04/06/2007

As peças que vão se encaixando


À medida que os jornais em vez de serem pautados passam a pautar, faz-se jornalismo.


No “Estadão” de hoje, Fausto Macedo vai até o Maranhão, apura que a Gautamo e a OAS foram parceiras em um projeto no governo Roseana Sarney, onde o TCU (Tribunal de Contas da União) constatou várias irregularidades.


A matéria “Gautama e OAS se uniram para levar R$ 540 milhões no Maranhão" é a primeira peça para se entender o alcance real desse jogo.


Mas, graças ao leitor Edmundo Adôrno, desde 22 de maio os leitores do Blog já sabiam do esquema de empreiteiras filhotes e associadas à OAS. Confira.


enviado por: Edmundo Adôrno


Caro Luís,


Não existe nada de absurdo. O dep. Paulo Magalhães deve ter recebido grana do Zuleido. A Gautama, como outras construtoras baianas de médio porte surgiram e cresceram à sombra da OAS. Na maioria das vezes, executivos e técnicos desligavam-se e ainda desligam-se, criam empresas, que orbitam em torno e sob o guarda-chuva da OAS. Isto é caso corriqueiro na Bahia.


Em obras de menor porte a OAS encaminha sua satélites, eu disse satélite e não controladas, para participarem do processo licitatório e ganha-las, evidentemente. Esse tipo de atitude decorre do fato de a OAS possuir uma estrutura de custos muito alta, em decorrência do seu tamanho e isto repercute ou repercutiria no preço de venda de certas ("pequenas") obras.


As empresas satélites têm autonomia mas, não possuem independência. É a sua autonomia que faz com que uma empresa como a Gautama, com administração própria e eficiente, possa galgar posições altas. A família do senador é grande e precisa que cada vez mais um maior número de fonte de renda possa ser agregado ao seu portifólio.


Muitas empresas baianas de engenharia possuem ligação umbilical com a OAS, prometo citar o nome de outras se a investigação não ficar só na ponta do iceberg. Espero ter demonstrado a razão pela qual o senador está sem vontade de xingar... em público. Garanto que intra-muros o Zuleido, o Paulinho e cia., já ouviram o que satanás, no inferno, não sonha ouvir.

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