25/05/2007

Operação Octopus, origem da Operação Navalha


A Operação Navalha surgiu a partir de outra investigação da Polícia Federal (PF). É uma derivação da Operação Octopus, criada para desarticular um grupo de empresários baiano especializados em fraude à licitação, especialmente nas áreas de segurança privada, construção civil, ensino superior e na prestação de serviços gerais terceirizados.

Os alvos eram as ligações desses empresários, descobertas em novembro no ano passado, com policiais federais acusados de corrupção passiva, violação de sigilo funcional e prevaricação. Os policiais implicados, segundo o relatório de inteligência da PF, são: o ex-superintendente Regional de Polícia Federal no Ceará, João Bastista Paiva Santana; o ex-superintendente Regional de Polícia Federal em Sergipe Rubem Paula de Carvalho Patury Filho; o ex-superintendente Regional de Polícia Federal na Bahia Paulo Fernando Bezerra e o ex-delegado Regional Executivo na Bahia Antônio César Fernandes Nunes.

As ligações entre os dois grupos era de responsabilidade do advogado e policial federal aposentado Joel Almeida Lima e do lobista Francisco de Assis Borges Catelino.

A PF também aponta o agente federal Francisco Miguel Macedo Gonçalves como um facilitador de ações de contrabando no aeroporto de Salvador.

Foi colocada em campo uma operação com autorização da 2ª Vara Federal da Bahia, instância judicial que autorizou o monitoramento telefônico dos investigados e escuta nos gabinetes dos policiais federais.

No começo das buscas, a PF constatou que Joel Almeida também fazia escutas clandestinas para empresários. VAZAMENTOMas, quando começou a aprofundar as investigações, a Operação Octopus teve seus movimentos vazados assim que se aproximou dos policiais federais. Quando tudo parecia perdido, os investigadores se depararam com o dono da Gautama, Zuleido Veras.


Fonte: Site Congresso em Foco

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