30/08/2007

O espetáculo do crescimento esta apenas começando


Publicado no blog do Alex Porto, http://www.aleporto.com.br/ a matéria que segue é um bom exemplo de como uma avaliação errada feita pelo setor empresarial pode atrapalhar o país em seu processo de crescimento.
O Alex não diz, mas a verdade é que o setor empresarial, formado em grande parte pela mesma elite e com o mesmo dna da turma do cansei, apostaram e perderam no desastre do governo Lula.
Essa gente é tão presunçosa que mesmo perdendo dinheiro preferiam acreditar que Lula era um incompetente e incapaz, vão pagar alto pelo erro, a industria nacional não se preparou para o espetáculo do crescimento e agora os estoques estão baixo de mais, a saída vai ser importar e muito para evitar a volta da inflação por excesso de demanda.


Lula avisou, agora não vale reclamar


Há quatro anos o presidente Lula anunciou o "espetáculo do crescimento" e depois avisou que "quem apostar contra o Brasil vai perder". Todos sabemos que o empresariado brasileiro, com algumas exceções, é como São Tomé. Desde 2004, a renda e o emprego vêm se recuperando fortemente, depois de uma década de queda, aliado a uma agressiva política de crédito. O resultado é que desde o segundo trimestre de 2006, os dados do comércio varejista, divulgados pelo IBGE, apontam crescimento "chinês". Boa parte dessa demanda tem sido atendida pelo forte aumento das importações, mas a indústria nacional parece que não estava preparada para surfar nessa onda. O jornal DCI, que tem o Luiz Antônio Magalhães do blog Entrelinhas como editor de Política, faz uma leitura atenta da pesquisa divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas, que apontou otimismo recorde no setor. O presidente estava otimista há mais tempo. Com a queda nos estoques, fruto da falta de planejamento e de uma aposta errada no crescimento da demanda interna, o setor industrial acaba dando um tiro no pé. Passaram anos "chorando" para uma intervenção no câmbio e demoraram a investir. Mas antes tarde do que nunca, os investimentos estão crescendo fortemente, mas talvez não o suficiente para apagar uma luz amarela no Banco Central, que tem como obrigação avaliar a relação entre demanda e oferta. O dado concreto é que os estoques historicamente diminuem no segundo semestre. Se já estão baixos agora.


Estoque da indústria cai e alarma empresários / DCI -


O nível de estoque da indústria está em queda livre, num momento em que o setor se prepara para o período mais aquecido do ano: o aumento da produção para atender as encomendas do comércio para as festas de fim de ano. Esse quadro prevalece na grande maioria das empresas, mas é mais grave em dois setores de peso da economia: veículos e siderurgia. No caso dos carros, as montadoras calculam que o estoque (somando também as concessionárias) em julho era suficiente para atender o mercado por apenas 19 dias. Em junho, esse número era de 22 dias e a média do setor fica entre 25 e 30 dias, pelos dados da Anfavea. Os estoques preocupam também em relação ao aço. Embora o nível tenha apresentado melhora, a quantidade estocada em junho era suficiente apenas para 2,9 meses, em comparação a 3,3 meses em julho do ano passado. O nível de julho é igual ao de novembro do ano passado, período em que os estoques de aço costumam estar em baixa pelo aumento da demanda em conseqüência das compras para o Natal. As vendas de aço pelas distribuidoras cresceu em julho para 263,9 mil toneladas, em comparação às 208,4 mil toneladas de julho do ano passado. Sondagem realizada pela FGV mostrou que neste mês de agosto o número de empresários que consideram seus estoques insuficientes aumentou para 7%, em comparação aos 4% de agosto do ano passado. O levantamento com 1.095 empresas mostrou também que a porcentagem dos que avaliam seus estoques como excessivo despencou de 12% em agosto do ano passado para 6% neste mês. A FGV lembra que "esta é a primeira vez, desde abril de 1995, em que a proporção de empresas com estoques insuficientes supera a de empresas com estoques excessivos". A indústria está mantendo em agosto o ritmo de crescimento que de certa forma estabeleceu no segundo trimestre de 2007, que é um ritmo mais forte, quando houve aceleração da produção. Entre os segmentos que estão nessa situação o segmento de material de transportes, com a cadeia de montadoras e fabricantes de autopeças, metalurgia e alimentos. Ele considera que esse comportamento da indústria se deve principalmente à recuperação do mercado interno, "que está alavancando o crescimento do setor mais do que as exportações". Aloísio Campelo diz que a pesquisa comprovou um momento de aquecimento acentuado da atividade industrial: "Em nenhum quesito notamos qualquer sinal de pessimismo", disse . Se há um desequilíbrio de estoques, esse é do lado da insuficiência de estoques e não do excesso, um sinal de que, em setembro, a produção da indústria poderá vir com alguma melhora sobre agosto. O levantamento da FGV mostrou também que o nível de ocupação da capacidade produtiva da indústria chegou a 85,7% em agosto, em comparação aos 83,6% do mesmo mês do ano passado, alcançando, assim, o nível mais alto do período.

http://www.aleporto.com.br/

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