09/03/2008

Wagner não se reelege



Não sou chegado à futurologia, mas vou aqui arriscar um palpite, o governador Wagner esta dormindo de toca na relação política com Geedel, se nada de novo ocorrer acredito que Geedel será candidato a governador contra Wagner em dois mil e dez, com apoio de Lidice da Mata, que será candidata ao senado e João Henrique prefeito de Salvador.

Wagner isolado vai reconhecer tarde que não soube formar uma base de apoio confiável e nem prestigiou os companheiros que comeram poeira com ele nas estradas do interior da Bahia.

Hoje o nível de critica ao governador dentro do PT baiano fica entre xingamentos e declarações de ódio explicito. O sentimento de traição esta se espalhando.


É uma pena, mas na Bahia as esquerdas caminham rapidamente para cometer o mesmo erro duas vezes em vinte anos.

Leiam a matéria publicada na revista Isto É deste fim de semana.




Às segundas-feiras pela manhã, a sala de estar de um amplo apartamento no edifício do bairro de Ondina, em Salvador, fica apinhada de líderes políticos do interior baiano. É uma fila de prefeitos, vereadores e deputados.

Igualmente abarrotada de lideranças municipais e estaduais é a ante-sala de um confortável gabinete localizado na sede da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), também na capital baiana.

Todos aguardam ansiosamente a oportunidade de se aconselhar e pedir a bênção ao ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB). Nas segundas, se ele não estiver no apartamento de Ondina, estará no escritório da estatal. E pedir a bênção a Geddel tornou-se prática obrigatória de boa parte dos políticos baianos.

Desde a morte do senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA), em julho do ano passado, os dois terreiros onde Geddel despacha todo início de semana servem a rituais que são o inverso do candomblé: ali, os políticos peregrinam em busca de proteção e de um futuro melhor. Mas, em vez de doar, eles recebem as oferendas do novo babalorixá da Bahia: cargos, verbas, projetos, favores e promessas.

“Geddel está atropelando todo mundo. Ele está oferecendo muita coisa: tem o amparo do governo federal, espaço importante no governo do Estado e o comando da Prefeitura de Salvador. É muito difícil segurar a debandada”, reconhece o próprio herdeiro natural do carlismo, o líder do DEM na Câmara, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA).

Ao mesmo tempo que avança sobre os antigos redutos de ACM, o ministro também provoca arrepios em seus novos aliados petistas – em 2006, Geddel uniu-se ao PT para eleger Jaques Wagner governador da Bahia e foi em troca desse apoio que ele, de antigo desafeto de Lula, passou a ser o titular da Integração.

Istoé

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