09/06/2007

EUA revogaram 141 concessões de TV e rádio; ninguém reclamou


A Administração Federal de Comunicações (FCC na sigla em inglês), um órgão do governo dos Estados Unidos, fechou 141 concessionárias de rádio e TV entre 1934 e 1987. Em 40 desses casos, a FCC nem esperou que acabasse o prazo da concessão.


Os dados foram levantados por Ernesto Carmona, presidente do Colégio de Jornalistas do Chile, no artigo intitulado Salvador Allende se revolve em sua tumba: senadores socialistas comparam Chávez a Pinochet.Carmona polemiza valentemente com o moderado partido da presidente Michelle Bachelet. Mas o principal valor do artigo está no levantamento sobre concessões não renovadas, em diferentes países. Graças a ele, fica evidenciado a que ponto a mídia dominante, no Brasil e alhures, é capaz de usar uma política de dois pesos e duas medidas, ao cobrir a não renovação da concessão da RCTV venezuelana.Exemplos do mundo inteiroCasos citados pelo jornalista chileno: em julho de 1969 a FCC estadunidense revogou a concessão da WLBT-TV; en 1981 revogou a concessão da WLNS-T, em abril de 1999, a FCC Yanks Trinity License; em abril de 1998, revogou a concessão da rádio Daily Digest. Só na década de 80 ocorreram dez casos de não renovação.


E prossegue Carmona: “Na Inglaterra, o governo Margareth Thatcher cancelou a concessão de uma das maiores estações de TV do país, simplesmente por ter difundido notícias desagradáveis, embora absolutamente verídicas. Argumentou, simplesmente, que ’se tiveram a estação de TV por 30 anos, por que deveriam ter um monopólio?’. Também no Reino Unido, a autoridade estatal decretou em março de 1999 o fechamento temporário do MED TV, canal 22; em agosto de 2006 revogou a licença da ONE TV; em janeiro de 2004, a licença da Look 4 Love 2; em novembro de 2006, a da StarDate TV 24; e em dezembro de 2006 revogou o canal de televendas Auctionworld.”Do Canadá vem o exemplo da Country Music Television, que teve a concessão revogada em 1999.


A Espanha revogou em julho de 2004 a concessão da TV Laciana (um canal a cabo) e em abril de 2005 a das emissoras de rádio e TV de sinal aberto em Madri; “a seguir, em julho de 2005, determinou o fechamento da TV Católica”.Na França, revogou a licença da TV& em fevereiro de 1987, e em dezembro de 2004 fez o mesmo com a Al Manar; em dezembro de 2005, fechou a TF1, por ter colocado em dúvida a existência do Holocausto.


A Irlanda revogou em 1990 a licença para a TV3 iniciar suas transmissões.A Rússia em agosto de 2000 fechou uma emissora de TV por divulgar publicidade subliminar. Já em março de 2006 fechou a TV6.“…E em nenhum desses países houve campanha…”Abundam igualmente os exemplos de países do Terceiro Mundo, desde Bangladesh até a nossa América Latina.


No Peru, em abril passado, foram fechados dois canais de TV e três de rádio por não cumprimento da lei local. O Uruguai revogou em dezembro de 2006 as concessões das emissoras de rádio 94.5 FM e Concierto FM, de Montevidéu. El Salvador fez o mesmo em julho de 2003 com a Salvador Network.“E em nenhum destes países houve uma campanha como a da atual RCTV, cuja concessão durou 53 anos”, ironiza Carmona. E recorda ainda que “a União Internacional de Telecomunicações (UIT) reconhece ‘em toda a sua amplitude o direito soberano de cada Estado a regulamentar suas telecomunicações, tendo em conta a importância crescente das telecomunicações para a salvaguarda da paz e do desenvolvimento econômico e social dos Estados’”.


Clique aqui para ler a íntegra do artigo de Ernesto Carmona (em espanhol)

Ah !, mas isso ninguem fala, aliás a revista Carta Capital dessa semana traz um artigo muito bom sobre essa questão da mídia golpista instalada na América Latina, agora não pode falar mal, viu, nem retirar as concessões . Sabem porque ? por que isso é privilégio dos verdadeiros proprietários dessas TVs que são os paises imperialistas acima mencionados, ou seja, ” Mim pode, Chavez não “

Nenhum comentário: