06/03/2008

Tese do "descolamento" do País ganha força


A matéria do DCI desmonta a tese dos “especialista” em economia da globo, nos últimos meses a Miriam Leitão entre outros “venderam” a idéia de que a crise americana atingiria em cheio o Brasil, com um sorriso cínico escondido na ponta dos lábios “festejavam” que os dias de bonança do governo Lula estariam acabando. Afinal, se os Estados Unidos vão mal o Brasil também tem que ir mal, ora bolas sempre foi assim.


Em outra direção dezenas de economistas sérios alertavam que não era bem assim, a crise deles poderia não nos atingir, a realidade hoje é outra e o Brasil estava vivendo um ciclo sustentável. A verde começa a aparecer nos primeiros meses de dois mil e oito e o Brasil vai de vento em poupa.


Gerson


DCI - O Brasil mostra a cada dia que deve sofrer pouco com a crise de crédito no mercado externo porque, além dos bons fundamentos da economia, não seguiu o alto crescimento global registrado nos últimos anos, analisa o economista-chefe da Bradesco Corretora, Dalton Gardiman.

"Quem não cola, não descola. Pode ter sido ruim não termos crescido tanto no passado, mas é positivo agora", disse Gardiman, da Bradesco Corretora, durante evento promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil. Já para analistas dos bancos Santander e ABC Brasil, a tese do descolamento (decoupling) dos emergentes em relação à economia americana só se comprovará se o avanço da China continuar. Caso contrário, países como Brasil seriam prejudicados com a queda de preços das commodities.

Gardiman diz que o excesso de liquidez nos Estados Unidos foi a causa da atual turbulência e, agora, é papel dos emergentes melhorar o cenário. Para ele, o Brasil está em uma situação melhor que muitos países desenvolvidos. "Temos uma conta fiscal exemplar, enquanto França e Alemanha têm o dobro do nosso déficit".

A inflação baixa, a previsibilidade da política econômica e as altas reservas internacionais são outros fatores apontados pelo economista como determinantes para o bom desempenho do País em momentos de incerteza mundial. No entanto, ele faz ressalvas em relação às demais nações emergentes, inclusive a China. "Com uma inflação de 20% nos alimentos e câmbio fixo irreal, a China terá de resolver seus problemas para podermos prever um futuro promissor ao país".

Para Constantin Jancso, analista de renda fixa da corretora do Santander, a expansão da economia chinesa deve continuar e, com isso, o Brasil será beneficiado, mesmo em caso de recessão norte-americana. "Se a demanda chinesa continuar existindo, os preços das commodities continuarão altos e a balança comercial brasileira não será afetada", afirma. Segundo ele, a palavra "descolamento" não é exata para definir o processo pelo qual atravessam as economias emergentes, especialmente a brasileira. "O País não está tão sensível a fluxos de capital e níveis de aversão ao risco no mercado internacional". [...]

[...] Na outra ponta, o investidor externo aparenta ter retomado a confiança no País. Prova disso é que as compras de ações por estrangeiros na Bolsa superaram as vendas em R$ 865,398 milhões no mês passado. O fluxo cambial, negativo em US$ 2,357 bilhões em janeiro, teve saldo de US$ 3,246 bilhões em fevereiro.

Para completar o cenário animador, os dois primeiros meses do ano tiveram recorde em fusões e aquisições, com 102 operações, segundo levantamento da PriceWaterhouseCoopers.


Leia a matéria completa no site do DCI

Nenhum comentário: