01/06/2007

Valor aplicado no país é recorde


Em abril os estrangeiros tinham R$ 258,9 bilhões em ações e títulos de renda fixa.

O investimento externo no mercado de capitais bateu um novo recorde histórico.

Em abril, os estrangeiros tinham R$ 258,99 bilhões (US$ 123,9 bilhões) aplicados em ações e renda fixa - o valor não inclui as aplicações feitas em títulos públicos - equivalente a 11% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Segundo números divulgados, ontem, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), desse total US$ 90 bilhões (R$ 189 bilhões) vieram da capitalização do estoque de recursos que entraram no País até o final de abril, de US$ 33,9 bilhões (R$ 69 bilhões).

Do total investido, em abril 79% estava investido em ações e (nele estão computadas a participação dos estrangeiros nas ofertas públicas de ações). Na opinião de analistas e corretores, o volume de dinheiro estrangeiro que está no País aponta para um casamento duradouro entre os estrangeiros e o mercado de capitais brasileiro. É diferente daquele que vinha anteriormente, o chamado "hot money", que deixava o País ao menor rumor de problemas nos mercados emergentes de modo geral.

De acordo com bancos custodiantes de recursos externos, o perfil do investidor atual é mais de longo prazo. Grandes fundos de pensão como o Calppers, dos professores da Califórnia (EUA), estão comprando ações, inclusive nos IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações). O próprio montante investido inviabiliza a possibilidade de uma saída em massa de uma hora para outra, acrescentam. O Brasil está aproveitando bem a farta liquidez internacional, proveniente das reservas chinesas - estimadas em US$ 1,2 trilhão - e de seu investimento na compra de títulos do Tesouro americano contribuindo para que os juros dos EUA permaneçam baixos, liberando recursos para outros mercados.

A adoção de regras de governança corporativa também foi fundamental para que o País recebesse fatia tão expressiva desses recursos.Segundo dados da CVM, no final de abril, o Citibank tinha quase a metade (49,06%) da custódia dos recursos de estrangeiros aplicados no mercado de capitais.

O segundo colocado era o HSBC, com 16,54%, seguido de perto pelo Itaú (15,1%), que ampliou sua posição nesse ranking com a compra do BankBoston.

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