02/04/2007

A visão tucana sobre o roubo do rabino


Está na Folha de S. Paulo a declaração que vai abaixo, sobre a prisão do rabino Henry I. Sobel nos Estados Unidos, por furto de gravatas. O senhor José Gregori foi ministro da Justiça no governo Fernando Henrique e é um dos "quadros" de relevo do PSDB."Na opinião do presidente da Comissão dos Direitos Humanos de SP, José Gregori, Sobel é 'o estrangeiro que mais colaborou para a integração da comunidade judaica no Brasil'. 'O que me deixa aterrado é a polícia americana ter chegado a esse grau de boçalidade. Você, como delegado, tem de saber quem prende', afirma. "Gregori não faz por mal. O que ele afirmou é de fato um despautério, mas está dentro dos limites mentais e da boçalidade da elite brasileira.Não, caro ex-ministro, a polícia americana não agiu com boçalidade, mas de forma republicana. Não interessa se o ladrão é rabino, banqueiro, artista ou mesmo político do PSDB ou do PT: roubou, vai para a cadeia e de lá só sai pagando fiança. É o que determina a lei e vale para todo mundo. O delegado, portanto, "não tem de saber quem prende" – frase típica de quem utiliza o velho bordão "você sabe com quem está falando?": seu dever é aplicar a lei independentemente da posição da pessoa na sociedade. Evidentemente, isto não corrige todas as distorções de um regime desigual, como se viu no caso do rabino – Sobel tinha os US$ 3 mil exigidos de fiança e ao contrário de muita gente pôde deixar a prisão rapidamente. Se não corrige todas as distorções, pelo menos dá ao cidadão a tranquilidade de saber que a lei é uma só e vale para todos.

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