22/03/2008

A GLOBO JÁ ESTÁ EM CAMPANHA, EM ESFORÇO MELHOR ORGANIZADO QUE O DE 2006



SÃO PAULO - Governo e oposição já estão em franca campanha para as eleições municipais de 2008. O governo faz o PAC e os Territórios da Cidadania, que são obras importantes de infraestrutura mas podem, óbviamente, render dividendos eleitorais. A oposição está desarticulada no Congresso, mas tem aliados importantes no STF e na mídia.

O partido mais forte de oposição é o Partido das Organizações Globo. Só não percebe que está em campanha eleitoral quem não presta atenção. A campanha vai do Jornal Nacional à rádio CBN, passando pelo jornal O Globo e o portal da Globo.com. Não existem reuniões de campanha. Não é preciso. Os senadores, deputados e vereadores do partido pensam igual. Alguns são escalados para tentar agendar o noticiário do dia, através do Bom Dia Brasil. Outros trabalham junto à elite, em programas da Globonews. Há os que ataquem em novelas e no entretenimento. É uma bancada de famosos.

Sinceramente, não sei qual é a eficácia desse martelar contínuo. O time é formado não só por aqueles que recebem salários diretamente, mas também pelos contratados para prestar serviço. São os especialistas, que recebem um espaço extraordinário em concessões públicas de rádio e de televisão para dar suas opiniões "neutras". Esse tempo não é contado no oferecido a integrantes do governo ou da oposição. É tempo de comentários supostamente jornalísticos. É propaganda eleitoral disfarçada.

Em 2006 o Jornal Nacional dava um minuto para o Alckmin, um minuto para a Heloísa Helena, um minuto para o Cristovam Buarque, um minuto para o Lula, dois minutos para a capa de Veja e cinco minutos para escândalos federais. Não existiam escândalos estaduais, nem municipais.

Já está no ar, nas Organizações Globo, uma reprise de 2006, agora melhor organizada.

De lá para cá a linha editorial dos veículos foi consolidada, a ponto de os correspondentes internacionais receberem o que pode ser definido como "material de propaganda", para que aprendam o que pensa a direção da empresa. Ainda que alguns correspondentes usem os livros para calçar a porta de casa, o importante é que repitam, no ar, o conteúdo.

Há três objetivos: um, de curto prazo, meramente eleitoral. Nessa estratégia se encaixam participações como as do doutor Rosenfield na rádio CBN. Ele é apresentado como doutor em ética e professor universitário. O ouvinte desavisado acha que é uma simples autoridade intelectual supostamente imparcial. Essas "autoridades" serão usadas crescentemente para não desgastar a credibilidade dos jornalistas da casa, munição importante para as vésperas da eleição.

Os ataques vão se concentrar naquilo que os aliados do governo poderão usar na campanha, especialmente no PAC. As CPIs dos cartões corporativos e das ONG são mantidas em banho-maria. É delas que surgirão os escândalos para alimentar o noticiário dos próximos meses. Se 2006 serve de exemplo, esses e outros escândalos vão atingir o ápice em agosto ou setembro. Se começarem a surgir muito cedo, haverá tempo de refutar as informações superficiais, distorcidas, manipuladas ou tiradas de contexto - especialmente através da internet.

O segundo objetivo é mais longínqüo: as eleições de 2010. Os jornalistas assalariados e os comentaristas alugados vão mirar em qualquer candidato em potencial ligado ao governo - de Ciro Gomes a Dilma Roussef. É um trabalho de longo prazo. Feito com paciência, diligência e organização.

O terceiro objetivo tem caráter mais ideológico: derrubar iniciativas consideradas prejudiciais aos interesses políticos ou econômicos das Organizações Globo, das grandes corporações e da política externa dos Estados Unidos, que na verdade se confundem. Direitos das corporações serão defendidos como se fossem direitos humanos. Direitos trabalhistas serão atacados como atraso. Por exemplo, ligando as leis ao entulho da ditadura Vargas. E os direitos das minorias serão vendidos como violação de direitos alheios, isto é, da elite branca como definida pelo ex-governador Cláudio Lembo.

E assim serão combatidas a redução da jornada de trabalho, os aumentos do salário mínimo acima da inflação, os programas sociais, a reforma agrária, o reconhecimento de direitos dos quilombolas e dos indígenas que ameacem o agronegócio, o estatuto da Igualdade Racial, a expansão do Mercosul e qualquer iniciativa que represente aproximação entre o Brasil, a Bolívia, o Equador e a Venezuela.

O combate ao governos destes três últimos países tem a ver com a ameaça da consolidação de um caminho que põe em xeque a soberania dos Estados Unidos sobre a América Latina, que é um fato afirmado, confirmado e reafirmado através da contínua intervenção política, econômica e militar no México, na Guatemala, na Nicarágua, em El Salvador, na Costa Rica, em Cuba, em Granada, no Panamá, em Porto Rico, na República Dominicana, no Haiti, na Colômbia, na Venezuela, no Chile, no Brasil, na Argentina, na Bolívia e no Paraguai. Esqueci alguma intervenção? A Globo esqueceu.

O CEDOC da Globo parece ter sido vítima de um apagão digital. O CEDOC da Globo só se lembra dos seqüestros praticados pelas FARC. O CEDOC da Globo se esqueceu da derrubada de um avião cubano com 57 passageiros a bordo em 1976 e do fato de que os autores do atentado viveram ou vivem livres, leves e soltos nos Estados Unidos. Nessa parte do arquivo deu tilt. Se o CEDOC se lembrar disso vai ser preciso explicar aos telespectadores da Globo que governos americanos deram cobertura a terroristas. Já imaginaram?

Eu escolhi reproduzir o áudio da rádio CBN, que está na Rádio Viomundo, para dar um exemplo do que ouvem milhões de paulistanos em seus automóveis, presos no engarrafamento, que é sempre causado "por excesso de veículos", no jargão da emissora. Os congestionamentos-monstro de São Paulo nunca são causados por falta de planejamento ou pela inércia dos poderes públicos. Admitir isso seria, de alguma forma, prejudicar o projeto político aliado, que hoje controla a Prefeitura de São Paulo e o governo estadual.

Notem como o jornalista-locutor, no áudio que reproduzo, se sente à vontade para sugerir que, infelizmente, é impossível mudar de técnico - ou seja, é impossível derrubar um presidente da República eleito pela maioria.

Sugiro a vocês que escrevam aí embaixo uma lista de senadores, deputados e vereadores da bancada das Organizações Globo. Vou criar uma seção neste site para que fiquem registradas as declarações da bancada da Globo nesta campanha eleitoral. Peço a contribuição de todos. Não pode haver erro: o objetivo é o de reproduzir literalmente o que escrevem e dizem no rádio e na TV os integrantes deste verdadeiro partido político, de alcance e penetração nacionais.

Gravem da TV, do rádio, recortem dos jornais. Vamos fazer a partir de agora um grande banco de dados com os comentários "apartidários" do Partido das Organizações Globo, para a diversão de futuras gerações. Quem sabe saia disso um livro, o primeiro produzido no Brasil a partir da ação colaborativa de internautas. Poderemos chamá-lo de Pérolas do Jardim Botânico.
http://www.viomundo.com.br/

A incompetência tucana no trânsito e nos transportes


A imprensa publica há semanas recordes diários de congestionamento registrados no trânsito de São Paulo, e as reportagens tratam também dos transportes, questões indissoluvelmente interligadas. Só não apontam o que vou dizer agora, com todas as letras: a responsabilidade é dos tucanos.

Há 13 anos no poder no Estado e há quatro na Prefeitura paulistana, eles não fizeram nada. Não investiram em transportes metropolitanos, nem urbanos, nem no metrô. Não tem política para a área e deixaram sucatear tudo. José Serra foi eleito prefeito, governou um ano e poucos meses e saiu. Seu substituto, Gilberto Kassab, é do DEM, mas 80% da "máquina" da Prefeitura continua ocupada por tucanos. São eles, portanto, os responsáveis por esse desmanche.

Nada de investimento expressivo no transporte metropolitano e, na Capital, a expansão do metrô, vital para a melhoria do trânsito e do transporte, faz-se a passo de tartaruga - 1,7 km/ano, muito aquém das necessidades da Capital, que precisaria, no mínimo, duplicar este ritmo de construção. Outro fato gravíssimo mostra a insensibilidade social dos tucanos no governo e mexeu direto no bolso do trabalhador: o ex-governador Geraldo Alckmin acabou com o bilhete múltiplo de várias viagens vendido com desconto no metrô.

Corredores de ônibus confortáveis e com boa velocidade estão entre as alternativas mais rápidas, econômicas e viáveis para conquistar para o transporte público os que hoje utilizam carro. São Paulo tem 11 corredores, boa parte construídos pelo governo Marta Suplicy. A continuidade da implantação fazia parte de sua plataforma de campanha à reeleição. Serra a encampou, prometeu o mesmo, mas uma vez na Prefeitura, em quatro anos ele e aliados - que lá continuam - não construíram um único corredor.

Hoje só 20% da rede de 1.200 semáforos inteligentes funcionam na Capital e 2.500 dos 5.500 cruzamentos estão com faróis eletromecânicos ultrapassados. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) conta com apenas 1.800 guardas de trânsito, quando precisa de um número quatro vezes maior. Mas, empossado uma das primeiras preocupações do prefeito Serra foi demitir parte destes fiscais, os "marronzinhos".

Criticaram e fecharam túneis construídos pela Marta para melhoria do trânsito e suspenderam os pagamentos. Diante da conclusão de que estava tudo correto na construção tiveram que pagar bem mais, com multa, por essa irresponsabilidade. O governo municipal do PT havia peitado a "máfia dos ônibus", enquadrando-os para prestarem serviços decentes. Os tucanos voltaram a dobrar a espinha para o setor.

Agora sob pressão da opinião pública e cobrada pela mídia, a Prefeitura anuncia paliativos: vai impedir estacionamento em ruas movimentadas - a medida, em prática há anos, não resolve coisa nenhuma - e divulgar mais de uma centena de vias alternativas às que mais congestionam. Também já foi adotado antes e não funcionou. Como você vê, não só abandonaram o transporte e trânsito como, não contentes, desmontaram as políticas para as duas áreas elaboradas pelo governo do PT na Capital.

Vestida como palestina, ativista experimenta o racismo israelense


As agressões só estado de Israel ao povo palestino caminha para tornar-se uma tragédia humanitária tão seria é importante quanto o holocausto.
É difícil entender como um povo que sofreu uma violência tão grande como o povo judeu, possa repetir contra os palestinos as mesmas atrocidades que outrora sofrerá.
A matéria abaixo é singular neste contexto a israelense Liad vestiu trajes de palestinos e freqüentou os mesmos lugares que freqüente diariamente em Tel Avive, sentiu na pele a discriminação e o ódio.

Gerson

A israelense Liad Kantorowicz, de 30 anos, ativista política formada em estudos do Oriente Médio, resolveu usar a si mesma como cobaia de um experimento sociológico: durante um mês ela circulou em Tel Avive disfarçada de palestina muçulmana.

Algumas de suas observações:


“Meu plano era continuar vivendo a minha vida normal e freqüentar os mesmos lugares que costumo freqüentar, mas usando o hijab, e registrar as reações das pessoas”.

“Também queria tentar sentir o que sente uma mulher palestina que circula em Tel Aviv”.

“Sentia que todos os olhares se concentravam em mim, e havia muitos olhares hostis”.

Quando participou em uma manifestação de grupos de esquerda contra o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza, foi agredida por pessoas que passavam na rua.

“Éramos cerca de cem manifestantes, mas eu fui a única que sofreu agressões físicas, algumas pessoas me empurraram, cuspiram em mim e gritaram ‘desapareça deste país, não queremos vê-la por aqui!’.''
Embora tenha passado por momentos difíceis, Liad não se arrepende da experiência.

Foi fascinante”, disse, “aprendi muito durante este mês. Com o hijab e as roupas que vesti, estava coberta da cabeça aos pés, mas me senti mais exposta do que nunca a todos os tipos de violência”
“A experiência me fez perceber o quanto eu não sei sobre as mulheres palestinas'', afirmou a jovem. ''Tentei entrar em um personagem imaginário, mas não posso saber realmente como uma mulher palestina se sente”.

Dia Internacional contra Discriminação

Neste sábado, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a questão da discriminação racial é uma preocupação para todos os povos e países.

Ban emitiu uma mensagem para marcar o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, neste 22 de março.

A data foi instituída em memória das vítimas do Massacre de Sharpeville, na África do Sul, em 1960. A polícia reprimiu um protesto pacífico contra o regime do apartheid matando 69 pessoas.

O Secretário-Geral da ONU lembrou que as comemorações deste ano coincidem com a preparação para o processo de revisão das ações tomadas para evitar a discriminação desde a Conferência Mundial contra Racismo, Xenofobia e Intolerância em 2001.

Com informações do Blog do Bourdoukan
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=34573

Ação do Ibama desmonta serrarias no Pará


A operação Arco de Fogo começa a mostrar resultados, assim como feito no sul da Bahia, a proibição e desmontagem das madeireiras é a melhor coisa a ser feita no combate a devastação da Amazônia.
No inicio dos anos noventa o governo federal determinou o fechamento de todas a serrarias que existiam no sul da Bahia, com o tempo esta atitude mostrou-se correta e os resultados estão ai, apesar de ainda existir desmatamento e trafico de madeira em nossa região, o que acontece hoje é infinitamente menor que o desfile de caminhões carregados com toras gigantescas que víamos por nossas estradas.
O próximo passo é definir políticas publicas que gere emprego e possa substituir a oferta de empregos das madeireiras. Oferecer alternativa econômica a população do Sul do Pará é fundamental para o sucesso da operação.
Gerson
Ação do Ibama desmonta serrarias no Pará

O Globo - O Ibama iniciou ontem uma inédita ação de desmonte de serrarias flagradas com madeira sem procedência sustentável no município de Tailândia, a 235 quilômetros de Belém. A ação faz parte da operação Arco de Fogo, de combate ao desmatamento. A primeira madeireira desmontada pelo Ibama, com o apoio de fiscais da Secretaria de Meio Ambiente do Pará (Sema), foi a Santo André, que funcionava em plena zona urbana de Tailândia sem licença ambiental, e não tinha comprovação sobre a origem da madeira apreendida em seus pátios. Todo o maquinário da serraria foi levado para um depósito da Sema. A idéia da fiscalização do Ibama, com o apoio do Ministério do Meio Ambiente, é passar o trator por cima das instalações da serraria.

- O impacto significativo da operação vai além da multa. O Ibama paralisa a atividade madeireira ilegal e a PF responsabiliza criminalmente os responsáveis - observa o coordenador do Ibama, Bruno Versiani.

A operação Arco de Fogo, com a participação da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança, já contabiliza um total de R$9 milhões em multas, aplicadas por um volume de 16,4 mil metros cúbicos de madeira apreendida sem documento legal de origem.

PF descobre toras de madeira escondidas em milharal em Tailândia - A Polícia Federal descobriu centenas de toras de madeira nobre enterradas sob uma plantação de milho, às margens da rodovia PA-150 em Tailândia, a 235 quilômetros de Belém. Policiais federais e fiscais do Ibama, integrantes da operação Arco de Fogo, de combate aos desmatamentos na Amazônia, fizeram um sobrevôo de helicóptero e estranharam encontrar uma grande clareira em meio à gigantesca plantação de milho. Ao escavarem o solo da parte desmatada do milharal, encontraram toras de maçaranduba, ipê e angelim, entre outras madeiras nobres, supostamente enterradas por madeireiros da região.

- Ações como essa, de enterrar madeira no milharal para tentar enganar a fiscalização, não vão nos intimidar. Chegaremos aos responsáveis com trabalho de inteligência, afirmou o delegado Raimundo Freitas, coordenador da Operação Arco de Fogo pela Polícia Federal.

Com o apoio de técnicos da secretaria de Meio Ambiente do Pará, a Polícia Federal está escavando o milharal, buscando as toras de madeira sepultadas pelos madeireiros de Tailândia. Na semana passada, fiscais do Ibama e da Sema já haviam descoberto centenas de toras enterradas em montanhas de serragem no pátio da serraria Santo André, interditada e desmontada pelo Ibama por atuar sem licença ambiental e sem comprovar a origem da madeira estocada em seu pátio.

Em 20 dias, as equipes integradas por fiscais do Ibama, policiais federais e da Força Nacional de Segurança já inspecionaram 40 estabelecimentos, entre madeireiras, carvoarias e propriedades de pessoas físicas. Desses, 39 foram multados e 23 tiveram suas empresas embargadas por problemas na documentação ou por não comprovarem a origem de estoques de madeira e carvão vegetal. Foram apreendidos 16,4 mil metros cúbicos de madeira, sendo 15,2 mil metros cúbicos de toras e 1,2 mil metro cúbico de madeira serrada estocadas por serrarias de Tailândia que não comprovaram a origem legal do produto. Foram lavrados 76 autos de infração, em valores superiores a R$ 9 milhões. Além da madeira ilegal, também foram apreendidos mais de mil metros de carvão produzido sem licença ambiental e 23 motosserras.

20/03/2008

Lula é o mesmo, mas o cenário é outro




Coluna - Elio Gaspari

Folha de S. Paulo - Araraquara teve a conferência de Jean-Paul Sartre em 1960 e o discurso de Nosso Guia em 2008. Se uma mentira, repetida mil vezes, acaba virando verdade, o que dizer de uma verdade repetida mil vezes?

Bendita a cidade que ganha fama com uma palestra. Foi isso que aconteceu com Araraquara depois que o filósofo francês Jean-Paul Sartre terminou sua conferência no auditório da Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras, em setembro de 1960. Daí em diante ela se tornou conhecida como "a Conferência de Araraquara". Era uma época em que as pessoas iam a esses eventos de terno e gravata. Sartre tratou de arcanas questões filosóficas e teve Jorge Amado na mesa, Fernando e Ruth Cardoso, mais Antonio Candido e Gilda de Mello e Souza na primeira fila.

Há uma semana, discursando em Araraquara, na inauguração da escola que ganhou o nome da professora Gilda, morta em dezembro de 2005, Nosso Guia fez um discurso que merece atenção. Foi um improviso, menor que a conferência de Sartre, mas ainda assim longo. Tem seis vezes o tamanho deste artigo e, à primeira vista, pode ser confundido com mais um Opus Lula.

Nosso Guia trocou de cenário. Ele cavalga o desempenho da economia e os avanços sociais ocorridos durante seu reinado. Não formula idéias novas, apenas arruma velhos esplendores. Lula faz isso de uma forma que seus adversários devem pensar melhor antes de continuar com uma oposição de frases feitas e CPIs para alimentar noticiário.

Alguns exemplos:

"Todo o sacrifício que nós fizemos permitiu que a gente pudesse estar vivendo o momento que estamos vivendo hoje. (...) Hoje temos quase 200 bilhões de dólares de reservas, não devemos nada ao FMI, não devemos nada ao Clube de Paris e não devemos nada a ninguém."

"Aqui no Brasil pobre não tinha acesso a banco. Aliás, os bancos tinham desaprendido a atender pobre. (...) O que nós fizemos? Nós resolvemos fazer crédito para o povo pobre. (...) Criamos o crédito consignado. (...) Eu acho que a gente colocar dinheiro na mão do pobre é investimento neste país."

"Quando eu tomei posse a indústria automobilística me procurou dizendo: "Nós estamos quebrados". (...) E ontem eu recebi uma carta: eles saíram de 2,2 milhões de carros e estão prometendo produzir 4 milhões de carros em 2009. Qual foi o milagre? O milagre foi uma coisa que a gente vinha dizendo há 20 anos: com 24 meses de prestação, só pode comprar carro o setor da classe média. Se vocês quiserem que o pobre compre um carro, aumentem o número de prestações."

"Noventa e seis por cento dos acordos feitos pelos sindicatos são acordos feitos acima da inflação, com aumento real de salário."

"Neste ano, nós vamos ter a primeira turma formada pelo ProUni. São 60 mil jovens que tiraram o diploma pelo ProUni e 40% desses são negros e negras."
Nosso Guia teve até o seu "momento Obama": "O grande desafio (...) é acreditar que a gente pode".

Não há um novo Lula, o que há é uma nova conjuntura. Sua falação pode ser repetitiva, mas tem duas características. Primeiro, ele não está enrolando. Depois, leva à rua uma agenda de progresso e otimismo, deixando à oposição o penoso exercício do mau humor. Se uma mentira, repetida mil vezes, acaba virando verdade, o que dizer de uma verdade repetida mil vezes?

O Brasil bem pensante, que até hoje procura entender a conferência de Sartre, precisa ler o discurso de Araraquara. Está na internet, basta passar no Google
"discurso lula araraquara gilda". Em 1960, aos 15 anos, Nosso Guia corria atrás de seu único diploma. O do Senai.

IBGE mostra que setores ligados ao turismo cresceram 76% em 5 anos


Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que os setores ligados ao turismo cresceram 76% em geração de valor adicionado – renda obtida, descontados os custos para a prestação de um serviço ou produção de um bem – entre 2000 e 2005.

Em 2000, o segmento gerava valor adicionado total de R$ 74,7 bilhões, segundo o levantamento. Cinco anos depois, o valor passou para R$ 131,7 bilhões, informa a pesquisa do IBGE.

Leia também a matéria do G1:
Viagens corporativas respondem por 60% do turismo no Brasil

Apesar do crescimento, o resultado foi considerado "pífio" pelas entidades. O motivo é a crise pela qual passa o setor aéreo brasileiro, que sofre com o aumento de demanda associado à falta de investimentos de infra-estrutura. "Entre 2005 e 2006, o setor aéreo perdeu 7,5% de sua receita. Pelo menos 4,5 pontos porcentuais dessa retração estão relacionados ao caos aéreo", disse o professor de Turismo da USP, Hildemar Brasil, responsável pela pesquisa.

Mais uma vez, a lenga-lenga do caos aéreo (aquele que não existiu, como já demonstramos fartamente). Duvido que se encontrem, nessa pesquisa, números que fundamentem que existiu "caos aéreo" e que a redução de receita está associada a ele.
O número de passageiros transportados em 2007 (vôos domésticos) aumentou 8,83% em relação a 2006 (fonte: Infraero). E o número de 2006 aumentou 7,81% em relação a 2005.
Os preços das passagens aéreas tiveram redução significativa, por conta da acirrada competição entre TAM e Gol, com seguidas promoções de tarifas de baixo custo.

Logo, é forçar muito a barra tentar vender o "caos aéreo" (aquele que não existiu) como causa da redução da receita.

O mais provável e racional é que a redução da receita esteja associada à redução dos preços das passagens. Para fundamentar a redução de receita como causa do "caos aéreo" era preciso que tivesse havido redução e não aumento do número de passageiros transportados.

Além disso, como fui membro do governo até junho de 2007, posso informar que os Ministérios e órgãos governamentais (imagino que nos estados e municípios tenha ocorrido o mesmo fenômeno) passaram a fazer cotação de menor preço para compra das passagens, com maior rigor, a partir de 2006, por conta da postura agressiva da Gol, com suas baixas tarifas.


Até 2005, os funcionários escolhiam os vôos e horários. A partir de 2006, o setor administrativo responsável passou a escolher vôos e horários, ainda mais que as duas empresas sempre apresentavam vôos praticamente nos mesmos horários, o que facilitava a escolha.

Aumentou também o rigor na exigência de fazer o pedido com dez dias de antecedência à data da viagem pretendida. Como qualquer criança de oito anos sabe, quanto maior a antecedência na compra, menor o valor da tarifa a ser paga.

Portanto, a explicação do "caos aéreo" é, no mínimo, infeliz.
***
Postado por José Augusto Valente
http://logisticaetransportes.blogspot.com/

Mino fecha seu blog em solidariedade a PHA


O jornalista Mino Crata postou ontem a ultima matéria em seu blog, toma a atitude de sair do ar em solidariedade ao jornalista Paulo Henrique Amorim.
Mino faz parte de um time especial do jornalismo brasileiro, tem historia e mérito a mais que quase todos os jornalistas em atividade.

Foi o primeiro editor da Veja nos tempos em que esta revista era séria, enfrentou a ditadura dentro da redação, foi perseguido e censurado inúmeras vezes.

A atitude dele em fechar um dos blog mais lidos da internet em solidariedade a PHA é a conseqüência natural de uma historia de vida marcada por uma postura humanista, democrática e solidária.

Vai nos fazer falta a qualidade e a inteligência de suas postagens, esperemos que em breve possamos divulgar e acessar seu novo endereço.

Segue abaixo seus dois últimos post, o primeiro é um tapa na cara da elite paulistana, o segundo é a despedida.

Gerson



Diatribe paulistana


Meu caro Antonio Carlos Viard, São Paulo é o recanto mais reacionário do Brasil, concordo plenamente. Sou um genovês paulistano porque de certa forma me acostumei. Mas a cidade mudou demais, aquela que conheci em agosto de 1946 era muito diferente, embora a semeadura da arrogância, a retórica da “locomotiva do Brasil” e da “metrópole que mais cresce no mundo” começassem a deslanchar. Eu era muito menino, não percebi. Um livro muito interessante, “Orfeu Extático na Metrópole”, de Nicolau Sevcenko, conta essa história e localiza o momento em que a terra das grandes greves organizadas pelos anarquistas e pelos socialistas sucumbiu diante da prepotência dos senhores de café e da indústria nascente. Início dos anos 20. Além do mais, São Paulo é feia, cada vez mais feia, e monstruosamente desigual. O atual prefeito Kassab esmera-se para tirar os postes da Oscar Freire, a rua das grifes, ou de refazer as calçadas da Avenida Paulista, enquanto a periferia, e até áreas menos plebéias, não têm esgoto e galerias de águas pluviais. Sem contar a presença avassaladora de um esgoto ao ar livre representado pelos rios Pinheiros e Tietê. De caso pensado, os donos do poder paulistano cuidaram de racionar os espaços públicos até a penúria absoluta. Houve tempo em que os habitantes iam ao aeroporto de Congonhas e, deleitados, entregavam-se à sublime diversão proporcionada por aviões que pousam e levantam vôo. Hoje vão aos shoppings, movidos pela sanha consumista, ignaros e manipulados, a desconhecerem a importância da praça onde o povo discute e enfrenta os problemas coletivos. E os senhores, cheios de empáfia provinciana na exposição de falsos refinamentos? Freqüentam a Daslu e a Expand, reúnem-se em happy hours clangorosos e pelos restaurantes de uma ridícula “capital gastronômica do mundo” onde é muito difícil comer bem, e pronunciam frases feitas, lugares comuns e banalidades, aprendidos na leitura do Estadão, da Folha, da Veja e de Caras.


enviada por mino


O último post


Meu blog no iG acaba com este post. Solidarizo-me com Paulo Henrique Amorim por razões que transcendem a nossa amizade de 41 anos. O abrupto rompimento do contrato que ligava o jornalista ao portal ecoa situações inaceitáveis que tanto Paulo Henrique quanto eu conhecemos de sobejo, de sorte a lhes entender os motivos em um piscar de olhos. Não me permitirei conjecturas em relação ao poder mais alto que se alevanta e exige o afastamento. O leque das possibilidades não é, porém, muito amplo. Basta averiguar quais foram os alvos das críticas negativas de Paulo Henrique neste tempo de Conversa Afiada.


enviada por mino

18/03/2008

Demissão de PHA


O site de Luiz Carlos Azenha informa que Paulo Henrique Amorim foi demitido do IG nesta terça-feira. Por fax.

O que chama a atenção, de cara, é a intempestividade da medida do portal de internet. Se não fosse o Azenha, estaríamos acessando o site do PH sem conseguir, e sem saber por que.

Há boatos (na internet) de que Daniel Dantas estaria por trás da demissão do jornalista.
PH, no entanto, tem desafetos bem mais influentes do que Dantas, figura obscura, polêmica e avessa a declarações públicas, até por conta de seu envolvimento em escândalos.

PH cunhou o termo PIG (Partido da Imprensa Golpista) para se referir aos maiores meios de comunicação do país, tais como Globo, Folha, Veja etc.

O jornalista demitido também tem sido um crítico mordaz e constante do PSDB e do Democratas, notadamente de José Serra e de Fernando Henrique Cardoso.

O IG, por sua vez, é controlado pelo Internet Group do Brasil S.A., empresa de capital privado responsável pela operação dos portais IBest e BrTurbo.

O Internet Group do Brasil S.A. tem sua composição societária dividida da seguinte forma:

Internet Group Cayman Limited com 99%
BRT Serviços de Internet S/A com 1%

A presidência da direção executiva do IG é exercida pelo jornalista Caio Túlio Costa, que trabalhou durante 21 anos na Folha de S. Paulo, onde foi editor, secretário de redação e o primeiro ombudsman da imprensa brasileira.

O IG também abriga várias páginas de internet de linha incômoda para figuras como Dantas, Serra, FHC, as famílias midiáticas, o PSDB e o DEM. Estão hospedados no IG os sites de Mino Carta, José Dirceu, Luis Nassif e outros.

Considero uma enorme falta de respeito do IG para com seu público tirar o site do Paulo Henrique do ar assim, sem mais nem menos. Fica praticamente impossível deixar de especular sobre as possíveis injunções políticas do fato.

Aguarda-se uma explicação do IG. Enquanto não vem, permite especulações e preocupação de que pode estar começando uma caça às bruxas jornalística, promovida sob as ordens de grandes empresas de mídia e de políticos que todos sabem quem são e que têm ascendência sobre tais empresas.


O Azenha informa o novo endereço do PH na internet :


http://www.paulohenriqueamorim.com.br/

postado no blog de Luiz Carlos Azenha

País bate recorde em fevereiro com 205 mil novas vagas


Como é aquele causo messsmo? Nunca antes na história desse país ... ? E vamos que vamos.

Agencia Estado - O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou em fevereiro a criação de 204.963 empregos formais (com carteira assinada) na economia brasileira. De acordo com os dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Emprego, esse número é recorde para o mês de fevereiro, na série de dados do Caged.

No primeiro bimestre do ano, foram gerados 347.884 empregos formais no País. Em fevereiro de 2007, haviam sido criadas 148.019 vagas. No mesmo bimestre do ano passado, o número foi de 253.487 novos empregos.

O setor da economia que mais gerou vagas foi o de serviços, com a criação de 74.441 novos postos. Em seguida vem a indústria de transformação, com 46.812 postos. A construção civil, por sua vez, gerou 27.574 postos, e agropecuária, 24.239.

A agropecuária registrou a maior geração de vagas da história, puxado pela cultura de cana-de-açúcar, que sozinha contratou 19.475, sendo 16.428 só em São Paulo.

De acordo com o ministro do Trabalho Carlos Lupi, o crescimento no número de postos com carteira assinada na indústria demonstra também um risco menor de inflação no País. "Por isso (do aumento no número de emprego formais na indústria) eu não tenho tanto medo de inflação como alguns, porque o setor produtivo está respondendo para atender à demanda", argumentou o ministro.

Entre 2003 e 2008, a economia brasileira já gerou mais de 6,6 milhões de novos empregos formais. Mantido o ritmo do crescimento do primeiro bimestre, devem ser abertas mais de 2,1 milhões de vagas com carteira assinada no País até o final do ano. O ministro aposta que em março haverá um aumento de empregos formais ainda maior do que as 146 mil novas vagas abertas no mesmo mês do ano passado.

Esse é o país que muitos tentam ignorar com receio de perder o discurso rancoroso e muitas vezes racista. Esses tentam desmerecer as ações do governo taxando-o de 'assistencialista', 'incentivador da vagabundagem', se referindo ao Bolsa Família. O programa tira da miséria absoluta quem não tem condições de competir no mercado produtivo no curto prazo, mas não é ele o responsável pelo crescimento econômico sólido que estamos experimentando depois de muitas décadas. E ele vem agora, com uma novidade: o controle de preços, que garante ganhos reais de renda e não apenas um crescimento concentrador e excludente.

O Brasil está avançando com qualidade, gerando emprego e renda; e esse movimento está em franca aceleração. Muitos não estão conseguindo conviver com essa realidade. Sem voluntarismo, sem colocar os carro na frente dos bois. Tudo ao seu tempo, segundo a conjuntura.

Essa é a receita para um crescimento sustentável, para a consolidação do círculo virtuoso do consumo interno e da produção. Só um país com um forte mercado interno, pode ter segurança para investir no mercado externo. Este não pode ser apenas uma mera alternativa para momentos de pouca demanda no país.

O Brasil não é uma 'republiqueta' que pode se contentar com os dividendos de uma ou duas commodities, que podem ou não estar com preços compensadores. Somos uma economia complexa, com diversos atores trabalhando na direção de nosso desenvolvimento.

Os números do CAGED surpreendem até os mais otimistas. Como pode um país gerar tantos empregos formais em meio a uma crise internacional? Olhe para o que foi feitos nos últimos 4 anos, que a resposta está lá.

Marcadores: CAGED, Emprego


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17/03/2008

É assim que se faz


No final deste mês um ano e pouco após assumir a direção do Hospital Regional Dr. Ruy estará se afastando para se candidatar a prefeito de Ilhéus. Os acertos da administração dele a frente do Regional já fazem diferença na saúde da cidade.

Nunca é tarde lembrar que Ruy assumiu o hospital em seu pior momento, as cenas de morte na porta da emergência por falta de atendimento havia tornado-se corriqueiras. Na comunidade ilheense a avaliação do hospital beirava ao escárnio publico.

Ainda dói na alma de muitas famílias o trágico revellion de 2005/06 quando na ausência absoluta de plantonistas quase uma dezena de pessoas morreram por falta de atendimento. Era uma vergonha!

A liderança e a capacidade administrativa de Ruy provocaram uma revolução no hospital, em pouco mais de um ano a historia do Regional é outra.

Foram contratados setenta e dois médicos, e cento e trinta novos funcionários como atendentes, auxiliares de enfermagem, faxineiros e segurança.

Com recursos próprios foram reformados e reequipados o anexo psiquiátrico, a UTI e a ala administrativa, centenas de moveis e equipamentos eletrônicos foram concertados.

Em recente visita o governador Wagner entregou duas ambulâncias e um equipamento de ressonância magnética, anunciou a implantação de uma equipe de neurocirurgia (a primeira em hospital publico no interior da Bahia), e autorizou uma grande obra de reforma geral e ampliação que deverá dobrar o tamanho do hospital.

Por iniciativa de Ruy um convenio assinado com a UESC permite que dezenas de estudantes de medicina façam estágios no Regional. Outras iniciativas estão em curso, as equipes de funcionários estão motivadas e já proliferam os casos de vidas salvas, excelência em atendimento e famílias agradecidas.

Com a falência completa do sistema municipal de atendimento em postos médicos, milhares de pessoas correm para o Regional diariamente, os atendimentos ambulatoriais e emergenciais saíram de pouco mais de dois mil para mais de oito mil pacientes por mês, com qualidade e humanismo.

Uma das marcas da administração de Ruy são a moralidade e a transparência, acabaram as denuncias de desvios e irregularidades. Todas as ações desta gestão foram realizadas com os mesmos recursos e com o mesmo orçamento das gestões anteriores.

Um dos episódios mais tocantes foi à iniciativa de Ruy ao convidar onze médicos voluntários que juntos com ele trabalharam vinte e quatro horas no ultimo revellion salvando dezenas de vidas.

Em entrevista feita no hospital durante sua ultima visita a Ilhéus Wagner ressaltou a capacidade administrativa e de liderança de Dr. Ruy e disse que o Hospital Regional Luiz Viana Filho tornou-se um exemplo na administração publica do estado.

Ruy reproduziu no Regional o modelo petista de administração, já consagrado em nível nacional pelo presidente Lula, é só o inicio de uma revolução que promete mudar a historia de Ilhéus nos próximos anos.


Gerson Marques

16/03/2008

Um governo que nos enche de orgulho


No ultimo dia 12 a revista inglesa Economist considerada a mais respeitada revista de economia do mundo promoveu um seminário com os maiores empresários brasileiros e o presidente Lula, nossa imprensa não deu a menor bola para o evento que já foi realizado em diversos paises.

Leia baixo alguns trechos do discurso de Lula e entenda um pouco mais o que esta acontecendo no Brasil de hoje.

O comportamento parcial de nossa mídia frontalmente contra o presidente Lula não tem permitido que informações importantes cheguem a grande parte da população.


Sobre o encontro com o ex-presidente português Mario Soares:


“Esses dias eu recebi aqui o ex-presidente de Portugal, Mário Soares. Ele veio aqui, como jornalista, fazer uma entrevista para a TV Pública de Portugal. Ao se sentar, no meu gabinete, ele falou assim para mim: ‘Presidente, eu não estou entendendo. Eu leio a imprensa estrangeira e vejo que o Brasil está muito bem, eu converso com empresários estrangeiros e vejo que a economia brasileira está muito bem. Mas quando eu leio a imprensa brasileira eu penso que o Brasil acabou, parece que acabou o Brasil’. Ele foi conversar com algumas pessoas de oposição. Ele falou: ‘Presidente, eu não acredito. O que as pessoas disseram para mim não é a realidade’. Até porque Portugal tem muitos investimentos no Brasil e ele conversa com os empresários portugueses. Quando chegou em Portugal ele escreveu um artigo muito importante, numa entrevista, vendo o que estava acontecendo no Brasil.”

Sobre favelas e o Complexo do Alemão:

“Eu queria lembrar aos senhores que em 1970 São Paulo tinha apenas duas favelas. São Paulo tinha a Favela do Vergueiro, perto do aeroporto de Congonhas, na rua Vergueiro, que não existe mais. E tinha a favela da Vila Prudente, que ainda existe hoje, não em forma de favela como era na década de 70, bem menor do que era, mas já um pouco urbanizada. Hoje, São Paulo tem mais de dois milhões de brasileiros que moram em favelas. Eu fui, na sexta-feira e no sábado passado, ao Rio de Janeiro. Fui à Rocinha, fui ao Complexo do Alemão e fui a Manguinhos. E fiquei surpreso porque onde hoje é o Complexo do Alemão, um lugar que vocês, habitualmente, vêem na imprensa como um lugar violento, de muita troca de tiros e de muita quadrilha guerreando entre si, na década de 50 era uma fazenda e, na década de 80 foi a grande ocupação, que virou a favela que é hoje. Depois, eu fiquei sabendo que a Rocinha também era uma fazenda e que a partir da década de 80 se transformou naquele complexo de pessoas morando em péssimas condições, como é hoje. Eu estou dizendo isso para dizer para vocês que se as coisas tivessem sido feitas corretamente por sucessivos governos, se cada um tivesse feito um pouco, certamente nós não teríamos nem dois milhões de paulistas morando em favelas e muitos menos teríamos complexos como Manguinhos, como Rocinha ou como o Complexo do Alemão, com gente morando em péssimas condições, possibilitando e facilitando o surgimento do crime organizado, do narcotráfico e de tanta violência.
E por que eu comecei falando do Complexo do Alemão? É porque parte da pobreza do nosso País se concentra muito fortemente a partir da década de 80. Possivelmente, alguns empresários de outros estados – o Gerdau está aqui no Rio Grande do Sul, quase tudo o que aconteceu de favelas foi exatamente a partir da década de 80 e veio se avolumando. E por que veio se avolumando? Porque é importante atentar que o Brasil passou praticamente 26 anos, quase uma geração e meia, com a economia crescendo aquém daquilo que era necessário crescer.”

26 anos de estagnação econômica:

“Quando eu vejo na televisão uma cena da polícia prendendo um jovem... Normalmente, os ladrões, no Brasil, são jovens de 15 a 24 anos, a 30 anos. Ou seja, são todos eles, Gerdau, oriundos de 26 anos de atrofiamento da economia brasileira.Eu, por exemplo, sou de uma categoria econômica que, na década de 80, tinha praticamente 2 milhões de trabalhadores no Brasil, e caiu mais de 1 milhão. Quem é da construção civil aqui, eu estou vendo muitos aqui, sabe que a construção civil brasileira, nos últimos 20 anos, só dispensou trabalhadores e contratou muito pouco, porque não havia nem investimentos na construção civil leve, e muito menos na construção civil pesada. A última grande obra de infra-estrutura de peso no Brasil foi Itaipu, em 1974. Certamente, hoje nós não faríamos Itaipu, porque a legislação ambiental e nem os ambientalistas permitiriam que nós fizéssemos do jeito que ela foi feita. Hoje ninguém permitiria que Sete Quedas tivesse desaparecido, que era uma das coisas mais extraordinárias do mundo e está hoje alagada pelo lago de Itaipu.
Pois bem, se durante 26 anos nós não crescemos, e nós geramos esse padrão de pobreza, que transforma o Brasil num dos países mais desiguais do mundo, era preciso que nós, então, tomássemos uma atitude de estancar isso e começar um novo processo.”

As mudanças na educação:

“Nós tiramos 20 milhões de pessoas da extrema pobreza e vamos tirar mais. Os indicadores sociais, tanto os medidos pelos institutos brasileiros, como os medidos pelos institutos internacionais, que vai das instituições da ONU... Nós melhoramos gradativamente a posição social do Brasil. É um momento em que crescem os investimentos empresariais, cresce a entrada de dólar no Brasil, cresce a geração de empregos, cresce a renda das pessoas e ao mesmo tempo, cresce a inclusão social neste País. Agora, o que está faltando fazer? Educação, eu sei que vocês estão curiosos para discutir a educação. É uma pena que o meu ministro da Educação não tenha sido convidado para participar do seminário, já que é um tema extremamente importante e interessante. Mas, certamente, vocês receberão as informações, amanhã, do que está sendo feito na educação.
Eu vou dar dois exemplos para vocês: primeiro, nós criamos o Fundeb. No governo passado aconteceu uma coisa importante. Foi constituída a possibilidade da universalização do ensino fundamental. Nós chegamos a 97% das crianças nas escolas. Só que as pessoas não perceberam que quando você universaliza o ensino fundamental, você precisa saber que aquela criança, quando termina o ensino fundamental, tem que fazer outro curso. E não se pensou no ensino médio. Nós criamos o Fundeb para atender às necessidades das escolas de ensino médio para nove estados do Nordeste, que são as mais pobres, um Fundo que vai gastar, do governo federal, ou melhor, que vai investir mais 10 bilhões de reais no ensino fundamental. Segunda coisa: aumentamos de 8 para 9 anos a quantidade de anos de escolaridade no ensino fundamental. A terceira coisa: nós resolvemos recuperar a escola técnica profissional que, no Brasil, nós tanto carecemos. Vou dar um dado para vocês. A primeira escola técnica brasileira foi fundada em 1909 pelo presidente Nilo Peçanha, na cidade de Campos de Goitacazes. Em 1909 foi feita a primeira escola técnica brasileira, na cidade de Campos. De 1909 até 2003 foram construídas no Brasil 140 escolas técnicas. Até 2010, nós teremos funcionando no Brasil, mais 214 escolas técnicas brasileiras. Em oito anos, nós estamos fazendo quase o dobro do que foi feito em 93 anos.
A mesma coisa no ensino universitário. O Brasil, ao longo de toda a sua história, construiu 54 universidades federais. Nós vamos terminar o mandato construindo, em oito anos, dez novas universidades federais e 48 novas extensões universitárias, levando cursos universitários para o interior do País. A partir do mês que vem, no final de abril ou no começo de maio, eu dedicarei uma semana para inaugurar escolas neste País. Tinha sido aprovada uma lei, em 1998, que tirava do governo federal a responsabilidade de fazer investimentos em escolas técnicas e deixava por conta do mercado. O mercado não deu resposta e o Estado teve que voltar a assumir a responsabilidade de cuidar daquilo que o Brasil precisava. Mais importante ainda, nós tínhamos um problema sério de colocar jovens pobres na universidade. Vocês sabem que aqui no Brasil – não sei como é na Inglaterra e nos Estados Unidos – o pobre estuda na escola pública, no ensino fundamental, e o rico estuda em escola paga. Isso, no ensino fundamental. Quando chega na universidade, o rico vai para a escola pública e o pobre vai para a universidade privada. Como o pobre não pode pagar a mensalidade, ele fica fora. O que nós fizemos? Nós criamos um programa chamado ProUni, fizemos uma isenção de imposto para as universidades privadas e transformamos o equivalente do imposto em bolsas de estudo. Pasmem! Em três anos já colocamos 360 mil jovens na universidade, jovens pobres da periferia e da escola pública. De que eu era acusado? Qual era a acusação que me faziam? “O presidente Lula está nivelando o ensino por baixo, está rebaixando o nível do ensino no Brasil, na medida em que criou o ProUni.” Como eu sou católico e tenho sorte, três anos depois foi feita a primeira avaliação dos cursos universitários brasileiros. Em 14 áreas, incluindo Medicina e Engenharia, os melhores alunos avaliados foram, exatamente, os que iam nivelar por baixo a educação no Brasil: foram os alunos do ProUni, da periferia deste País.
Agora estamos fazendo uma outra pequena revolução na educação. Estamos criando outro programa chamado Reuni. O que é o Reuni? Nós estamos passando uma verba a mais para as universidades federais brasileiras e, em contrapartida, as universidades brasileiras, as federais, vão aumentar, de uma média de 12 alunos por professor, para uma média de 18 alunos por professor. Sabem o que significa isso? Mais 400 mil jovens brasileiros na universidade até 2010.”

O preconceito contra o Bolsa Família:

“Uma pessoa de um meio de comunicação importante no Brasil, ficou indignada porque uma mulher do Bolsa Família comprou uma geladeira. Obviamente que ela não comprou com o dinheiro do Bolsa Família, mas o dinheiro do Bolsa Família pode ter ajudado a pagar a prestação. Isso porque não fizemos o nosso programa de renovação de geladeira que vamos fazer, se Deus quiser. A imprensa foi lá e entrevistou essa moça. Ela falou: ‘não só eu comprei a geladeira, como estou de sandália nova porque eu pude comprar, eu compro sandália para os meus filhos’. Antes do Bolsa Família, tinha mulher que comprava um lápis e partia ao meio para dar para dois filhos ou para dar para dois netos. Hoje, ela se dá o prazer de comprar uma caixa de lápis para cada um. Isso não é investimento? Isso não é distribuição de renda? Isso não é investimento sadio? Então, no Brasil nós ainda temos que mudar determinados conceitos que foram criados ao longo do tempo.”

Sobre a inclusão digital:

“Vamos levar para 55 mil escolas públicas urbanas, neste País, internet banda larga. Eu penso que será uma pequena revolução na educação, neste País. Em todas as escolas técnicas já temos laboratórios de informática. Criamos um programa chamado Computador para Todos, que eu acho que vocês conhecem, que diziam que era difícil, não ia dar cento. Hoje, o Brasil está vendendo computador como jamais pensou em vender na sua vida. E vender para as camadas mais pobres, porque nós estamos trabalhando com uma coisa que todo mundo deveria compreender: não é apenas olhar o preço final do produto, é saber se a quantidade de prestações que a pessoa vai pagar cabe dentro do seu salário.”

Sobre a explosão da indústria automobilística:

“Por que a indústria automobilística brasileira está explodindo? Eu convivo com a indústria automobilística brasileira desde 1969, fui dirigente sindical desde 1975, presidente do sindicato. Sempre vi a indústria automobilística em crise, fechando em vermelho, não vende, (inaudível) do governo... Qual é o milagre? Dois milagres fundamentais: primeiro, aumentar a renda das pessoas; segundo: aumentar a quantidade de prestações que a pessoa tem que pagar pelo carro, porque se vendia carro para pagar em 24 meses ou em 30 meses, tinha sempre o mesmo segmento da sociedade que podia comprar. Eu tenho na minha cabeça que o povo quer três coisas: casa, casar com uma mulher bonita, e a mulher quer casar com um homem bonito e ter um carro. Carro ainda é uma paixão, hoje repartida com o computador.
O que fez a indústria automobilística? Aumentou a quantidade de prestações, saiu de 36 ou de 24 para 72, para 82. E o que aconteceu? Aconteceu que a indústria automobilística corre o risco de, já no próximo ano, atingir a totalidade da sua capacidade produtiva. Hoje, as pessoas estão esperando 6 meses para comprar um caminhão, se for um caminhão pesado, espera até 9 meses. As pessoas estão na fila par comprar carro. Até ontem, a empresa ia quebrar: ‘eu vou embora do Brasil, porque não está dando para vender’.”

