07/11/2007


Caros leitores do Jacarandá neste momento estamos enfrentando algumas dificuldades técnicas para atualizar o blog.

São problemas de ordem puramente técnica com os computadores que utilizamos para manter o blog que estão impedindo inclusive a finalização das mudanças de lay-out.

Mais alguns dias e estaremos novamente a todo vapor.

06/11/2007

Consumo de energia sobe 7,5% em outubro


Folha de S.Paulo - O consumo de energia no mês de outubro aumentou 7,5% em relação ao mesmo mês no ano passado. Nos 12 últimos meses, comparado com o mesmo período no ano passado, o aumento foi de 4,8%. O crescimento é o maior registrado em um mês de outubro desde o fim do racionamento, em 2002.


Em outubro foram consumidos 51.229 MW (megawatts) médios no chamado "sistema interligado" --todo o país menos região Norte. No mesmo mês do ano passado, o consumo médio foi de 47.646 MW. De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), o aumento do consumo de energia em outubro foi causado pelo calor registrado ao longo do mês e pelo aumento da produção industrial.


O nível de água nos reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste é o mais baixo para um mês de outubro (final do período de seca) desde 2004. Naquele ano, o nível médio em outubro ficou em 62,03% da capacidade. Na quarta-feira, último dia do mês, o nível registrado foi de 51,92%. Em outubro de 2000, o nível dos reservatórios estava em 22,9%. O racionamento foi decretado em junho do ano seguinte e acabou em fevereiro de 2002.


O nível baixo de água nos reservatórios, apesar de normal para esta época do ano, foi o responsável pelo acionamento das termelétricas a gás, o que causou corte parcial do fornecimento do produto no Rio de Janeiro e São Paulo na terça-feira. Com menos água nos reservatórios, o preço da energia gerada pelas hidrelétricas (geralmente mais barata) aumenta. Quando isso acontece, as regras do sistema elétrico brasileiro determinam o acionamento de termelétricas.


A medida é normal e tem o objetivo de poupar a água das hidrelétricas.


Como não há gás natural suficiente para acionar termelétricas e, ao mesmo tempo, atender a todos os outros consumidores do produto, a Petrobras teve que fazer um corte parcial no gás destinado às distribuidoras. Mesmo se a Petrobras não tivesse fornecido gás para as termelétricas, não teria faltado energia. Isso porque, embora em níveis baixos, os reservatórios das hidrelétricas ainda estão suficientemente abastecidos para garantir o suprimento de energia.

Leia a matéria completa no site da Folha Online

O alarmismo que tomou conta da mídia nesses últimos dias chega a ser patético. Já disse uma vez que o maior receio dos governos em adotar uma campanha de prevenção ou de racionalidade no consumo de energia é a histeria. E foi isso o que aconteceu.


Em 2008 a Petrobras aumentará a oferta de gás em mais de 35 milhões de metros cúbicos/dia, pelo Plangás 2008. O programa prevê o aumento da oferta dos atuais 15,8 milhões de metros cúbicos por dia para 40 milhões, em fins de 2008. Ou seja, um acréscimo equivalente ao que o Brasil importa atualmente da Bolívia.


Ao mesmo tempo a empresa está investindo em 2 unidades de regaseificação de GNL importado para atender as Termelétricas. As duas unidades (Rio e Pecém-CE) terão a capacidade para 21 milhões de metros cúbicos por dia já no primeiro semestre de 2008. Descrição do Sistema.


A estatal explicou que o objetivo é testar o modelo de contratação de gás firme flexível, que implica a substituição do gás por outro energético quando for necessário para geração elétrica. Os consumidores chamados a "contribuir" são aqueles identificados pela empresa entre os que podem usar combustível alternativo, liberando o gás para térmicas. Para esses, a Petrobras vai oferecer combustíveis substitutos - GNL, GLP e óleo combustível - pelo preço do gás natural. Quem quiser contrato de gás inflexível (sem possibilidade de corte) vai ter que pagar mais.


postado em: http://www.aleporto.com.br/

Consumo de energia sobe 7,5% em outubro


Folha de S.Paulo - O consumo de energia no mês de outubro aumentou 7,5% em relação ao mesmo mês no ano passado. Nos 12 últimos meses, comparado com o mesmo período no ano passado, o aumento foi de 4,8%. O crescimento é o maior registrado em um mês de outubro desde o fim do racionamento, em 2002.


Em outubro foram consumidos 51.229 MW (megawatts) médios no chamado "sistema interligado" --todo o país menos região Norte. No mesmo mês do ano passado, o consumo médio foi de 47.646 MW. De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), o aumento do consumo de energia em outubro foi causado pelo calor registrado ao longo do mês e pelo aumento da produção industrial.


O nível de água nos reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste é o mais baixo para um mês de outubro (final do período de seca) desde 2004. Naquele ano, o nível médio em outubro ficou em 62,03% da capacidade. Na quarta-feira, último dia do mês, o nível registrado foi de 51,92%. Em outubro de 2000, o nível dos reservatórios estava em 22,9%. O racionamento foi decretado em junho do ano seguinte e acabou em fevereiro de 2002.


O nível baixo de água nos reservatórios, apesar de normal para esta época do ano, foi o responsável pelo acionamento das termelétricas a gás, o que causou corte parcial do fornecimento do produto no Rio de Janeiro e São Paulo na terça-feira. Com menos água nos reservatórios, o preço da energia gerada pelas hidrelétricas (geralmente mais barata) aumenta. Quando isso acontece, as regras do sistema elétrico brasileiro determinam o acionamento de termelétricas.


A medida é normal e tem o objetivo de poupar a água das hidrelétricas.


Como não há gás natural suficiente para acionar termelétricas e, ao mesmo tempo, atender a todos os outros consumidores do produto, a Petrobras teve que fazer um corte parcial no gás destinado às distribuidoras. Mesmo se a Petrobras não tivesse fornecido gás para as termelétricas, não teria faltado energia. Isso porque, embora em níveis baixos, os reservatórios das hidrelétricas ainda estão suficientemente abastecidos para garantir o suprimento de energia.


Leia a matéria completa no site da Folha Online

O alarmismo que tomou conta da mídia nesses últimos dias chega a ser patético. Já disse uma vez que o maior receio dos governos em adotar uma campanha de prevenção ou de racionalidade no consumo de energia é a histeria. E foi isso o que aconteceu.


Em 2008 a Petrobras aumentará a oferta de gás em mais de 35 milhões de metros cúbicos/dia, pelo Plangás 2008. O programa prevê o aumento da oferta dos atuais 15,8 milhões de metros cúbicos por dia para 40 milhões, em fins de 2008. Ou seja, um acréscimo equivalente ao que o Brasil importa atualmente da Bolívia.


Ao mesmo tempo a empresa está investindo em 2 unidades de regaseificação de GNL importado para atender as Termelétricas. As duas unidades (Rio e Pecém-CE) terão a capacidade para 21 milhões de metros cúbicos por dia já no primeiro semestre de 2008. Descrição do Sistema.


A estatal explicou que o objetivo é testar o modelo de contratação de gás firme flexível, que implica a substituição do gás por outro energético quando for necessário para geração elétrica. Os consumidores chamados a "contribuir" são aqueles identificados pela empresa entre os que podem usar combustível alternativo, liberando o gás para térmicas. Para esses, a Petrobras vai oferecer combustíveis substitutos - GNL, GLP e óleo combustível - pelo preço do gás natural. Quem quiser contrato de gás inflexível (sem possibilidade de corte) vai ter que pagar mais.


postado em: http://www.aleporto.com.br/

31/10/2007


Caros amigos leitores do blog
Como podem ver estamos fazendo mudanças, inovando e melhorando o nosso blog.
Em breve voltaremos a postar boa informação e conteúdo de qualidade

Gerson Marques

30/08/2007

O espetáculo do crescimento esta apenas começando


Publicado no blog do Alex Porto, http://www.aleporto.com.br/ a matéria que segue é um bom exemplo de como uma avaliação errada feita pelo setor empresarial pode atrapalhar o país em seu processo de crescimento.
O Alex não diz, mas a verdade é que o setor empresarial, formado em grande parte pela mesma elite e com o mesmo dna da turma do cansei, apostaram e perderam no desastre do governo Lula.
Essa gente é tão presunçosa que mesmo perdendo dinheiro preferiam acreditar que Lula era um incompetente e incapaz, vão pagar alto pelo erro, a industria nacional não se preparou para o espetáculo do crescimento e agora os estoques estão baixo de mais, a saída vai ser importar e muito para evitar a volta da inflação por excesso de demanda.


Lula avisou, agora não vale reclamar


Há quatro anos o presidente Lula anunciou o "espetáculo do crescimento" e depois avisou que "quem apostar contra o Brasil vai perder". Todos sabemos que o empresariado brasileiro, com algumas exceções, é como São Tomé. Desde 2004, a renda e o emprego vêm se recuperando fortemente, depois de uma década de queda, aliado a uma agressiva política de crédito. O resultado é que desde o segundo trimestre de 2006, os dados do comércio varejista, divulgados pelo IBGE, apontam crescimento "chinês". Boa parte dessa demanda tem sido atendida pelo forte aumento das importações, mas a indústria nacional parece que não estava preparada para surfar nessa onda. O jornal DCI, que tem o Luiz Antônio Magalhães do blog Entrelinhas como editor de Política, faz uma leitura atenta da pesquisa divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas, que apontou otimismo recorde no setor. O presidente estava otimista há mais tempo. Com a queda nos estoques, fruto da falta de planejamento e de uma aposta errada no crescimento da demanda interna, o setor industrial acaba dando um tiro no pé. Passaram anos "chorando" para uma intervenção no câmbio e demoraram a investir. Mas antes tarde do que nunca, os investimentos estão crescendo fortemente, mas talvez não o suficiente para apagar uma luz amarela no Banco Central, que tem como obrigação avaliar a relação entre demanda e oferta. O dado concreto é que os estoques historicamente diminuem no segundo semestre. Se já estão baixos agora.


Estoque da indústria cai e alarma empresários / DCI -


O nível de estoque da indústria está em queda livre, num momento em que o setor se prepara para o período mais aquecido do ano: o aumento da produção para atender as encomendas do comércio para as festas de fim de ano. Esse quadro prevalece na grande maioria das empresas, mas é mais grave em dois setores de peso da economia: veículos e siderurgia. No caso dos carros, as montadoras calculam que o estoque (somando também as concessionárias) em julho era suficiente para atender o mercado por apenas 19 dias. Em junho, esse número era de 22 dias e a média do setor fica entre 25 e 30 dias, pelos dados da Anfavea. Os estoques preocupam também em relação ao aço. Embora o nível tenha apresentado melhora, a quantidade estocada em junho era suficiente apenas para 2,9 meses, em comparação a 3,3 meses em julho do ano passado. O nível de julho é igual ao de novembro do ano passado, período em que os estoques de aço costumam estar em baixa pelo aumento da demanda em conseqüência das compras para o Natal. As vendas de aço pelas distribuidoras cresceu em julho para 263,9 mil toneladas, em comparação às 208,4 mil toneladas de julho do ano passado. Sondagem realizada pela FGV mostrou que neste mês de agosto o número de empresários que consideram seus estoques insuficientes aumentou para 7%, em comparação aos 4% de agosto do ano passado. O levantamento com 1.095 empresas mostrou também que a porcentagem dos que avaliam seus estoques como excessivo despencou de 12% em agosto do ano passado para 6% neste mês. A FGV lembra que "esta é a primeira vez, desde abril de 1995, em que a proporção de empresas com estoques insuficientes supera a de empresas com estoques excessivos". A indústria está mantendo em agosto o ritmo de crescimento que de certa forma estabeleceu no segundo trimestre de 2007, que é um ritmo mais forte, quando houve aceleração da produção. Entre os segmentos que estão nessa situação o segmento de material de transportes, com a cadeia de montadoras e fabricantes de autopeças, metalurgia e alimentos. Ele considera que esse comportamento da indústria se deve principalmente à recuperação do mercado interno, "que está alavancando o crescimento do setor mais do que as exportações". Aloísio Campelo diz que a pesquisa comprovou um momento de aquecimento acentuado da atividade industrial: "Em nenhum quesito notamos qualquer sinal de pessimismo", disse . Se há um desequilíbrio de estoques, esse é do lado da insuficiência de estoques e não do excesso, um sinal de que, em setembro, a produção da indústria poderá vir com alguma melhora sobre agosto. O levantamento da FGV mostrou também que o nível de ocupação da capacidade produtiva da indústria chegou a 85,7% em agosto, em comparação aos 83,6% do mesmo mês do ano passado, alcançando, assim, o nível mais alto do período.

http://www.aleporto.com.br/

Governo amplia Bolsa Família e orçamento social sobe para R$ 16,5 bi em 2008


Deve ser muito difícil fazer oposição a um governo deste, Lula demonstrou hoje que não é só conversa a prioridade de seu governo aos mais pobres, nunca antes na historia deste país se aplicou tanto dinheiro em politicas sociais. A atitude de Lula hoje em ampliar os gastos com as politicas sociais para o próximo ano é merecedora de aplausos.



BRASÍLIA - O orçamento social do governo em 2008 será de R$ 16,5 bilhões. Durante a reunião ministerial de hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou vários programas adicionais que devem consumir recursos além do previsto.A proposta original do Ministério do Planejamento destinava R$ 11,8 bilhões para a agenda social do governo no ano que vem, mas, com a apresentação de novos programas pelo ministro do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Patrus Ananias, será necessário um reforço de R$ 4,7 bilhões.De acordo com a assessoria do Palácio do Planalto, Lula tomou a decisão de ampliar os investimentos sociais nesta manhã, a tempo de encaixar a mudança na proposta do Orçamento Geral da União 2008, que deve ser encaminhada amanhã ao Congresso.


O Brasil tirou 5 milhões de pessoas da indigência em 15 anos e superou um dos "Objetivos do Milênio" da ONU, anunciou o governo. Na última pesquisa, em 2005, cerca de 4,2% dos brasileiros viviam em situação de extrema pobreza, segundo relatório oficial. Com o Bolsa Família, a meta é reduzir o esse número para 2,2% até o ano que vem.


Entre as novidades da agenda social que devem aumentar as despesas, o ministro citou mudanças no programa Bolsa Família. Além de benefício fixo, o Bolsa Família também paga um benefício suplementar para cada família que tem filhos de até 15 anos de idade, limitado a três filhos por família. A idéia do governo é ampliar a faixa etária de 15 para 17 anos para esse benefício adicional o que, segundo o ministro, estenderia o pagamento a outros 1,750 milhão de jovens.Segundo Patrus, a agenda social do governo está montada sob quatro eixos: redução das desigualdades; programas de apoio à juventude; direitos de cidadania, e integração cultural com programas sociais.

(Azelma Rodrigues Valor Online)

STF com a faca no pescoço


Um dos ministros que acabará de participar do “julgamento histórico do STF” como intitulou alguns órgãos de imprensa, desabafou ontem com um amigo por celular em um restaurante de Brasília. Por acidente estava próximo um repórter da folha de São Paulo. Os comentários do ministro são assustadores, prova o que todos os blogues e jornalistas sérios deste país vem reafirmando a tempo, estamos vivendo a ditadura da mídia.
Mesmo a mais alta corte de justiça do país, se dobrou a imprensa, são covardes, medrosos, parciais e hipócritas.
É vergonhoso, so mesmo de forma acidental para o país ter certeza de uma coisa visível a todo o momento, na ausência de uma oposição competente, a mídia se vestiu de partido político, o ante Lula e resolveu governar o país.
As declarações do ministro Lawandowski são reveladoras de um complô, armações e jogadas de bastidores, o STF esta agora sob suspeita, não tem mais moral para julgar este caso.
Leiam a matéria da folha e tire as conclusões.

"Tendência era amaciar para Dirceu", diz ministro do STF
Lewandowski afirma que "imprensa acuou o Supremo" no julgamento do mensalão
"Todo mundo votou com a faca no pescoço", declara o autor do único voto contra a imputação do crime de quadrilha ao petista


VERA MAGALHÃESDO PAINEL, EM BRASÍLIA

Em conversa telefônica na noite de anteontem, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), reclamou de suposta interferência da imprensa no resultado do julgamento que decidiu pela abertura de ação penal contra os 40 acusados de envolvimento no mensalão. "A imprensa acuou o Supremo", avaliou Lewandowski para um interlocutor de nome "Marcelo". "Todo mundo votou com a faca no pescoço." Ainda segundo ele, "a tendência era amaciar para o Dirceu".
Lewandowski foi o único a divergir do relator, Joaquim Barbosa, quanto à imputação do crime de formação de quadrilha para o ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu, descrito na denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, como o "chefe da organização criminosa" de 40 pessoas envolvidas de alguma forma no escândalo.
O telefonema de cerca de dez minutos, inteiramente testemunhado pela Folha, ocorreu por volta das 21h35. Lewandowski jantava, acompanhado, no recém-inaugurado Expand Wine Store by Piantella, na Asa Sul, em Brasília.
Apesar de ocupar uma mesa na parte interna do restaurante, o ministro preferiu falar ao celular caminhando pelo jardim externo, que fica na parte de trás do estabelecimento, onde existem algumas mesas -entre elas a ocupada pela repórter da Folha, a menos de cinco metros de Lewandowski.
A menção à imprensa se deve à divulgação na semana passada, pelo jornal "O Globo", do conteúdo de trocas de mensagens instantâneas pelo computador entre ministros do STF, sobretudo de uma conversa entre o próprio Lewandowski e a colega Cármen Lúcia.Nos diálogos, os dois partilhavam dúvidas e opiniões a respeito do julgamento, especulavam sobre o voto de colegas e aludiam a um suposto acordo envolvendo a aposentadoria do ex-ministro Sepúlveda Pertence e a nomeação -que veio a se confirmar- de Carlos Alberto Direito para seu lugar. Lewandowski chegou a relacionar o suposto acordo ao resultado do julgamento.
Ontem, na conversa de cerca de dez minutos com Marcelo, opinou que a decisão da Corte poderia ter sido diferente, não fosse a exposição dos diálogos. "Você não tenha dúvida", repetiu em seguidas ocasiões ao longo da conversa.
O fato de os 40 denunciados pelo procurador-geral terem virado réus da ação penal e o dilatado placar a favor do recebimento da denúncia em casos como o de Dirceu e de integrantes da cúpula do PT surpreenderam advogados de defesa e o governo. Na véspera do início dos trabalhos, os ministros tinham feito uma reunião para "trocar impressões" sobre o julgamento, inédito pelo número de denunciados e pela importância política do caso.
Em seu voto divergente no caso de Dirceu, Lewandowski disse que "não ficou suficientemente comprovada" a formação de quadrilha no que diz respeito ao ex-ministro. "Está se potencializando o cargo ocupado [por Dirceu] exatamente para se imputar a ele a formação de quadrilha", afirmou.
Enrique Ricardo Lewandowski, 58, foi o quinto ministro do STF nomeado por Lula, em fevereiro do ano passado, para o lugar de Carlos Velloso. Antes, era desembargador do Tribunal de Justiça de SP.
No geral, o ministro foi o que mais divergiu do voto de Barbosa: 12 ocasiões. Além de não acolher a denúncia contra Dirceu por formação de quadrilha, também se opôs ao enquadramento do deputado José Genoino nesse crime, no que foi acompanhado por Eros Grau.
No telefonema com Marcelo, ele deu a entender que poderia ter contrariado o relator em mais questões, não fosse a suposta pressão da mídia. Ao analisar o efeito da divulgação das conversas sobre o tribunal, disse que, para ele, não haveria maiores conseqüências: "Para mim não ficou tão mal, todo mundo sabe que eu sou independente". Ainda assim, logo em seguida deu a entender que, não fosse a divulgação dos diálogos, poderia ter divergido do relator em outros pontos: "Não tenha dúvida. Eu estava tinindo nos cascos".
Lewandowski fez ainda referência à nomeação de Carlos Alberto Direito, oficializada naquela manhã pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Negou ao interlocutor que fizesse parte de um grupo do STF contrário à escolha do ministro do Superior Tribunal de Justiça para a vaga de Pertence, como se depreende da conversa eletrônica entre ele e Cármen Lúcia. "Sou amigo do Direito. Todo mundo sabia que ele era o próximo. Tinha uma campanha aberta para ele."
Ainda em tom queixoso, gesticulando muito e passando várias vezes a mão livre pela vasta cabeleira branca enquanto falava ao celular, Lewandowski disse que a prática de trocar mensagens pelos computadores é corriqueira entre os ministros durante as sessões. "Todo mundo faz isso. Todo mundo brinca."
Já prestes a encerrar a conversa, o ministro, que ainda trajava o terno azul acinzentado e a gravata amarela usados horas antes, no último dia de sessão do mensalão, procurou resignar-se com a exposição inesperada e com o resultado do julgamento. "Paciência", disse, várias vezes. E ainda filosofou: "Acidentes acontecem. Eu poderia estar naquele avião da TAM".
Além dos trechos claramente identificados pela reportagem, a conversa teve outras considerações sobre o julgamento, cuja íntegra não pôde ser depreendida, uma vez que Lewandowski caminhou para um lado e para outro durante o telefonema.
Logo após desligar, ao voltar para o salão principal do restaurante, Lewandowski se deteve para cumprimentar um dos proprietários, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, figura muito conhecida em Brasília e amigo de vários advogados e políticos -entre eles o próprio Dirceu, citado na conversa.
Lewandowski ficou pouco mais de uma hora no restaurante. A Expand Wine Store by Piantella é um misto de loja de vinhos, restaurante e bar localizada na quadra 403 Sul, no Plano Piloto. Pertence ao mesmo grupo de proprietários do Piantella, o mais tradicional restaurante da capital federal, ponto de encontro de políticos.
Só depois da conversa com Marcelo é que Lewandowski sentou-se e fez os pedidos: uma garrafa de vinho argentino Santa Júlia, R$ 49 segundo o cardápio, uma porção mista de queijos e outra de presunto, cada uma ao preço de R$ 35. No telão localizado às costas do ministro, eram exibidos DVDs musicais -um show do grupo Simply Red e uma apresentação da cantora Ana Carolina

29/08/2007

Leilão da Vale: o Manganês subtraído.


Além do "sumiço" das reservas de Ferro, houve também sumiço de manganês.Em 1995, a Vale do Rio Doce informou à SEC (Securities and Exchange Commission, órgão responsável pela fiscalização do mercado de ações norte-americano) que suas reservas de manganês eram de 65 milhões de toneladas.Na avaliação para privatizar, no ano seguinte, só declararam 26 milhões de toneladas.


39 milhões de toneladas a menos.


Sumiram 60% das reservas de manganês.Mas a sub-avaliação não parou por aí.O minério localizado dentro da mina (termo técnico "in situ") valia em média a US$ 0.5 por tonelada.Já o minério localizado na boca da mina (termo técnico "mine gate") valia US$ 20 por tonelada.Toda a reserva foi avaliada em US$ 0.5 por tonelada, ignorando completamente a parte do minério na boca da mina que valia 40 vezes mais.Quem avaliou a Vale foi Mineral Resources Development Inc. (MRDI) - subcontratada do consórcio liderado pela Merril Lynch e Bradesco.A Merril Lynch tinha ligações com um dos participantes do Leilão, a Anglo American,grupo que participou do leilão.

O Bradesco se tornou sócio na Vale após o Leilão, o que também compromete sua isenção.A relação de avaliadores e compradores é proibida.

Pelo claro conflito de interesses, onde os compradores tem interesse em comprar menor preço de avaliação possível.


PF PRENDE DE NOVO QUEM MELLO SOLTOU


A matéria postada abaixo, esta no blog de Paulo Henrique Amorim, é um do mais duros ataques já feitos até hoje a um ministro do supremo, eu particularmente nunca tinha lido algo tão contundente.
Estou publicando por que concordo no gênero e na altura. É muita coragem de PHA em botar o dedo na ferida, em particular em relação ao ministro Marco Aurélio de Mello.

Tive a oportunidade de assistir parte das seções transmitidas pela tv da justiça, foi assustador ver que os ministros que compõe a nossa corte maior são despreparados, fracos mesmo, donos de retóricas imbecilizadas, decepcionante. Um pais que tem uma corte desta natureza não pode mesmo esperar muito da nossa justiça.

A alguns meses atrás a nação ficou sabendo quanto custa comprar um voto de um destes ministro, acredito que nem todos estão nas prateleiras, mas este ministro em particular é sempre muito generoso com os criminosos do jogo do bicho.

Agora a federal teve que prender novamente os mesmos marginais que ele mandou libertar a alguns dias, revelador não é?


PF PRENDE DE NOVO QUEM MELLO SOLTOU

Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 653
. A Polícia (Republicana) Federal teve trabalho em dobro e foi obrigada a prender de novo os bicheiros que a Operação Hurricane prendeu (
clique aqui).

. A P (R) F trabalhou em dobro e o contribuinte teve que pagar duas vezes pelo mesmo serviço.

. Os bicheiros do Rio tinham sido libertados pelo ministro Marco Aurélio de Mello, do STF, no mês passado.

. O STF, aliás, tem sido extremamente generoso com os presos que a P (R) F, o Ministério Público e a Justiça mandam prender.

(
Clique aqui para ver o que o Conversa Afiada já disse sobre essa generosidade: "Impunidade, teu outro nome é o Supremo", de 04 de agosto, quando o Ministro Marco Aurélio de Mello mandou soltar o Turcão, Aniz e o Capitão Guimarães, porque as provas não eram "robustas")

. No caso do bicheiro Turcão, por exemplo, o supremo juiz Mello disse a frase lapidar ao rejeitar uma decisão da juíza Ana Paula Vieira, do STJ, que tinha mandado prender Turcão: "A juíza havia dito que o acusado poderia voltar a práticas condenáveis, considerado o crime de quadrilha, e a corrupção nas formas ativa e passiva". No entanto, o ministro entendeu que "a possível infiltração no aparelho estatal diz respeito, até aqui, a fatos ainda em apuração, não se podendo cogitar da continuidade delitiva".

. Pois é, Ministro Mello, o sr. Turcão, tão bonzinho, voltou à atividade "delitiva", a delinqüir, segundo o entendimento da Justiça que o mandou prender hoje: dedicava-se à nobre atividade de "lavar dinheiro".

. Está o Ministro Mello preparado para ser juiz da Suprema Corte ?

. "A resposta é desenganadamente não".
Postado em:
http://conversa-afiada.ig.com.br/

Comprovada inexistência do Mensalão: só 6 deputados suspeitos foram denunciados.


Mais uma vez a Helena Sthephanowitz, através de seu blog, ajudou a colocar a verdade no lugar.

Nossa maior corte de justiça deu um show de covardia e subserviência, com medo de contrariar a grande mídia e seus patrões os ministros torgados fizeram um julgamento político, cumprindo o escripte que lhes cabia, mesmo sem provas como reconhece alguns deles.

Com a palavra os amigos do presidente Lula.


Comprovada inexistência do Mensalão: só 6 deputados suspeitos foram denunciados.

A imprensa está escondendo o fato da denúncia sobre compra de votos no Congresso pelo governo caiu por terra.

Dos 40 denunciados, há banqueiros, empresários, publicitários, diretores de empresas, de partidos, etc.

Mas o Procurador Geral da República só conseguiu encontrar evidências contra 12 deputados entre as 40 pessoas denunciadas.

Desses 12 deputados, 4 são do PT, então não há sentido em cobrarem para votar com o governo. O motivo de movimentarem dinheiro só pode ser outro. Os deputados dizem ser caixa-2 de campanha. O Procurador da República atribui a outros crimes. Ao fim do processo veremos quem está com a razão.

Outros 2 deputados eram do ex-PL, partido coligado, do vice-presidente, que também não faz sentido cobrarem para votar com o governo, porque participavam do governo com o Ministro dos Transportes.

Então sobraram só 6 deputados: 1 do PMDB, 3 do PP, e 2 do PTB (um deles Roberto Jefferson, que jura que "mensaleiros" são os outros).
Esses 6 deputados (ou 5, dependendo do gosto do freguês em contar ou não Roberto Jefferson), não dariam maioria ao governo na câmara em hipótese alguma.

Então essa tese do mensalão ficou completamente inviabilizada.

Na minha opinião, cada envolvido tinha acordos próprios com Marcos Valério, de natureza diferente. É provável que alguns nem sabiam do envolvimento de Marcos Valério com outros.

Em alguns casos é bem possível que fosse caixa-2 de campanha mesmo. Aliás foi o que alegou o ex-deputado Roberto Brandt, do PFL/Demo, que recebeu R$ 150 mil de Marcos Valério, dizendo ser dinheiro da Usiminas, doados através de caixa-2, e não compreendo como Brandt não consta da denúncia do Procurador da República).
Roberto Jefferson, velho conhecedor das maracutaias no meio político, apontou essas negociatas de Marcos Valério com diversas pessoas diferentes do meio político, e embrulhou tudo num pacote só, e deu o nome de mensalão. A imprensa adorou e adotou a tese, porque sendo uma coisa de um grupo, e não de pessoas dispersas, ficaria fácil culpar o governo Lula. Assim o método de jornalismo de Ali Kamel de "testar hipóteses" foi usado à exaustão com a hipótese do "mensalão".
Como mais cedo ou mais tarde a verdade prevalece, a denúncia final ficou reduzida à 6 deputados de 12. Isso desmente categoricamente o "teste da hipótese" do "mensalão".


Postado em: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

28/08/2007

FHC é réu em ação que aponta o sumiço de 9,6 bilhões de toneladas de minério de ferro da Vale


Recebi do Rodrigo Carvalho o texto do Zé Augusto:

"Apenas um fato, entre vários, já justifica perante a justiça anular o processo de privatização:
O "sumiço" de 9,688 bilhões de toneladas em reservas de minério de ferro.
Em maio de 1995, a Vale informou oficialmente à Securities and Exchange Commission - SEC, órgão responsável pela fiscalização do mercado de ações norte-americano - que suas reservas de minério de ferro nas minas do Sistema Sul, todas localizadas em Minas Gerais, totalizavam 7,918 bilhões de toneladas.
No edital de venda da empresa (item 6.5.1), o Sistema Sul aparece com apenas 1,4 bilhão de toneladas, ou seja, 6,518 bilhões de toneladas a menos.
A Vale informou à SEC que as reservas minerais do complexo de Carajás, situado no Pará, eram de 4,970 bilhões de toneladas.
No edital, as reservas de Carajás foram estimadas em 1,8 bilhão de toneladas - 3,170 bilhões de toneladas a menos."

Se você quiser consultar a movimentação do processo acima no TRF1 clique no link:http://www.trf1.gov.br/Processos/ProcessosTRF/ctrf1proc/ctrf1proc.asp?proc=199939000073039

Notícias que a Globo não dá: protesto contra racismo na Ford da Bahia


Quando supostos analistas de nossa mídia me falam em "análise de conteúdo" eu bocejo.
Eles pegam um telejornal, analisam o conteúdo e formam sua opinião.
Tiram o telejornal do contexto, como se ele existisse no vácuo.
Análise de conteúdo, em minha modesta opinião, só dá para fazer comparando o conteúdo do telejornal com as notícias mais importantes daquele dia.
Lembram-se de quando o Jornal Nacional dedicou mais de cinco minutos ao nascimento da filha da Xuxa?
Quais foram as notícias que, por isso, ficaram de fora do JN daquele dia?
Crio, a partir de agora, esta seção fixa:
As notícias que a Globo não dá.
Mas vale mandar exemplos, também, das notícias que a Record, a Band e a TV Cultura não dão.
Vocês vão ficar estarrecidos quando se derem conta da "filtragem" de notícias que acontece, de acordo com os interesses políticos e econômicos das emissoras - que, é bom lembrar, são concessões públicas - e da visão classe média-Zona Sul dos que se acham acima da lei, dos códigos de ética e do compromisso do Jornalismo com o interesse público.
Essa notícia, por exemplo, não valeu nem um segundo sequer do Bom Dia Brasil:
"27 DE AGOSTO DE 2007 - 17h24
Gerente da Ford-BA ofende negros e nordestinos e é demitido
Depois de ofender os metalúrgicos da Ford Camaçari, com xingamentos e frases preconceituosas contra negros e nordestinos, o gerente do prédio de montagem Gilberto Albuquerque, contratado da Ford há 23 anos, foi demitido por justa causa pela direção da empresa, após a paralisação de 1,5 mil funcionários da planta, que protestaram contra os atos na quinta-feira (23).
Segundo relato dos trabalhadores, Albuquerque tentou 'premiar', na quinta-feira, um dos setores da montagem, considerado por ele como o mais sujo da empresa, com um pequeno porco de cerâmica envolto em caixa de acrílico, deixando o objeto exposto sobre um armário. Indignado com a tentativa de humilhação, um dirigente sindical questionou o gerente sobre sua atitude e ouviu deste expressões como 'filho da p...' e 'vá tomar...'. Além disso, Albuquerque proferiu frases preconceituosas contra nordestinos e negros, o que gerou a revolta dos metalúrgicos.
Em reação imediata, os diretores sindicais, juntamente com os trabalhadores que testemunharam a agressão, interromperam suas atividades. Só voltariam após a retratação do gerente. Em instantes, a paralisação se estendeu por toda a montagem final. A fábrica só voltou a funcionar quando Albuquerque, natural de São Paulo, pediu desculpas publicamente ao diretor ofendido e aos trabalhadores da empresa em geral. Mas isso não impediu sua demissão.
Agora, a Federação dos Trabalhadores na Indústria Metalúrgica (Fetim-BA) entrará com uma ação na Justiça por assédio moral e danos morais contra Albuquerque e a Ford Bahia.
Paralisação
Os trabalhadores das indústrias metalúrgicas da Região Metropolitana de Salvador paralisaram mais três empresas hoje, evidenciando o descontentamento da categoria com a falta de flexibilidade dos patrões na mesa de negociações. Os cerca de 20 mil empregados do setor encontram-se em data base.
As máquinas estão paradas na Thyssen Krupp e na Jardim, ambas fornecedoras de auto-peças para a Ford Bahia, e na ABB, que faz serviços de manutenção para a montadora – todas em Camaçari. Sem esses produtos, a linha de montagem da Ford conseqüentemente deixará de funcionar ainda hoje, o que deve ocorrer no período da tarde.
Na semana passada, seguindo orientação da Federação dos Metalúrgicos da Bahia (Fetim), os trabalhadores paralisaram, também por 24 horas, as cerca de 30 empresas do Complexo Ford. Os funcionários da Caraíba Metais, em Dias D´Ávila, também cruzaram os braços.
Os metalúrgicos reivindicam aumento real, a concessão de cestas básicas , mais segurança no ambiente de trabalho e a ampliação dos benefícios sociais. Na próxima terça-feira acontece mais uma rodada de negociações na DRT (Delegacia Regional do Trabalho) de Salvador, às 10 horas.
De Salvador,Isaac Jorge

Blog do Mello: Se a Abril nada deve, qual é o problema de uma CPI?


Deu no Blog do Mello:


"Parodiando Cazuza: - Abril, qual é o teu negócio? O nome do teu sócio?
Não posso cometer contra a Veja e o Grupo Abril - que a produz - aquilo que critico neles.
Acho apenas que quem não tem Nada a esconder - que é o título de um mini-editorial da Veja desta semana - não deveria estrilar tanto contra a criação da CPI da TVA.
Ainda mais em seu tratando da Veja, que sempre defendeu CPIs contra o governo Lula, sob qualquer pretexto.
Também não vou afirmar aqui que a Veja mente quando afirma no editorial que tudo foi aprovado, quando não, dona Veja, não foi aprovado não.
A Anatel solicitou à Telefônica que a companhia refizesse o acordo de acionistas para eliminar a possibilidade de poder de veto da empresa nas decisões da operadora em São Paulo.
E por que a Anatel fez essa solicitação? Por que há suspeitas da utilização de laranjas no negócio. Semelhantes àquela em que o senador Renan Calheiros apareceu sentado, em capa recente da Veja.
A preocupação do Grupo Abril com a criação da CPI é tão grande que ele está jogando pesado, não apenas em cima dos parlamentares, mas dos outros grandes grupos de comunicação. No mini-editorial, a Abril gasta 25% do texto para mostrar negócios semelhantes dos outros:
Em 2005, a Portugal Telecom adquiriu participação no Grupo Folha, dono do jornal Folha de S.Paulo e do provedor de acesso à internet UOL. Em 2004, a Globopar - controladora da Net - associou-se à mexicana Telmex (proprietária da Embratel e da Claro), passando a ela parte do controle da Net. A associação da TVA com a Telefônica é análoga àquela entre NET e Telmex. Ambas foram autorizadas pela Anatel.
Será essa a versão do grupo Abril para a famosa frase de Sérgio Porto "Ou se restaura a moralidade, ou locupletemo-nos todos"?
Como curiosidade, vale ressaltar que o Estadão - único dos grandes que não se meteu nesse tipo de negócios - é também, entre eles, o que faz a cobertura mais imparcial do caso.
Simples coincidência?"
Leia mais aqui:
http://blogdomello.blogspot.com/
Leia aqui o dossiê da Novae sobre a revista Veja:
http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=330

Construção civil agora avança para o interior


A crescente oferta de crédito era o ingrediente que faltava para começar a se desenhar um novo mapa do setor imobiliário. Antes focadas nas capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, construtoras e incorporadoras aliaram o impulso do crédito ao apetite pela expansão e agora migram para cidades de porte médio, onde sobram terrenos. A interiorização da riqueza produzida no País - que cada vez mais espalha-se para além do eixo Rio-SP - também contribuiu para o movimento, trazendo mais compradores para os novos imóveis.


'A construção civil está seguindo outras indústrias que se concentravam no Sudeste e agora se espalham pelo Brasil todo, gerando renda e melhora no padrão de consumo', diz a presidente para a América Latina e Central da consultoria Cushman & Wakefield, Celina Antunes. Centro-Oeste, Norte e o interior de São Paulo são algumas das regiões que têm despertado a cobiça das empresas.


'A renda e o tamanho da população estão crescendo e ganhando um perfil cada vez mais parecido com o da capital', diz o diretor. De fato, o surgimento e a transferência de indústrias da capital para o interior, além do boom da produção da cana em terras paulistas, têm inflado a renda local. Segundo projeção da MB Associados, no ano passado o Produto Interno Bruto (PIB) da região totalizou US$ 135,9 bilhões. O valor é, por exemplo, 12% maior que o do PIB chileno, de US$ 121 bilhões. 'Há um público adormecido no interior'. Um exemplo do 'despertar' desse público pôde ser visto em Jundiaí, onde um empreendimento com 150 casas de médio padrão teve 80% das unidades vendidas em pouco mais de quatro meses.


A pulverização dos investimentos das construtoras não está restrita às terras paulistas. Em praças mais distantes, grandes empresas do setor imobiliário buscam parcerias com construtoras locais para fazer lançamentos. Na Região Norte, Manaus desponta como o paraíso para as companhias do setor.


Leia a matéria completa no site do Estado de S. Paulo

A OAB cansada de D'Urso


Era 27 de agosto de 1980. Sede da OAB nacional, à tarde, após o almoço. O então presidente da entidade Seabra Fagundes, junto ao presidente da Seccional São Paulo, insistiam na identificação de agentes e ex-agentes dos serviços de segurança suspeitos do atentado sofrido pelo jurista Dalmo Dallari - seqüestrado e agredido em 02 de julho de 1980, em São Paulo - que terminou arquivado.

Na ante-sala de Seabra Fagundes, a secretária com 40 anos de serviço seguia sua rotina. Naquele momento separava a correspondência. Ao abrir um envelope grande, eclodiu uma forte explosão. Era uma carta bomba. Dona Lyda Monteiro da Silva não resistira aos ferimentos e faleceu, vítima daquele atentado terrorista de grupos de extrema direita, inconformados com a abertura democrática.

No mesmo dia outra carta bomba explodiu no gabinete do vereador da cidade do Rio de Janeiro Antônio Carlos de Carvalho, mutilando gravemente seu assessor de 63 anos e causando ferimentos mais leves em outras pessoas.

Antes disso vários atentados houveram, sem vítimas:

Em 1980:* 18/01 – desativada bomba no Hotel Everest, no Rio, onde estava hospedado Leonel Brizola.
* 27/01 – bomba explode na quadra da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, no Rio, durante comício do PMDB.
* 26/04 – show 1º de maio – 1980 – bomba explode em uma loja do Rio que vendia ingressos para o show.
* 30/04 – em Brasília, Rio, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Belém e São Paulo, bancas de jornal começam a ser atacadas, numa ação que durou até setembro.
* 23/05 – bomba destrói a redação do jornal ‘Em Tempo’, em Belo Horizonte.
* 29/05 – bomba explode na sede da Convergência Socialista, no Rio de Janeiro.
* 30/05 – explodem duas bombas na sede do jornal ‘Hora do Povo’, no Rio de Janeiro.
* 27/06 – bomba danifica a sede da Casa do Jornalista, em Belo Horizonte.* 11/08 – bomba é encontrada em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, num local conhecido por Chororó. Em São Paulo, localizada uma bomba no Tuca, horas antes da realização de um ato público.
* 12/08 – bomba fere a estudante Rosane Mendes e mais dez estudantes na cantina do Colégio Social da Bahia, em Salvador.
* 27/08 – no Rio, explode bomba-carta enviada ao jornal ‘Tribuna Operária’. Outra bomba-carta é enviada à sede da OAB, no Rio, e na explosão morre a secretária da ordem, Lyda Monteiro. Ainda nesta data explode outra bomba-carta, desta vez no prédio da Câmara Municipal do Rio, mutilando o assessor José Ribamar de Freitas.

E depois disso a escalada terrorista de direita continuou:

· 04/09 – desarmada bomba no Largo da Lapa, no Rio.
· * 08/09 – explode bomba-relógio na garagem do prédio do Banco do Estado do Rio Grande do Sul, em Viamão.
· * 12/09 – duas bombas em São Paulo: uma fere duas pessoas em um bar em Pinheiros e a outra danifica automóveis no pátio da 2ª Cia. De Policiamento de Trânsito no Tucuruvi.
· * 14/09 – bomba explode no prédio da Receita Federal em Niterói.
· * 14/11 – três bombas explodem em dois supermercados do Rio.
· * 18/11 – bomba explode e danifica a Livraria Jinkings em Belém.
· * 08/12 – o carro do filho do deputado Jinkings é destruído por uma bomba incendiária em Belém.
·
1981:
* 05/01 – outro atentado a bomba em supermercado do Rio.
* 07/01 – na Cidade Universitária, no Rio, uma bomba explode em ônibus a serviço da Petrobrás.
* 16/01 – bomba danifica relógio público instalado no Humaitá, no Rio.
* 02/02 – é encontrada, antes de explodir, bomba colocada no aeroporto de Brasília.
* 26/03 – atentado às oficinas do jornal ‘Tribuna da Imprensa’, no Rio.
* 31/03 – bomba explode no posto do INPS, em Niterói.
* 02/04 – atentado a bomba na residência do deputado Marcelo Cerqueira, no Rio.
* 03/04 – parcialmente destruída, com a explosão de uma bomba, a Gráfica Americana, no Rio.
* 28/04 – o grupo Falange Pátria Nova destrói, com bombas, bancas de jornais de Belém.” (Dickson M. Grael)

Só pararam com o famoso atentado do Riocentro, ocorrido na noite de 30 de abril de 1981, véspera do Dia do Trabalhador.

Felizmente esses episódios fazem parte do passado. A redemocratização tornou-se irreversível, e finalmente em 2002, um governo popular chegou à presidência.

Lembro desses episódios, porque a OAB teve papel relevante na luta pela redemocratização e pela constituinte que veio a acontecer em 86, sendo promulgada em 88.

Nesse contexto, fica extremamente difícil entender o papel do presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D’Urso, ao prestar-se a servir um movimento como o CANSEI. Tudo bem que ele tenha ambições políticas e seja ligadíssimo aos DEMO-tucanos. Tudo bem que ele queira atender aos interesses de seus amigos José Serra, Kassab e Alckmin.

Mas esse movimento CANSEI, ao se fazer ôco de idéias e de princípios (de propósito, para desembocar facilmente em um "fora Lula"), acabou por promover o levante de gente entusiasta daqueles atentados de 1980 / 1981. Basta visitar as páginas do Orkut desse pessoal para constatar.

Além disso, o Brasil ainda tem enormes desafios a vencer. D'Urso, se quisesse, poderia engajar-se em apoios à reforma do judiciário que impedisse infindáveis recursos que levam a impunidade.

Poderia empenhar-se por leis que obrigasse à transparência no orçamento (inclusive do poder judiciário), à abertura de arquivos ao público.

Lutar por controles que impeçam advogados de traficantes associarem-se ao tráfico, lutar por teleconferência em audiência de presos perigosos. E tantas causas nobres, em vez de um movimento oportunista, elitista e anti-popular como esse CANSEI. O Brasil agradeceria. A memória de Dona Lyda Monteiro também.

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

23/08/2007

O Brasil de Lula é outro


O artigo de Luiz Carlos Azenha publicado hoje em seu imperdível Vi o mundo, (link ao lado e embaixo) é uma bofetada na cara dos cansados. Azenha, que nos gostamos muito, mas agora do que antes, desmonta um dos principais argumentos usados de forma insistente pelas elites golpistas e mídia idem, que é vincular o governo Lula ao governo Chaves da Venezuela.

Desmonta também outro argumento carente de base cientifica, e demonstra que Lula tem apoio em todas as classes econômicas em todas as regiões do Brasil e da grande maioria dos brasileiros.



O Brasil não é a Venezuela. Nem será

A elite branca e golpista do Brasil - majoritariamente localizada em São Paulo - torce para que Lula se pareça cada vez mais com Hugo Chávez.
Lula não é Chávez.
Há quem ache isso bom, há quem ache isso ruim.
Acima das personalidades, porém, há de se considerar que o Brasil não é a Venezuela.
Nem será.
Na Venezuela, conforme o brilhante retrato produzido pelo Eduardo Guimarães - melhor que qualquer outro feito por jornalistas brasileiros que foram àquele país -, é oito ou oitenta.
A elite se isolou na parte baixa de Caracas, se apossou das chaves (sem trocadilho) e trancou oitenta por cento do país para fora.
Em cima disso, você tem uma clara diferença de origem entre os de baixo e os de cima.
Os de cima (do morro) são majoritariamente descendentes de indígenas, mestiços ou mulatos.
Os de baixo (do asfalto de Caracas) são majoritariamente brancos.
Além disso, a Venezuela sempre foi um país de uma empresa só, a PDVSA.
O que o Chávez está fazendo pela Venezuela é o que o Getúlio Vargas fez pelo Brasil há mais de meio século.
Comparar a economia brasileira com a venezuelana é uma insanidade.
Comparar o processo político venezuelano com o brasileiro é uma insanidade.
A Venezuela está iniciando seu processo de industrialização.
A indústria brasileira é sofisticada - é de ponta em alguns setores, atrasada em outros.
A agroindústria brasileira é competitiva com a de qualquer país do mundo.
Chávez banca a expansão da indústria promovendo a substituição de importações, enquanto a indústria brasileira está a caminho de tornar toda a América Latina seu principal mercado.
Além disso, por motivos óbvios as grandes corporações escolheram o Brasil para ser a sua plataforma de negócios na região.
Meu ponto é: política, econômica e socialmente o Brasil tem muitos matizes.
A elite branca e golpista - majoritariamente de São Paulo - quer se atribuir o monopólio da inteligência, da capacidade criativa e assim por diante.
Aposta na divisão maniqueísta do Brasil entre ricos e pobres.
Está provado, porém, que o apoio a Lula vai muito além dos pobres.
Na pesquisa mais recente do Datafolha, entre os brasileiros com ensino superior 36% disseram que o governo é ótimo ou bom; 34% que é razoável.
Isso é invejável: 70% dos brasileiros com formação superior acham o governo aceitável.
Entre os que ganham mais de 10 salários mínimos, 32% acham o governo ótimo ou bom e 36% regular.
Na soma, 68% dos mais ricos acham o governo aceitável.
No total, 48% dos brasileiros acham o governo ótimo ou bom; 36% dizem que é razoável.
São 84% de aprovação com ressalvas.
E isso depois do maior bombardeio midiático da história recente do Brasil.
O que a mídia e a oposição têm feito, por incompetência, má fé e partidarismo, é justamente o jogo que interessa a Lula.
Eu não faço apologia do "povo" como um ente "superior" ou dotado de inteligência suprema.
Mesmo porque eu só convivo com brasileiros de classe média.
Posso dizer, com conhecimento de causa, que a classe média com a qual convivo é muito menos politizada do que a do México e a da Colômbia, para dar apenas exemplos de países que conheço bem.
A classe média brasileira mira em seus interesses econômicos imediatos.
A classe média brasileira projeta e compra apartamentos com quartinhos de empregada sem janela e acha isso normal.
A classe média brasileira gasta mais com os bichos de estimação do que com os serviçais.
A classe média brasileira, quando pode, ainda tenta desconhecer a existência de um salário mínimo e de direitos trabalhistas.
Porém, por ser pequena, a classe média brasileira já não manda mais no Brasil.
A única saída dela é acabar com a democracia de um voto por pessoa, mas isso a
maioria dos brasileiros não aceita - ricos, remediados ou pobres.
A elite branca, golpista e minoritária - e seus aliados de classe média - podem gritar, chiar, espernear e publicar todas as manchetes que quiserem na Folha e todas as capas mentirosas que quiserem na Veja.
É inevitável: terão de conviver com a nova classe média brasileira, que está surgindo no interior e na periferia das grandes cidades e que atribui ao governo os avanços que conquistou.
A lógica é a mesma que faz a elite se agarrar desesperadamente às barras da saia de FHC, atrás de um cortezinho de imposto que seja: ninguém rasga dinheiro.
Publicado em 23 de agosto de 2007


http://viomundo.globo.com/site.php?nome=MinhaCabeca&edicao=1165

O Brasil que vai pra frente


As duas notas que seguem são sobre economia e desenvolvimento no Brasil do governo Lula.

Publicadas no blog do Alex Porto, com link abaixo, são diversos dados que refletem o momento econômico e captam o inicio da aceleração do processo de desenvolvimento.

A geração de Brasileiros que tem menos de quarenta anos nunca viverem em um Brasil com crescimento sustentável e permanente. Se os ventos continuarem a favor os próximos anos apontam para um ciclo nunca visto antes na historia deste país.




Mercado interno do Brasil está mesmo "bombando"?


O ministro da Fazenda Guido Mantega disse hoje (23) que mercado interno está "bombando" e vai ajudar o Brasil a sofrer pouco na eventualidade de uma crise internacional. Ainda segundo sua avaliação, os consumidores brasileiros são um dos trunfos para que o país continue a crescer. "O grande trunfo que nós temos além do saldo da balança comercial e das reservas internacionais é que o que está puxando a economia brasileira é o mercado interno. O nosso mercado interno está bombando", afirmou nesta quinta-feira.


Leio isso no Globo Online e fico a imaginar o sorriso sarcástico do editor da matéria. O ministro está louco, deve estar pensando o jornalista. Mas não 'difícil, no próprio site do Globo Online encontrar fatos que coroboram opinião do ministro. Senão vejamos.


Vendas de aço continuam fortes no Brasil, alta de 15,5 por cento em julho - A venda de produtos de aço manteve a trajetória de alta no Brasil e cresceu 15,5 por cento em julho sobre o mesmo mês de 2006, atingindo 1,76 milhão de toneladas. Considerando apenas os laminados planos --usados para fabricação de veículos, por exemplo-- o avanço foi de 14,8 por cento no mês passado na comparação anual, para 1,06 milhão de toneladas, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS). Em laminados longos, utilizados na construção civil, a expansão das vendas no país foi de 16,1 por cento em julho contra o mesmo intervalo do ano passado, para 637 mil toneladas. No acumulado de janeiro a julho, a produção de aço bruto no país totalizou cerca de 19,2 milhões de toneladas, crescimento de 11,6 por cento sobre os primeiros sete meses do ano passado.


Taxa de desemprego no País recua para 9,5 por cento em julho


- A taxa de desemprego no Brasil recuou para 9,5 por cento em julho, ante 9,7 por cento em junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 23. Segundo o instituto, porém, a redução de junho para julho não é estatisticamente significativa e o número de desocupados ficou estável de um mês para o outro em 2,2 milhões. Na comparação com o mesmo mês de 2006, o total de desempregados caiu 10,5 por cento. O rendimento médio real do trabalhador aumentou de 2,5 por cento ante julho do ano anterior.


Investimentos externos somaram US$ 3,58 bilhões em julho


- A entrada de investimentos externos diretos líquidos no país somou US$ 3,584 bilhões em julho, informou há pouco o Banco Central (BC). A previsão do chefe do Departamento Econômico da autoridade monetária, Altamir Lopes, era de fluxo de US$ 3,5 bilhões para o mês. Em julho de 2006 ingressaram US$ 1,586 bilhão. De acordo com o BC, do total ingressado em julho, US$ 3,033 bilhões foram participação no capital. Foram contabilizadas também entradas líquidas de US$ 551 milhões em empréstimos intercompanhias. Nos sete primeiros meses, os ingressos diretos líquidos totalizaram US$ 24,448 bilhões, ou 4,02 por cento do PIB. No mesmo intervalo de 2006, os investimentos foram de US$ 8,971 bilhões (1,47 por cento do PIB).


Consumo de alimentos e higiene cresce 6 por cento no primeiro semestre


- As famílias brasileiras compraram mais alimentos e produtos de higiene pessoal e limpeza no primeiro semestre do ano. O consumo cresceu 6 por cento em volume e os gastos dos domicílios foram 11 por cento maiores na comparação com igual período no ano anterior, revela um estudo do instituto de pesquisa LatinPanel. O aumento do consumo foi puxado principalmente pela classe C, composta por famílias com renda mensal entre 4 e 10 salários mínimos. Os domicílios da classe C representam 33 por cento da população e 35 por cento do consumo e aumentaram 3 por cento o volume médio das compras. Eles também tiveram uma elevação de 7 por cento no gasto médio. Já as classes A/B e D/E tiveram uma ampliação de apenas 1 por cento no consumo. O gasto médio das faixas de maior renda da população subiu 6 por cento e na outra ponta, das classes mais pobres aumentou 5 por cento. 'É um fato que o consumo interno vem crescendo', diz a coordenadora e analista de pesquisa da LatinPanel, Maria Andrea Ferreira. Ele afirmou anteontem , numa entrevista ao Estado, que 'a locomotiva da economia brasileira é o mercado interno.'



Da série, como anda nossa economia



Valor Online - O comércio varejista nacional elevou em 7,7% o seu volume de negócios em julho em relação ao mesmo mês de 2006. É o que mostra a pesquisa do Indicador de Atividade do Comércio, realizado pela Serasa que afirma ainda que a alta só não foi maior naquele mês porque julho de 2007 teve um sábado a menos em relação ao ano passado, o que teria prejudicado os resultados. No desempenho acumulado do ano, o varejo elevou em 9,8% seu número de negócios entre janeiro e julho de 2007 frente os sete primeiros meses do ano passado.



Globo Online - A Receita Federal informou que até o início desta segunda-feira 3,154 milhões de empresas pediram adesão ao Simples Nacional - o chamado Supersimples -, que unifica oito tributos federais, estaduais e municipais para as micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 2,4 milhões. O prazo para pedir a adesão e o desligamento do sistema vence hoje às 20h.



Folha Online - O Ministro Trabalho, Carlos Lupi, disse hoje que o número de empregos formais no acumulado até julho bateu um novo recorde, ficando em torno de 1,222 milhão. "Nós já estamos com praticamente o mesmo número de geração de empregos de todo o ano de 2006, que foi de 1,24 milhão", afirmou Lupi. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram antecipados pelo ministro no Rio, durante evento em que o Ministério do Trabalho e a Microsoft Brasil assinaram um acordo de cooperação técnica dentro do Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego para Jovens.



Globo Online - O faturamento total das vendas dos materiais de construção no mercado interno, neste mês de julho, apresentou um crescimento de 14,81% em relação ao mês de julho do ano passado. O faturamento acumulado desde janeiro deste ano foi 12,30% superior ao do mesmo período do ano passado. Em relação ao mês de junho, a variação foi de 0,45%. Os bons resultados deste mês mostram continuidade do crescimento nesse segundo semestre de 2007, mesmo considerando a comparação com o início do segundo semestre de 2006, em que o desempenho das vendas de materiais começou a se elevar significativamente em função do crescimento do setor. Os números foram divulgados nesta segunda-feira pelo Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção. (Abramat).


Le Monde Diplomatique no Brasil


- por Emir Sader, no blog do Emir


Saiu, finalmente, no Brasil, a edição impressa do Le Monde Diplomatique, a melhor publicação de política internacional do mundo. Fundado há 50 anos por Claude Julien, o Diplô – como é conhecido – se afirmou como o mais importante veículo de política internacional sob a direção de Ignacio Ramonet – seu editor – e de Bernard Cassen.

A edição brasileira, publicada graças a um enorme esforço de entidades civis – em que a Polis teve um papel central, sob a direção de Silvio Caccia Bava – chega às bancas com uma tiragem de 40 mil exemplares, na contra-mão da grande mídia oligárquica – que, como se poderia esperar, trata de desconhecer o lançamento do Diplô no Brasil, ao invés de saudá-lo.


Na contra-mão porque se lança corajosamente na rua, quando a imprensa tradicional diminui de tamanho – em tiragem, em prestígio e no plano ético -, porque sabe que se soma à imprensa alternativa no Brasil, recentemente consagrada por pesquisa insuspeita da revista Imprensa – em particular Carta Capital, Carta Maior e o blog de Luis Nassif. Porque teve sensibilidade do vazio que existe nas análises de um mundo sobre o qual informa tão mal e de maneira tão deformada a mídia tradicional.


Uma vez perguntei ao editor-chefe de um dos jornais mais conhecidos da imprensa tradicional – ele também filho do seu pai, proprietário do jornal – por que a cobertura internacional do jornal era tão ruim. Ele respondeu que era porque a demanda dos leitores não valorizava a cobertura internacional. Argumentei que era um raciocínio circular, que a péssima cobertura não alimentava a demanda. Ele mesmo não havia lido o que eu considerava a notícia mais importante que o seu própio jornal havia publicado com certo destaque naquela semana – a maquiagem dos danos causados numa das guerra imperiais, que os militares dos EUA confessavam terem feito, para influenciarem o governo e a opinião pública, para passarem a idéia de que estavam ganhando a guerra e poderem seguir adiante.


E, no entanto, a direita – incluído esse jornal – usam a política internacional como exemplos seletivos do que seriam exemplos de suas teses conservadoras. Para tanto tem que informar mal ao público, tem que omitir informações, tem que ser totalmente parciais em temas como a globalização neoliberal, a China, os EUA, a Venezuela, Cuba, Bolívia, a Argentina, a Coréia do Sul, a Índia, o Equador, entre tantos outros.


O Diplô chega na contramão também porque se situa inequivocamente na onda da construção do mundo alternativo. Não por acaso, o editorial de Ramonet denunciando o pensamento único – publicado há dez anos – e convocando à construção de um pensamento crítico e alternativo, faz parte da história da luta anti-neoliberal. Não por acaso, Bernard Cassen foi o grande idealizador do projeto do Fórum Social Mundial de Porto Alegre. Não por acaso, o Diplô conta atualmente com com dezenas de edições nacionais pelo mundo afora, que somam várias centenas de milhares de exemplares, incluindo edições na Argentina e no Chile, às quais se soma agora a do Brasil. Publica, além disso, o caderno Maneiras de Ver, a cada dois meses, um indispensável dossiê sobre temas fundamentais do mundo contemporâneo.


A edição brasileira, que deve ser saudada, lida, assinada e propagandeada por todos os que lutam por um outro mundo possível – procurem nas bancas ou em assinaturas@diplomatique.org.br – tem os artigos essenciais da edição mensal francesa e textos produzidos no Brasil. Neste primeiro número, em particular, entrevista con Chomsky sobre a América rebelde; artigo de Cassen contra a globalização do idioma inglês; dossiê de Regis Debray sobre a Palestina; dossiê sobre o conflito entre muçulmanos; artigo sobre o genoma e a biologia como armas de guerra; artigo sobre a segurança alimentar e os direitos humanos; um balanço da esquerda francesa depois das eleições; um artigo sobre a nova América Latina, que a imprensa oligárquica não consegue captar; um artigo sobre o resgate da memória histórica, por John Berger; um debate sobre o etanol; um artigo sobre Sade e o espírito do capitalismo; um sobre a Amazônia e a busca do desenvolvimento responsável; um sobre a redescoberta da literatura indiana; um sobre os intelectuais e a rede mundial do saber, por Pierre Lévy; um artigo de Armand Mattelart sobre a batalha das palavras; um de Leo Ferrez sobre o nosso rosto da periferia.


Tudo isso numa bela edição, mais bonita que todas as outras que conheço do velho e cada vez mais novo Diplô, agora, para alegria nossa, também no Brasil. Comprem, leiam, aproveitem, opinem, recomendem, critiquem, debatam, gozem, mas não relaxem, nunca.
Benvindo ao Diplô no Brasil.

Faz-me rir


Com inteligência e sagacidade Mino dá uma aula de ética jornalística, desnuda a revista veja e coloca o dedo na ferida:

O que nossas elites queriam mesmo era viver em um Brasil sem povo brasileiro.



Veja a nota postada em seu blog, link abaixo.

Medito sobre a pesquisa realizada por Alberto Carlos Almeida para demonstrar que a elite nativa é “o farol” da nossa modernidade. Em compensação, o povo brasileiro não tem, ao contrário do que sustentam os esquerdistas do País, “valores imaculados”, “sabedoria e senso de justiça natural”. Cito a revista Veja, que, na capa da edição desta semana, já avisa: “Um livro mostra que a elite é o lado bom do Brasil”. Entendi, o povo é o culpado pela situação em que o país se encontra, vítima de desequilíbrios sociais vertiginosos, e insuportáveis para um país que pretende ser democrático. E capitalista.


O povo é responsável pela Idade Média em que vivemos. Ah, se não tivéssemos de padecer a companhia deste povo, que formidável país teríamos. Feliz, respeitado, poderoso. Teríamos acesso à beatitude da democracia sem povo. Nada disso, somos obrigados a carregar este fardo imponente. De quem a culpa pela colonização predadora? Do esboço de povo que não a impediu. De quem a culpa pela escravidão? Do povo, que se deixou escravizar. De quem a culpa pelos desmandos do poder? Do povo, que não sabe votar. Não gosto de fazer propaganda do concorrente, mas a Veja desta semana é pura diversão.


http://z001.ig.com.br/ig/61/51/937843/blig/blogdomino/

Brasil é melhor exemplo da nova estabilidade da América Latina, diz Economist


A edição da revista britânica The Economist publicada nesta quinta-feira afirma que o Brasil é o "mais claro exemplo da recém descoberta estabilidade financeira da América Latina".(Matéria em inglês aqui)



No artigo Um "dar de ombros" e não um arrepio, a revista diz que os investidores internacionais parecem compartilhar a "atitude radiante" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem descartado uma crise no Brasil em decorrência das turbulências nos mercados financeiros globais.


"Nos círculos financeiros, a América Latina tem tido por muito tempo uma reputação de continente 'subprime' (em referência às hipotecas americanas de alto risco), que periodicamente tem dificuldades para repagar o dinheiro emprestado a ele por credores irresponsáveis", afirma o artigo.


O texto lembra que o Brasil foi afetado por crises globais em 2002, 1999 e 1998.


'Animação macroeconômica'


Agora, o cenário é diferente, afirma a revista, já que o Brasil atingiu a meta semestral de superávit orçamentário, antes do pagamento de dívidas, tem um bom superávit de conta corrente – graças às altas dos preços de commodities – e conseguiu acumular cerca de US$ 160 bilhões em reservas.


"Aliás, o Brasil é agora um credor de dólares, o que significa que o país tem muito menos a temer em relação a uma queda do real frente ao dólar. De fato, uma moeda brasileira mais fraca ajudaria exportadores de manufaturados, que têm reclamado que o real está muito forte."


A revista lembra que a Bovespa foi atingida pelas turbulências recentes no mercado financeiro mundial, mas diz que "o fato de os mercados (brasileiros) não terem caído ainda mais é testemunha da recém descoberta animação macroeconômica do Brasil".


"No passado mais turbulento, uma rápida saída de dinheiro do Brasil e dos seus vizinhos poderia ter desencadeado moedas mais fracas, custos de dívidas maiores, inflação mais acelerada e taxas de juros punitivas", diz a Economist.


"Mas, se Lula estiver certo, este enredo econômico medonho pode não ser mais eminentemente latino-americano", acrescenta o artigo. A revista ainda destaca avaliações de bancos e consultorias que colocam o Brasil ao lado de Chile e Peru no grupo de países "diligentes". O México estaria em um nível intermediário, por estar mais exposto à economia americana. Entre os países de maior risco, segundo as consultorias ouvidas pela The Economist, estariam Argentina, Equador e Venezuela.

postado em: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

Uma revolução silenciosa muda a vida de milhões no Brasil e no mundo


O Bolsa Família programa criado no governo Lula, tem agora a chancela do Bird – Banco Interamericano de Desenvolvimento, com isso mais uma vez os críticos do melhor e maior programa de transferência de renda do mundo terão que engolir mais esta.


O Bolsa Família, acabou com a corrupção no dinheiro dos programas assistenciais tão comuns em governo anteriores, a transferência de renda direto para o cidadão em conta bancaria, sem intermediários faz com que hoje cem por cento dos recursos desta área chegue ao objetivo final, antes somente um em cada dez reais investidos em assistência social chegavam aos pobres.
Ponto para Lula.




O Bird deu manchete em seu site para o Bolsa Família, que "ajuda a quebrar o ciclo de pobreza no Brasil" e já chega a Turquia, África do Sul etc. O Programa é uma iniciativa social inovadora do Governo brasileiro, e chega a 11 milhões de famílias, mais de 46 milhões de pessoas, grande parte da população de baixa renda do país. Famílias pobres com filhos recebem em média R$ 70 em repasses diretos e se comprometem a manter as crianças na escola e a cumprir com diversos controles nos serviços de saúde disponíveis. Assim, o Bolsa Família tem dois importantes resultados: ajuda a diminuir a pobreza atual e ao mesmo tempo incentiva o investimento das famílias em seus filhos, rompendo o ciclo de transmissão e diminuindo a pobreza futura.


Indicadores como esses fizeram com que o programa tenha contribuído de forma decisiva para a inédita redução da pobreza e da desigualdade ocorrida nos últimos anos. Historicamente, o Brasil sempre esteve entre os países com maior concentração de renda no mundo. Durante décadas, os 60% mais pobres da população tem recebido apenas 4% da renda nacional. Com o Bolsa Família e os seus antecessores, a desigualdade de renda medida entre 1995 e 2004 caiu quase 4,6%. Embora a desigualdade ainda seja muito alta, o Bolsa Família parece estar contribuindo para que o Brasil avance em um processo sustentado de diminuição.


Para a Gerente do Programa pelo Banco Mundial, Bénédicte de la Brière, "o Banco aprendeu muito com nossos parceiros no Brasil nesse processo. Hoje ajudamos outros países a entender e adaptar as experiências do Bolsa Família e de outros programas". O sucesso motivou adaptações em quase 20 países, como Chile, México e outros paises no mundo inteiro como Indonésia, África do Sul, Turquia e Marrocos. Mais recentemente, a cidade de Nova York anunciou o programa "Opportunity NYC", de transferência condicional de renda, modelado no Bolsa Família e no equivalente mexicano. Esta é uma das raras ocasiões em que um país desenvolvido está adotando e aprendendo com experiências do chamado mundo em desenvolvimento.


Os resultados do Bolsa Família mostram que é possível enfrentar a pobreza e a desigualdade de forma sustentada, integrando milhões de pessoas à economia e à cidadania, sem abrir mão do desenvolvimento econômico.





Mônica Veloso tira a roupa e abre a boca





Com certeza o crime não compensa, mas o Renan não tem do que se queixar, considerando as fotos da Mônica Veloso que a Playboy vai publicar na edição do próximo mês, o Renan mesmo que perca o emprego de presidente do senado pode se dar por um homem de sorte.
Por outro lado, a Mônica desmancha qualquer argumento de boa samaritana que queiram usar em defesa dela, Mônica não deixa duvidas é uma perigosa escaladora social, na concepção dela a alcova é para render muito mais que prazer.


A nota abaixo foi publicada hoje no blogue do Josias de Souza, link para o blog ao final da nota.


Vou contar coisas de Brasília nunca publicadas’

J.R. Duran



Enquanto Renan Calheiros desce às profundezas, sua ex-amante flana nas alturas da repentina fama. A Playboy em que Mônica Veloso exibe em público o que Renan via em privado está na bica de ganhar as ruas. "Eu quero que a revista venda bem, né? Que faça sucesso", diz ela. "Eu vou ter uma participação na venda em banca."


Enquanto a “participação” não chega, Mônica faz novos planos. Quer comandar, veja você, um programa televisivo de entrevistas na TV. E se prepara para levar um livro ao prelo. "Todo mundo pensa que meu livro tem dois capítulos: escândalo do Renan e historinha de amor que não deu certo. Nada disso. Vou contar coisas de Brasília que nunca foram publicadas." Seguuuuuuuuuuuuuura, peão!

Vai abaixo um lote de notas veiculadas na coluna de Mônica Bérgamo (assinantes da Folha):

O escândalo Renan Calheiros é página virada na vida de Mônica Veloso, a mãe da filha do senador e pivô do caso. Ela agora está em outra, diz.

Aos 39 anos, a jornalista posou na semana passada para um ensaio da revista "Playboy". E acredita que, com isso, está dando um passo importante rumo a outros desafios. Como, por exemplo, comandar um programa de entrevistas na televisão.

