15/03/2008

Marco Aurelio Mello: o escárnio da elite brasileira em pessoa



O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, parente do ex-presidente Fernando Collor, é um escárnio por natureza.

Ele também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral e agora acusa o governo federal de lançar o programa Territórios da Cidadania mirando as eleições deste ano.

O presidente Lula fez uma defesa feroz do programa, veja aqui o vídeo em matéria do G1.

Marco Aurélio Mello esquece o papel de golpista, que desempenhou junto com a imprensa, nas eleições de 2006. Com o poder de presidente do TSE na mão, por várias vezes usou a imprensa pra ameaçar as eleições.

Convocou uma coletiva de juízes, em pleno processo eleitoral, para dizer que todos estavam grampeados, sugerindo subliminarmente que era o governo por trás dos grampos. A imprensa conservadora adorou e os colunistas de plantão trataram de traduzir a história para o público.

Quase uma semana depois da célebre coletiva, com uma varredura feita pela Polícia Federal, não se constatou grampo nenhum, nada, nem em um fio de cabelo. A imprensa não deu o mesmo destaque para o resultado da varredura.

Depois das eleições o mesmo Marco Aurélio Mello chamou seus asseclas da imprensa de novo para dizer que o presidente Lula corria o risco de não tomar posse, por causa das contas de campanha. Foi típica ação de terrorismo, para a imprensa passar para o público a impressão de fraqueza do presidente.

Aliás, é disso que gosta Marco Aurélio, passar o tom de ameaça, para que os jornais sempre coloquem o presidente como alguém subordinado a ele como juiz, sem capacidade de decisão. Seu tom parcimonioso agora, para se defender das indiretas do presidente, é típico do discurso autoritário baseado no desprezo da elite brasileira que pensa deter o saber supremo.


Do Politicalha


IN VERBIS: Art. 36, da Lei Orgânica da Magistratura:


Art. 36 - É vedado ao magistrado:(...)III - manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério."

Salvador será sede de evento cultural internacional


Terá início dia 18 de março, em Salvador, o projeto ‘Fronteiras do Pensamento‘, um ciclo de conferências que trará à Bahia grandes nomes da Filosofia, da Arte e da Cultura contemporâneas, entre os quais o cineasta Wim Wenders (’Paris, Texas’; ‘Asas do desejo’); os músicos Philip Glass (veja/ouça Koyaanisqatsi) e David Byrne (fundador da banda/referência Talking Heads); a ativista Ayan Ali, que desafiu o Islã; e o famoso filósofo/intelectual público francês Bernard-Henri Lévy.

O Projeto ‘Fronteiras do Pensamento’ surgiu em 2007 quando foi realizado em Porto Alegre e este ano inclui a Bahia no cenário cultural internacional. As conferências serão realizadas mensalmente ao longo do ano e se estendem até novembro. O intuito do projeto é promover o diálogo entre culturas, através de debates de temas de vanguarda acerca do estado do pensamento e da arte nos dias atuais.

‘Fronteiras do Pensamento’ é realizado pela empresa Braskem. O passsaporte para participar das conferências custa R$ 250,00. Para maiores informações acesse o site do projeto:
http://www.fronteirasdopensamento.com.br/salvador/ba_apre.php

"Lula se destaca por sua sabedoria"


Em visita ao Brasil, a secretária de estado estadunidense Condoleezza Rice vê o que a imprensa brasileira e a elite deste país lutam para esconder.

Segundo ela, “o presidente Lula se destaca por sua sabedoria, por sua capacidade de unir a região, por sua visão. E não apenas por sua visão sobre a região, mas também por ter conseguido melhorar a vida do seu povo e por ter relações com países como os Estados Unidos”.

“O presidente Lula é visto como um líder. O Brasil é visto como um líder e cada vez mais como um líder global, não apenas regional”, acrescenta Rice.

O mundo reconhece a liderança e o trabalho do Presidente Lula, assim como a maioria dos brasileiros, somente o PIG insiste em bater no presidente e no governo do PT.

O presidente Lula mudou o país e colocou novamente o país no mapa mundial do jogo político-econômico internacional.


http://blogdopauloandre.blogspot.com/

Prática do 'sexo por aluguel' expõe crise de moradia na França


Jonny DymondDa BBC News

A jornalista Ondine Millot, do francês Libération, levou seis meses para chegar à verdade sobre o lado mais sórdido da crise habitacional francesa.

Uma olhada pelos websites que anunciam imóveis basta. A frase que se procura é "em troca de serviços" – quando um quarto em um apartamento é oferecido, muitas vezes "de graça", em troca de "serviços".

Às vezes o serviço é perfeitamente inocente – limpar o apartamento ou lavar as roupas, uma maneira de reduzir os altos custos de alugar o imóvel.

Mas outras vezes as demandas são sexuais, degradantes, quase perversas.

"Sexo duas vezes por mês", diz um anúncio, direto. Outro procura alguém "aberto de espírito e de outras coisas".

"Apartamento em troca de serviços libertinos", diz um terceiro.

Sexo em troca

Ondine Millot – que normalmente cobre assuntos legais para o Libération – passou seis meses pesquisando estes anúncios e anunciantes para um artigo que expôs o negócio de trocar sexo por teto.

"Me surpreendeu muito que este tipo de coisa acontecesse", ela disse.

"Entramos em contato com muitos homens, fiz algo em torno de 50 ligações. A maioria dos anúncios 'em troca de serviços', em que não se especificava o anúncio, eram homens querendo sexo em troca de moradia."

O problema não está escondido em websites. Basta olhar entre as prateleiras de qualquer banca de jornal média parisiense e entre as biografias das ex-primeiras-damas francesa e americana estará a história extraordinária de Laura D.

Seu livro, Meus Caros Estudos (Mes Chères Études), narra como a jovem anônima deixou o frescor de estudante recém-ingressada na universidade para cair na pobreza e vender seu corpo para pagar o aluguel aos 19 anos.

'Laura', que encontrei no escritório de sua editora, é charmosa, embora terrivelmente preocupada em manter sua identidade secreta, a fim de poupar os pais de saber o que passou com sua filha.

Ela está revoltada. Diz que foi o custo astronômico dos imóveis que a colocou na rua.

"O aluguel superava 70% do meu orçamento", conta Laura. "Vejo minhas amigas, pessoas que eu conheço, todas vivem em lugares insalubres, minúsculos. Ou negociam com proprietários que alugam os quartos e às vezes abusam delas."

Sexo em troca de teto é o extremo de um problema que faz vítimas entre os franceses mais vulneráveis – os jovens e pobres.

O governo admite que a França enfrenta a pior crise habitacional desde o fim da 2ª Guerra Mundial.

Evidentemente, preços exorbitantes de imóveis não são uma exclusividade da França. Mas certas circunstâncias deixaram o mercado imobiliário francês – especialmente o de Paris – travado entre a oferta e a demanda.

Há proporcionalmente muito mais imóveis vazios em Paris que em Londres, por exemplo. Entre a bancarrota e a condição de sem-teto, pessoas vivendo em condições precárias são cada vez menos na capital britânica, e cada vez mais na capital francesa.

Na Grã-Bretanha, normalmente o proprietário ocupa o imóvel. Na França, o aluguel representa um meio de vida.

Protesto

Em uma república que se construiu através dos protestos de rua, não surpreende que uma nova geração de movimentos voltados para a questão da moradia tenha surgido na França.

Com suas manifestações, grupos como Jeudi Noir, Droit au Lodgement e Les Enfants de Don Quichotte conquistaram atenção – mas não concessões políticas, eles dizem.

O Jeudi Noir (Quinta-feira Negra, em tradução livre) é uma espécie de ala guerrilheira do movimento, alfinetando proprietários que buscam 'algo a mais' de seus inquilinos.

O grupo visita e filma apartamentos minúsculos oferecidos por valores exorbitantes.

Les Enfants de Don Quichotte (Os Filhos de Don Quixote, em tradução livre) causou grande constrangimento ao governo francês com uma "dormida ao relento" em massa no ano passado, quando centenas de ativistas e sem-teto passaram a noite em barracas instaladas ao longo do rio Sena, em Paris.

O Droit au Lodgement (Direito à Moradia, em tradução livre), junto com o Jeudi Noir, ocupou um antigo banco justo em frente à velha bolsa de valores de Paris, a poucos quarteirões do Banco da França.

O prédio foi rebatizado de 'Ministério da Crise Habitacional', e agora serve de sede para base e acampamento para o movimento.

As ações destes grupos mantêm o tema na agenda pública. Eles sabem que isto não construirá as milhões de casas de que a França necessita, mas acreditam que, sem pressão sobre os políticos nacionais e locais, a mudança nunca virá.

A ministra francesa da Habitação, Christine Boutin, reconheceu os esforços dos movimentos e disse que já começou a estudar maneiras de melhorar as condições do mercado imobiliário.

http://doomar.blogspot.com/

Urso é condenado na Macedônia por roubo de mel


Paddy ClarkDa BBC News


O sabor de mel foi tentador demais para um urso na Macedônia, que atacou várias vezes as colméias de um apicultor.

Agora o animal tem ficha na polícia, por ter sido condenado por um tribunal por roubo e danos.

Mas o banco dos réus estava vazio no tribunal da cidade de Bitola, onde o urso foi julgado à revelia.

O caso foi levado à Justiça pelo apicultor irritado depois de um ano de tentar, em vão, proteger suas colméias.

Durante um período, ele conseguiu afugentar o animal com medidas como comprar um gerador e iluminar melhor a área de ataque ou tocar músicas folclóricas sérvias com percussão acentuada.

Mas quando o gerador ficava sem energia e a música acabava, o urso voltava e lá se ía o mel novamente.

"Ele atacou as colméias de novo", disse o apicultor Zoran Kiseloski.

Como o animal não tinha dono e é uma espécie protegida, o tribunal ordenou ao Estado pagar uma indenização por prejuízos causados pela destruição de colméias, no valor de US$ 3,5 mil.

O urso continua à solta em algum lugar da Macedônia.

Inércia tem preço


Esta excelente crônica publicada no blog do Eduardo Guimarães é bem atual para os Ilheenses, quem sabe ajude a alguns entenderem por que a cidade esta onde esta e como esta.

Gerson

Era um gato gordo, lento, mas diabolicamente furtivo o que atemorizava a comunidade dos ratos. Era gordo porque devorava muitos deles. Surgia do nada, abocanhava-os e os levava para um canto, onde se dedicava a degustá-los.

O terror, o terror... Famílias inteiras de roedores tinham sido dizimadas pelo felino insaciável e furtivo. Se não conseguissem pensar numa forma de neutralizá-lo, os ratos teriam que ir embora, porque, naquele ritmo, acabariam extintos.

Uma assembléia foi convocada para discutir se haveria como lutar ou se seria melhor desistir e irem embora dali.

Das discussões do conclave dos ratos nasceu a luz. O gato gordo só conseguia pegá-los porque nunca sabiam de onde atacaria. Era preciso engendrar algum tipo de alarme que os avisasse quando o felino se aproximasse.

Os ratos pensaram em todo tipo de solução.

Alguém sugeriu que um fio muito fino, difícil de ser visto, fosse estendido em volta da área por onde teriam que circular. O fio seria amarrado a uma sineta, que seria acionada quando a fera o tensionasse, avisando-os de sua aproximação.

Outro sugeriu que um deles sempre montasse guarda para avisar o grupo sobre a aproximação do gato. Montariam guarda, em sistema de rodízio, 24 horas por dia.

E um terceiro criticou as duas idéias anteriores, mas propôs a sua.

Lembrou que o fio não funcionaria, porque, como se sabe, os gatos enxergam muito bem. Além disso, mesmo na remota hipótese de que o gato não visse os fios, depois da primeira vez em que fossem usados ele aprenderia a evitá-los.

Quanto à sentinela, o sistema era risível, pois o poder do gato estava justamente em surpreender suas vítimas. Por que a sentinela seria exceção?

A terceira proposta era a de colocarem uma sineta no próprio gato, assim sempre saberiam onde ele estava. Aliás, uma sineta, não, um guizo, aquela esfera oca de latão com bolinhas de ferro dentro que ficaria percutindo ininterruptamente.

Contudo, como é comum a assembléias, a qualquer assembléia, logo surgiu alguém para discordar:

"Mas por que vamos nos expor, nos arriscar a tomar uma atitude tão frontal, se podemos agir à distância? Podemos fazer uma rede maior de sentinelas ou de fios, mas pôr o guizo no gato é muito arriscado. A menos que o proponente da idéia queira fazê-lo..."

A assembléia dos ratos chegou à solução para o dilema que a fez reunir-se, mas, como ninguém se dispôs implementá-la, os ratos resolveram deixar sua toca de vez. Porém, jamais encontraram um lugar no qual não houvesse um gato que gostasse de saborear ratos.


http://edu.guim.blog.uol.com.br/

14/03/2008

Vendas no varejo surpreendem os pessimistas


Na comparação com o mesmo mês de 2007, alta foi de 11,8%; ante dezembro, vendas cresceram 1,8%

Agência Estado e Reuters -


As vendas do comércio varejista cresceram 11,8% em janeiro ante o mesmo período do ano passado, segundo IBGE. Trata-se do melhor resultado para os meses de janeiro desde o início da série histórica em 2001. Na comparação com dezembro de 2007, as vendas cresceram 1,8%, na série com ajuste sazonal. Em 12 meses, as vendas acumulam alta de 10% até janeiro.

Todas as atividades do comércio varejista registraram expansão nas vendas em janeiro ante igual mês do ano passado, segundo o IBGE. O principal impacto no aumento de 11,8% apurado no mês foi dado por hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (grupo que mais pesa na pesquisa, com cerca de 30% do total e aumento 8,4% em janeiro).

Os outros setores que impactaram no crescimento das vendas ante igual mês de 2007 foram, nessa ordem: móveis e eletrodomésticos (16,0%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (29,6%); tecidos, vestuário e calçados ( 15,4%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (16,2%); combustíveis e lubrificantes (3,1%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (24,7%); e livros, jornais, revistas e papelaria (8,1%).

Houve expansões significativas também em veículos e motos, partes e peças (20,9%) e material de construção (9,6%), mas essas duas atividades são pesquisadas a parte e não entram no cálculo total da pesquisa.

Entre as dez atividades do varejo pesquisadas pelo IBGE ante dezembro de 2007, na série com ajuste sazonal, nove registraram expansão nas vendas em janeiro.

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior de 14,5% para o volume de vendas e de 18,5% na receita nominal de vendas. No acumulado dos últimos 12 meses o setor apresentou taxas de variação de 13,9% e 15,8% para o volume de vendas e para a receita nominal, respectivamente.

http://www.aleporto.com.br/

13/03/2008

Para latino-americanos, Brasil é amigo e potência regional


Da BBC

Nas ruas da América do Sul duas imagens emergem quando se pergunta às pessoas o que elas pensam sobre o Brasil. A primeira não chega a ser uma novidade: é a idéia de que o Brasil é um país "amigo", "alegre", com "gente e praia bonitas".

Mas, entre os vizinhos sul-americanos, uma nova imagem do gigante regional está brotando: a de potência e economia a ser invejada.

"O Brasil, para mim que sou boliviana, representa muito progresso e muito trabalho", diz a dona de casa Magdalena Magne. Ela afirma ainda que muitos bolivianos vêem o Brasil como um lugar para onde se mudar e "progredir".

O funcionário público paraguaio Ovídio Garrido concorda. "(Os brasileiros) são gente que trabalha, que produz. E grande parte da economia (paraguaia) se deve a eles." Garrido se refere à grande concentração de imigrantes e produtores rurais brasileiros que vivem e trabalham especialmente na fronteira com o Brasil.

Essa visão de potência em desenvolvimento é cada vez mais comum entre os vizinhos sul-americanos, embora a resposta mais automática sobre Brasil ainda seja ressaltar a alegria e a beleza nacionais.

Melhor amigo

Um dos estudos mais completos sobre a visão do Brasil na região foi feito pelo instituto de pesquisa Latinobarometro. No trabalho, realizado em 2006 e divulgado no ano passado, foram entrevistadas 20 mil pessoas na maioria dos países da América Latina, incluindo a maior parte da América do Sul.

O resultado da pesquisa corrobora o trabalho de reportagem feito pela BBC Brasil em todos os países do continente.

De acordo com a pesquisa, o Brasil é visto como o "melhor amigo" dos latinos na região e também como um país cuja economia deve liderar a região e a integração.

Segundo a diretora do Latinobarometro, Marta Lagos, "a boa imagem do Brasil entre os latinos, de forma geral, deve-se ao fato de ser um país grande, com o qual ninguém quer problemas. Por isso é visto com respeito pelos demais países da América Latina".

Além disso, Lagos afirma que "a herança cultural portuguesa representa um elemento de diferenciação do Brasil, que o torna interessante e atraente para os demais países do continente".

A pesquisa de 2006 foi a terceira nas mesmas dimensões feita pela empresa e mostra que os resultados mais recentes têm mantido a estabilidade.

Diante da pergunta sobre qual país da América Latina "você acha que é nosso melhor amigo", numa escala de zero a 20, o Brasil recebeu a média de 10 em 1998, oito em 2001 e os mesmos oito em 2006.
O trabalho do Latinobarometro também aponta para a crescente influência da economia brasileira. O Brasil ficou entre os preferidos quando se perguntou "qual o país que você prefere para a integração econômica?" ou "você acha que se deve fazer acordos de integração com todos os países da América Latina?"

Somente quatro países foram citados como resposta, com o Brasil à frente da Venezuela, do México e da Argentina.

"A demanda de integração é frágil (na região)", diz o relatório da pesquisa. E completa: "O Brasil se destaca como o país com o qual a maior quantidade de latinos quer se integrar economicamente e também o país mais amigo. E quase se pode dizer que é o único país da região que tem uma real demanda de integração".

O Brasil também se destaca quando a questão refere-se ao país preferido como "investidor estrangeiro". Nesse caso, o Brasil foi o terceiro mencionado --junto com o Japão-- na Bolívia, ficando atrás, neste ranking, dos Estados Unidos e da Espanha, mas superando os outros países da região, a Argentina e a Venezuela.

Na Venezuela, o Brasil também foi o terceiro mais mencionado entre os entrevistados na pesquisa do Latinobarometro, depois da China e dos Estados Unidos --nessa ordem. Na Argentina, onde os investimentos brasileiros estão em alta, o Brasil foi o quarto mais citado pelos latinos.

Com reportagem de Alessandra Corrêa (Bolívia e Paraguai) e Marcia Carmo (Argentina)

http://www.projetobr.com.br/web/blog/5

Bahia de Fato


O blog Bahia de Fato é um dos mais importantes e lidos blog baianos, presente entre os mais recomendados na blogosfera do Lula, sempre que posso vou beber água na fonte limpa do Oldack Miranda, hoje ele nos presenteou com duas perolas que tomo a liberdade de publicar aqui.

Gerson


Josias “calunista” de Souza tenta ridicularizar Patrus Ananias

Na falta do que fazer, o blogueiro oficial da Folha de S. Paulo, Josias “calunista” de Souza, tenta em seu blog ridicularizar Patrus Ananias, o ministro do Desenvolvimento Social, mas, admite o óbvio: Patrus é uma alternativa que o país tem para a Presidência da República.

O título do texto de Josias “calunista” de Souza é: “Patrus ‘Poste’ Ananias também fala como candidato”. Lá vai o texto do empregado servil da Folha de S. Paulo:

“O Ministério do Desenvolvimento Social festejou, nesta quarta-feira (12), aniversário de quatro anos. Responsável pelo programa Bolsa Família, a pasta é gerida por Patrus Ananias, um dos “postes” de que dispõe o PT como alternativa para 2010. A comemoração levou ao "poste" a luz do primeiro-casal.

Lula discursou para uma platéia estimada em 1,4 mil pessoas. Cobriu Patrus de agradecimentos. De resto, disse que o “grande adversário” que o ministério teve de enfrentar “foi o preconceito cultural que está arraigado na cabeça de uma parte da elite brasileira, que acha que tudo o que o governo federal lhe dá é investimento, mas tudo o que é dado ao pobre é gasto.”

O presidente não se animou em grudar no peito de Patrus o escudo de “pai” do Bolsa Família. Esse é um título do qual Lula parece não abrir mão. Sobre o futuro, falou apenas de raspão, excluindo-se: “O que precisamos fazer agora é consolidar a relação entre Estado e sociedade e quem vier depois tem que trabalhar com essa gente com respeito, atendendo às necessidades prioritárias do povo brasileiros.”

Patrus falou mais do que o chefe. Não se limitou aos temas da economia doméstica de sua pasta. Mirou em FHC, desancando a privatização da Cia. Vale do Rio Doce, vendida, segundo ele, a preço vil. Alvejou a aliança tucano-democrata no Congresso. Disse que, não fosse pela extinção da CPMF, seu ministério teria mais dinheiro para atender à clientela pobre.

Como se vê, Patrus Ananias parece determinado a ser bem mais do que um “poste.” Faltam-lhe, por ora, além de votos, prestígio no nível do que é atribuído a Dilma 'Mãe do PAC' Rousseff, o "poste" assentado na Casa Civil.”

COMENTÁRIO DO BAHIA DE FATO – Não me parece que a relação de Patrus com Lula seja de chefe e chefiado. A má-vontade de Josias “calunista” de Souza é visível. E não me parece que faltam votos a Patrus. Ninguém pode ter ou não votos antes das eleições. A menos que Josias “bobão” de Souza considere votos as INTENÇÕES de votos coletadas por institutos de pesquisa de opinião que, como sabemos, nem sempre coincidem com a apuração final. Josias sofre mas publica a notícia. De quem estará serviço afinal?

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“Eles” já não são mais os donos da Bahia

Não ocorreu nenhuma “invasão” do apartamento da viúva do ex-senador ACM, como quer certa imprensa. O advogado André Barachísio Lisboa, em nota paga na primeira página de A Tarde (13/03/08), relata circunstanciadamente todos os momentos que antecederam à execução do mandado judicial por oficiais da Justiça e policiais.

A decisão judicial foi publicada antes. O Oficial de Justiça tentou várias vezes o acesso ao apartamento para proceder ao inventário de bens. Não obteve sucesso. Numa ocasião, o Oficial de Justiça foi informado de que não havia ninguém em casa, mas, momento depois testemunhou a saída do empresário e senador sem voto ACM Júnior do Edifício Stella Maris. Estava evidente a tentativa de obstrução da Justiça.

A famiglia está se dilacerando na disputa do botim de 40 anos. O assunto teoricamente é privado, mas, o DEM trata o assunto como perseguição política. “Eles” já não são mais os donos da Bahia e não se deram conta disso.

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Classe C cresce e derruba mito na Internet


Por Marcelo Gripa


O Interactive Advertising Bureau está decidido a acabar com dois mitos digitais: o de que a Internet é elitizada e acessada apenas pela classe A e B e também o de que aqueles que se informam pelo mundo digital não têm massa crítica. Estas questões foram derrubadas com fatos apresentados nesta terça-feira, dia 4 de março, em evento realizado pelo órgão que estuda o meio no Brasil. Os resultados compravam que 37% dos internautas brasileiros que acessaram a rede durante 2007 pertencem à classe C. Outros 50% compõem as classes A e B e 13% são D e E.


O presidente do IAB Brasil e diretor-geral do portal Terra, Paulo Castro, foi quem levantou as discussões sobre o tema. Segundo ele, a expectativa é que a classe C represente 18 milhões de internautas até o final de 2008, ou seja, 40% do total dos 45 milhões esperados. Para Castro, a Web já se consolidou como o segundo meio de comunicação de massa no Brasil, atrás apenas da televisão. "Esse crescimento reflete a qualidade da cobertura que meio oferece para as ações de marketing, além consolidar a Internet como a segunda maior mídia de massa do País", disse.

Propaganda também cresce


A publicidade seguiu os índices da melhora. Pesquisa divulgada esta semana pelo Projeto Inter-Meios confirmou aumento de 45,7% de investimentos em propaganda online no país, alcançando a cifra de R$ 527 milhões em 2007. Espera-se, para 2008, que esse valor cresça 35% e alcance R$ 712 milhões. Os relatórios ainda não incluem os links patrocinados, modelo de anúncios que aparecem ao lado de buscas na Internet e é a principal fonte de receita do Google, por exemplo.


Em entrevista ao Adnews, a sócia e vice-presidente de Atendimento da AgênciaClick, Ana Maria Nubié, comentou sobre a distorção no investimento publicitário. "A internet tem 40 milhões de usuários, mas representa apenas 3% de participação no bolo. Já a TV paga, alcança entre 13 milhões e 15 milhões de pessoas, mas recebe maior porcentagem de investimento".


Web pelo celular


Pesquisa divulgada no fim de 2007, pelo Instituto Ibope, trouxe o panorama da integração entre celular e Internet. Dos 40 milhões de internautas brasileiros, 5% deles, ou 2 milhões, têm acesso pelo aparelho móvel.

A cor dessa cidade sou eu?


O cantor baiano Caetano Veloso talvez nem imaginaria que o título da sua música Atrás do trio elétrico, de 1969 (do famoso verso “Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu”), também seria uma grande profecia a se confirmar no século 21, e por vários motivos.

Um deles é que os trios elétricos, criados como alternativas para democratizar o Carnaval e mantê-lo popular e acessível, hoje são dirigidos como grandes empresas. E, como toda grande empresa, o cliente tem sempre razão. Ou seja: quem pode pagar se diverte, quem não pode... Para quem não sabe, do outro lado da corda, o baculejo é geral.

Quem não tem chão tem que sair do chão, mesmo! Mas a rua não é pública?

Outro motivo é que a juventude negra das comunidades periféricas está sendo assassinada indiscriminadamente pela polícia truculenta de Salvador, e, como todos sabem, mortos não se divertem, pelo menos por aqui. Os crimes cometidos por esses jovens? São negros, no Estado mais africano do país.

Se liga, meu rei, os súditos estão de olho no castelo.

Como disse, do outro lado da corda, o baculejo é geral, amplo e irrestrito; nas vielas das favelas, o sangue escorre. Enquanto os turistas estão com a boquinha na garrafa, o sarrafo come, sem direito a lembrancinha de Nosso Senhor do Bonfim: “Ó paí, ó!”

Pois é, quando a cantora Ivete Sangalo canta que o povo do gueto mandou avisar que vai rolar a festa, acho que ela está falando de uma outra festa e de um outro gueto, a elite branca, que, com certeza, não é o mesmo povo de Hamilton Borges (“reaja ou será morto, reaja ou será morta”), Nelson Maka (Blackitude), Vilma Reis, que luta e denuncia incansavelmente o extermínio dos pretos soteropolitanos, que vivem à margem do futuro, criado pelo passado sujo do tranca-rua do carlismo.

Só quem conhece a periferia de Salvador sabe o que é realmente mastigar chiclete com banana. Os chicleteiros, quando acaba o Carnaval, batem suas asas de águia para suas casas, enquanto o pipoca se estoura de janeiro a janeiro, com a porra daquela corda, que sempre arrebenta do lado mais fraco: “Dendê no cu dos outros é refresco”.

Mal sabem que lágrima de mãe, quando perde um filho, morto injustamente por quem deveria zelar pela segurança pública do Estado, não acaba nunca, precisa de vários abadás para secar. E nenhuma eletricidade que ilumina a avenida vai acender a vela do perdão, quando a gente cansar de andar de carro velho.

O povo do gueto mandou avisar que quer JUSTIÇA, senão... vai acabar com a festa. Quanto mais Haiti, mais Paris se aproxima.

A cor dessa cidade sou eu?

Leia
aqui a reportagem “A revolta da periferia”, assinada por Cynara Mezenes, capa da edição de 6 de fevereiro da revista CartaCapital, sobre a violência policial contra os negros na Bahia.

Aqui você lê o artigo “Agoniza mas não morre?”, de Guilherme Azevedo, sobre a consolidação do samba-empresa nos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo.

http://jornalirismo.terra.com.br/content/view/303/29/

FHC COMETEU CRIME ELEITORAL


por: Paulo Henrique Amorim


. Em entrevista ao jornal Gazeta Mercantil, o grande presidente Itamar Franco – clique aqui para ler – desmascarou duas vigarices tucanas.

. José Serra dizer que é o pai dos remédios genéricos.

. E FHC assinar a nota do Real DEPOIS de ser ministro da Fazenda – para faturar o Real na eleição.

. Clique aqui para ler o M&M "Itamar: FHC e Serra, dois impostores".

. O Conversa Afiada localizou no Banco Central uma nota de Real assinada por FHC.

. Clique aqui para ver.

. FHC não poderia assinar nota nenhuma, porque saiu do Ministério da Fazenda – e ser candidato à Presidência indicado por Itamar – ANTES do lançamento do Plano Real.

. O Conversa Afiada consultou um advogado especialista em legislação eleitoral, que nos forneceu o seguinte “parecer”:

"Ao assinar a nota do Real sem ser Ministro da Fazenda, FHC pode ter cometido um crime eleitoral, previsto no Artigo 1º, Parágrafo II da Lei Complementar nº 64/90 (Lei que dispõe sobre casos de inelegibilidade). Ou seja, segundo essa lei, ele estaria inelegível porque exerceu a função de um Ministro mesmo depois de deixar de ser Ministro.

Trata-se de um 'abuso de autoridade'.

Segundo a Lei Complementar nº 64/90, a candidatura de FHC à presidência poderia ter sido impugnada.

Com base na mesma lei (Lei Complementar nº 64/90) teria sido possível abrir um inquérito para investigar se houve abuso de poder de autoridade para beneficiar a candidatura.

Veja o que diz o Artigo 22º. Da Lei:

‘Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político.'"

Em tempo: o Plano Real foi a principal peça da campanha para eleger o Farol. O Ministro da Fazenda que o sucedeu, Rubens Ricupero, foi flagrado quando, pelas antenas parabólicas, antes de uma entrevista à Globo, confessou que trabalhava – como Ministro – para eleger o Farol.

Em tempo 2: o episódio descrito por Itamar revela a dificuldade de os petistas partirem para a jugular dos tucanos (especialmente de São Paulo). Como é que eles deixaram isso passar, na eleição ? Tudo o que um petista de São Paulo quer é ser um tucano de São Paulo. Se não conseguir, vai ser tucano em Belo Horizonte ...

Em tempo 3: o advogado "parecerista" pediu para não ser identificado.

Crescimento com igualdade


artigo - Guilherme Cassel, ministro do Desenvolvimento Agrário

É momento de debater o Brasil rural e as possíveis formas de seu crescimento: com igualdade ou com desigualdade. São dois caminhos que agora parecem mais nítidos, afinal, já vivenciamos a concentração fundiária, a favelização rural e a ausência de políticas agrárias por muitos anos. Foi um lento processo de aprendizagem até começarmos a implantar políticas públicas que de fato mantivessem trabalhadores e trabalhadoras rurais com trabalho e renda no campo. E esse é um processo ainda em construção. A questão agrária e a pobreza no campo são discussões que remontam ao século 19.


Jamais foram solucionadas porque jamais crescemos com igualdade. Os anos 70 são um modelo desse tipo de crescimento distorcido. Muitos de nós ainda jovens, outros sequer nascidos, todos experimentamos os efeitos do "milagre econômico". Embalados por esse jargão, em pleno período de ditadura militar, pensamos estar crescendo econômica e socialmente e, mesmo ali, jamais nos vimos crescendo iguais. Passamos a conviver com bolsões de pobreza nas grandes cidades e o avanço da violência urbana. Conhecemos o que era recessão, má qualidade de vida e os resultados da degradação ambiental. Do campo, milhares de famílias foram expulsas.


Algumas das feições rurais herdadas das décadas passadas, e que apesar dos esforços governamentais e da sociedade civil ainda vigoram, são os latifúndios improdutivos, o trabalho escravo e a devastação ambiental. São feições oriundas do crescimento desigual e, por isso, tão difíceis de se corrigir. Sofremos as consequências desastrosas da falta de política agrária e de política agrícola. E sofremos por longo tempo. Foi apenas nos últimos anos, com o rearranjo das políticas urbanas e rurais, que começamos a romper com essa realidade. Aos poucos, nos vemos crescendo de forma diferente. Não extinguimos a miséria, mas estamos reduzindo as desigualdades na cidade e no campo. Não por acaso, 20 milhões de brasileiros deixaram de ocupar as classes D e E, passando a ter condições melhores de vida.


No ano passado, o país alcançou uma geração recorde de 1,6 milhão de empregos. E o campo mostrou sua faceta recompensadora a todos os que defendem políticas públicas específicas para o seu crescimento. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirma a safra recorde de grãos em 2007, de 133 milhões de toneladas. Dados preliminares do censo agropecuário demonstram que o número de propriedades rurais cresceu, de 4,8 milhões para 5,2 milhões, ao mesmo tempo em que o tamanho médio delas diminuiu. Já a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) atesta que a renda da agricultura familiar aumentou 7%. Esses números refletem políticas implementadas especialmente desde 2003.


Estamos esboçando uma nova malha fundiária e ampliando a renda de quem precisa e produz. Esses são os primeiros passos de uma caminhada que tem de ser feita com firmeza e rapidez. E, além disso, com muita persistência para que grandes extensões de terras despovoadas passem a ser cenário do passado. Porque outra realidade é possível: a de homens, mulheres, jovens, idosos e crianças em vida plena e comunitária no campo.


Leia a matéria completa no site do Valor Econômico

Postado em: http://www.aleporto.com.br/

12/03/2008

LULA FALA DE COCÔ E PIG SE ESTREBUCHA


Paulo Henrique Amorim

. “Eu sou filho de uma mulher que nasceu e morreu analfabeta, eu sou filho de uma mulher que morou em lugar que dava enchente de um metro e meio dentro de casa. Acordava à meia noite com rato, com barata, com fezes dentro do quarto. Era obrigado a me levantar e levantar os poucos móveis que tinha, não tinha nem geladeira e nem televisão.”

. “Quando eu era moleque, eu conto sempre, Sérgio (Cabral), eu saía da escola, numa rua chamada Silva Bueno, eu tinha uma vontade de comer uma macã, que era uma coisa de louco – e naquele tempo só tinha maçã argentina, que eram umas maçãs grandes – muitas vezes, eu passava com vontade de pegar uma e sair correndo. Eu nunca peguei, porque eu tinha vergonha de envergonhar a minha mãe.”

. Esses são trechos do discurso que o Presidente Lula fez sexta-feira, na favela de Manguinhos, segundo transcrição do Globo.

. O título da reportagem é: “Pobre tem direito de ir à Praia de Copacabana”, disse Lula.

. O PIG de São Paulo não reproduziu nada disso.

. O Estadão, por exemplo, neste mesmo dia, deu mais espaço à 429ª. escaramuça entre o MST e a Monsanto do que ao começo das obras do PAC em três favelas do Rio - Manguinhos, Alemão e Rocinha: R$ 1 bilhão.

. O PIG de São Paulo, pensando bem, teve uma boa idéia: já imaginou a elite branca (e separatista, no caso de São Paulo) abrir o Estadão, num sábado de manhã, durante o brunch, e ler que o Presidente do Brasil, eleito duas vezes por 61% a 39%, morava numa casa em que, em dia de chuva, a água subia um metro e meio e tinha cocô boiando ?

. Francamente, os leitores do Estadão e da Folha não merecem ser expostos a isso ...

. “Maria, liga pra portaria e vê se a Veja já chegou...”

Clique aqui para ler "Não Coma Gato por Lebre".

O ex-prefeito Jabes Ribeiro, viu e não gostou.


Em visita a um instituto de pesquisa em Salvador, Jabes teve acesso a uma pesquisa on-line que estava sendo feita em Ilhéus na ultima segunda feira, solicitou ao dono da pesquisa o acesso, foi autorizado e pode ver a tabulação das primeira quatrocentas entrevistas (em mil) os resultados deixaram Jabes abalado.

Alem de colocar o prefeito Nilton na liderança com Ruy em segundo lugar, os eleitores ilheenses abandonaram de vez o ex-prefeito que, junto com Ângela perderam praticamente todo apoio que aparecia em outras pesquisas.

Em outra ponta da mesma pesquisa cresceu a rejeição ao ex-prefeito com mais de cinqüenta por cento do eleitorado afirmando que não vota no candidato de jeito nem um.

Nilton lidera em alguns cenários, Dr. Ruy esta estável com o mesmo numero de dois meses atrás quando era líder, agora em segundo lugar, quando apresentado com o apoio de Lula volta a liderança.

O crescimento acelerado de Nilton foi basicamente em cima dos eleitores de Jabes e Ângela que foram reduzidos a pó.

Os números não são preocupantes para o PT ilheense já era esperado, a maquina da prefeitura esta funcionando e o contraste com o desgoverno de Valderico é gritante, Na avaliação do PT e de Dr. Ruy o crescimento de Nilton agora é melhor que se ocorresse mais tarde, com o tempo esta onda passa e o eleitor vai começar a enxergar que Ilhéus não pode ser governada com uma mentalidade feijão com arroz, ainda segundo os petistas quando Wagner e Lula entrarem em campo o resultado será revertido como aponta as mesmas pesquisas.

A tendência é um afunilamento, ficando a disputa restrita a Ruy (PT) contra Nilton (PSB) casso Wagner intervenha é possível ainda uma chapa que junte os dois.

Gerson

Pinheiro em Ilhéus


A convite do PT de Ilhéus e do pré-candidato a prefeito pelo partido Dr. Ruy, o deputado federal Walter Pinheiro fará duas palestras nesta sexta-feira dia 14, na cidade. A primeira às quatorze horas no auditório local da Ceplac, quando vai falar sobre as políticas publicas para o setor de ciência e tecnologia a segunda às vinte horas no Clube Social de Ilhéus em plenária do PT para militantes e pré-candidatos a vereador, nesta oportunidade o tema a ser abordado será “O jeito petista de legislar”.

O Deputado Walter Pinheiro, foi um dos mais votados no Brasil nas ultimas eleições, tem um mandato amplamente elogiado pela mídia especializada e assumiu a menos de quinze dias a presidência da comissão permanente de ciência e tecnologia do Congresso Nacional. Por diversas oportunidades já declarou seu apoio a Dr. Ruy como candidato do PT a prefeito de Ilhéus.

Das colunas sociais


Mino Carta é um dos mais conceituados e bem informados jornalista do Brasil, dono de uma inteligência romana e de um texto altamente sagaz. Nesta notinha publicada em seu blog, uns dos melhores da net.

Mino ironiza as elites brasileiras e destrói a estima da turma da Oscar Freire...

Quando leio uma crônica desta fico a imaginar como é paupérrima a elite ilheense, dona de um nariz empinado e uma ignorância surreal leia e tente transpor para nossa realidade, ou para nossas colunas sociais.

Gerson



Das colunas sociais



Respondo a Octavio. Corretas as suas informações, a imbecilidade do mundo não tem fronteiras. Quando falo, porém, de colunas sociais, aludo a estas que comparecem nos jornalões. O senhor vai procurá-las em vão La Repubblica, ou no Corriere della Sera, ou em qualquer outro jornal italiano. E em vão as procuraria há cem e mais anos. Refiro-me a um jornalismo sério, como afirmam praticar o Estadão, o Globo, a Folha, o Jornal do Brasil. Sim, sim, há outras Gente (a nossa) pelo mundo, mesmo naquele pretensamente mais civilizado. Admitamos, porém, que o jet-set nativo é bem menos interessante do que o internacional. Como bom anarquista, não tenho o menor apreço pelo jet-set em qualquer latitude, é o ponto de encontro das vaidades sustentadas pela grana abundante e narcisismo idem. Mas por aqui, em lugar de Brad Pitt e Angelina Jolie, as cabeças ainda coroadas, de artistas de renome mundial, de chefes de cozinha cultíssimos, de costureiros que apinham desfiles em Paris e Milão, de casanovas herdeiros de Porfírio Rubirosa e Ali Kahn, temos cavalheiros de gravata amarela dispostos a exibir uma falsa sabedoria enológica e dondocas carregadas de pedrarias duvidosas, convencidas de que a rua Oscar Freire é igual, ou melhor, à Montenapoleone, ou à Conditti, ou ao Faubourg Saint-Honoré. E não passam de mil e quinhentos e vinte e sete pessoas, em geral pouco lidas, arrogantes, prepotentes, desinteressadas em relação às questões prementes do seu país, enquanto se entregam ao exibicionismo, certas, por exemplo, de que um terno Armani é o máximo da elegância.


enviada por mino


http://blogdomino.blig.ig.com.br/

Mídia Independente realizou encontro histórico neste sábado


Durante todo o dia de ontem aproximadamente cinqüenta pessoas da área de comunicação (jornalistas, professores universitários, representantes de veículos de informação independentes e militantes do movimento social pela democratização das comunicações) reuniram-se no Hotel Maksoud Plaza (já não podem mais nos chamar de sujos e remelentos) para melhor se conhecer e iniciar uma caminhada coletiva visando uma sinergia de ações que fortaleça a diversidade informativa no Brasil.

O evento foi custeado pela Agência Carta Maior, que bancou tanto o aluguel da sala no hotel, como almoço e o deslocamento daqueles que vieram de outros estados. O diretor da Carta Maior, Joaquim Palhares, e o seu editor, Flavio Aguiar, coordenaram o encontro, mas ele foi absolutamente aberto e todos os presentes fizeram suas avaliações a respeito do atual cenário midiático brasileiro e propuseram ações que ainda serão melhor debatidas por um Conselho Executivo que se reunirá na segunda-feira. Faço parte do Conselho e conforme as coisas forem avançando, informações serão repassadas tanto por aqui como por todos os outros sites, blogues e mídias que participaram do evento.

Uma ata do que aconteceu esta sendo escrita e será divulgada em breve. O evento foi filmado e a Carta Maior deve divulgá-lo no seu site. Também está sendo escrito um manifesto, carta, documento (ou o nome que vier a ter) que será divulgado para a sociedade. Nele iremos registrar algumas de nossas afirmações em relação ao novo cenário das comunicações, apresentar propostas e defender bandeiras de democratização da mídia.

Um segundo encontro mais amplo, para onde serão convidados outros produtores de informação independente, jornalistas, professores e militantes sociais da comunicação, deve acontecer em breve. A proposta é que seja no Rio de Janeiro. Ivana Bentes, diretora da Escola de Comunicação da UFRJ, ofereceu a Universidade para o evento.

Segue a lista de nomes daqueles que participaram deste primeiro encontro. Acho que não escapou nenhum nome, mas não é difícil isso ter acontecido.


Lista de participantes:


Adalberto Marcondes (agência Envolverde), Altamiro Borges (Vermelho), André Singer (jornalista e cientista político – USP), Antônio Biondi (site o Brasil de Aloysio Biondi), Antônio Martins (Diplô Brasil). Bia Barbosa (Intervozes) Bernardo Kucinski (professor da ECA); Carlos Azevedo (Revista Retratos do Brasil); Celso Horta (ADCD Maior); Dario Pignotti (Ansa, Página 12 e Manifesto); Denise Tavares (professora PUC Campinas); Elma Bonés (Jornal Já); Enio Squeff (artista plástico e jornalista) ; Emiliano José (professor da UFBA). Ermano Alegri (Adital); Flávio Diegues (Diplô Brasil); Flávio Tavares (jornalista e professor aposentado da UNB); Flavio Aguiar (Carta Maior); Geraldo Canalli (jornalista e professor da UFRGS); Gilberto Maringoni (professor da Cásper Libero); Gustavo Gindre (Intervozes); Hamilton de Souza (PUC-SP); Inácio Neutzling (Revista IHU da Unisinus); Ivana Bentes (professora e diretora da Escola de Comunicação da UFRJ); João Pedro Dias (professor da UERJ), Joaquim Palhares (Carta Maior), Laurindo Leal Filho (Programa Ver TV e ECA-USP); Leonardo Sakamoto (Repórter Brasil); Luiz Carlos Azenha (Blog Vi o Mundo); Marco Antonio Araújo (jornalista); Marcos Dantas (professor de jornalismo da PUC-Rio); Mauro Santayana (jornalista); Neutair Abreu (mais conhecido como Santiago, chargista); Paulo Salvador (Revista do Brasil), Renato Rovai (pela Fórum e por que não, também por este blogue); Rodrigo Savazoni (Intervozes); Sérgio Gomes (Oboré); Sérgio Souto (Monitor Mercantil); Tadeu Arantes (jornal Diplô Brasil); Verena Glass (jornalista e colaboradora da Carta Maior).


http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/blog/

A política e o Judiciário

Emiliano José*

Em princípio, segundo os paradigmas do chamado Estado de Direito democrático, o Judiciário, de modo muito especial, deveria evitar imiscuir-se no território da política. Evidente, elementar dizê-lo, que qualquer ação humana é política, num sentido muito amplo. No entanto, há o campo específico da atuação do Judiciário que, por ser o julgador, deve evitar dar opiniões políticas, quanto mais quando elas se referirem a causas que podem vir ainda a serem julgadas. É esse o debate que envolveu nos últimos dias o presidente Lula e o presidente do TSE, Marco Aurélio Mello.

Curiosa a reação de parte da imprensa e de alguns de seus colunistas, que passaram a deitar falação contra o presidente da República e a favor do presidente do TSE. Aparentemente, estão defendendo a autonomia do Judiciário, as liberdades democráticas, como se o Judiciário fosse uma espécie de Olimpo, infenso a críticas, como se a palavra de uma autoridade da Justiça tivesse sempre que ser acatada sem qualquer contestação. Besteira. O Judiciário, como o Executivo e Legislativo, tem sempre que ser acicatado pela crítica, venha ela de onde vier.

Há um inegável pendor do presidente do TSE pela política. É incontestável que seja pela palavra de seu presidente, seja por alguns de seus julgamentos, o TSE tem politizado de modo acentuado sua intervenção na vida brasileira. O Legislativo tem sentido isso, mas tem reagido de modo tímido, quem sabe pelo fato de lhe faltar ousadia e criatividade, como no caso recente das decisões relativas à fidelidade partidária. Como não faz uma reforma política profunda, é surpreendido pela fúria legislativa da Justiça, especificamente do TSE. A defensiva o condena ao silêncio.

Lula falou. Colocou o guizo no pescoço do gato. Criticou a intervenção do Judiciário nas questões políticas. O endereço era claro: as críticas feitas pelo presidente do TSE a um programa social do governo – Territórios da Cidadania. Este programa, como vários outros do governo Lula, pretende continuar enfrentando o problema da desigualdade social. Querer, como quer o presidente do TSE, que o governo não possa lançar programas sociais porque vão acontecer eleições municipais equivale a uma espécie de cassação branca de mandato. Seria reduzir o mandato de Lula a dois anos – aqueles onde não há eleição.

E o grave é que o presidente do TSE dá essa opinião e ela vira uma espécie de senha para que a direita brasileira – o DEM e o PSDB – outra e mais uma vez se insurja contra a disposição do governo Lula de livrar o Brasil da miséria absoluta. Essa direita não aceita que no decorrer dos últimos cinco anos as políticas do atual governo tenham tirado 20 milhões de pessoas da linha da pobreza absoluta – quem quiser saber melhor, é só recorrer, por exemplo, a matéria da Folha de S. Paulo de 16 de dezembro de 2007, também manchete do mesmo jornal.

Está certo o jurista e professor de Direito Penal, Luiz Flávio Gomes, quando critica o presidente do TSE e diz que o juiz “não pode falar fora dos autos”. (O Estado de S. Paulo, A13). Infelizmente, o presidente do TSE não absorve esse princípio.
** Artigo publicado na Página de Opinião, do Jornal A Tarde, dia 10/03/2008.**

GLOBO: A CAMINHO DA VICE-LIDERANÇA


Paulo Henrique Amorim


. Nos últimos dois meses, o "Bom (?) Dia São Paulo" e o "Bom (?) Dia Brasil" perderam alguma coisa perto de três pontos no Ibope.

. O "Bom (?) Dia São Paulo" perde para o Luciano Faccioli e o "Bom (?) Dia Brasil" para o "Fala Brasil", ambos da Record.

. A queda do "Fantástico" é ainda mais grave.

. De 2004 para 2007, o share da audiência do "Fantástico" no conjunto de aparelhos ligados caiu de 55% para 44%.

. A concorrência - pela primeira vez em décadas - obrigou o jornalismo da Globo a calçar a sandália da humildade.

. É muito divertido ver os mauricinhos e patricinhas obrigados a falar de assuntos que interessam ao espectador.

. Engarrafamento, violência, cidades que não funcionam - especialmente São Paulo -, "a vida como ela é", segundo o Nelson Rodrigues.

. Quem, como eu, mora num prédio em que o síndico sintoniza na Miriam Leitão sempre que vou malhar, percebeu que o jornalismo da Globo começa a sentir o calor.

. Foi o que vi hoje.

. Os mauricinhos e patricinhas do "Bom (?) Dia Brasil", com o nariz virado e um certo desdém por aquelas notícias sobre vândalos, crime, tragédias, que são obrigados a anunciar ...

. Que saudades eles têm da Miriam Leitão a falar do M2 da "base monetária" que o Lula explodiu (ou explodirá) ...

. Quando a Miriam e o Alexandre Garcia, o vice-líder da Oposição nas duas casas do Congresso, falam, o ponteirinho do Ibope treme: de medo ...

. Não está longe o dia em que a Globo vai dispensar os serviços de seus ilustres colonistas.

. Como já se disse aqui, o patrão gosta muito de colonista que diga o que ele (patrão) pensa.

. Mas, o patrão gosta mesmo é de comercial de 30 segundos.

. E, como dizia o Boni, toda vez que te falarem em "televisão para a classe A, saia correndo" ...

Em tempo:
clique aqui para ler por que o Conversa Afiada fala em "colonistas".

(*) Foi como a Carta Capital chamou a Globo, em reportagem recente.




http://conversa-afiada.ig.com.br/

11/03/2008

São a favor da tortura 42% dos brasileiros que ganham acima de R$ 2 mil e 40% dos que têm curso superior


É o que afirma Pesquisa sobre Valores e Atitudes da População Brasileira, realizada pelo Ibope e a agência Nova S/B e publicada ontem em O Globo.

Há vários outros aspectos da mesma pesquisa destacados na reportagem, mas que semelhantes a uma anterior do mesmo Ibope, de abril de 2006, chamada
"Corrupção na Política: Eleitor Vítima ou Cúmplice", comentada aqui.

O cruzamento dos dados dessa pesquisa atual, em relação ao comportamento diante da tortura, é que produz resultados interessantes. Se 42% dos que ganham mais do que 5 salários mínimos apóiam a tortura, o índice cai para 19%, entre os que ganham menos de um salário mínimo. Porque, em geral, a tortura é aplicada nestes.

A pergunta da pesquisa não deixa dúvidas. Vou repeti-la, como está no questionário [o grifo é meu]:

No filme “Tropa de Elite”, sobre a forma de atuação do Bope no Rio de Janeiro, aparecem cenas em que os policiais forçam os suspeitos a darem informações através de algumas práticas violentas, consideradas tortura. Se fosse um policial combatendo o crime organizado, você provavelmente...

. Usaria práticas violentas para obter informações importantes de suspeitos, pois esse é o único método que funciona no país
. Nunca usaria práticas violentas contra suspeitos, a não ser para se defender, para não desrespeitar os direitos deles

A pesquisa mostra o tamanho dos “
indignados úteis”, que defendem a tortura, e são freqüentadores dos pitblogs, ardorosos fãs de seus pitblogueiros (desmascarados por Nassif, em seu dossiê Veja, como penas de aluguel, moleques de recados alheios).

É a esse público que
Veja se dirige, como afirmou seu presidente, Roberto Civita. Defendem a tortura policial, porque pensam que ela não os alcançará, e só quando são agredidos, como aconteceu recentemente com um juiz aqui no Rio, percebem o engano que cometem.

Quando 42% da elite financeira e 40% da elite educacional de um país defendem a tortura é sinal de que é chegado o momento de – como dizem as mulheres - repensar a relação.

A tortura é uma ignomínia, que não pode ser tolerada de forma alguma. Ainda mais a praticada pelo Estado, que, ao menos teoricamente, existe para defender os direitos do cidadão e promover a cidadania.

A visão de Dilma


Na noite de quarta-feira passada, entrevistei longamente a Ministra-Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Como surgiram muitos assuntos na conversa, vou soltar em alguns capítulos para melhor poder entender o momento atual, da ótica do governo.

Dilma com a palavra:

“O que pudemos fazer, nesse segundo governo Lula, foi ter alterado a dinâmica do discurso econômico. Antes a dinâmica era: vamos construir a estabilidade. Era importante e o real surgiu para isso. Mas da estabilidade não decorre automaticamente a dinâmica de investimento e crescimento. Tivemos, então, que mudar a dinâmica: mantendo a estabilidade, vamos tratar de crescer”.

“Essa é a mudança fundamental, inclusive em relação a outros momentos históricos. Construímos a base econômica para poder crescer. Agora vamos fazer a inflexão, mas mantendo a estabilidade. Ao contrário de outros momentos da história, nada de ‘liberou geral’”.

“O crescimento vai ser alcançado com planejamento, estruturas de regulação funcionando, agências não capturadas que busquem a competição. Porque é papel da regulação estruturar uma competição isonômica, sem abusos de poder econômico”.

“Um segundo passo relevante é dispor de instrumento financeiros de longo prazo e ser capaz de perceber que Estado estrutura a demanda pública, mas quem vai fazer o investimento é o setor privado. O Estado estrutura a demanda, o setor privado executa, realiza, empreende obras e atenda a demanda. Com isso, cria-se um círculo virtuoso”.

“Nos primeiros balanços do PAC, tinha que ficar uma hora explicando que não era processo de estatização, mas de cooperação entre investimento privado e uma demanda pública e, em alguns casos, de investimento público, como é o caso da Petrobrás e do setor elétrico”.

“No fundo, o papel do governo federal é ser o mentor de uma grande articulação entre os diversos ministérios, governos estaduais e setor privado”.

“Um dos grandes desafios foi a questão das concessões rodoviárias. Primeiro, tivemos que fazer o trabalho emergencial, a operação tapa-buraco. Depois, pensar no futuro, que é a duplicação das rodovias existentes. Aí fizemos os leilões de concessão, mas com a economia estabilizada e a metodologia de cálculo dos pedágios em níveis razoáveis”.

“Um ponto importante foi colocar o Exército para tocar alguns obras que tinham sido paradas na Justiça. Muitos anos sem investimento público fizeram com que as empreiteiras passassem a apelar para a “judicialização” de todas as licitações. Quem perdia, entrava na Justiça e emperrava a obra”.

“Chamando o Exército para tocar a obra quisemos demonstrar que, com a judicialização, todos iriam perder. Muito melhor seria respeitar os resultados porque, com o crescimento dos investimentos, haverá novas oportunidades para o perdedores participarem”.

“Além de saneamento e habitação, haverá obras de energia elétrica (especialmente o início de Santo Antônio e a preparação de Girau), plataformas e gasodutos da Petrobrás, todos projetos de bilhões de dólares” .

enviada por Luis Nassif

10/03/2008

A regra é clara, diz o juiz


Nenhum dos grandes jornais deu tão bem como a Folha o voto “antólogico” do ministro Carlos Ayres Britto, relator da ação contra as pesquisas com células-tronco, que o Supremo Tribunal Federal começou a julgar ontem.

Além de articular as principais passagens do parecer de 50 páginas do ministro – a favor das pesquisas – a repórter Laura Capriglione ressaltou a reação de “feministas presentes no plenário do STF”.

Segundo uma delas, “se a Constituição não garante a inviolabilidade da vida ‘desde a concepção’ – a essência da argumentação de Britto - , pode-se discutir a legalização do aborto e mesmo aprová-la na legislação ordinária”.

A ação foi ajuizada pelo então procurador-geral da República, Claudio Fonteles, dois meses depois da promulgação da Lei de Biossegurança, em 2005. A lei autoriza – sob severas condições – as pesquisas com células-tronco. [Leia, neste blog, a nota “A vida e suas implicações”.]

No entender de Britto, a ação não procede porque os embriões descartados ou congelados em clinicas de fertilização, dos quais os cientistas extraem as células-tronco, não são vida humana, com os direitos que a Constituição lhe assegura.

Algumas das mais sugestivas passagens da manifestação do ministro:

“…vida humana já revestida do atributo da personalidade civil é o fenômeno que transcorre entre o nascimento com vida e a morte.”

“Quando fala da ‘dignidade da pessoa humana’ [a Constituição] está falando de direitos e garantias do indivíduo-pessoa. Gente. Alguém.”

“Tanto é assim que ela mesma, Constituição, faz expresso uso do adjetivo “residentes” no País (não em útero materno e menos ainda em tubo de ensaio ou em “placa de Petri”.

“…as três realidades não se confundem: o embrião é o embrião, o feto é o feto e a pessoa humana é a pessoa humana. Esta não se antecipa à metamorfose dos outros dois organismos. É o produto final dessa metamorfose.”

“Donde não existir pessoa humana embrionária, mas embrião de pessoa humana…”.

“Deus fecunda a madrugada para o parto diário do sol, mas nem a madrugada é o sol, nem o sol é a madrugada”.

“…se toda gestação humana principia com um embrião igualmente humano, nem todo embrião humano desencadeia uma gestação igualmente humana. Situação em que também deixam de coincidir concepção e nascituro, pelo menos enquanto o ovócito (óvulo já fecundado) não for introduzido no colo do útero feminino.”

“O que autoriza a lei é um procedimento externa-corporis: pinçar de embrião ou embriões humanos, obtidos artificialmente e acondicionados in vitro, células que, presumivelmente dotadas de potência máxima para se diferenciar em outras células e até produzir cópias idênticas a si mesmas (fenômeno da ‘auto-replicação’), poderiam experimentar com o tempo o risco de u’a mutação redutora dessa capacidade ímpar. Com o que transitariam do não-aproveitamento reprodutivo para a sua relativa descaracterização como tecido potipotente e daí para o descarte puro e simples como dejeto clínico ou hospitalar.”

“…se é legítimo o apelo do casal a processos de assistida procriação humana in vitro, fica ele obrigado ao aproveitamento reprodutivo de todos os óvulos eventualmente fecundados? Mais claramente falando: o recurso a processos de fertilização artificial implica o dever da tentativa de nidação no corpo da mulher produtora dos óvulos afinal fecundados? Todos eles? Mesmo que sejam 5, 6, 10?”

“…se todo casal tem o direito de procriar; se esse direito pode passar por sucessivos testes de fecundação in vitro; se é da contingência do cultivo ou testes in vitro a produção de embriões em número superior à disposição do casal para aproveitá-los procriativamente; se não existe, enfim, o dever legal do casal quanto a esse cabal aproveitamento genético, então as alternativas que restavam à Lei de Biossegurança eram somente estas: a primeira, condenar os embriões à perpetuidade da pena de prisão em congelados tubos de ensaio; a segunda, deixar que os estabelecimentos médicos de procriação assistida prosseguissem em sua faina de jogar no lixo tudo quanto fosse embrião não-requestado para o fim de procriação humana; a terceira opção estaria, exatamente, na autorização que fez o art. 5º da Lei. Mas uma autorização que se fez debaixo de judiciosos parâmetros…”.

“…o embrião ali referido não é jamais uma vida a caminho de outra vida virginalmente nova. Faltam-lhe todas as possibilidades de ganhar as primeiras terminações nervosas que são o anúncio biológico de um cérebro humano em gestação. Numa palavra, não há cérebro. Nem concluído nem em formação. Pessoa humana, por conseqüência, não existe nem mesmo como potencialidade. Pelo que não se pode sequer cogitar da distinção aristotélica entre ato e potência, porque, se o embrião in vitro é algo valioso por si mesmo, se permanecer assim inescapavelmente confinado é algo que jamais será alguém.”


“…vida humana já rematadamente adornada com o atributo da personalidade civil é o fenômeno que transcorre entre o nascimento com vida e a morte cerebral.”

Fernando Henrique e o 171 do Plano Real


A se confirmar o que diz o ex-presidente Itamar Franco no Jornal do Brasil, Fernando Henrique Cardoso cometeu crime – e não apenas eleitoral – ao assinar as notas de real já fora do cargo de ministro da Fazenda. O nome da coisa é estelionato – mais informações podem ser obtidas no artigo 171 do Código Penal. Não deve ser difícil provar se a falcatrua se consumou ou se é apenas uma bravata de Itamar.

A auto-estima nacional e a mídia


É curioso o Globo de hoje. A material principal é uma pesquisa sobre o que pensam os brasileiros. A pesquisa constata que os brasileiros se consideram, individualmente, melhores do que o Brasil. Gerou a manchete da materia: “A culpa é dos outros”.

Os dados falam por si. De 1 a 10:

No quesito “respeito e valorização dos idosos, os os brasileiros se dão nota 8,7 para a sua posição; e 5,2 para os brasileiros em geral.

No quesito “preocupação e esforço em preservar o meio ambiente”, 8,5% para si, 5,5 para o conjunto do país.As conclusões dos analistas consultados é que, ao projetar nos outros os defeitos, o brasileiro no fundo estaria exprimindo seus próprios conceitos.

Ninguém falou – e provavelmente não foi perguntado – sobre o “modismo” que há alguns anos tomou conta dos principais veículos e dos principais colunistas: falar mal do país.

O que queriam, com o público sendo massacrado diariamente por avaliações de que o país não presta, que é atrasado, que o brasileiro é folgado, está sempre atrás de uma boquinha, que o Estado é paternalista – até quando cumpre com seus compromissos básicos de inclusão social.

Esse comportamento preconceituoso e elitista está entranhado na chamada "república de Ipanema", a cultura que emana especialmente dos círculos sócio-culturais e jornalísticos do Rio de Janeiro. O jornalismo, hoje em dia, está coalhado desse tipo de colunismo, de colunistas simpaticíssimas, mas que, em seus escritos, exalam preconceito por todos os poros, fundados no lugar-comum do ipanemismo.

Está na hora da mídia começar a avaliar o efeito-mídia. Senão as explicações sobre os aspectos culturais da população serao sempre incompletos. Até para não embarcar nessa de que "a culpa é dos outros".

Se a imprensa não tem responsabilidade na formação da opinião pública, quem teria?


http://www.projetobr.com.br/web/blog/5

7%. Este é o ritmo atual de crescimento da economia. Já dá até para chamar de milagre


Isto é Dinheiro -


Na quarta-feira 12, O IBGE irá divulgar o número final do PIB brasileiro em 2007. Ao que tudo indica, o resultado será melhor do que se previa. Estimativas de crescimento, antes próximas a 5%, já estão sendo puxadas para 5,7% pelas principais consultorias, em função da aceleração da atividade captada no último trimestre do ano passado. As estatísticas, no entanto, funcionam como lanternas na popa. São fachos de luz que só iluminam águas passadas. E, quando se olha para o presente ou o futuro, os números são até melhores. "O início de 2008 surpreendeu a todos", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Se fosse possível projetar esses dados preliminares de janeiro ou fevereiro para o ano inteiro, teríamos uma expansão superior a 6%." Mantega diz que ainda é cedo para cravar um número, mas o ritmo de crescimento atual da economia brasileira anda na casa dos 7%. E, mesmo que haja uma desaceleração nos próximos meses, 2008 irá, no mínimo, repetir 2007. O mais interessante é que isso ocorre sem pressões inflacionárias – ao contrário, tudo indica um resultado abaixo da meta de 4,5%.


Se essa tendência vier a ser mantida, com o Brasil crescendo cerca de 6% ao ano até 2010, os historiadores poderão definir o segundo mandato do governo Lula como um novo "milagre econômico". Principalmente porque há um dado novo na equação. No passado, em outras eras de crescimento acelerado, como os governos de Juscelino Kubitschek (1956-1961) e Garrastazu Médici (1969-1974), a taxa de expansão populacional era maior: 3,1%, no primeiro caso, e 2,8%, no segundo. Hoje, a população brasileira cresce 1,3% ao ano. Isso significa que a renda per capita, que é o que importa, também cresce de forma acelerada. E o milagre atual tem uma vantagem. Como a inflação, além de previsível, é menor, iniciou-se um ciclo inédito de expansão do crédito na economia brasileira. O volume dos financiamentos, segundo Mantega, já se aproxima de R$ 1 trilhão. [...]


[...] O Brasil, enfim, vem colhendo aquilo que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, chama de “dividendos da estabilidade”. Isso trouxe de volta a confiança do consumidor e os investimentos empresariais. Um dos dados mais significativos das estatísticas econômicas é a expansão dos investimentos, o que sinaliza que a expansão da demanda será atendida por uma maior oferta de produtos. É o que está ocorrendo na Dicico, uma grande rede de materiais de construção. "Estamos investindo R$ 100 milhões na expansão da nossa rede", diz o presidente da empresa, Carlos Roberto Corazzin, que abriu 31 lojas no ano passado e planeja outras 27 para este ano. Tudo isso significa mais emprego, mais renda e mais consumo, realimentando o milagre atual e reforçando a idéia do “descolamento” do Brasil em relação à crise americana.


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PAC de batom


Inscritas para obras em três comunidades carentes, mulheres mostram intimidade com o trabalho pesado por pura necessidade. O sonho agora das 'PAC-Quitas' é ter primeira carteira assinada.


O Dia
É pau, é pedra, é o início de um caminho. A promessa de vida que chega com o anúncio do começo das obras do PAC uniu as mulheres das regiões que receberão melhorias. Assim como, no passado, muitas pegaram no pesado para erguer suas casas, hoje as moradoras estão empenhadas em fazer o mesmo em suas comunidades, animadas ainda com a chance de trabalhar pela primeira vez com a carteira assinada.

A construção civil é, na maioria das vezes, a experiência profissional mais freqüente dessas mulheres, que respondem por 40% das 16 mil inscrições para os canteiros de obras do PAC nos complexos do Alemão e de Manguinhos e na Rocinha.

Se o trabalho de uma vida fosse medido apenas pelos registros em carteira, Sandra Maria Pinheiro, 50 anos, teria dificuldade para comprovar a história de luta. Criou os filhos e quando esperava iniciar uma etapa mais tranqüila teve de recomeçar. Ela e o marido construíram sozinhos a casa onde vivem, na Favela de Manguinhos. Depois de passar por todas as fases da obra, Sandra diz-se uma experiente servente. "A medida da massa é diferente para cada parte da construção. Na minha casa, fui eu que fiz as vigas. Só tive dificuldade para assentar o piso", conta.

As chamadas PAC-Quitas - brincadeira com as antigas assistentes de Xuxa -, esperançosas futuras operárias do PAC, enchem as ruas da CCPL em Manguinhos. Na falta de qualificação profissional, as vagas mais procuradas foram de cozinheira e ajudante de obras. "Minha carteira é em branco", conta, encabulada, Eluzia Maria da Silva, 28. O sotaque paraibano denuncia a busca de uma oportunidade no Rio, sonho que até hoje não chegou.

Apesar da empolgação com a possibilidade de conseguir o emprego, as mulheres temem pelos filhos. “O ideal seria ter uma creche na comunidade para ajudar as operárias”, observa Patrícia Luiz dos Santos, 24.

Qualificação não é problema para Rogéria Vilela, 32, moradora do Alemão. Ela vai concluir curso de construção civil até o início das obras. Sempre pôs a mão na massa. Em casa, tarefas mais difíceis são sua responsabilidade.


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09/03/2008

LÍDER DO ALEMÃO: PAC FICA PRONTO EM 3 ANOS


O Presidente Lula visitou nesta sexta-feira, dia 07, o Complexo do Alemão, no Rio, para dar início às obras do PAC (clique aqui para ver as imagens). As obras do PAC, que começaram nesta sexta-feira em três conjuntos de favelas do Rio (Alemão, Manguinhos e Rocinha), representam um investimento de R$ 1,14 bilhão (clique aqui).

O representante da Associação de Moradores do Complexo do Alemão João Carlos Martins disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta sexta-feira, dia 07, que acredita que as obras do PAC serão concluídas (
clique aqui para ouvir o áudio).

"Acredito porque eu já participei de 20 reuniões e nós temos tudo certo para começar essa obra. Inclusive o Presidente Lula reafirmou hoje... (a obra deve durar) três anos", disse Martins.

Entre as obras que serão executadas no Complexo do Alemão está a instalação de um teleférico, que vai sair da comunidade Céu Azul e passará pela comunidade da Alvorada (Coqueiro), Morro do Adeus, até chegar em Bonsucesso, onde o passageiro terá acesso a outros meios de transporte: trem e metrô. Ou seja, com o teleférico, quem mora na parte mais alta do morro, na comunidade Céu Azul, estará quatro estações distante da estação de trem ou metrô, em Bonsucesso.

No Complexo do Alemão ficava, até o início do Governo Sérgio Cabral, o quartel general do Comando Vermelho.

As obras do PAC no Complexo do Alemão vão promover também a abertura da rua Joaquim de Queiroz, onde está concentrado o comércio da comunidade. A abertura da rua também facilitará a circulação dos moradores do Morro do Alemão.

"A Joaquim de Queiroz tem que ser aberta porque ela é o coração do Complexo do Alemão, (tem) vários mercados, vários depósitos de bebidas. E até a população mesmo, para transitar de veículo", disse Martins.

Segundo Martins as outras obras do PAC no Complexo do Alemão são: saneamento, centro psiquiátrico (para tratar dependentes químicos), biblioteca e sala de esportes.

Martins disse que o Presidente Lula se emocionou durante a visita ao Complexo do Alemão. "O Presidente Lula se emocionou... porque nós trabalhamos duas semanas, passamos para ele a segurança. E conseguimos mostrar a eles que o Complexo do Alemão é outra coisa, não o que eles pensavam", disse Martins.

Clique aqui para ver uma galeria de imagens sobre as obras no Morro do Alemão (inclusive o teleférico).

Clique aqui para ver uma galeria de imagens sobre as obras na favela de Manguinhos.


Clique aqui para ver uma galeria de imagens sobre as obras no Morro da Rocinha.

Paulo Henrique Amorim

O crime de Uribe


O governo de direita da Uribe na Colômbia sempre teve ligações com os EUA. Todos nós sabemos que a direita colombiana recebe dinheiro dos Estados Unidos para se manter no poder.

Os estadunidenses financiaram a campanha da direita colombiana com a desculpa de combater o narcotráfico, na verdade os interesses ianques vão além disso.

Na verdade a maior preocupação estadunidense é a de um dia as FARC’s tomarem o poder na Colômbia e iniciarem uma experiência socialista assim como em Cuba.

Para isso eles injetam dinheiro e manipulam a direita colombiana, assim como Alvaro Uribe.

O presidente Uribe cometeu um dos maiores crimes no direito internacional, a violação do território de um país.

Ele deve pedir desculpas o quanto antes e deixar de ser um pau-mandado do Bush ou ficará isolado na América Latina.

Não podemos permitir que Bush e Cia venha fazer da América Latina o que já fazem no oriente médio.

Wagner não se reelege



Não sou chegado à futurologia, mas vou aqui arriscar um palpite, o governador Wagner esta dormindo de toca na relação política com Geedel, se nada de novo ocorrer acredito que Geedel será candidato a governador contra Wagner em dois mil e dez, com apoio de Lidice da Mata, que será candidata ao senado e João Henrique prefeito de Salvador.

Wagner isolado vai reconhecer tarde que não soube formar uma base de apoio confiável e nem prestigiou os companheiros que comeram poeira com ele nas estradas do interior da Bahia.

Hoje o nível de critica ao governador dentro do PT baiano fica entre xingamentos e declarações de ódio explicito. O sentimento de traição esta se espalhando.


É uma pena, mas na Bahia as esquerdas caminham rapidamente para cometer o mesmo erro duas vezes em vinte anos.

Leiam a matéria publicada na revista Isto É deste fim de semana.




Às segundas-feiras pela manhã, a sala de estar de um amplo apartamento no edifício do bairro de Ondina, em Salvador, fica apinhada de líderes políticos do interior baiano. É uma fila de prefeitos, vereadores e deputados.

Igualmente abarrotada de lideranças municipais e estaduais é a ante-sala de um confortável gabinete localizado na sede da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), também na capital baiana.

Todos aguardam ansiosamente a oportunidade de se aconselhar e pedir a bênção ao ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB). Nas segundas, se ele não estiver no apartamento de Ondina, estará no escritório da estatal. E pedir a bênção a Geddel tornou-se prática obrigatória de boa parte dos políticos baianos.

Desde a morte do senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA), em julho do ano passado, os dois terreiros onde Geddel despacha todo início de semana servem a rituais que são o inverso do candomblé: ali, os políticos peregrinam em busca de proteção e de um futuro melhor. Mas, em vez de doar, eles recebem as oferendas do novo babalorixá da Bahia: cargos, verbas, projetos, favores e promessas.

“Geddel está atropelando todo mundo. Ele está oferecendo muita coisa: tem o amparo do governo federal, espaço importante no governo do Estado e o comando da Prefeitura de Salvador. É muito difícil segurar a debandada”, reconhece o próprio herdeiro natural do carlismo, o líder do DEM na Câmara, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA).

Ao mesmo tempo que avança sobre os antigos redutos de ACM, o ministro também provoca arrepios em seus novos aliados petistas – em 2006, Geddel uniu-se ao PT para eleger Jaques Wagner governador da Bahia e foi em troca desse apoio que ele, de antigo desafeto de Lula, passou a ser o titular da Integração.

Istoé