15/05/2007

E Agora José?

Como costuma dizer, meu amigo Ednei Mendonça, na política, até as brigas devem ser combinadas, ou seja, a essência da política implica em conversar, articular e agir em conjunto.

A nossa câmara de vereadores, na semana que passou, deu duas marteladas; acertou uma no cravo e outra no dedo.

Sem duvida, a população apóia a ação de retirar Valderico do poder. O alcaide, incompetente, incapaz e muito mal assessorado, conseguiu ter toda a comunidade contra seu mandato.

Neste sentido, a câmara esta agindo de encontro aos interesses da população.

Assim, é completamente legitima a iniciativa política de afastar Valderico e sua corja do poder.

O erro, ou a martelada no dedo, esta na falta de articulação com a sociedade, com os partidos e com as demais forças políticas da cidade. Intencionados em tirar proveitos políticos exclusivos e faturar sozinho numa ação de envergadura política, sem igual em Ilhéus. O presidente da câmara e alguns vereadores, cometeram um erro grave em política. A falta de articulação.

Por estas e outras, o presidente da câmara e o novo prefeito, não foram recebidos ontem em Salvador, pelo governador. Wagner, por sinal foi pego de surpresa, nem mesmo o PT de Ilhéus tinha informações sobre o que estava acontecendo. Ao procurar mais informações o governador, acionou Dr. Ruy em Ilhéus, através de Josias Gomes, para surpresa de todos o presidente do PT de Ilhéus, também não tinha conhecimento do que estava acontecendo. Em nem um momento os vereadores que lideraram a iniciativa tiveram a capacidade de articular apoio político e institucional, para a ação que estava por realizarem.

Assim, a Polícia do Estado não vai retirar Valderico do palácio a força, nem mesmo os políticos com mandatos da região se manifestaram, não se conhece a posição de Ângela nem de Veloso ou muito menos de Dr. Ruy, sobre o assunto.

Nunca é tarde lembrar que o PT, por exemplo, não reconhece o senhor Newton, como vice-eleito, tendo inclusive uma ação judicial contra a chapa eleitoral de Valderico.

Assim, fica evidente que a câmara ou pelo menos suas lideranças, cometeu um erro político inequívoco ao agir de forma menor, pequena em um assunto só caberia atitudes grandes.

Por outro lado, existem também erros jurídicos primários no processo, pelo menos é o que tem dito, alguns advogados que estão em situação de imparcialidade política, ouvidos nos últimos dias.
A questão esta em não ter sobrado vereadores para compor a comissão processante, já que doze deles, assinaram o pedido de afastamento do prefeito. Assim, todos são parte.
Se prevalecer este raciocínio, nem o afastamento em caráter definitivo poderá acontecer.

Enquanto isso, a cidade vai com dois prefeitos, milhares de buracos, toneladas de lixo na rua, centenas de desempregados, salários atrasados, recursos devolvidos por falta de projeto, corrupção generalizada etc...

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