"Me senti homenageada. Que mulher, na minha idade, num país que tem mulheres lindas e que cultua a juventude, pôde fazer um trabalho desses [na "Playboy']?" disse ela à coluna, no restaurante do hotel Caesar Park, em Ipanema, Rio, na sexta-feira passada, horas depois da sessão de fotos. "Ah, poucas!", concordou Pedro Calmon, advogado de Mônica. "Que eu saiba, Ângela Vieira, Vera Fischer, Maitê Proença, a [cantora] Marina...", continua Mônica, referindo-se às celebridades que posaram nuas com mais (algumas com beeem mais) de 30 anos.

De casaquinho rosa choque, da Mixed, que cobria quase todo o minivestido branco que vestia, e um anel de cristal num dos dedos, Mônica se dizia ansiosa. "Eu quero que a revista venda bem, né? Que faça sucesso", dizia. "Eu vou ter uma participação na venda em banca." O advogado Calmon corta a conversa: "É, mas nós não podemos falar do contrato com a revista". O cachê, estimado em cerca de R$ 300 mil, é tratado como segredo de Estado pelas partes.

Mônica tem 1,70m e, antes do ensaio, pesava cerca de 60 kg. Contrato fechado, ela aumentou a freqüência na ginástica e adotou uma dieta sem carboidratos. Emagreceu 3 kg. "Eu sou um pouco cheinha aqui", diz, apontando o quadril.

A jornalista conta que a revista a procurou quatro dias depois de estourar o escândalo Renan. Atordoada, ela não quis conversar. Aos poucos, foi aceitando a possibilidade. Depois de uma longa negociação, acabou assinando contrato.

Começou então a segunda etapa: onde fazer o ensaio? Mônica pensava em algo que remetesse às curvas e à sensualidade de Brasília -mas preferia que o trabalho não fosse feito na cidade, porque "no meio do processo [de investigação do senador Renan Calheiros], ficaria apelativo".

A escolha então recaiu sobre o Rio de Janeiro. Ela pensou em cenários deslumbrantes, como o Copacabana Palace ou a Casa das Canoas, desenhada por Niemeyer. Mas a dificuldade de se obter autorização e as inconveniências de um local público enterraram os planos.

O ensaio foi então feito numa casa, na Gávea. Além do fotógrafo J.R. Duran e de produtoras da revista, só o advogado Pedro Calmon pôde entrar na residência. Ele ficou instalado numa sala anexa enquanto Mônica era fotografada.

Anteontem, Mônica passou a tarde na redação da "Playboy" escolhendo as fotos, que chegarão às bancas de revistas em outubro.

A jornalista define o resultado do trabalho como "fashion e moderno". E agora se prepara para a maratona de divulgação. Depois, vai se dedicar a outro projeto: escrever um livro.

"Todo mundo pensa que meu livro tem dois capítulos: escândalo do Renan e historinha de amor que não deu certo. Nada disso. Vou contar coisas de Brasília que nunca foram publicadas." Quem viver, verá.

http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/

21/08/2007

cansei de golpistas

Esta sena pode ser vista novamente no Brasil desta vez sobre o patroconio da Philips, Globo, Ivete Sangalo, Ana Maria Braga, Regina Duarte, OAB São Paulo, DÚrso, Jão Dorea Jr. e seu Jorge e outros, todos golpistas.
Lute contra, eles não passarão!

Segundo a globo o inferno é aqui!


Depois de inúmeras e frustradas tentativas de impor sua linha editorial sobre a opinião publica, sem êxito algum a rede globo utiliza agora da técnica da desconstrução da imagem, cujo principio é contrapor com noticias negativas e tratamento generalizado às informações positivas que possam ser geradas pelo governo Lula.

Esta técnica não é invenção da globo, é um sub produto das técnicas de propagandas nazista criadas pelo gênio maligno do Goebbels, uma espécie de ministro da propaganda nazista. Na publicidade, principalmente no marketing eleitoral, esta é uma técnica bastante usada, identificam-se os pontos fracos do adversário e com o uso instrumental da mídia dar-se publicidade negativa em contra ponto as ações positivas que o adversário por ventura tem, ou seja para uma agenda positiva, muita noticia negativa, mesmo que manipulada, mentirosa ou parcial.

Assim a globo tem tratado a noticia, se o governo Lula anuncia a quarta queda consecutiva nos índices de desmatamento da Amazônia, o fantástico anuncia a destruição da floresta por sem terras assentados por Lula. Fazendo de conta que não sabe os números globais.

A verdade é simples, em uma região restrita no sul do Pará erros grosseiros do Incra permitiram assentar trabalhadores no meio da uma área de floresta primaria, longe de tudo e de todos, errou o Incra é verdade, é verdade também que o governo erra ao não afinar na ponta as políticas do Incra e do Ibama, Ok. Mas qual é o fato mais importante? Um caso isolado em uma fração ínfima do “continente” amazônico ou o numero global que indica o acerto do governo em sua política ambiental? quem vem combatendo com investigações e prisões o desmatamento que vinha desde mil e quinhentos e pela primeira vez na historia do país entrou em linha descendente?

A considerar a linha editorial do bom dia Brasil(?) e do jornal nacional, fantástico etc... Podemos afirmar “o inferno é aqui” este é o estado de espírito de qualquer desavisado após assistir um destes noticiários.

Durante o evento do PAM no Rio esta tática foi usada à exaustão, vai ser um vexame diziam uns, os morros vão descer diziam outros, o transito vai dar um no, era lugar comum na imprensa do Rio. Quem leu os jornais e assistiu ao jornalismo da globo nos meses que antecederam o evento tinha certeza que o Brasil não tinha competência para realizar um evento destes, os equipamentos não ficariam prontos a tempo, quantas vezes vocês lerem estas e outras bobagens? Qual foi o resultado do PAM para o Rio e para o Brasil?

No bom dia Brasil (?) de hoje, por exemplo, a manchete foi; prossegue a crise nos hospitais do nordeste, de que nordeste eles estão falando? Moro no nordeste, em minha cidade e no meu estado não tem crise em hospitais, tinha um caos generalizado herança dos vinte anos de acm na Bahia, o governador Wagner com competência esta resolvendo, em varias cidade inclusive na minha e visível à melhora no atendimento hospitalar depois de Wagner. Por que eles não dão nomes aos bois, a crise é verdadeira em Alagoas e na Paraíba, mas por que não dizem o nome do governador nem de que partido ele é? Será que tem crise nos hospitais do Piauí da Bahia, Pernambuco ou do Ceara? Ou a globo também acha que o Piauí não é importante para o país?

Por esta e outras é importante sim discutir se o licença da globo deve ou não ser renovada, a globo desrespeita a inteligência popular, tem uma postura preconceituosa contra o nordeste e contra os movimentos populares.

A técnica da descontrução é a mais nova arma do jornalismo parcial e pró-tucano comandado por Ali Kamel.

São coisas simples assim, um personagem de novela vem do nordeste, então ele é pobre, sem educação e deslumbrado com o progresso, outro personagem é de São Paulo, então é culto, vitorioso e capaz, pode olhar com atenção que você vai ver isso repetidos em vários formatos diferente.

O que a globo nem as elites cansadas esperavam é que existisse inteligência no resto do Brasil, blogeuiros, ativistas culturais, lideranças sociais e políticas, sindicatos e organizações populares, tem com inteligência utilizado da mesma técnica para desconstruir a globo, a diferença é nos não precisamos mentir, nem inventar, nem muito menos torcer que um avião caia para dançarmos sobre os cadáveres.

Gerson Marques

Uma Margarida vale ao menos 6 Cansei


A matéria abaixo, da Agência Brasil, paradoxalmente revela a "força" do movimento Cansei. João Dória Jr. e seus ursinhos amestrados não conseguem levar para as ruas um sexto do público que as mulheres trabalhadoras conseguiram juntar em Brasília. Claro, os blogs direitosos dirão que os 30 mil foram à capital federal com dinheiro da Viúva e coisa e tal. Bobagem: o que os movimentos sociais devem ter gasto com a manifestação das Margaridas não passa de uma fração do que o Cansei gastou nos anúncios de meia página divulgados em todos os grandes jornais nacionais. Um anúncio desses sairia por algo em torno de R$ 150 mil por veiculação, tabela cheia, nos grandes jornais. Supondo que o desconto tenha sido de 50%, a brincadeira cai para R$ 75 mil. Basta somar: foram cinco dias em pelo menos 4 grandes jornais, totalizando R$ 1.500.000 só em anúncios, sem contar eventuais cachês de artistas e o custo da organização propriamente dita. Como a direita gosta de pensar monetariamente, poderia tentar desvendar tal enigma...PM estima em 30 mil número de participantes da Marcha das Margaridas


Da Agência Brasil

13h04-A Polícia Militar estimou que cerca de 30 mil participantes da Marcha das Margaridas ocupavam a Esplanada dos Ministérios até o meio-dia. Agora a tarde, as manifestantes voltam ao Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade para a assembléia final do movimento. O Palácio do Planalto confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai ao encontro das militantes.
Entre as reivindicações do movimento estão o combate à pobreza, à fome e à violência sexista. De acordo com a coordenadora de Mulheres, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Carmem Foro, lembrou que esses são problemas muito antigos e não é admissível que as mulheres ainda sejam as mais atingidas.

Ela afirmou que Lula “já sabe das reivindicações” e que o movimento “só está aqui para reafirmá-las”. No documento que as manifestantes pretendem entregar ao governo constam reivindicações de direitos previdenciários, acesso à água, à terra, à segurança alimentar e à igualdade de gênero.

A Marcha das Margaridas recebeu esse nome em memória de Margarida Maria Alves, líder sindical assassinada em 1983, a mando de fazendeiros de Alagoa Grande (PB). Até hoje ninguém foi punido.

A marcha é organizada pela Contag e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e conta com a parceria do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste (MTR-NE), Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), Movimento de Mulheres da Amazônia (MMA), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Rede de Mulheres Rurais da América Latina e do Caribe (Redelac) e Coordenação das Organizações dos Produtores Familiares do Mercosul (Cooprofam).

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