12/06/2007

Sangue Italiano, eu?


Mandei fazer um exame do DNA no mesmo instituto que fez o dos artistas e jogadores a pedido da BBC.

Não deu outra assim como Neguinho da Beija-Flor, o meu deu setenta por cento europeu, nem eu nem neguinho somos todos branquinhos.

Mesmo com meu cabelo pixaim, e minha pele assim meio moreninha, não poderei mais mover uma ação indenizatória contra o estado branco e racista que seqüestrou meus ancestrais na África.

Europeu é pouco, pelo extrato do laboratório é italianíssimo mesmo é sangue de romano, é pouco.

Esta noticia animou meu amigo Vicente Morelle, italiano do sul, dono de metade da Calábria, mas brasileiro que metade dos nascidos aqui, Morelle tem certeza que em suas veias corre sangue brasileiro com forte ascendência africana.

O problema que eu tenho com este sangue italiano é que sou chegado a uma briga, a um debate, a uma retreta com os desafetos e mal encarado que a vida vai pondo na frente.

A semana que passou, foi bem Italiana, mas uma vez, tem sido sempre assim, escrevo aqui umas linhas, falo umas verdades daquelas que todos sabem, mas ninguém comenta e olha os desafetos de plantão me chutando de novo.

Desta feita o bate boca foi com o todo poderoso ex-primeiro ministro do não menos poderoso e quase ex tudo, professor de Deus.

Chute para lá, safanões para cá e o nível do que deveria ser uma critica e suas replicas e treplicas, já ia descambando para a baixaria definitiva, daquelas que a mãe entra como figura decorativa.

Mas, tinha um feriado no meio do caminho, depois o fim de semana, e por fim uma segunda feira daquelas, enjoada com direito a ressaca e outros males.

Ainda no sábado, vi que o desafeto em questão já havia baixado as armas, usou de um subterfúgio e fugiu do embate anunciado.

Tive que me contentar com um russo que foi mandado ao “debate” o Asimov, covardia, com este eu não teria a menor chance.

Meu adversário, sempre chegado a pequenas artimanhas e jogadas pouco convencionais, decididamente baixou o nível, convocar o maior gênio da Rússia e uma das maiores inteligências do mundo para trocar farpas com este pouco letrado brasileiro, era de fato covardia.

Em uma de suas obras mais conhecida “The end of Eternity” ou “O Fim da Eternidade” publicada em 1956, traduzido para o português e publicado no Brasil em setenta, o genial russo cria uma historia em que as pessoas que faziam parte de uma elite, membros do comitê dos eternos, algo assim como o comitê central do partidão. Eles, os eternos tinham a incrível capacidade de voltar no tempo e corrigir erros passados que teria conseqüências positivas no futuro.

Assim, consegui compreender porque meu desafeto político preferiu mandar um representante tão preparado, talvez a intenção era voltar no tempo e consertar o que foi feito de errado no passado.

A diferença para nossa Ilhéus de hoje é que os eternos já não são mais eternos, e o tempo não volta, os erros do passado refletem hoje, assim como os acertos.

A historia é incrível, como diria Lenin outro russo genial, ela sempre caminha para frente mesmo que em alguns momentos parece voltar no tempo.

Um comentário:

Anônimo disse...

É UMA PENA QUE BUSCANDO SUBTEFUJO NA LONGINCUA RUSSA, E NOS DEUSES INTELECTUAIS DO PENSAMENTO HUMANO MORRAMOS DE PAIXÃO POR ALGUNS SEMI-DEUSES AQUI NA TERRA DE SÃO JORGE DOS ILHEOS.,???????????