28/05/2007

Distância entre Nordeste e Sudeste cai 17%

Desenvolvimento social:

À distância entre o Nordeste e o Sudeste em termos sociais caiu 17% de 1995 a 2005, aponta o Índice de Desenvolvimento Social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (IDS-BNDES) divulgado hoje (24). A região foi a que mais evoluiu proporcionalmente no período. Ainda segundo o índice, o Centro-Oeste se aproximou do Sul e do Sudeste em desenvolvimento social. Dos três componentes do IDS – saúde, educação e renda –, educação foi o que registrou a maior taxa de crescimento global no período: passou de 0,34 para 0,51. "A situação melhorou, mas ainda há um caminho a ser vencido", segundo o economista Francisco Rocha Ferreira, da Secretaria de Assuntos Econômicos do BNDES, responsável pelo IDS.

Estes são os principais resultados, por enquanto, do Índice de Desenvolvimento Social (IDS) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), divulgado nesta quinta-feira (24). O índice é formado a partir de dados de saúde, educação e renda da série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE. Todas as regiões melhoraram suas condições de vida no período, mas não uniformemente, de acordo com o IDS. O índice vai de zero - a pior possibilidade - a 1 - a melhor. De 1995 a 2005, o IDS do Nordeste subiu de 0,13 para 0,30. "Houve aumento de rendimento, mas o que explica (esse aumento) é educação e saúde", disse o superintendente da Secretaria de Assuntos Econômicos do BNDES, Ernani Torres, ao divulgar os resultados. Já o índice do Norte passou apenas de 0,32 para 0,36.

O IDS do Centro-Oeste, que em 1995 era de 0,44, relativamente próximo do índice da região Norte, cresceu para 0,61. "O Centro-Oeste sofreu profunda mudança nesse período", disse Ferreira. Foi a região onde houve maior crescimento da renda, com esse indicador específico saltando de 0,52 para 0,68. O estudo não investigou as causas disso, mas é possível a influência do agronegócio, que cresceu muito na região no período. O IDS do Sul cresceu de 0,54 para 0,68 de 1995 a 2005 e o do Sudeste passou de 0,64 para 0,74. Essas regiões mantiveram suas posições no ranking das melhores condições sociais e melhoraram indicadores de educação e saúde. Já no caso da renda, o indicador do Sul cresce de 0,62 para 0,72 e o do Sudeste começa e termina o período inalterado em 0,76, embora com altos e baixos no período de dez anos abrangidos no estudo.

Indicadores - Atrás da educação, a saúde foi o segundo indicador que mais evoluiu, passando de 0,48 para 0,64, embora, segundo o IDS-BNDES, o saneamento básico ainda impeça a ampliação do desenvolvimento social no país. Ferreira citou que, em alguns estados da região Nordeste, a cobertura de esgoto era de apenas 5,2% em 2005, contra 89% em São Paulo. O indicador de educação quase quadruplicou nessa região – subiu de 0,08 para 0,30. Em termos de saúde, enquanto as regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste cresceram em linha ao longo dos últimos dez anos, o Nordeste supera o Norte devido ao aumento na cobertura de abastecimento de água. Agência Brasil

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