A CUT encaminhou carta assinada por seu presidente, Artur Henrique, pelo secretário geral, Quintino Marques Severo, e pelo secretario de Relações Internacionais, João Felício, para o Ponto de Contato Nacional (PCN) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A carta foi endereçada ao senhor Pedro Florêncio, lotado na secretaria de relações internacionais do Ministério da Fazenda, em Brasília. O papel do PCN, que existe em 33 países, inclusive no Brasil e na Holanda, onde fica a matriz da Phillips, é fiscalizar as empresas multinacionais para que cumpram as diretrizes do órgão.
A Central também enviou cópia da denúncia ao PCN holandês e ao PCN da Comunidade Européia.
Também foram enviadas cópias à representação dos trabalhadores na OCDE (TUAC), a central sindical holandesa (FNV) e a Federação Internacional do Ramo Metalúrgico (FITIM).
A carta por si só é bastante esclarecedora. Leia a seguir:
"A Central Única dos Trabalhadores se dirige ao PCN Brasil e também ao PCN Holanda com o intuito de solicitar a intervenção dos PCN´s dos respectivos países em relação ao comportamento da multinacional PHILIPS do Brasil.
As diretrizes da OCDE para as empresas multinacionais foram inicialmente adotadas em 1976 devido ao preocupante comportamento que as multinacionais vinham adotando em relação aos países em desenvolvimento, principalmente após o envolvimento destas corporações no golpe militar no Chile em 1973. Os fatos Na segunda quinzena do mês de julho de 2007 foi criado no Brasil um movimento denominado “Cansei”, organizado, entre outros, pelo Sr. Paulo Zatollo, presidente da Philips do Brasil. No dia 27 de julho, a Philips do Brasil assina uma matéria paga principais jornais do Brasil conclamando a população a aderir aos protestos organizados pela recém-criada entidade.
No dia 3 de agosto, o presidente da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Rio de Janeiro), Sr. Wadih Damous, afirma em entrevista “...fiquei incomodado com esse movimento que reúne setores conservadores da sociedade, com fundo golpista, ligado às elites paulistas e a setores que apoiaram o golpe militar de 1964”. O movimento “Cansei” está realizando a divulgação para um ato que estão convocando para o dia 17 de agosto, conclamando a população brasileira a fazer um minuto de silêncio por razões não claramente expostas.
Vale ressaltar que, de acordo com as diretrizes da OCDE para empresas multinacionais em seus Princípios Gerais, item 11, define assim o comportamento das multinacionais nas políticas dos países onde está instalada “abster-se de qualquer ingerência em atividades políticas locais”.
Muito nos preocupa a participação de uma empresa multinacional em uma ação orquestrada por uma elite econômica com objetivos políticos e por ter entre os criadores do movimento pessoas ligadas ao partido político derrotado nas últimas eleições presidenciais.
Diante da gravidade do envolvimento da mencionada multinacional nas questões internas do Brasil, estamos comunicando os PCN´s do Brasil e Holanda, respectivamente, sobre o comportamento inadequado e perigoso assumido por esta multinacional.
No aguardo de seu pronunciamento, manifestamos nossas saudações."
A carta foi endereçada ao senhor Pedro Florêncio, lotado na secretaria de relações internacionais do Ministério da Fazenda, em Brasília. O papel do PCN, que existe em 33 países, inclusive no Brasil e na Holanda, onde fica a matriz da Phillips, é fiscalizar as empresas multinacionais para que cumpram as diretrizes do órgão.
A Central também enviou cópia da denúncia ao PCN holandês e ao PCN da Comunidade Européia.
Também foram enviadas cópias à representação dos trabalhadores na OCDE (TUAC), a central sindical holandesa (FNV) e a Federação Internacional do Ramo Metalúrgico (FITIM).
A carta por si só é bastante esclarecedora. Leia a seguir:
"A Central Única dos Trabalhadores se dirige ao PCN Brasil e também ao PCN Holanda com o intuito de solicitar a intervenção dos PCN´s dos respectivos países em relação ao comportamento da multinacional PHILIPS do Brasil.
As diretrizes da OCDE para as empresas multinacionais foram inicialmente adotadas em 1976 devido ao preocupante comportamento que as multinacionais vinham adotando em relação aos países em desenvolvimento, principalmente após o envolvimento destas corporações no golpe militar no Chile em 1973. Os fatos Na segunda quinzena do mês de julho de 2007 foi criado no Brasil um movimento denominado “Cansei”, organizado, entre outros, pelo Sr. Paulo Zatollo, presidente da Philips do Brasil. No dia 27 de julho, a Philips do Brasil assina uma matéria paga principais jornais do Brasil conclamando a população a aderir aos protestos organizados pela recém-criada entidade.
No dia 3 de agosto, o presidente da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Rio de Janeiro), Sr. Wadih Damous, afirma em entrevista “...fiquei incomodado com esse movimento que reúne setores conservadores da sociedade, com fundo golpista, ligado às elites paulistas e a setores que apoiaram o golpe militar de 1964”. O movimento “Cansei” está realizando a divulgação para um ato que estão convocando para o dia 17 de agosto, conclamando a população brasileira a fazer um minuto de silêncio por razões não claramente expostas.
Vale ressaltar que, de acordo com as diretrizes da OCDE para empresas multinacionais em seus Princípios Gerais, item 11, define assim o comportamento das multinacionais nas políticas dos países onde está instalada “abster-se de qualquer ingerência em atividades políticas locais”.
Muito nos preocupa a participação de uma empresa multinacional em uma ação orquestrada por uma elite econômica com objetivos políticos e por ter entre os criadores do movimento pessoas ligadas ao partido político derrotado nas últimas eleições presidenciais.
Diante da gravidade do envolvimento da mencionada multinacional nas questões internas do Brasil, estamos comunicando os PCN´s do Brasil e Holanda, respectivamente, sobre o comportamento inadequado e perigoso assumido por esta multinacional.
No aguardo de seu pronunciamento, manifestamos nossas saudações."
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