
Desenvolvimento social:
Estes são os principais resultados, por enquanto, do Índice de Desenvolvimento Social (IDS) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), divulgado nesta quinta-feira (24). O índice é formado a partir de dados de saúde, educação e renda da série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE. Todas as regiões melhoraram suas condições de vida no período, mas não uniformemente, de acordo com o IDS. O índice vai de zero - a pior possibilidade - a 1 - a melhor. De 1995 a 2005, o IDS do Nordeste subiu de 0,13 para 0,30. "Houve aumento de rendimento, mas o que explica (esse aumento) é educação e saúde", disse o superintendente da Secretaria de Assuntos Econômicos do BNDES, Ernani Torres, ao divulgar os resultados. Já o índice do Norte passou apenas de 0,32 para 0,36.
O IDS do Centro-Oeste, que em 1995 era de 0,44, relativamente próximo do índice da região Norte, cresceu para 0,61. "O Centro-Oeste sofreu profunda mudança nesse período", disse Ferreira. Foi a região onde houve maior crescimento da renda, com esse indicador específico saltando de 0,52 para 0,68. O estudo não investigou as causas disso, mas é possível a influência do agronegócio, que cresceu muito na região no período. O IDS do Sul cresceu de 0,54 para 0,68 de 1995 a 2005 e o do Sudeste passou de 0,64 para 0,74. Essas regiões mantiveram suas posições no ranking das melhores condições sociais e melhoraram indicadores de educação e saúde. Já no caso da renda, o indicador do Sul cresce de 0,62 para 0,72 e o do Sudeste começa e termina o período inalterado em 0,76, embora com altos e baixos no período de dez anos abrangidos no estudo.
Indicadores - Atrás da educação, a saúde foi o segundo indicador que mais evoluiu, passando de 0,48 para 0,64, embora, segundo o IDS-BNDES, o saneamento básico ainda impeça a ampliação do desenvolvimento social no país. Ferreira citou que, em alguns estados da região Nordeste, a cobertura de esgoto era de apenas 5,2% em 2005, contra 89% em São Paulo. O indicador de educação quase quadruplicou nessa região – subiu de 0,08 para 0,30. Em termos de saúde, enquanto as regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste cresceram em linha ao longo dos últimos dez anos, o Nordeste supera o Norte devido ao aumento na cobertura de abastecimento de água. Agência Brasil
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