Prefeito petista comprova inocência e cobra tratamento igual da mídia
Desde que a Polícia Federal deflagrou a Operação Navalha, em 17 de maio deste ano, visando desmantelar uma quadrilha responsável por inúmeras fraudes em licitações de obras públicas, o prefeito de Camaçari (BA), Luiz Carlos Caetano, do PT, vem lutando para demonstrar que a sua prisão não passou de um grande equívoco cometido pela PF e amplificado pelos meios de comunicação. Preso pela operação — apesar de não haver nenhum indício de qualquer envolvimento seu com a Gautama, já que nenhuma obra foi construída em Camaçari pela empresa do chefe do esquema de fraudes, o empreiteiro Zuleido Veras —, ele teve a sua imagem exposta pela mídia e a sua vida pessoal e pública devastada. Mas ele jamais perdeu a esperança de poder provar a sua inocência, o que começou a fazer assim que deixou a PF, através de habeas corpus do STF. A luta justa do prefeito petista da segunda cidade mais importante da Bahia ganhou mais força ainda com a decisão da ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de acatar o parecer do Ministério Público Federal e excluir do processo principal da Operação Navalha os fatos relativos a Camaçari, principalmente no que se refere ao prefeito Luiz Caetano. A decisão teve por base o fato de nunca ter havido licitação com a participação da Gautama e tampouco contrato entre a prefeitura com a construtora ou qualquer pagamento a ela. Na decisão, a ministra afirma que "não houve incorporação de verba federal ao patrimônio municipal (...) e que "não houve consumação de dano aos cofres públicos, eis que, embora formalizado o convênio, não se completou sequer o procedimento licitatório para a escolha da empresa que realizaria as obras". Mas, apesar de ter a seu favor diversas comprovações emitidas por órgãos governamentais e da Justiça, ele reclama da ação da mídia que, ao contrário do estardalhaço promovido quando da sua prisão, praticamente ignorou a decisão do STJ a seu favor. Em entrevista ao Portal do PT, Luiz Caetano, com confiança na Justiça, defende as ações da Polícia Federal contra o crime organizado e diz que a sua maior ansiedade no momento é poder restituir a verdade e provar, em definitivo, à população de Camaçari, da Bahia e do Brasil, que a sua prisão foi um ato de injustiça.
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