03/04/2008

O inconformismo de um jornal com Lula


Pesquisa sim, e a outra também, o "Estadão" faz um editorial...

Pesquisa sim, e a outra também, o "Estadão" faz um editorial absolutamente inconformado com os índices de popularidade do presidente Lula e de aprovação a seu governo. Esta semana, após a divulgação de levantamentos do IBOPE/CNI e do Datafolha, o jornal fez dois editoriais. No publicado ontem, diz que "o temperamento autoritário de Lula almeja maioria de 98% no mínimo" e não sustenta essa acusação de autoritarismo com um único exemplo.

Eu acho que o jornal fica mais irritado por ser obrigado a registrar, neste editorial que comento, que Lula é o presidente mais popular da história do país desde 1985 (dos últimos 23 anos, portanto) e, principalmente, que o apoio ao chefe do governo não pára de crescer. O jornal se obriga a reconhecer, ainda, que o sucesso de Lula obrigou a oposição a não ameaçá-lo, a se encolher à função de coadjuvante ou de "interlocutor afônico" na definição de Fernando Henrique Cardoso utilizada pelo "Estadão".

Parodiando o famoso marqueteiro americano que, na primeira campanha de Clinton em 1992, cunhou para ela a expressão-mote "É a economia, estúpido", como resposta à campanha adversária, ao "Estadão" eu diria "são os programas sociais, a atenção às camadas populares brasileiras, não existentes em governos anteriores, que explicam a popularidade de Lula, jornalão!"

Como disse o Elio Gaspari em sua última coluna nos jornais: Lula impôs sua agenda ao Brasil - "um cestão com progresso de 5,4% e aumento de 13,4% no consumo das famílias. (No governo Lula) há mais carne no prato e menos mês no fim do salário". O "Estadão" não entende como um presidente que faz isso não é impopular como o jornal quer que seja. Melhor seguir o conselho, do qual aposso-me, do próprio Elio: não adianta a oposição reclamar, é melhor sugerir bons outros temas (e não atacar os da agenda de Lula) e cobrar. No caminho que está, não derruba a popularidade do presidente.

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