Governar para os Ricos é mais fácil:

“Se eu quiser governar o Brasil para 35 milhões, eu não terei problemas, porque o Brasil tem espaço para 35 ou 40 milhões de brasileiros viverem em padrão de classe média alta européia. Se eu quiser governar só para esses, eu não preciso, realmente, fazer investimento do Estado. Agora, se eu quiser e o Brasil desejar incluir os milhões que estão deserdados, aí, realmente, nós vamos ter que gastar. Eu vou dar um exemplo. Seria importante vocês deixarem dois ou três jornalistas aqui, para andar um pouco no Brasil. Quando criei o programa chamado Luz para Todos, eu tinha uma informação do IBGE, de que no Brasil tinham 10 milhões de pessoas que não tinham energia elétrica. Criamos o programa Luz para Todos. Esse programa já utilizou 460 mil quilômetros de cabos – imaginem quantas vezes a gente poderia ter enrolado a Terra – já colocamos mais de 3 milhões e 600 mil postes, já colocamos mais de 500 mil transformadores e já gastamos mais de 8 bilhões de reais. Oitenta por cento financiado pelo governo federal e 20% pelos estados. Alguns estados não podem pagar e nós pagamos também.
Alguém, analisando apenas com uma visão estritamente econômica, poderia dizer: ‘mas isso não é possível, tem que cobrar’. Se cobrar não tem energia, porque as pessoas não têm como pagar. Agora que nós já fizemos, e quase 8 milhões de pessoas já receberam, nós descobrimos que os dados do IBGE estavam errados. Apareceram mais 1 milhão e 564 mil pessoas sem luz, e vamos ter que levar, até 2010, para todo mundo. Custa para o Estado? Custa. Alguém que estivesse discutindo do ponto de vista econômico poderia dizer: ‘custa para o estado, é verdade presidente Lula, custa para o Estado’. E eu poderia perguntar: quanto custa para o Estado deixar essa pessoa vivendo no século XVIII quando nos poderíamos trazê-la para o século XIX com um cabo, um poste e um bico de luz? É preciso ter a sensação do que significa chegar a uma casa, encontrar uma família no escuro – uma lata de coca-cola com pavio, a lata cheia de querosene – e as crianças lendo em torno da lata, a fumaceira cobrindo a casa. Aí, você monta o Programa, chama a mulher e aperta uma tomada. Quando a luz acende dentro da casa dela, é como se você tivesse a tivesse transportado do século XVIII para o século XXI, e não há dinheiro que pague. Como custam R$ 4,5 bilhões, que estamos investindo para tentar trazer de volta para a cidadania 4 milhões e 100 mil jovens, de 15 a 24 anos. Ou nós colocamos esse dinheiro, dando uma ajuda para eles e formando-os profissionalmente, ou o narcotráfico e o crime organizado vão oferecer a eles o que o Estado não oferece. Essa guerra eu não quero perder. Eu quero ganhar.Por isso, quando a gente discutir os gastos do Estado, nós temos que olhar comparando a quê? Alguns países estão prontos há pelo menos 60, 70, 80 anos. Nós precisamos ficar prontos e só ficaremos prontos quando a totalidade dos brasileiros estiver participando desse processo de desenvolvimento do País. Caso contrário, não valeu à pena a gente governar o País se o resultado, no final do mandato, for a gente continuar com a mesma quantidade de gente na classe média, com a mesma quantidade de ricos e com a mesma quantidade de pobres. Eu quero aumentar o número de ricos, quero aumentar o número de gente na classe média e quero acabar com a pobreza neste País. Por isso, para nós é uma questão de honra não abrirmos mão de fazer as políticas sociais que estamos fazendo agora. E vou fazer mais.”

CPMF: derrota não paralisa o Governo:

“Vocês sabem que a oposição derrotou o imposto que nós tínhamos sobre transações financeiras. E não derrotou porque era contra o imposto, não, derrotou porque acharam que era demais garantir ao governo do Lula ter 120 bilhões de reais até 2010, e era preciso diminuir. Nós lamentamos. Chorar não choramos, mas lamentamos. Nós tínhamos aprovado um Programa de Saúde que era uma revolução na Saúde, e eu vou implementá-lo. O dinheiro vai aparecer, e podem ficar tranqüilos que eu não vou aumentar tributo e o dinheiro vai aparecer. Podem ficar certos de que nós vamos gastar melhor o que temos que gastar e economizar onde não é essencial, para a gente gastar onde é essencial. Eu tenho um sonho, que é levar médico, levar dentista, levar oftalmologista e levar otorrino dentro das escolas para fazer exame nas crianças, dentro da escola. Eu tinha isso na década de 60. Está certo que nós tínhamos pouca gente na escola, mas na década de 60 o Estado brasileiro oferecia dentista para cuidar dos dentes das crianças. Se vocês andarem pelo Nordeste brasileiro, apesar de tudo que nós já fizemos com o Brasil Sorridente, nós ainda temos muitas meninas e meninos de 18 ou 19 anos sem dentes. Quem vai cuidar disso? A iniciativa privada só vai cuidar disso se essa pessoa tiver renda para pagar. Se ela não tiver, é o Estado que tem que fazer. Na hora em que o Estado cumprir com as suas obrigações, podem ficar certos de que as próprias pessoas vão tratar de exigir que o Estado seja cada vez menos intrometido nas coisas que não precisa se intrometer. Mas sem o Estado não haverá inclusão social neste País, sem o Estado a gente não consegue recuperar um século de descaso com parte da população mais pobre deste País. E é por isso que nós estamos vivendo este momento.Quero dizer para vocês que vamos crescer mais em 2008, que vamos fazer mais políticas sociais em 2008, que queremos exportar mais em 2008, que queremos importar mais em 2008, que queremos consolidar o Brasil como a principal potência dos combustíveis renováveis, e queremos inserir o Brasil, cada vez mais forte e sólido, neste mundo globalizado. Sabemos que temos que trabalhar muito e sabemos que a única chance que nós temos de chegar lá é nos colocarmos diante do mundo com a seriedade que nós queremos das pessoas.”

Reforma tributária:

“Vivo um momento muito importante para o meu País. Eu tenho muita sorte, porque passei 30 anos fazendo oposição e os outros presidentes não tiveram condições de viver este momento. Eu espero, quando deixar o governo, não voltar a ser tão oposição mais, porque eu espero eleger o meu sucessor e espero que este País tenha seqüência. Nós precisamos de, no mínimo, 10 ou 15 anos de crescimento sustentável para que a gente possa recuperar todo o tempo que nós perdemos. É assim que nós vamos governar o Brasil, é assim que nós vamos aprovar a reforma tributária. Podem escrever nas suas matérias, nós vamos aprovar a reforma tributária este ano. A oposição passou oito anos falando em reforma tributária e agora está lá o projeto, é só votar. Podem fazer uma emenda aqui, outra emenda ali, mas vão votar. Uma reforma tributária justa, que diminua a quantidade de impostos que temos neste País, que facilite a vida de quem quer investir, que facilite a vida de quem construir um negócio, que facilite a vida do povo, que reduza a quantidade de tributos e, ao mesmo tempo, que a gente acabe com a guerra fiscal fratricida neste País. Eu acho que nós vamos aprovar, não sei por que eu estou otimista. Espero contar, sobretudo, com o apoio de vocês, empresários brasileiros, conversando com quem vocês conhecem, para a gente aprovar isso.”

Fonte: http://conversa-afiada.ig.com.br/