25/04/2007

Pacto inédito em defesa do clima une empresários e ambientalistas

São Paulo, Brasil — Iniciativa quer unir todos os setores da sociedade brasileira para elaborar e implementar uma Política Nacional de Mudança Climática no país.

Em iniciativa inédita no país, o Greenpeace, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e entidades ambientalistas lançaram nesta segunda-feira, em São Paulo, o documento Pacto de Ação em Defesa do Clima.

O pacto identifica as ações a serem adotadas pelas empresas e governo para combater o aquecimento global e quer mobilizar a sociedade brasileira para reduzir os níveis de emissões de gases de efeito estufa no país, evitando que a elevação da temperatura média do planeta ultrapasse 2º Celsius em relação aos níveis pré-industriais.

O lançamento do compromisso público de defesa do clima foi feito durante o 2o. Congresso Ibero-Americano sobre Desenvolvimento Sustentável, que está sendo realizado no auditório do Parque do Ibirapuera.

O pacto é a primeira ação concreta de combate ao aquecimento global no país após a divulgação este ano dos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

“O desafio do aquecimento global exige ações urgentes e uma mudança no paradigma de desenvolvimento para o Brasil, garantindo crescimento econômico e sustentabilidade. Por isso a nossa decisão de se sentar na mesma mesa com representantes dos setores contra os quais eventualmente protestamos, e formar uma liderança de combate ao aquecimento global, atualmente inexistente no país”, afirmou Marcelo Furtado, diretor de campanhas do Greenpeace Brasil.


As dez propostas de ações práticas contidas no documento incluem o fim do desmatamento e a garantia de maior governança nas florestas brasileiras, além do estabelecimento de uma matriz energética brasileira baseada em fontes renováveis e a identificação das vulnerabilidades do país em relação à mudança climática.

O pacto estabelece ainda metas de redução de emissões no Brasil, incentivos à eficiência energética e o desenvolvimento de um mercado nacional para energias limpas como solar, eólica, pequenas centrais hidroelétricas e outras.


“Aqueles que aderirem ao pacto e implementarem medidas efetivas para combater a mudança climática serão premiados pelos mercados, mas quem ignorar estas propostas e nada permanecer na inércia será penalizado por seus consumidores e eleitores”, concluiu Furtado.

Confira o Pacto de Ação em Defesa do Clima formado entre entidades ambientais e empresariais.

http://www.greenpeace.org.br/

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