16/04/2007

Calote pode tirar Colo Colo do Baiano


que estão ameaçados de não participar da segunda fase do Campeonato Baiano por falta de recursos para pagar as viagens para Salvador e Feira de Santana. O prefeito de Ilhéus, Valderico Reis, liberou em janeiro apenas uma das 10 parcelas, no valor de R$ 18 mil, que deveria repassar ao Colo Colo neste ano. Por causa da falta de compromisso do prefeito, o planejamento dos times profissional e juniores ruiu.


As equipes tiveram dificuldade para deslocar-se para as partidas fora de Ilhéus. As viagens e as hospedagens só foram asseguradas com empréstimos e com a ajuda de alguns empresários de Ilhéus. Mas para o próximo jogo da equipe profissional, em Madre de Deus neste domingo, às 15 horas, contra o Ipitanga, e para as partidas dos juniores na segunda fase do Baiano, a diretoria ainda não tem dinheiro para viajar. Até sexta-feira o clima era de desespero.


Preocupante


O presidente do Colo Colo, José Maria de Santana, temia não conseguir recursos para viagem e hospedagem do time profissional e não sabia como assegurar a participação dos juniores na segunda fase do Baiano. "Não tenho como negar que a situação é preocupante". Somente com viagens a diretoria do Colo Colo gasta R$ 12 mil mensais, fora os gastos com alimentação e hospedagem. Além disso, existe o pagamento do aluguel dos imóveis em que os jogadores de fora de Ilhéus ficam hospedados.


Mesmo sendo apenas para cumprir tabela, o Tigre Ilheense não pode abrir mão de jogar em Madre de Deus. O regulamento do Campeonato Baiano não permite que as equipes deixem de entrar em campo e prevê até a suspensão da competição.


A aflição é maior com relação à equipe de juniores, que terá que fazer pelo menos dois jogos em Salvador, contra Vitória e Bahia, e um em Feira de Santana contra o Fluminense. Além das viagens, a diretoria não sabe como garantir a alimentação dos atletas, que terão que ficar em Ilhéus pelo menos até o final da segunda fase do estadual de juniores. "É uma situação que nos deixa tristes". Para alguns diretores, a situação seria outra se o time principal do Colo Colo estivesse classificado para o segundo turno. Eles recordam do ano passado, com o dinheiro começando a ser liberado só a partir do momento em que descobriram que o time era praticamente imbatível. "Aliás, depois do título inédito do Baiano colocaram trio elétrico na rua e grudaram na taça para aparecer na média".


A situação não é pior porque os salários dos jogadores, que são pagos com o dinheiro repassado pela Bitway, empresa patrocinadora da equipe, sempre estve em dia. Este ano é para o torcedor do Tigre esquecer. O Colo Colo fez uma das piores campanhas dos últimos anos, com "direito" a humilhante derrota de 7 x 0 para o Vitória.


Além do calote do prefeito de Ilhéus, o Colo Colo vai sofrer um grande desfalque: os atuais dirigentes, entre os quais José Maria de Santana, Maurício Maron e Marco Antônio Maron, só devem ficar no comando até dezembro, quando terminam os seus mandatos. Foi com eles que o Colo Colo voltou à elite do futebol baiano e conquistou o título.

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