27/04/2007

Brasil terá sétimo PIB do mundo ainda neste ano, diz Mantega


KAREN CAMACHOda Folha Online

O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou nesta sexta-feira (27) que o Brasil fechará o ano de 2007 com o sétimo PIB (Produto Interno Bruto) no ranking mundial, considerando a nova metodologia adotada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O ministro participa de evento em sua homenagem promovido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) em São Paulo.Após a revisão do IBGE, a expansão da economia brasileira em 2006 foi elevada de 2,9% para um crescimento de 3,7% --em valores, o PIB brasileiro atingiu R$ 2,3 trilhões. As novas contas nacionais passaram levar em conta 56 atividades econômicas e 110 produtos, contra 43 atividades e 80 produtos calculados anteriormente.Segundo a consultoria Austin Rating, o PIB brasileiro passou a ocupar a décima posição no ranking mundial com a revisão da metodologia. Uma comparação mais precisa com os demais países, entretanto, dependente dos dados atualizados do FMI (Fundo Monetário Internacional).

O ministro afirmou que em três ou quatro anos, a relação de dívida e PIB ficará entre 36% e 37% --atualmente, esta relação é de 45%. Mantega disse ainda que a apreciação cambial é "quase inevitável". Por conta disso, de acordo com ele, o câmbio "se torna o maior desafio" da política econômica. Entre os motivos para esta apreciação estão o superávit comercial e de conta corrente e o fluxo comercial. "Evidentemente, isso traz prejuízo para alguns setores da economia. Portanto, é um desafio para o governo."Ainda no mesmo tema, o ministro defendeu que o governo deve se concentrar em apoiar a indústria da transformação e alguns setores que sofrem com a competição externa, como os têxteis e bens de capital. Nesta semana, por exemplo, a tarifa de importação de têxteis e calçados subiu de 20% para 35%.

"É inaceitável que o Brasil seja mero exportador de matéria prima. É importante garantir o desenvolvimento de produtos brasileiros com valor agregado e o avanço tecnológico", disse o ministro,

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