02/05/2007

Mídia Conservadora Americana faz Campanha Contra Candidato Negro

Bill O'Reilly, âncora de extrema-direita, trata de um tema imaginário: a escravidão nos Estados Unidos."A escravidão é essencial para a saúde de uma economia agrária.

O sr. Lincoln não pode esquecer de onde vem as roupas que ele veste - algodão do Sul próspero", diria ele a respeito de Abraham Lincoln, segundo o pessoal do site UpCheer.com.


Tal é o extremismo da emissora do barão da mídia Rupert Murdoch.Murdoch, que ajudou a eleger George Bush presidente dos Estados Unidos, é o maior publisher em língua inglesa do mundo.Controla jornais, emissoras de rádio, tevê aberta, a cabo e via satélite.


Mídia em crise?Bom para Murdoch, que tem o caixa mais poderoso do ramo.Os principais jornais americanos perderam 2,1% de circulação média diária entre outubro do ano e março deste ano.É o quinto declínio consecutivo para os 745 jornais impressos auditados, segundo o Audit Circulation Bureau (ABC).As maiores perdas foram para os jornais regionais.O Dallas Morning News teve queda de 14,2%, o San Diego Union-Tribune 6,5% e o Miami Herald 5,5%.Já dois jornais de circulação nacional tiveram alta: o USA Today cresceu 0,2%.


Tem tiragem média diária de 2.280.000 exemplares.O Wall Street Journal cresceu 0,6%, atingindo 2.060.000 exemplares.Os jornais estão perdendo leitores principalmente para a internet, mas a queda de faturamento em publicidade impressa não é compensada pelos ganhos na rede de computadores.Os números foram divulgados no mesmo dia em que o barão da mídia Rupert Murdoch anunciou uma oferta de cerca de U$ 5 bilhões pela Dow Jones.


Se o negócio for fechado, Murdoch passará a controlar o The Wall Street Journal.Nos Estados Unidos, controla a Fox News, principal veículo de propaganda dos fundamentalistas republicanos.O mais recente "serviço sujo" da Fox tem sido o de atacar o senador negro Barack Obama, possível candidato democrata à presidência em 2008.


Ele é acusado pela emissora de ser "racista".Para atacar Obama a Fox utiliza porta-vozes conservadores - e negros.Na eleição de 2000, na Flórida, a vitória de George Bush foi garantida graças a um golpe eleitoral que impediu mais de 200 mil eleitores negros de votar.Desqüalificar um candidato negro é importante para os republicanos uma vez que, em 2008, Barack Obama pode trazer o apoio maciço da minoria para o Partido Democrata, como não se vê desde as campanhas de Jesse Jackson.Barack deve disputar a indicação do partido com a senadora Hillary Clinton.Pelos republicanos, os candidatos mais prováveis são o ex-prefeito de Nova York, Rudy Giuliani, e o senador John McCain.


O incógnita da campanha é o ex-senador Al Gore.A crise no Iraque e o esfacelamento do governo Bush devem dificultar a campanha dos republicanos.Mas, nos Estados Unidos, nunca se sabe.


Um novo ataque terrorista pode mudar tudo, de véspera.Revelações recentes reforçam a idéia de que a campanha será um vale-tudo.Sabe-se agora que o presidente Bush, no período que antecedeu a invasão do Iraque, chegou a discutir com o primeiro-ministro britânico Tony Blair a possibilidade de despachar um avião espião com as cores da ONU para sobrevoar Bagdá.


A idéia era causar um incidente que justificasse uma intervenção estrangeira com a cobertura das Nações Unidas.Ou seja, o governo Bush é capaz de qualquer coisa, ainda que o presidente americano seja um cadáver político.Por via das dúvidas, a emissora de Murdoch já está em campanha.Em geral, mais de 90% dos eleitores negros votam em candidatos democratas.


Os ataques a Barack Obama tem o objetivo de enfraquecê-lo diante da minoria, abrindo espaço para que os republicanos conquistem ao menos parte dos votos dos negros.


No link abaixo fica o site de ativistas que fazem campanha contra a Fox:http://foxattacks.com/

Nenhum comentário: