi o senador Álvaro Dias [PSDB-PR] que até agora não teve a coragem de dizer quem o presenteou com as informações que pertencem ao governo”, disse. “O Álvaro Dias, para mim, comprovou que mentira tem perna curta e língua grande”, completou.

A ministra garantiu que não há dossiê, que fará investigação e que o vazamento de informações consideradas sigilosas é crime.“A equipe técnica, se houver suspeita, será desmascarada de cara. Mas não vou levantar suspeição sobre qualquer órgão público.

Apesar de o ITI não ter a visibilidade como, por exemplo, a Polícia Federal, eles fazem um trabalho decente. O nível de contaminação política nesses órgãos geralmente é muito pequeno. Se alguém invadiu ou vazou dados sigilosos é crime sim”, disse Dilma.

“Tem de abrir a confidencialidade das contas do atual presidente, esposa e familiares. É isso que vai dar satisfação à opinião pública e tirar esse veneno”, disse. “Cabe ao governo manter a guarda dos dados. Mas, como ele vazou, tem de abrir. Só tem esse caminho”, completou.

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Novas ofensivas da Vênus Platinada


A novela Duas Caras, da Rede Globo, continua a campanha para emplacar sua imagem de Brasil. Utilizando uma produção ficcional, a emissora carioca mantém a campanha preconceituosa contra movimentos sociais e sua demagogia com relação ao racismo e a desigualdade social.

Nas últimas semanas, três fatos chamaram atenção. A primeira deu até briga judicial. Fanáticos evangélicos promoveram um quebra-quebra na casa de uma ex-viciada em drogas, que vive junto de um bissexual e um outro rapaz. Só aí, dá para enumerar dois ataques. O primeiro, mais explícito, é contra os evangélicos, firmando o embate com a Rede Record (emissora dos bispos da Igreja Universal). O segundo, sutil, sentencia: é uma pouca vergonha essa coisa de bissexualidade.

O segundo ponto continua sendo o deboche ao movimento estudantil. A imagem caricatural de um falso esquerdista é contraposta a uma "alternativa" de poder no Diretório Acadêmico de uma faculdade, alternativa essa totalmente baseada em um discurso raso e com nenhum viés crítico. Ainda nesse contexto, há ainda outra caricaturização: a dos professores contra as medidas impostas pela reitoria da faculdade. Isso sem contar a propaganda descarada ao sistema de bonificação por desempenho numérico dos docentes, que se aproxima muito do que está sendo implantado aqui em SP.

Por fim - e talvez mais grave - foi a cena em que uma moça negra rejeita ficar com um rapaz branco, alegando o motivo da negativa a diferença de cor. A inversão de valores é séria. A Globo quis mostrar que, agora, os negros é que são preconceituosos com relação aos brancos.

Gostaria de saber em que mundo está vivendo Aguinaldo Silva, autor da trama. Ou, ao menos, quais são suas intenções reais.


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O silêncio e a calúnia


Mino Carta


Pergunto aos leitores: em qual país democrático e civilizado a saída de um jornalista do peso de Paulo Henrique Amorim de um portal da importância do iG seria ignorada pelo resto da mídia? Na imprensa, a notícia só mereceu uma lacônica nota na Folha de S.Paulo, no vídeo o registro pela TV Senado de um discurso do senador Inácio Arruda, do PCdoB do Ceará, a lamentar o episódio e solidarizar-se com Amorim.

E o episódio não somente é muito grave, mas também altamente representativo da prepotência dos senhores, acobertados pelos seus sabujos midiáticos. O espetáculo da tartufaria não é surpreendente. Não cabe espanto, sequer um leve assomo de perplexidade. Tudo normal, na Terra brasilis, tão distante, tadinha, da contemporaneidade do mundo. Porque não há país democrático e civilizado onde o abrupto afastamento de um profissional tão honrado e competente quanto Amorim não teria repercussão na mídia, imediata e profunda.

Não faltaria a busca das razões que levaram o iG a agir de forma tão violenta, ao tirar Conversa Afiada do ar sem aviso prévio, ao lacrar o computador do jornalista e enxotar o pessoal da equipe da sede do portal. Bastaria este comportamento para justificar a repulsa da categoria em peso e a investigação dos interesses envolvidos, necessariamente graúdos.

Pelo contrário, ouviu-se clangoroso silêncio, quase a insinuar que, se a mídia não o noticia, o fato não aconteceu. Que diria Hannah Arendt ao verificar que no Brasil há cada vez menos "homens dispostos a dizer o que acontece e que acontece porque é", de sorte a garantir "a sobrevivência humana"?

Pois o fato se deu, e não se exigem esforços mentais einsteinianos para entender que os donos do iG (Brasil Telecom, Fundos e Daniel Dantas) decidiram abandonar Amorim ao seu destino. Não é difícil também enxergar como pano de fundo o projeto de fundir Brasil Telecom com Oi, a ser executado com o apoio do BNDES, e portanto do governo federal, a configurar mais um clássico do capitalismo sem risco de marca tipicamente brasileira.

Ocorre-me comparar o mutismo atual diante de um fato tão chocante com a indignação midiática que, recentemente, submergiu a campanha de ações movidas em juízo por fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus contra a jornalista Elvira Lobato, da Folha de S.Paulo, autora de reportagem sobre o êxito empresarial da Iurd. Não está claro até o momento se o Altíssimo acudiu o bispo Macedo e seus prosélitos, mas é certo que, se o fez, ou o fizer, terá de enfrentar a ira da mídia nativa.

Foi um coro de manifestações a favor da liberdade de expressão ameaçada, um rosário de editoriais candentes, de colunas vitriólicas, de comunicados de entidades representativas da categoria. A saber, Fenaj, ABI, ANJ, Abraji, sem contar a associação dos correspondentes estrangeiros (OPC). Ah, sim, a famosa liberdade de imprensa. A mídia verde-amarela não hesita em defendê-la, quando lhe convém. Permito-me concluir que, no caso de Paulo Henrique Amorim, não lhe convém.

Recordo episódio similar que me diz respeito. A minha saída de Veja em fevereiro de 1976. Vai às livrarias na segunda 31, lançado em Curitiba, um livro de memórias de Karlos Rischbieter, presidente da Caixa Econômica Federal no começo do governo do ditador de plantão Ernesto Geisel, depois transferido para a presidência do Banco do Brasil e enfim ministro da Fazenda de outro plantonista, João Batista Figueiredo. Ficou por um ano, saiu contestando as políticas que a ditadura pretendia levar adiante.

Escreve Rischbieter em um dos capítulos:

"No começo de 1975 deu entrada na Caixa um pedido de financiamento do Grupo Abril. O pedido era de um financiamento que equivalia a 50 milhões de dólares, para consolidação de várias dívidas, em grande parte em moeda estrangeira. O pedido foi analisado pelo pessoal competente, recebeu parecer positivo e foi aprovado pela diretoria. Mas faltava a aprovação do Governo. E Armando Falcão, ministro da Justiça e guardião dos "valores revolucionários" vetou o financiamento com o argumento de que a Veja, carro-chefe das publicações do grupo, e que tinha como diretor Mino Carta, era sistematicamente antigoverno. Em seu livro autobiográfico, O Castelo de Âmbar, Mino conta com detalhes o episódio que culminou com sua saída do Grupo Abril. Eu tentei, no meio da discussão, convencer o general Golbery a assumir o controle da situação e convencer o presidente a vetar o veto do ministro da Justiça. Mas foi em vão. O empréstimo só foi aprovado quando Mino Carta deixou a Veja no começo de 1976".

In illo tempore colegas de profissão também silenciaram, com exceção do jornal do sindicato paulista. Em compensação, alguns insinuavam, quando não afirmavam, que eu prestava serviço ao chefe da Casa Civil, Golbery do Couto e Silva, quem sabe em troca de vantagens financeiras. Tempos depois, em 1979, Figueiredo no poder, um célebre jornalista escreveu um texto na Folha de S.Paulo intitulado "De João a Mino, os donos do poder". João Figueiredo, está claro. Apresentava-se ali a seguinte tese: "Lá na outra ponta do bonapartismo, em versão microscópica e virulenta, está o jornalista Mino Carta, mini-representante do mandonismo local, que apoderou-se da abertura política concebida e instrumentada pelo general Golbery do Couto e Silva, seu amigo e aparente protetor, para pontificar sobre o que é certo ou errado".


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UNE e UBES em Brasília pela sede


A UNE e a UBES promovem ato político na capital federal, nesta quinta, relembrando o incêndio na antiga sede nacional das entidades no Rio de Janeiro. Na manifestação, também será reivindicada a reconstrução do prédio e haverá homenagens a perseguidos políticos da ditadura.

O movimento estudantil já havia obtido uma grande vitória ao retomar o terreno na Praia do Flamengo, após uma ocupação dos estudantes em 2007. Agora, a UNE busca em Brasília viabilizar o início da construção, cujo projeto é assinado por Oscar Niemeyer.

Cerca de 400 congressitas já assinaram documento apoiando a reconstrução. O ofício será encaminhado ao presidente Lula, que considerou a obra como uma dívida do Estado com o movimento estudantil.


Saiba mais na matéria do Portal Vermelho.

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03/04/2008

Territórios da Cidadania: evolução ou revolução das políticas públicas no meio rural brasileiro?


Artigo - Philippe Bonnal É certamente a primeira vez na história rural brasileira que o Estado implementa um dispositivo tão importante visando a integração dos produtores mais pobres e a redução das diferenças sociais e produtivas no campo.

Agência Carta Maior - No dia 25 de fevereiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, numa cerimônia solene no Palácio do Planalto, deu início ao Programa dos Territórios da Cidadania. O lançamento foi acompanhado pela criação quase simultânea de 60 territórios distribuídos por todo o país. Este acontecimento marcou de maneira eloqüente a determinação do governo federal de dar um forte impulso à estratégia do desenvolvimento territorial, criada em 2004 mediante a instalação da Secretaria do Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SDT-MDA) e a implementação do Programa de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais (PDSTR), inscrito no plano plurianual 2004-2007.

O lançamento do novo programa constitui uma etapa suplementar na intenção de combinar crescimento econômico e reequilíbrio social e territorial, o que aos poucos vem moldando um novo paradigma do desenvolvimento que atrai cada vez mais a curiosidade de outros países.

O que é o Programa dos Territórios da Cidadania? Sua arquitetura, tal como foi apresentada no dia do lançamento, impressiona pela magnitude dos recursos alocados e pela importância das entidades administrativas participantes. Dotado de um orçamento de R$ 11,3 bilhões, o programa pretende atingir aproximadamente mil municípios em 2008, ou seja, uma população de 2 milhões de famílias rurais, e mobilizar a competência de 19 ministérios. Para 2009, há a previsão de incrementar o número de territórios para 120, quando todos os territórios do atual PDSTR serão incorporados ao novo programa.

Foram definidas 135 ações públicas, nas áreas econômica, social e de infra-estrutura.

A área econômica acentua o apoio às atividades produtivas agrícolas e pecuárias (assistência técnica, crédito agrícola), à comercialização dos produtos agropecuários (por intermédio do Programa de Aquisição de Alimentos ou mediante ações de apoio ao cooperativismo, às unidades de comercialização e à agroindústria), à produção de biodiesel (assistência técnica, capacitação, pesquisa e desenvolvimento, organização da produção, gestão do selo social) e à regularização fundiária (identificação e delimitação de terras em quilombolas, reassentamento de famílias de áreas indígenas).

Leia a matéria completa no site do Agência Carta Maior
http://www.aleporto.com.br/

O inconformismo de um jornal com Lula


Pesquisa sim, e a outra também, o "Estadão" faz um editorial...

Pesquisa sim, e a outra também, o "Estadão" faz um editorial absolutamente inconformado com os índices de popularidade do presidente Lula e de aprovação a seu governo. Esta semana, após a divulgação de levantamentos do IBOPE/CNI e do Datafolha, o jornal fez dois editoriais. No publicado ontem, diz que "o temperamento autoritário de Lula almeja maioria de 98% no mínimo" e não sustenta essa acusação de autoritarismo com um único exemplo.

Eu acho que o jornal fica mais irritado por ser obrigado a registrar, neste editorial que comento, que Lula é o presidente mais popular da história do país desde 1985 (dos últimos 23 anos, portanto) e, principalmente, que o apoio ao chefe do governo não pára de crescer. O jornal se obriga a reconhecer, ainda, que o sucesso de Lula obrigou a oposição a não ameaçá-lo, a se encolher à função de coadjuvante ou de "interlocutor afônico" na definição de Fernando Henrique Cardoso utilizada pelo "Estadão".

Parodiando o famoso marqueteiro americano que, na primeira campanha de Clinton em 1992, cunhou para ela a expressão-mote "É a economia, estúpido", como resposta à campanha adversária, ao "Estadão" eu diria "são os programas sociais, a atenção às camadas populares brasileiras, não existentes em governos anteriores, que explicam a popularidade de Lula, jornalão!"

Como disse o Elio Gaspari em sua última coluna nos jornais: Lula impôs sua agenda ao Brasil - "um cestão com progresso de 5,4% e aumento de 13,4% no consumo das famílias. (No governo Lula) há mais carne no prato e menos mês no fim do salário". O "Estadão" não entende como um presidente que faz isso não é impopular como o jornal quer que seja. Melhor seguir o conselho, do qual aposso-me, do próprio Elio: não adianta a oposição reclamar, é melhor sugerir bons outros temas (e não atacar os da agenda de Lula) e cobrar. No caminho que está, não derruba a popularidade do presidente.

http://www.zedirceu.com.br/

Lula: mais popular que futebol e cerveja no Brasil


Fantástico o exercício de comparação do blogue Opiniões-Sérgio Telles (http://stelles.blogspot.com/) sobre a dimensão da popularidade de 73% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada em março. Vamos às conclusões:

1 - Lula é mais popular que o futebol

Considerando dados de pesquisa CNT/Sensus de outubro do ano passado, 67,3% gostam ao menos um pouco de futebol, ou seja, menos do que os que aprovam o presidente. Mas Telles vai além: "Uma pesquisa do atual DEMo (ex-PFL), no meio do ano passado, aponta que o PT é preferido por 28,2% da população, mais do que a soma das 2 maiores torcidas brasileiras. Ou seja, melhor que dizer 'vai contar só pra torcida do Flamengo', é falar 'vou contar para os que preferem o PT'. Enfim, Lula é mais popular que o futebol e o PT mais popular que Flamengo e Corinthians somados".

2 - Lula é mais popular que a cerveja

Segundo o 1º Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, 48% se declararam abstêmios, ou seja, não consomem qualquer bebida alcoólica. Dos demais 52%, cerveja ou chopp são consumidos por 61% desses. Ou seja, apenas 31,7% da população bebem cerveja. "Conclui-se que o governo Lula é muito mais preferido que cerveja pelos brasileiros", sentencia Sérgio Telles.

3 - Lula é mais popular que o catolicismo

Em pesquisa do DataFolha de maio do ano passado, 64% dos brasileiros se declararam católicos (praticantes ou não). "Logo, conclui-se que Lula é mais popular que a Igreja Católica no Brasil", diz Telles.

4 - Lula é mais popular que o Carnaval

Pesquisa CNT/Sensus feita recentemente apontava que apenas 41,2% dos brasileiros gostam da festa. Telles novamente: "Lula e seu governo são amplamente mais populares que o Carnaval".

5 - Lula é quase tão popular quanto sexo

Pesquisa de Bem-Estar Mundial da Durex, de 2006, diz que 76% dos brasileiros são sexualmente ativos. Segundo a mesma pesquisa, por coincidência ("e apenas isso", frisa Telles), o mesmo índice dos que não aprovam Lula (27%) é o dos que têm falta de libido e também de homens com dificuldades de ereção. "Outra coincidência", observa Telles, "é que os especialistas em sexologia sempre apontam que 30% das mulheres costumam não conseguir orgasmo de nenhuma maneira, também o mesmo percentual das que não aprovam Lula neste segmento da população".

Alguém imagina essa série de comparações como capa da Veja?

http://www.futepoca.com.br/

ROTEIRO DO GOLPE: OS CARTÕES CORPORATIVOS


Paulo Henrique Amorim

. O senador Álvaro Dias (PSDB-Paraná) entrega os dados do cartão corporativo de Dna. Ruth Cardoso à Veja, a última flor do Fascio.

.
Clique aqui para ler sobre os gastos no cartão de Dna. Ruth e o dossiê sobre as ambulâncias do presidente eleito José Serra (*).

. O senador Álvaro Dias, todos devem se lembrar, era o Catão da CPI dos Correios, que ficava lá nas primeiras filas, com aquela oratória de comover estátuas de bronze ...

. A Veja não identificou o nobre senador, e disse que o Governo tentava chantagear a Oposição na CPI dos Cartões, com o vazamento dos dados de Dna. Ruth.

. O PiG cai em cima.

. A Oposição no Congresso bufa e berra.

. O PiG dá cobertura aos berros da Oposição.

. É a senha para o golpe: tal dia é o batizado.

. O amigo leitor pode ler abaixo uma antologia das manchetes do PiG sobre o golpe para derrubar o presidente Lula, com o vazamento da Veja.

. A Ministra Dilma Rousseff é colocada no pelourinho.

. Os “historiadores” e “especialistas” do PiG dizem que a candidatura de Dilma à Presidencia está morta.

. Exige-se a cabeça de uma funcionária de Dilma.

. E o senador Álvaro Dias lá, quieto no seu canto – fingia que não era com ele.

. E o golpe em marcha.

. Agora, o PiG esconde a notícia de que o senador tucano foi quem vazou a informação para fomentar o golpe.

. O Estadão, então, é uma obra prima.

. Diz na primeira página: “Governistas acusam tucano de vazar dossiê dos cartões”.

. Muito sério isso, não ?

. Como é que governistas inescrupulosos podem acusar um senador tucano de fazer uma coisa dessas ?

. Esses governistas ...

. Aí, o incauto leitor do Estadão vai à Página 4 e a reportagem começa assim: “A confissão do senador tucano Álvaro Dias de que teve acesso ao dossiê ...”

. Quer dizer: quem confessou foi ele ...

. Não precisou a Oposição pressionar.

. Já tinha saído no Blog do Noblat (
clique aqui).

. Os tucanos, convenhamos, estão prontos para voltar ao poder: o senador Álvaro Dias se especializa em vazamentos e o presidente eleito José Serra, em dossiês...

.
Clique aqui para ler “Serra, o fabricante de dossiês”.
. Agora, se travará uma batalha para saber quem, de dentro do Palácio do Planalto, vazou uma informação para derrubar o Presidente Lula ...

. A trilha do golpe é sempre essa: vazar para a Veja, a Oposição berra no Congresso, o PiG cobre o berro da Oposição, a Veja repercute o berro e o vazamento, a Oposição repercute a Veja, o PiG cobre a repercussão da repercussão, a repercussão gera a repercussão, a Veja dá o berro, o PiG e a Oposição repercutem a Veja, o PiG berra com a Oposição ... como é que é mesmo, hein ? ... me perdi.

. É a busca desesperada da crise fatal que derrubará o presidente Lula

. Crise ? Que crise ? Qualquer crise ! –
clique aqui para ler esse texto que a “limpeza ideológica” do iG tentou apagar - .

(*) Dna. Ruth comprou no cartão ingresso para ir ao teatro na Europa. Como Dna. Ruth é uma pessoa de bom gosto, deve ter sido em Londres. Ela sabe que não há teatro melhor do que o de Londres.


http://www.paulohenriqueamorim.com.br/

02/04/2008

Dossiê(?) anti-FHC


Até rimou...

Senador tucano admite que recebeu dossiê anti-FHC; petistas cobram nome de "espião"
Gabriela Guerreiroda Folha Online, em Brasília

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse nesta quarta-feira que recebeu o suposto dossiê elaborado por funcionários da Casa Civil com informações sobre gastos sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PDSB) com cartões corporativos. Dias, entretanto, não admitiu ser o responsável pelo vazamento do dossiê para a imprensa.

Em seguida, argumentou que a Constituição Federal permite que os parlamentares usem dados que chegam às suas mãos como acharem mais conveniente, inclusive para repassá-los para a imprensa. "Os senadores não são obrigados a prestar informações sobre o que recebem. Se um parlamentar vazou informações para a imprensa, o fez dentro das suas atribuições parlamentares", afirmou.

Em nenhum momento do discurso no plenário do Senado, Dias admitiu o vazamento. Mas deixou claro, após ser questionado pelo senador Tião Viana (PT-AC), que a Constituição concede liberdade para que os parlamentares usem ou divulguem as informações que recebem.

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Febre Amarela: MPF vai investigar a mídia a pedido do MSM


O Ministério Público Federal instaurou a investigação solicitada pelo Movimento dos Sem-Mídia (MSM) em março. O movimento protocolou a representação demandando que se avaliasse o comportamento dos principais jornais e TVs brasileiros entre dezembro de 2007 e janeiro deste ano no noticiário sobre os casos de febre amarela. O documento aponta que, ao tratar casos em regiões rurais como epidemia nacional.

O procurador da República Adilson Paulo Prudente do Amaral Filho, do 5º Ofício - Banca I será o responsável pela investigação.

Eduardo Guimarães, presidente do MSM e autor do blogue Cidadania.com concedeu uma entrevista ao Viomundo, do jornalista Luiz Carlos Azenha. Clique aqui para ouvir.

"A literatura médica aponta uma morte para cada milhão de vacinas aplicadas", explica Guimarães na entrevista. "As pessoas se vacinaram movidas pelo noticiário, porque ele não colocou alertas suficientes de que haveria riscos", completa. Para ele, o objetivo da "campanha" da mídia é político que "se transformou numa queda de braço" para "fazer valer o poder que sempre teve, só que está perdendo".

Se o MPF entender que a tese do movimento procede, ele fará uma denúncia à Justiça. O MSM pede que o erário público seja ressarcido e todas as penas cabíveis para os causadores do suposto dano. Serão investigados o grupo Folha, Estado, Globo, Jornal do Brasil, editora Abril, editora Três e Correio Braziliense.

Clique aqui para ver a carta ao MSM que confirma a instauração da investigação.

Pescadores expulsam resort de praia no CE


A comunidade da praia de Ponta Grossa, no município de Icapuí (CE), há dez anos tomou uma decisão surpreendente: não vender nenhum terreno para pessoas de fora.
Vem da praia vizinha – a famosa Canoa Quebrada – o exemplo do que ocorreu quando a especulação imobiliária atuou livremente.

– Sabemos bem o que acontece com o turismo de massa. A comunidade de Canoa Quebrada vendeu tudo e hoje as pessoas, quando muito, são empregadas nas pousadas e restaurantes. Não queremos isso para Ponta Grossa – diz Eliabe Crispym da Silva, presidente da Associação de Turismo, Meio Ambiente e Cultura (Astumac).

Como já sinaliza o nome da associação, a opção dos moradores foi por um turismo comunitário, mais equilibrado e com forte preocupação ambiental. 'Justamente por morarmos em ambiente de falésias, qualquer vacilo podemos perder tudo', ressalta Eliabe.

Isolada por morros e falésias, Ponta Grossa é uma vila onde moram 64 famílias de pescadores, aproximadamente 200 pessoas. Foi lá, alegam, que o Brasil foi descoberto em fevereiro de 1500 (dois meses antes de Cabral), pelo navegador Vicente Yáñez Pinzon.

Mais de 50% dos moradores já conciliam a atividade da pesca com o turismo comunitário, que se tornou uma das principais fontes de renda da comunidade.

Antes, as pessoas hospedavam os turistas em casa mesmo. Agora, a comunidade já obteve financiamentos (inclusive da Suíça) que possibilitaram a construção de chalés e pousadas nos terrenos ao lado das casas dos pescadores. Hoje, têm 80 leitos para hospedar visitantes.

- Tudo o que existe lá pertence à própria comunidade – diz Ana Paula Silva, representante da Fundação Brasil Cidadão para acompanhamento de projetos de turismo. A Fundação não apenas apóia a iniciativa da comunidade como está começando a disseminá-la por outros distritos de Icapuí.

Para ir à Ponta Grossa, os visitantes têm que seguir um conjunto de regras, que incluem não tentar adquirir qualquer imóvel, não agredir o meio ambiente e não fazer barulho excessivo. Além disso, há um acordo tácito entre os pescadores para combater o turismo sexual.

Distribuição da renda

Ponta Grossa está sempre com lotação esgotada em feriados prolongados, além de 200 a 300 visitantes que visitam a praia diariamente, mas não dormem lá.A comunidade desenvolveu um mecanismo interessante para distribuir a renda vinda do turismo e garantir a sustentabilidade de todos os negócios da vila.

A estadia dos visitantes é organizada de forma que eles consumam em vários locais, pertencentes a diferentes famílias. Podem, por exemplo, hospedar-se na pousada de uma família, tomar café da lanchonete de outra e almoçar no restaurante de uma terceira.

Embora realmente não haja muitas opções de escolha, esses roteiros, claro, são sempre sugeridos aos visitantes e nunca obrigatórios. Há também o desejo que os turistas circulem e interajam com o máximo de moradores.

Resort expulso

Praticamente tudo o que é decidido em Ponta Grossa passa pelo coletivo. Decisões importantes, como a de não vender terrenos para 'estrangeiros', são tomadas em assembléias com grande participação.

Foi justamente essa união que garantiu a criação de uma lei municipal transformando Ponta Grossa numa APA (Área de Proteção Ambiental).

A integração entre os moradores, por outro lado, também impediu a instalação de um grande resort numa praia próxima.

- Teve um caso que a gente reuniu toda a comunidade para impedir a instalação de um grande resort. Provocamos até uma audiência pública com a presença do prefeito e eles tiveram que desistir, conta, orgulhoso, o presidente da associação.

Para Ana Paula, a comunidade está tão coesa em seus propósitos que qualquer interferência, mesmo a do poder público, tende a ser negativa. 'A comunidade já se apropriou do processo. Daqui pra frente, se o poder público fizer alguma intervenção, ela não vai ser positiva', diz.

A experiência de Ponta Grossa já é uma referência para todo Ceará. Tanto que os representantes da comunidade foram convidados para mostrar sua experiência no II Seminário Internacional de Turismo Sustentável, que acontece nos dias 12 e 15 de maio, em Fortaleza. Boa sorte para eles!

VOCÊ É BAIANO OU BARIANO?


Vanda Amorim

Muita gente pergunta se sou baiana ou pernambucana, principalmente ao saberem que minha carteira de identidade foi emitida pela Secretaria de Segurança Pública de Pernambuco e que cursei jornalismo na Universidade Católica daquele estado. Sou baiana de Paulo Afonso, mas com um pé em Pernambuco - por minha mãe, Nicinha, ser de lá - e outro em Alagoas - por causa de meu pai, Nilton, alagoano brabo.

Quando eu morava em Recife (fiquei por lá seis anos), sempre que as pessoas sabiam que eu era baiana, diziam: " adoro a Bahia, as praias, o elevador Lacerda..." Percebia que elas ficavam um pouco desapontadas quando eu interrompia a divagação e dizia que eu era de Paulo Afonso. " Ah, mas você disse que era da Bahia". E eu repetia que era, mas não de Salvador. Aí era onde estava o "x" da questão. As pessoas achavam - e muitas ainda falam assim no Brasil inteiro - que a Bahia se resumia a Salvador.

Acho, aliás, que grande parte dos soteropolitano se sentiram assim nem que seja uma vez na vida - a Bahia é só Salvador. Meu filho emprestado, Cacá, quando começou a estudar, se perguntado se ele era baiano ele dizia que não: " sou soteropolitano". Muito orgulho de todos. Muitos nem sequer admitiam ser nordestinos. Hoje a coisa tá diferente, mas continuo encafifada com uma coisa: se nós baianos - e agora não falo só dos soteropolitanos - somos tão orgulhosos da nossa terra, porque muitos de nós, inclusive colegas jornalistas, ao escrever a sigla da Bahia escreve Ba, transformando de um imenso e lindo Estado em um elemento químico - o Bário? Vá lá que a imagem do Bário também parece uma festa (veja imagem abaixo), mas cada um no seu cada qual, é ou não é?

Os pernambucanos não trocam o seu Estado por padre - PE/Pe (abreviatura de padre). Os sergipanos, nossos vizinhos, não confundem seu Sergipe (SE) com o elemento químico Selênio (Se). Para os paraibanos, sua guerreira Paraíba( PB) não é Chumbo (Pb); tampouco os alagoanos trocam Alagoas (AL) por Alumínio (Al).

Aprendi, ainda no primário - hoje Ensino Fundamental - no Colégio Adozindo, com a professora Marlene, que as siglas dos estados e das regiões brasileiras são formadas por duas letras MAIÚSCULAS. Assim não fosse, nosso Nordeste (NE) seria confundido com o Neônio (Ne) e Minas Gerais (MG) com Magnésio (Mg). O Ceará (CE), com suas belas praias e sol o tempo inteiro certamente abomina ser trocado pelo radioativo Césio (Ce), aquele do acidente em Goiania, em 1987.

Tem mais: se quiserem trocar de nome, como estão fazendo, descuidadamente, muitos baianos, os catarinenses terão o Estado do Escândio (Sc), os paranaenses serão naturais de Prascodínio (Pr), os acreanos de Actínio (Ac) , os paraenses seriam de Protactínio (Pa) e os capixabas de Einstéinio (Es). Nossa cobiçada Amazônia não estaria mais localizada no Amazonas (AM), mas no Amerício (Am). Neste caso não sei se seria muito bom, porque os Estados Unidos das Américas poderia dizer que o nome é mais próprio ao seu país e querer se apossar de vez daquelas terras.

Definitivamente, não quero deixar de ser nascida na Bahia (BA) para ter no meu registro de naturalidade Paulo Afonso - Bário (Ba).

Vamos combinar uma coisa de uma vez por todas. Siglas de estados se escreve com DUAS LETRAS MAIÚSCULAS. É UFBA, não UFBa. E se vocês garantem que não estudaram isso na escola, então realmente fui e continuo sendo uma pessoa privilegiada por ter passado por professores excelentes, que tinham coragem e prazer de ensinar, mesmo em escola pública. Estudei do pré-primário ( hoje educação infantil) até o 2º ano científico ( depois 2º grau e hoje Ensino Médio) no SPEI, escolas que a CHESF mantinha em minha terra natal.

01/04/2008

O condomínio da classe média


Mauro Santayana

Os líderes da oposição conservadora – do antigo PFL, antigo PDS, antiga Arena, ainda mais antiga e golpista UDN – que hoje se identificam como democratas, argumentam que Lula faz campanha eleitoral antes do tempo e pretendem apresentar queixa ao TSE contra o presidente da República. Ao TSE cabe admiti-la, ou não, de acordo com a lei. Se, por hipótese, aceitá-la, cabe ao presidente recorrer ao STF. Seu propósito é o de buscar o desgaste do presidente, mediante ataques sistemáticos. Não a incomoda o que o presidente diz aqui ou ali, em reuniões restritas, ou em remotos municípios do Nordeste.

O que a irrita é a crescente popularidade do governo e do chefe de Estado, aferidas pelas pesquisas de opinião. Os homens públicos normalmente se acautelam com essas sondagens. Não sendo ciência exata, mas, sim, uma práxis, a atividade política está submetida às circunstâncias, e as circunstâncias mudam sem aviso prévio. Imprevisíveis dificuldades podem alterar, de uma hora para outra, a situação atual, e fazer decair o prestígio do governo e do presidente.

Para muitos observadores isentos, a popularidade do governo e do presidente não tem sido resultado de factóides – para usar o neologismo preferido do senhor Cesar Maia –, mas do início do processo de planejada redistribuição de renda, e de retomada dos investimentos públicos, como estímulo ao desenvolvimento econômico e social do país.

Os oposicionistas admitem que o presidente é socorrido pela sorte – e lhe negam as virtudes de comando. Em sua avaliação, o governo está dando certo à revelia de seu chefe. É como se as coisas surgissem por milagre, e não pela decisão do poder. Ainda que se admita a sorte como fator político, por que ver nela valor negativo? É melhor o bom governante que tenha sorte do que outro que não goze desse privilégio dos deuses ou do acaso. Outro argumento de que se valem – o de que o presidente cavalga situação internacional favorável – não o diminui. Ele, pelo menos, sabe cavalgá-la.

Lula consolida e amplia o apoio da maioria dos brasileiros a uma reforma social tanto mais ampla quanto mais pacífica. Durante séculos, as oligarquias nacionais impediam o povo de ter consciência de seus direitos. Ao negar aos pobres a educação e a informação, os oligarcas os mantinham atados ao eito e à servidão eleitoral.

Os pequenos favores, na hora da doença e da morte em família, eram depois pagos pelos pobres com votos. A literatura política brasileira é rica em estudos sobre essa opressão histórica, e tem no livro de Vitor Nunes Leal, Coronelismo, enxada e voto, a obra mais lúcida e mais bem documentada. As oligarquias mantinham o poder nas três esferas do Estado e se nutriam dos recursos públicos para a reprodução familiar dos privilegiados; nos créditos do Estado; nas carreiras burocráticas; no comando da vida nacional.

Lula, ao ampliar os programas sociais, com o cartão bancário substituindo as recomendações dos chefetes locais, rompeu a velha correia de transmissão. Os pobres dependem da entidade anônima que é o Estado, não dependem mais dos caciques municipais. Mais do que obter a segurança do almoço, eles se livraram da humilhação de pedir, e do constrangimento de receber. Não devem favores, recebem o que o Estado lhes entrega como direito. Argumenta-se com o velho provérbio que aconselha ensinar a pescar em lugar de oferecer o peixe. Mesmo para que o aprendiz possa preparar a vara e armar o anzol, é preciso comer antes. Por isso mesmo o número de novos empregos formais quase decuplicou nos últimos cinco anos. Os programas sociais dinamizaram a economia.

Os democratas devem assumir, sinceramente, que se contrapõem a essa promoção social e econômica dos pobres. É seu direito, como porta-vozes de setores minoritários da classe média, incomodados com os recém-chegados ao condomínio – que supunham fechado para sempre.

Mauro Santayana é jornalista

A revolução econômica do andar de baixo


Artigo - Elio Gaspari

Folha de S. Paulo - O Boston Consulting Group apresentou uma idéia à praça: há 1 bilhão de novos consumidores prontos para serem atendidos pela economia mundial. A maior parte desse mercado está na China, na Índia e no Brasil. Ele começa logo acima da linha da pobreza e acaba no início da classe média. São pessoas que estão fora do radar de muitas companhias e deverão provocar mudanças na economia mundial. Pode-se arriscar que sejam semelhantes às que ocorreram na Europa nas duas décadas seguintes ao fim da Segunda Guerra.

No Brasil, esse mercado tem 120 milhões de fregueses, com renda familiar inferior a R$ 1.200 mensais. Eles produzem perto de um terço da renda nacional e ficam com metade do consumo, cerca de R$ 200 bilhões anuais. Uma família típica gasta 78% do que recebe em casa, comida, transporte, saúde e telefone. Sobram 22% para ir às compras.

No topo do grupo, o excedente chega a 50% da renda. É um dinheiro que começa a mudar o perfil da produção nacional.

De cada 10 brasileiros que fazem parte desse mercado, 6 trabalham na informalidade e 8 recebem seus pagamentos em dinheiro. Mesmo assim, gastam R$ 28 bilhões por ano com prestações e 1 em cada 2 acredita que poupará mais no ano que vem.

Esses brasileiros estão um pouco melhor que os europeus do início da segunda metade do século passado. Como as coisas por lá foram de bom a melhor, aconteceram situações incríveis. Em 1950, na Alemanha, venderam-se 900 mil pares de meias de náilon para mulheres. Quatro anos depois, as alemãs compraram 58 milhões de pares de meias. A explosão do consumo europeu levou o escritor comunista Roger Vailland a dizer que os franceses não precisavam de geladeiras, um "símbolo da mistificação" americana.

"Nova classe média", "turma do bilhão", "neo-emergentes" ou seja qual for o nome que se dê ao fenômeno, ele está aí para mudar muita coisa.

Não é à toa que grandes empresas começaram a mergulhar na periferia das grandes cidades e que o Banco Azteca (capitais mexicanos) abriu no Recife sua primeira agência sem exigência de renda para abrir conta, nem cobrança de tarifas. Ele opera acoplado a uma loja de móveis e aparelhos domésticos.

Do ponto de vista dos negócios, quem não olhar para o andar de baixo ficará com um mico. Do ponto de vista político, seria muito simples supor que essas famílias são devotas de Nosso Guia. Podem não ser, mas foi no governo de Lula que o crédito se expandiu e sobrou mais salário no fim do mês.

leitor revela detalhes de dossiê anti-FHC


O leitor Victorio postou nos comentários uma mensagem que resolvi pelo pitoresco da coisa tornar post. Ele tem razão, não há dossiê mais trágico para o governo FHC do que a comparação entre os quatro primeiros anos de mandato de Lula contra os oito anos de FHC. Aliás, foi esse “dossiê” que levou Lula à reeleição a despeito de toda a anti-campanha midiática. Dilma tem que trabalhar para melhorar esse "dossiê" se quiser vir a ser a sucessora de Lula.

Empregos
Lula: 6 milhões (4 milhões com carteira assinada)
FHC: 700 mil

Média anual de empregos gerados :
Lula: 1,14 milhão
FHC: 87,5 mil

Média mensal de empregos gerados:
Lula: 95 mil
FHC: 7,29 mil

Taxa de desemprego nas regiões metropolitanas :
Lula: 8,3%
FHC: 11,7%

Exportações (em dólares):

Lula: 118,3 bilhões
FHC: 60,4 bilhões

Balança comercial (em dólares):

Lula: 103,3 bilhões
FHC: - 8,4 bilhões

Transações correntes (em dólares):

Lula: 30,1 bilhões
FHC: - 186,2 bilhões

Risco-país:

Lula: 204
FHC: 2.400
* No governo Lula, o país atingiu o patamar mais baixo da história.
Inflação:

Lula: 2,8%
FHC: 12,53%

Dívida com o FMI (em dólares):

Lula: dívida paga
FHC: 14,7 bilhões
Dívida com o Clube de Paris (em dólares ):

Lula: dívida paga
FHC: 5 bilhões
Dívida pública :

Lula: 34,2%
FHC: 35,3%

Dívida externa:

Lula: 2,41%
FHC:12,45%

Investimento em desenvolvimento (em reais):
Lula: 47,1 bilhões
FHC: 38,2 bilhões

Empréstimo para habitação (em reais):

Lula: 4,5 bilhões
FHC: 1,7 bilhões

http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/blog/

Salvador está na disputa para sediar a Bienal da UNE


Estudantes reúnem-se com
governador Wagner
e pedem apoio para realização
da Bienal da UNE na capital baiana
Fazer de Salvador a cidade-sede da Bienal de Arte, Ciência e Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE). Foi com este objetivo que um grupo de estudantes, liderado pela presidente nacional da UNE, Lúcia Stumpf, esteve reunido no dia 17 de março com o governador Jaques Wagner e com o secretário estadual de Cultura, Márcio Meirelles. O deputado estadual e ex-presidente da UNE, Javier Alfaya, também esteve presente, assim como representantes da União dos Estudantes da Bahia (UEB), da Associação Baiana dos Estudantes Secundaristas (Abes) e dos Centros Universitários de Cultura e Arte (CUCA).

O governador Jaques Wagner mostrou-se bastante interessado em apoiar a realização do encontro na Bahia, marcado para acontece r em janeiro de 2009, tendo como tema principal a discussão sobre a formação do povo brasileiro. A expectativa dos organizadores é reunir 20 mil estudantes de todo o país.

A cidade mineira de Ouro Preto também está na disputa para sediar o evento. Mas além do apoio do governador Wagner, a Bahia tem dois fortes motivos históricos para sair vitoriosa na disputa. Primeiro: em 2009, comemoram-se 30 anos de reconstrução da UNE, que aconteceu em memorável Congresso realizado na capital baiana. Segundo: em 1979, portanto três décadas atrás, Salvador sediou a primeira Bienal da UNE.


http://deputadojavier@alba.ba.gov.br

Blogueiros desmascaram golpismo argentino


Achei muito estranho este novo panelaço em Buenos Aires. Quem acompanha a história recente do país, sabe que, por mais problemas que haja na gestão dos Kirchnner, eles literalmente "salvaram" a pátria, fazendo o país crescer a taxas chinesas e o desemprego retornar a patamares razoáveis. Além disso, a vitória de Cristina Kirchnner, há somente alguns meses, foi esmagadora. Como não aconteceu nada de muito grave desde então, porque cargas d'água os argentinos iriam fazer "cacerolazo"? Na época de Menen ou De La Rua, explicava-se: a economia estava descendo ladeira abaixo e o desemprego explodindo, mas agora? Tudo bem ser crítico ao governo Kirchnner, mas daí partir para a gritaria?


Desconfiei e hoje fui a caça de blogs argentinos. Dito e feito. Os blogueiros políticos estão perplexos com o que houve. A mídia fazia convocação a cada 15 minutos e repetia que era "espontâneo". Tudo para desgastar Cristina, que sofre com uma oposição de direita raivosa sediada nas redações dos grandes jornais e canais de tv.


Confira esse blogueiro argentino
aqui. E esse aqui também.

O impressionante é a pressa e quase ansiedade com que a mídia brasileira repercute o que diz a mídia argentina, mostrando que, na América Latina, formou-se uma verdadeira irmandade midiática reacionária, que opera no continente de norte a sul.

Miguel do Rosário

ESPETÁCULO DO CRESCIMENTO


Vendas em supermercados crescem 8,3%


Pesquisa da associação do setor mostra ainda que houve ampliação da participação das marcas líderes TATIANA RESENDEDA REDAÇÃO As vendas nos supermercados mantêm o ritmo de crescimento, com aumento real de 8,63% em fevereiro e de 8,31% no bimestre em comparação com iguais períodos de 2007, segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados).


Para o presidente da entidade, Sussumu Honda, o dado surpreende porque a base de comparação já era alta, de 6,05% no primeiro bimestre de 2007, que, por sua vez, era confrontada com uma queda de 1,84% no faturamento no mesmo intervalo do ano anterior.A expansão, diz, mostra que o consumo das famílias continua em alta em 2008. No ano passado, o acréscimo chegou a 6,5%, puxando o aumento de 5,4% do PIB (Produto Interno Bruto).

Apesar disso, o presidente da Abras manteve a previsão de alta no faturamento do setor para 2008 -em torno de 4,5%.Para Marcos Escudeiro, da GS&MD, consultoria especializada em varejo, o ritmo de expansão deverá diminuir no segundo semestre. A empresa estima crescimento anual de 6%.

O índice AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, permaneceu na casa dos R$ 231 pelo terceiro mês consecutivo, o que aponta migração dos gastos do consumidor para produtos de maior valor agregado e aumento no volume.

Pesquisa feita pela Abras em parceria com a Nielsen mostra que a participação das marcas líderes chegou a 27% das vendas no ano passado, contra 25,9% em 2004, puxada pela maior inserção nos produtos considerados de preços altos.Nesse segmento, a parcela conquistada pelas marcas líderes subiu de 36% para 45%.

João Lazzarini, diretor da Nielsen, argumenta que historicamente o nível dessa participação cresce em momentos de maior atividade econômica, como o atual.No entanto, outro dado indica que o peso individual dessas marcas segue o caminho inverso.

Em 2006, 30% delas tinham mais da metade do mercado em que atuavam, patamar que foi reduzido para 15% no ano passado com a ampliação das categorias de produtos disponíveis nas gôndolas dos supermercados e a concorrência acirrada.


31/03/2008

Em cartaz uma maquiavélica peça Hamlet - Amadiana


Ser ou não? “Esta é a questão”

Questionável ou não pelo menos um mérito este porto já tem, ele provocou na comunidade ilheense a ruptura do vivendes-letárgicos que estávamos condenados.

Dois ilheenses de boa cepa trocavam opiniões no café de Conceição a cerca do novo porto:

- Veja você nossa cidade outrora tava entregue ao reino das trevas do Valderiquismo, espécie de castigo pago por todos. Agora estamos vivendo no mundo celestial do progresso, uma espécie de mantra indiano.

- A sorte, é que existe uma forte influencia shakespeariana nesse texto o que faz dele uma obra bem melhor que as narrações de tragédias gregas que estavam em cartaz até o final o ano passado no palácio Paranaguá.

- Estamos todos entregues a cruel duvida existencial de ser ou não ser, a cidade toda esta em febre, ser ou não ser esta é a questão, ora é puro Shakespeare.

- Como se não bastasse a evidencia literária exposta pelo amigo diria também que existe outra. Afinal tendo o porto de Ilhéus como pano de fundo foi com esta trama que Jorge teceu sua Gabriela.

- É verdade já vejo a peça em cartaz fazendo um sucesso enorme, afinal, nada mais nada menos que o um hibrido de Shakespeare e Jorge.

- Quem sabe nasce assim o Shake-Amadonismo, um novo gênero da literatura universal.
- Mas sendo em Ilhéus tudo pode, ou seria nada pode? Nossa é tudo dilema, o vida cruel! Não era melhor continuarmos fazendo de conta que temos turismo e fabricamos computadores? Já esqueceram do cacau mesmo.

- No meu entender a complexidade da trama existe em um fator imperativo e bem literário. “Todos são a favor do porto”.

- Mas como assim todos? É Shake-Amadonismo ou Maquiavel?

- Ai esta a genialidade do produto hibrido, diferente dos personagens incorruptíveis de Shakespeare e da sagacidade original dos heróis de Jorge, o hibrido topa tudo se tem um portinho ai tamo dentro.

- Então é Maquiavel. To dizendo!

- Quem já leu a peça diz que entre os personagens predominam os tragicômicos, mas não faltam heróis de capa e espada as mocinhas desavisadas, muito menos canastrões de chapéu e bengala.
Dizem que no enredo da trama, o tema principal fica o tempo todo em subterfúgios e reentrâncias, nunca no centro do palco, nunca na boca do mocinho ou do vilão, neste texto é bom que se diga nem vilão tem!

- Como já disse é Maquiavel. Maquiavel derrotou Jorge e Shakespeare juntos. Não tenho mais duvida!


Gerson Marques

Este texto esta publicado também no blog: http://www.r2cpress.com.br/